The One- A decisão escrita por Queem


Capítulo 4
Capítulo 4


Notas iniciais do capítulo

Olá, amorinhas! Mais uma vez me desculpem pelo quase atraso (é sábado, então a semana não terminou totalmente, né?). Poxa, estou com o capítulo pronto desde terça, mas acabei esquecendo (muita coisa pra fazer e teste de física na segunda). O que importa é que gostei muito do que escrevi e espero que vocês também. Ah, tenho um aviso: Talvez o próximo capítulo demore um pouquinho, porque ainda não o comecei, mas, se tudo correr bem, até sábado eu o libero (sugiro que você não perca, algumas coisas vão acontecer...). Mais um vez peço perdão pela demora, principalmente pro pessoal que pediu que eu tentasse liberar mais cedo. Pretendo compensar vocês nos próximos capítulos, como disse nas notas anteriores. Ah, e mais uma coisa, o próximo capítulo será especial. Por que? Bem, digamos que ele será todo sob o ponto de vista de outro personagem. Então NÃO PERCA!!! É isso, galera. Perguntas, dúvidas ou sugestões é nos comentários. Beijos :*



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Minha mãos estavam gélidas. Meu coração batia tão rápido que achei que fosse sair do meu peito. Tentei controlar meu queixo, que não parava de trincar. Sem sucesso. Kriss e Natalie já estavam acabando de se apresentar. Logo seria a nossa vez.
Olhei mais uma vez para Celeste. Nunca a vira tão aflita. Quem não convivesse com ela todos os dias não perceberia o quão nervosa ela estava. Celeste também não havia terminado sua parte do projeto. Como faríamos agora?
Respirei fundo. Tinha que me concentrar. Qualquer erro que cometesse poderia custar minha permanência no palácio; meu relacionamento com Maxon.
Mantive meus olhos cerrados até ouvir palmas tomarem o salão. Kriss e Natalie acabaram. Chegou a nossa vez.
Levantei calmamente. Queria mostrar ao Rei que não estava com medo. Mantive meus pensamentos em coisas boas.
O debate funcionava assim: As duplas de selecionadas deveriam dirigir-se ao centro do salão, onde haveria dois grande palanques, e discursariam sobre um tema, dentre vários que Silvia nos passou nas fichas de estudo. Após isso, alguns dos grandes mestres de Illea deveriam nos fazer perguntas sobre o assunto e, caso discordassem de algo que dissemos, debateríamos sobre tal.
Celeste e eu chegamos ao mesmo tempo nos palanques. Câmeras e microfones estavam em nossa direção. Illea inteira olhava para nós.
Saudei todos com um rouco "Boa noite". Celeste fez o mesmo. Não sabia o que falar. Estava em pânico. Meus olhos encontraram os de Maxon. Ele parecia apreensivo, provavelmente porque também fora surpreendido e porque minha última apresentação em público fora desastrosa. Ele apanhara do pai por minha causa. Não entendo como depois de uma gravidez difícil e a rara probabilidade de ter outro filho não tirara do Rei essa frieza e perversidade, até mesmo com seu primogênito. Não queria decepcionar Maxon.
Tomei a palavra. Já sabia exatamente o que falar.
– Boa noite a todos, novamente. Minhas reverências, Rainha Amberly e Rei Clarkson.- Eles assentiram com a cabeça. Ela lançou-me um sorriso.- Bem, dentre os diversos temas que Silvia nos deu, um me chamou a atenção em especial. Empolguei-me e folhei todos os livros que encontrei sobre o assunto, mas nenhum deles dizia exatamente o que eu gostaria de ler. Então, percebi que não precisava fazer pesquisas e pesquisas para achar o que queria.
Fiz uma rápida pausa.
"A influência da mulher sempre foi algo muito limitado em nossa sociedade. Desde pequenas eram treinadas a fazer o serviço de casa e cuidar dos filhos. Só. O papel da mulher, por muito tempo, fora desvalorizado, desacreditado, limitado a tarefa domésticas. Mas, com o passar dos anos, as mulheres têm conquistado seu lugar na sociedade e mostrado que conseguem executar as mesmas tarefas que os homens. Temos um grande exemplo prático disso aqui, nesse salão: A Rainha Amberly."
–Vossa Majestade tem, cada dia mais, mostrado que as mulheres podem ocupar com êxito altos cargos, como o de governar uma nação. Ela é um exemplo do poder da mulher.-Agora todos olhavam admirados para mim. Palmas ecoaram no salão.
– Muito bem, Senhoria America. Já percebemos que o público concorda com você. Mas o que os jurados acham?
Um homem baixinho com cabelos brancos tomou a palavra. Em seu crachá estava escrito "Andrew Plaines". Ele fez reverencia ao Rei e a Rainha.
Gelei. E se os jurados não gostassem do que falei?
Andrew tomou a palavra:
–Senhorita America, permita-me parabeniza-la. Faço de minhas as suas palavras.
Celeste, ao meu lado, suspirou aliviada. Ela acabou não falando nada, porque eu falei por ela. A Rainha Amberly exibia um sorriso amistoso. Rei Clarkson estampava um semblante emburrado, como o de uma criança quando não consegue o que quer.
Dirigi-me ao meu lugar. Estava em êxtase. Era algo um tanto inacreditável. Eu consegui.
Gavril encerrou o Jornal Oficial de Illea. De longe, ví Maxon tocar a ponta da orelha; era o nosso sinal. Ele queria me ver.

