Pretty little liars escrita por wendy


Capítulo 31
30. O Circo está de volta a cidade




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Emily pedalava furiosamente para longe da casa de Aria, desviando por pouco de um corredor na lateral da estrada.

— Cuidado! — gritou ele.

Quando passou por um vizinho, que passeava com dois enormes cães dinamarqueses, Emily tomou uma decisão. Ela precisava ir à casa de Maya. Era a única resposta. Talvez Maya quisesse dizer aquilo de uma forma legal, como se estivesse apenas devolvendo o bilhete, depois do que Emily havia lhe contado sobre Alison, na noite anterior. Talvez Maya quisesse mencionar a carta naquela ocasião, mas por qualquer que fosse a razão, não o fez. Seria o A na verdade um M?

Além disso, ela e Maya tinham toneladas de outras coisas para conversar além do bilhete. Como sobre tudo o que acontecera na festa. Emily fechou os olhos, lembrando. Ela praticamente podia sentir o cheiro do chiclete de banana de Maya e os suaves contornos de sua boca. Abrindo os olhos, desviou da curva.

Certo, elas definitivamente precisavam concluir aquilo. Mas o que Emily ia dizer?

Eu amei aquilo.

Não. Claro que ela não diria isso. Ela diria, nós devemos ser apenas amigas. Afinal, voltaria para Ben. Se ele a quisesse. Ela queria voltar no tempo para ser a Emily que era feliz com sua vida, cujos pais estavam satisfeitos com ela. A Emily que apenas se preocupava com a velocidade do seu nado de peito e com a lição de casa de álgebra.

Emily pedalou além de Myer Park, onde ela e Ali costumavam se balançar por horas. Elas tentavam se impulsionar juntas, compassadas, e quando estavam completamente empatadas, Ali sempre gritava:

— Nós estamos casadas! — então, elas gritavam e pulavam para fora do balanço ao mesmo tempo.

Mas e se Maya não tivesse colocado o bilhete em sua bicicleta?

Quando Emily perguntou a Aria se Ali havia lhe contado o seu segredo, Afia respondeu: — O quê, recentemente? — Por que Aria diria aquilo? A menos... a menos que Aria soubesse de algo. A menos que Ali estivesse de volta.

Isso era possível?

Emily derrapou pelo cascalho. Não, isso era insano. A mãe dela ainda trocava cartões de Natal com a sra. DiLaurentis; ela teria ouvido se Ali tivesse voltado. Quando Ali desapareceu, aparecia no noticiário vinte e quatro horas por dia, sete dias por semana. Os pais de Emily costumavam assistir a CNN, enquanto tomavam o café da manhã. Seria certamente a história do momento novamente.

Ainda assim, era emocionante pensar no assunto. Toda noite, por quase um ano depois do desaparecimento de Ali, Emily tinha perguntado a sua Bola Mágica 8 se Alison voltaria. Embora ela algumas vezes dissesse, Espere e veja, ela nunca, nunca dissera Não. Ela fazia apostas consigo mesma, também: se duas crianças entrassem no ônibus da escola hoje usando camisas vermelhas, ela sussurraria para si mesma, Ali está bem. Se estiverem servindo pizza no almoço, Ali não está morta. Se o técnico nos fizer praticar idas e voltas, Ali voltará.

Nove vezes em dez, de acordo com as pequenas superstições de Emily, Ali estava prestes a voltar para elas.

Talvez ela estivesse bem o tempo todo.

Ela fez força, pedalando ladeira acima e em volta de uma curva fechada. Por pouco evitou uma pedra, um marco do memorial da batalha da Guerra Revolucionária. Se Ali estivesse de volta, o que isso significaria para a amizade dela com Maya? Ela meio que duvidava de que pudesse ter duas melhores amigas... duas melhores amigas por quem tinha sentimentos tão parecidos. Ela se perguntava o que Ali pensaria de Maya.

E se elas se odiassem?

Eu amei aquilo.

Nós devemos ser apenas amigas.

