The One- A decisão escrita por Queem


Capítulo 5
Capítulo 4- Voz do Maxon


Notas iniciais do capítulo

Olá, amorinhas! Quanto tempo! Estou há quase um mês sem postar, eu sei. Me perdoem. Além das provas que me assombram semanalmente, tive um bloqueio criativo. Preferi ficar um tempo sem publicar nada e escrever algo que me agrade, que eu realmente gostaria de ler. Antes de falar um pouco sobre o capítulo, quero dar alguns avisos. Esse será o último capítulo que publicarei aqui no nyah. Vou parar de escrever? Não. Apenas não compartilharei com ninguém. Escreverei para mim. O motivo é simples: Tenho recebido números muito altos de visualizações, contudo raras são as pessoas que interagem, mandam sugestões, que apresentam real interesse na história. Fico muito chateada com isso. Sério. Comecei a postar no nyah para compartilhar com vocês coisas que eu realmente gostaria de ler, para entreter vocês enquanto não saem os livros novos e, até mesmo, para iludi-las hahah (mas essa não é a real função da fanfiction?). Como não vejo resultado em todo o meu esforço, prefiro não compartilhar minha história com vocês, mante-la só para mim. Peço perdão às pessoas que interagem e que curtem verdadeiramente a fict. Vocês são demais! Ah, e a fict continuará disponível aqui no nyah, só não será atualizada.Esse foi o aviso. Agora vamos falar sobre o capítulo de hoje. Como eu comentei na última postagem, esse capítulo será narrado pelo ponto de vista de outro personagem. Quem é ele? Nosso maravilhoso príncipe de Illea, o Maxon. Espero ter me conectado bem com ele e ter passado tudo da forma mais clara e natural. Espero que vocês curtam. Boa leitura, amorinhas. Esse é meu último adeus. -Queem.



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Aquela apresentação definitivamente ficaria marcada na história. Olhei para minha mãe. Ela parecia emocionada. Estava contente. America fora incrível.
Meu pai sustentava a mesma expressão carrancuda de sempre, talvez um pouco mais irritado. Todos aplaudiam America incansavelmente.
Não consegui esconder meu sorriso. Sua atitude fora a que uma princesa deveria ter. Ela mesma não acreditava no que acabara de falar. Seu olhar encontrou o meu. Discretamente toquei minha orelha. Queria vê-la, dizer como estava orgulhoso.

~*~
Cheguei exausto em meu quarto. Precisava ficar apresentável. Para isso, decidi trocar minha gravata, que, acidentalmente, sujei de molho de tomate. Escolhi uma gravata azul, como os olhos de America.
Quando estava a caminho da porta, deparei com algo que não tinha notado antes: um envelope. Aparentemente não havia remetente. Achei estranho. Rasguei-o com rapidez.
"Me encontre o mais rápido possível no plano alfa. Venha sozinho."
Olhei o verso da carta e, como no envelope, nada de remetente. Pensei um pouco. Se fosse algo a trabalho, algum dos empregados do meu pai viria aqui me convocar. Se fosse America...bem, já marquei um encontro com America.
Olhei atentamente para a carta, a procura de detalhes. Deveria ser alguma selecionada. O cheiro doce que ela exalava era familiar. O que deveria fazer? Seria muito indelicado de minha parte ignorar o convite. Mas, algo ainda era estranho. O que uma selecionada iria querer comigo dez horas da noite?!
Por fim, decidi ir. Ainda estava meio duvidoso. Como alguém que mora no palácio há menos de três meses conhece o plano alfa?
Plano alfa era uma sala que ficava no final do segundo corredor. Aparentemente, era uma sala normal, decorada com belos sofás e uma grande cortina, mas, em um canto da parede, havia uma abertura camuflada que dava passagem a grande adega do meu avô. Ninguém ia lá há um tempo, apenas as criadas. Como alguma das garotas conhecia aquele lugar? E o que queriam fazer lá?
Respirei fundo.
Ir ou não ir?
Por fim, peguei uma pequena lanterna e guardei em meu bolso, caso precisasse, e segui em direção ao plano alfa.
~*~