~*~
Já era um pouco tarde quando ouvi uma batida em minha porta. Deveria ser Maxon. Estava ansiosa. Tínhamos passado pouco tempo juntos nos últimos dias.
Quando levantei para ver quem era, a pessoa entrou sozinha, revelando algué
–Boa noite, senhorita America. Não pude deixar de bater e perguntar se está tudo bem. A senhorita estava tão silenciosa, pensei que estivesse acontecido alguma coisa.- Disse, dando uma piscadela.
–Está tudo bem, soldado Leger.- Sorri. Era bom saber que alguém se importava em saber como eu estava, principalmente quando esse alguém era Aspen.
De repente, fui pega de surpresa. Aspen me puxou para perto de si e me beijou. Queria que aquilo durasse mais, mas não podia, Maxon chegaria a qualquer momento.Tentei afasta-lo com as mãos, mas não conseguia; não queria.
Depois de alguns segundos, Aspen me soltou.
–Boa Noite, senhorita.- Estampava um sorriso malicioso nos lábios.
Não respondi. Estava surpresa demais para emitir algum som. Meu coração estava acelerado. O perfume de Aspen impregnava minhas narinas.
Consegui abrir um sorriso. Lembrei dos nossos momentos na casa da árvore, burlando o toque de recolher e planejando nosso casamento. Tudo agora era diferente. Estava no palácio, longe de Carolina. E Aspen estava aqui comigo. Sempre companheiro.
Sentei em minha cama e comecei a escrever. Desde que chegara, já havia escrito seis músicas diferentes. Agora precisava tocá-las em um piano e ver como ficaram.
Depois de alguns minutos, concluí que Maxon não viria mais. Já era tarde e todos já haviam ido dormir. Não estava chateada. As lembranças de Aspen ainda pairavam em minha cabeça. Virei-me para o lado e adormeci.

~*~

Era madrugada quando ouvi um barulho. Rapidamente levantei de minha cama. Tudo estava escuro. Tateei a procura do botão que ligava o abajour, mas não o encontrei. Respirei fundo. Não deveria ser nada. Virei pro lado e tentei voltar a dormir.
Então o barulho voltou. Tentei reconhece-lo. Parecia passos. Passos. Alguém estava em meu quarto.
"Não pode ser."- pensei- "Estou ficando maluca. Quem em plena madrugada viria ao meu quarto?"
Nesse exato momento, ouvi algo que parecia ser meu nome.
–...America...-o som era baixo, semelhante a um sussurro.-...America...
–Mary? Lucy? São vocês?- Depois de alguns minutos percebi que tinha falado alto demais.
–Shhhhhh! America, sou eu. Venha!
Era mesmo quem eu estava pensando? Essa voz parecia a de Maxon.
–Maxon? O que você está fazendo no meu quarto em plena madrugada? E como entrou aqui?- Tentei parecer zangada, mas não pude conter o sorriso. Ele veio. Ele realmente veio.
–Venha, America, quero te mostrar uma coisa.
Levantei e tateei pelo meu chinelo e vesti o primeiro roupão que achei. Consegui acender a luz do abajour. Nossos olhos se encontraram e ficamos ali, nos olhando por alguns segundos. Seu cabelo estava bagunçado e seus olhos pareciam uma junção de mel com chocolate, reluzindo aventura.
Por fim, ele me deu a mão e me ajudou a levantar. A ideia de andar pelo castelo às duas horas da manhã com Maxon era engraçada e estranha, ao mesmo tempo. De mãos dadas, fomos em busca do desconhecido.


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Notas finais do capítulo

Não deixe de comentar e estimular uma escritora, ok? Beijos e até semana que vem! :*



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