Furacão Iminente escrita por Son Killua Liones Hyuuga Gold


Capítulo 4
Covardia, minha honra


Notas iniciais do capítulo

Olá! Tudo bem?? Aki ta mais um cap da titia Shino!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/603188/chapter/4

Vários dias se passaram até que eu pudesse andar e correr sem lamuriar. Ainda doía, mas pouco. No lugar daquele corte, só havia agora uma cicatriz. Chegou o momento de partir.

O Clã do Canário nos ofereceu mochilas, uma lança nova para Manu e mais uma faca pra João. Me deram uma arco e aljava com flechas, acompanhada de uma bolsinha pra ervas medicinais. A Nicole, deram frutas de reserva e mais uma lança. Juntamente nos deram comida embalada em folhas de bétula pra disfarçar o cheiro e roupas e botas limpas.

Thais e Bia insistiram em vir conosco e não conseguimos contrariar. Então acabamos permitindo.

Agradecemos de coração tudo o que os Canários fizeram à nós. À mim principalmente. Mesmo tendo um atalho, a caminhada seria longa. Não tanto quanto sem o labirinto, mas ainda sim, seria cansativo chegar ao Clã da Coruja.

A medida em que eu olhava pra trás e o Clã do Canário ficava longe, um monte de coisas passava pela minha cabeça. As meninas conversavam animadamente atrás de mim e João estava ao meu lado. Ele não disse uma palavra durante todo o trajeto. E evitava me olhar.

– Não foi culpa sua. - Criei coragem e disse.

– Eu poderia ter evitado. Poderia ter....

– Não poderia ter feito nada! Garoto teimoso!

Ele me olhou assustado, ou impressionado com minha falta de controle.

– E você também, hein? Só prega susto na gente! - Ele zombou.

– Talvez pra ficarem atentos! - Retruquei rindo.

O resto da caminhada se seguiu tranquilamente. Paramos um pouco pra beber água e pra trocar o curativo da minha perna. Então continuamos andando até chegar a Lua.

Improvisamos um acampamento e nos preparamos pra comer. Enquanto dividiamos a carne de cordeiro, Nicole olhou enojada dizendo:

– Como é que vocês conseguem comer algo que já esteve vivo?

Manuela olhou pra ela, e sorrindo retrucou:

– Como é que você se mantém de pé só com frutas, sementes e folhas verdes?

– Costume.

– Exato! O mesmo acontece com a gente!

Depois de terminarmos a refeição, guardamos um pouco pra amanhã. Nos cobrimos improvisadamente com as roupas pra dormir e assim que fechei os olhos eu sonhei:

" Eu corria desesperadamente pela floresta, mas eu ainda estava no labirinto. Cheguei num ponto dele em que eu podia ver a luz do sol. Porém, quando eu cheguei lá, a luz se transformou em trevas e um imenso urso saiu de lá de dentro. Eu estava completamente desarmada, e o urso ergueu a pata."

Acordei ofegante, e tudo estava em pleno silêncio. Todos continuavam dormindo. Pensei no sonho. Alguma coisa grande estava pra acontecer, algo diferente de tudo que já vimos e que iria mudar as nossas vidas pra sempre.

O medo me atingiu e o jeito foi dormir orando pelo grupo e assim que dormi, eu não sonhei.

De manhã todos já estávamos de pé rumando ao fim do labirinto, guiados por Bia que sabia o caminho.

Mas o sonho não saía da minha cabeça. Eu temia por mim e por eles. O que aconteceria quando chegássemos ao fim?

Eu queria contar a eles. Mas não queria perturba -los com problemas meus.

Após vários e cansativos dias andando, caçando e conversando, conseguimos avistar o fim do labirinto. Estremeci diante daquela saída. Mas todos foram correndo até lá e quando cheguei; vi a coisa mais bela em toda a minha vida:

Haviam colinas verdes, com riachos e rios refletidos por um sol de fim de tarde maravilhoso. Ao pé da colina estava o acampamento da Coruja. Tão belo quanto a paisagem.

Não demorou muito tempo para que chegássemos lá:

– Olá? Tem alguém aí? Viemos em busca do seu auxílio!

– Posso ajudar os viajantes?- Falou uma garota bem vestida saindo escondida de uma árvore e quase matando a todos nós de susto.

– Você é uma Coruja?

– Meu nome é Livia. O que desejam?

Após toda uma explicação detalhada a ela, fomos levados ao Chefe do Clã:

Loyal.

Seu porte não era muito grande, mas exalava sabedoria. Falava calmamente, e não fez muitas perguntas quando contamos a história a ele.

– Bom, posso lhes assegurar que existe sim uma cura.

– Mesmo?- Perguntei animada.

– Sim Furacão Iminente. Porém deverão enfrentar o maior animal de toda nossa floresta para obte-la.

Meu queixo caiu. Teríamos de lutar contra um urso?! Todo o sonho fazia sentido agora. Engolindo seco, perguntei a Loyal:

– O que é a cura?

– Uma erva. Especificamente a erva. A erva da plena-sabedoria que é protegida por três dos maiores ursos de todos.

– Três?! A não! Eu não posso! É horrível!

Nicole teve um ataque:

– Temos chance, não temos?- Manu perguntou.

– Se trabalharem juntos sim. Partam amanhã de manhã.

A noite nos reunimos pra bolar um plano.

– Nicole e Manu vão....- Comecei dizendo, mas fui interrompida:

– Eu não vou.- Nicole disse.

– O que?! Por quê não?

– Não posso encarar ursos. Sinto muito......

– Como não pode?! Depois de tudo que você enfrentou vai nos abandonar agora?!

– Não me leve a mal João. É coisa do meu passado.

– É coisa de pessoa fraca e covarde! - Ele revidou. Os olhos dela marejaram, e ela calmamente se levantou e saiu da tenda.

– Pegou pesado agora!- O repreendi.

– No momento temos que ser fortes! Não precisamos de nenhuma covarde pra nos atrapalhar!


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Maldade do Jão neh? KKKKK, comentem e vejam o que vai acontecer!



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Furacão Iminente" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.