Ela passou rapidamente por lindas casas de fazenda, pousadas com fachadas de pedra, e caminhonetes de jardineiros paradas nos cantos da estrada. Costumava pedalar nesse mesmo caminho para ir à casa de Ali. A última vez, na verdade, tinha sido antes do beijo. Emily não tinha planejado beijar Ali antes de vir; algo acontecera no calor do momento. Ela nunca esqueceria de como os lábios de Ali eram macios, ou do olhar espantado no rosto de Ali quando ela se afastou.

— Para que você fez isso? — ela havia perguntado.

De repente, uma sirene urrou atrás dela. Emily mal teve tempo de se mover para a beira da estrada novamente, antes de uma ambulância de Rosewood passar zunindo. Uma rajada de vento soprou, jogando pó em seu rosto. Ela esfregou os olhos e viu a ambulância subir até o topo da colina e fazer uma pausa na rua de Alison.

Agora ela estava entrando na rua de Ali. O medo tomou conta de Emily. A rua de Alison era... a rua de Maya. Ela agarrou as empunhaduras de borracha do guidão da bicicleta. Com toda a loucura, tinha esquecido o segredo que Maya havia lhe contado na noite anterior. O corte. O hospital. Aquela cicatriz irregular. .Às vezes, eu apenas sinto que preciso, Maya tinha dito.

— Ah, meu Deus — sussurrou Emily.

Ela pedalou furiosamente e derrapou na esquina.

Se a sirene da ambulância parar assim que eu virar a esquina, ela pensou, Maya estará bem.

Mas então a ambulância encostou, parando em frente à casa de Maya. As sirenes ainda rugiam. Carros de polícia estavam em todo lugar.

— Não — disse Emily baixinho. Médicos de jaleco branco saíram do veículo e correram para a casa. Uma multidão tomava o jardim de Maya, algumas pessoas estavam com câmeras. Emily jogou sua bicicleta na calçada e correu desajeitadamente em direção à casa.

— Emily!

Maya irrompeu através da multidão. Emily ofegou, então correu para os braços de Maya, as lágrimas correndo, desordenadas, por suas faces.

—Você está bem? — soluçou Emily. — Eu estava com medo...

— Eu estou bem — disse Maya.

Mas havia algo em sua voz que, claramente, não estava bem. Emily deu um passo para trás. Os olhos de Maya estavam vermelhos e úmidos. Sua boca estava repuxada para baixo, nervosamente.

— O que foi? — perguntou Emily. — O que está acontecendo?

Maya engoliu em seco.

— Encontraram sua amiga.

— O quê? — Emily encarou, então, a cena no gramado de Maya.

Era tudo tão assustadoramente familiar: a ambulância, os carros de polícia, as multidões de pessoas, as câmeras de lentes longas. Um helicóptero de notícias dava voltas acima delas. Aquela era exatamente a mesma cena de três anos atrás, de quando Ali desaparecera.

Emily deu um passo para trás, saindo dos braços de Maya, com um riso de incredulidade. Ela estava certa!

Alison estava de volta para a casa dela, como se nada nunca tivesse acontecido. — Eu sabia! — murmurou.

Maya pegou a mão de Emily.

— Eles estavam cavando para a nossa quadra de tênis. Minha mãe estava lá. Ela... a viu.

Eu ouvi o grito dela do meu quarto.

Emily deixou a mão cair.

— Espere. O quê?

— Eu tentei ligar para você — completou Maya.

Emily franziu a sobrancelha e encarou Maya. Então, olhou a equipe de vinte fortes policiais. Para a sra. St. Germain, soluçando no balanço de pneu. Para a fita PERÍMETRO SOB INVESTIGAÇÃO DA POLÍCIA, NÃO ULTRAPASSE, dando voltas em torno do quintal. E então, para a caminhonete estacionada na entrada de carros. Tinha a inscrição NECROTÉRIO DE ROSEWOOD. Ela teve que ler seis vezes até que as palavras fizessem sentido. O coração de Emily disparou e, de repente, ela não conseguia mais respirar.

— Eu não... entendo — falou Emily, confusa, dando outro passo para trás. — Quem eles encontraram?

Maya olhou para ela com pena, os olhos brilhando por causa das lágrimas.

— Sua amiga Alison — sussurrou ela. — Eles acabaram de encontrar o corpo dela.


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