Tudo estava escuro. Não ouvi nenhum barulho. Tateei um pouco até encontrar um interruptor e ligar a luz. O ambiente estava como sempre foi: paredes pretas, cortinas cor verde musgo e uma imensa prateleira no fundo.
Caminhei em passos lentos e mantive a porta aberta. Então, ouvi meu nome.
–...Maxon...- Já ouvira aquela voz antes.
–Estou aqui.
–SOCORRO! Maxon, me ajude! Sua voz era abafada. Provavelmente porque estava na passagem secreta, do outro lado da parede.
Choquei. A voz era de Elise.
–Estou indo aí te encontrar.
Com um pouco de força, empurrei a grande estante para que chegasse ao plano alfa. Adentrei rapidamente, esperando qualquer que fosse o motivo do perigo que fez Elise me chamar. E Assim que me viu, ela gritou:
–Maxon! Preciso de você!
Olhei para Elise. Ela estava jogada no canto do salão, aparentemente ferida. Não vi nada nem ninguém capaz de oferecer-lhe perigo. Mesmo assim, corri em sua direção.
–Elise, você está bem?- minha voz saiu como um sussurro.
–Ai! Me ajude!- disse, tentando, com muito esforço, se levantar.
Segurei sua mão e ajudei-a a levantar.
–O que está te assustando? Quem te fez mal? Ainda está aqui?- olhei ao redor da adega.
–Ah, Maxon, não se preocupe. Você está aqui. Estou segura.- um sorriso malicioso estampou seu rosto.
–Como assim, Elise?- soltei suas mãos.
–Estava com uma baita emergência: saudades de você. Agora que está aqui, estou melhor.- disse, segurando meu rosto suavemente.
Então, a ficha caiu. Não fazia sentido o fato de um bilhete feito pela própria Elise ser perfeitamente entregue ao meu quarto enquanto ela corria perigo. Elise não estava em perigo. Ela forjara tudo.
–Fique comigo, Maxon, pro resto de sua vida. Faça de mim a sua rainha.- pressionou nossos lábios um contra o outro.
Larguei-a rapidamente. Sabia onde ela queria chegar.
–Você simulou tudo, não é mesmo?-minha voz estava alterada.
–Dizem que vale tudo no amor e na guerra, não é mesmo, Max?- sua voz tentou soar sedutora, mas falhou miseravelmente.
–Você não precisa se rebaixar a isso. Sabe disso.- tentei parecer calmo, mas a fúria quase me dominava.
–Eu tenho tudo o que você precisa; sou inteligente, tenho relações com a Nova Ásia, serei melhor princesa e, futuramente, rainha com muito mais maestria que qualquer uma dessas garotas.- Elise parecia desesperada.
–Por que está fazendo isso?- Não conseguia acreditar. Partindo de Celeste, eu até acreditaria, mas era Elise. Ela nunca apresentara um comportamento desse.
–Eu te amo. Simples assim. Por que esconder algo que é inevitável. Por favor, diga que me ama. Eu serei só sua. Não vai mais se preocupar com garotas chatas lotando sua casa.- Sua voz soava como uma súplica.- Por favor, Maxon, me escolha. Você sabe que tenho tudo para ser uma ótima princesa.
Numa última tentativa, Elise me puxou para perto de si e roubou-me um beijo.
Afastei-a.
–Por favor, não faça mais isso.- minha voz era quase um sussurro.
Ficamos em silêncio por alguns segundos. Esperava qualquer tipo de reação dela, mas me surpreendi. Elise foi tomada por uma onda de ódio e sacou uma faca de sua cintura.
Fiquei em choque.
–Se você não ficar comigo, não ficará com mais ninguém.-Ela investiu a faca contra mim. Segurei seus braços, tentando imobilizá-la, mas foi em vão. Elise esfaqueou meu braço.
Decidi, então, correr para fora do plano alfa e pedir ajuda. Meu braço perdia uma quantidade inimaginável de sangue.
Avisei o primeiro guarda que vi. Para minha surpresa, Elise não me seguiu. Uma equipe de primeiros socorros veio em minha direção. No fundo do corredor, ouvi os gritos de Elise. Depois dessa, ela tinha que ir embora.
~*~
Já era quase de madrugada quando fui me deitar. Meu braço doía um pouco. Apesar do cansaço, não queria dormir. Tudo aquilo que havia acontecido ainda era inacreditável para mim. Nunca imaginei que Elise fosse capaz de fazer uma coisa daquelas; ela estava disposta a me matar e a si matar caso não se casasse comigo. Por que ela agia de tal forma? Pressão familiar? Talvez. A única certeza era de que ela deveria ser eliminada.
Minha mãe passou em meu quarto um pouco mais cedo. Foi bom tê-la perto de mim por um tempo, mesmo que curto. Sua presença me acalmava.
Estava quase dormindo quando lembrei-me de algo: o encontro com America.
Chequei o relógio: já eram duas e meia da madrugada.
Penteei um pouco meu cabelo e coloquei o primeiro casaco que ví. Precisava conversar com a pessoa que mais me entendia desde desde o começo da seleção. Precisava disso. Precisava de America.


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Notas finais do capítulo

:)



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