Accelerator e Last Order- 6 anos depois... escrita por Emili Elens


Capítulo 18
Operação: seguir a pirralha.




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– S-s-saia daí, pirralha!

– Me desculpa, Acce...

Segurei na cintura da pirralha e tentei tirá-la sem que a toalha dela caísse. A Last Order não me soltava, mas continuei a tentar tirá-la de cima de mim. A toalha da pirralha começou a cair, e por mais que eu tentasse não olhar, era impossível. Mesmo conseguindo tirar a Last Order de cima de mim, ela continuava a me abraçar.

– P-pirralha... V-vai vestir uma roupa, AGORA!

– Estou indo, Acce – Disse a Last Order me soltando e entrando no quarto dela.

Por pouco eu quase iria ver algo que não devia! Mas se isso acontecesse, a culpa seria da pirralha. Qual a necessidade de tanto abraço?! E qual a necessidade de ficar me abraçando de toalha?! Realmente, eu não sei o quê passa na cabeça da Last Order!

Eu ainda estava “esperando” a pirralha sair, para eu poder segui-la, mas acho que ela estava percebendo que eu não iria para de “pegar no pé dela” tão cedo. Ela já tinha demorado mais de dez minutos dentro do quarto, e eu comecei a achar que Last Order estaria fazendo algo que posso considerar “suspeito”.

Fiquei olhando a escada, para ver se o maldito que estava colocando a planta na porta do meu quarto, apareceria. Comecei a achar que o mesmo sujeito que era o dono da planta, também era um membro da Judgment. Estava na cara! Mas, por que um membro da Judgment iria quere me vigiar?! E nenhum sinal da Kikyou por perto... Ela me parecia mais suspeita do quê qual quer um. Ela tinha muitos equipamentos que tem certa “relação” com aquela câmera. Eu não sabia se a câmera estava ligada ou não, pois não tinha nenhuma luzinha ou indicador para saber se estaria ligada. Bem... Era óbvio que estaria! Eu conhecia muito bem aqueles aparelhos, desde pequeno eu frequentava lugares cheios deles. E como eu era curioso, sempre ficava “xeretando” os aparelhos.

Encostei-me à porta do quarto da pirralha para tentar ouvir alguma coisa, mas não ouvi barulho nenhum. Parecia que não tinha ninguém no quarto dela... Estranho... Resolvi que iria até o jardim de trás, talvez ela estivesse saindo ou “fugindo”. Desci as escadas com pressa, e fui quase correndo até lá. Mas quando cheguei a janela no quarto de Last Order estava fechada, e as cortinas estavam atrapalhando para ver o quê ela estava fazendo. Voltei para dentro de casa, e avistei a Last Order tentando abrir a porta d frente com cuidado... E ela estava usando o uniforme de Tokiwadai. Fiquei observando o quê ela iria fazer, era o momento perfeito para segui-la.

A Last Order estava com dificuldades para destrancar a porta, e percebi que ela estava nervosa. Quando ela finalmente conseguiu abrir a porta, olhou para os dois lados antes de sair, e foi dando passos lentos e silenciosos até o jardim da frente.

Dei a volta até chegar no local que provavelmente a Last Order estaria, e acabei me deparando com uma chave que estava no chão. Peguei a chave e nela estava escrito “Judgment”, devia ser do mesmo descuidado que deixou a braçadeira na escada. Era isso... Tinha alguém da Judgment dentro de casa! E algo me dizia que a pirralha sabia disso.

Fiquei escondido em um “Arbusto falso” que tinha no jardim, e dava para ver tudo o quê a pirralha estava fazendo. Ela começou a “xeretar” os bolsos, estava com a expressão de preocupada. Depois começou a olhar para o chão, e abaixou para procurar alguma coisa. O quê a pirralha estaria procurando?

Depois a pirralha correu até a porta da frente, abriu e entrou. Mesmo que ela tenha deixado a porta aberta, não dava pra ver o quê ela estaria fazendo. Fui até uma janela ao lado do jardim, e vi a Last Order sentada no chão e procurando alguma coisa. Será que... Ela estaria procurando a braçadeira?!

Estranho... Ouvi um barulho que estava vindo do quintal, talvez algum sujeito estivesse lá. Fui até o quintal, e quase tive outro ataque cardíaco! Era a Kikyou!

– Accelerator...

– Quer me matar de susto, Kikyou?! E o quê está fazendo aqui escondida nestas plantas?!

– Vim pegar uma amostra de uma planta aqui, e você?

– Como assim?! A maioria das plantas que tem aqui é de plástico!

– Mas tem uma pequena parte que não é de plástico, não é mesmo?

– Essas outras que você está falando, são apenas florezinhas fedorentas...

– Não são apenas flores fedorentas, Accelerator. Essas flores tem uma ótima composição...

Maluca, a kikyou estava maluca. Eram apenas flores amareladas e fedorentas! Nem pra defunto aquelas flores serviam.

– Você só pode estar de brincadeira comigo...

– Não estou, essas plantas são realmente importantes. E são raras, Accelerator.

– Raras?! Raras desde quando?! A cada dez metros eu encontro flores como essas pela Cidade Acadêmica inteira! Engana-me que eu gosto...

– E o quê você está fazendo por aqui, Accelerator?

– Isso não interessa, o assunto é o quê VOCÊ está fazendo aqui! E nem vem com esse assunto de flores, que eu não sou besta para acreditar nisso...

– Não estou mentindo, Accelerator. Por que acha que eu estaria mentindo?

– Porque isso é muito óbvio!

A Kikyou estava segurando muitas daquelas florezinhas fedorentas e amareladas, talvez ela não estivesse mentindo, mas era TÃO difícil de acreditar...

– Olha Kikyou, vamos fingir que eu acredito.

– Bem, irei voltar para o laboratório. Até mais tarde, Accelerator. – disse a Kikyou se retirando.

Por causa da Kikyou, acabei me distraindo e perdendo a pirralha de vista. Mas por sorte, aquela descuidada tinha deixado o portão aberto. Andei o mais rápido que pude até lá, torcendo para que a pirralha não estivesse longe.

Ao chegar lá, avistei a pirralha na esquina da rua, fechei o portão e fui andando rápido até lá. Quando consegui alcança-la, eu já estava exausto, mas eu iria descobrir para onde ela iria nem que precisasse segui-la até o fim da Cidade Acadêmica.


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