A Maga dos olhos de estrelas escrita por Spring001


Capítulo 7
Capítulo 7 - O Pergaminho Salertse


Notas iniciais do capítulo

Mil desculpas pela demora!!!! Por favor me desculpem, eu não tive tempo de escrever e eu sinto muito mesmo, mas agora ele já a tá aqui e eu prometo que não me atraso mais, e muito menos chego no limite de dias, eu não vou abandonar a história, juro! Então espero que gostem.



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– Fale com o gato? – perguntou Marko.

– Algum preconceito? – Uma voz disse assustando os dois, que ao procurarem pelo dono dela se encontraram olhando para o gato.

Os dois ficaram olhando algum tempo para o gato, Seren, ele estava quieto, mexia o rabo para um lado e para o outro, como se estivesse agitado e mantinha em Marko o olhar ameaçador que um gato geralmente mantinha. Tony olhava para ele, curiosa, e começou a captar os detalhes que ele tinha. Era um clássico gato de bruxa, o pelo negro como a noite e com um brilho natural nos fios, quanto às patas, eram felpudas e ele estava sentado como um rei, os olhos eram roxos, mas o que neles era completamente diferente eram as pupilas, que tinham formato de estrela, e em sua testa alguns pelos brancos formavam o desenho do mesmo formato.

– Não vão me responder? – Ele perguntou novamente e dessa vez puderam ver que era a boca do gato que se mexia.

– Ele fala – Marko falou com o olhar vidrado em Seren.

– Sim – O gato disse com sua voz grossa e o sotaque de um Lorde, fazendo um meio sorriso brotar no rosto de Tony – E devo acrescentar que minha gramática está em absoluto mais coerente que a vossa, meu senhor.

Depois de ouvir essas palavras Tony caiu na gargalhada e ainda deu tempo de ver uma careta em Marko, o gato manteve a pose e apenas sacudiu a cabeça, orgulhoso, enquanto o garoto o xingava. Depois de algum tempo com Tony rindo ela se recuperou e Marko apenas observava um pouco nervoso.

– Sinto muito pela indelicadeza dele – ela disse para Seren – Mas, estamos um pouco nervosos com a situação, e gostaríamos de saber se pode explicar melhor o que temos que fazer.

– Minha cara e gentil moça – O gato começou, enquanto falava ele andou para a mesa que havia ao lado da garota, e de um ponto onde Marko não podia vê-lo, este por sua vez se mexia de um lado para o outro tentando enxergar o gato – Tenho que infelizmente informá-la que eu não sei falar a língua da qual o pergaminho é escrito e muito menos ler dessa língua, mas posso dizer que se souber como ler o Salertse, saberá tudo o que precisa fazer.

Tony o observou por alguns instantes, antes de Marko perguntar o que deviam fazer. Ela pediu que ele abrisse o pergaminho na mesa e ele o fez, ela se arqueou sobre o pergaminho e começou na tentativa de decifrá-lo. Era um dialeto antigo, mas o problema é que ele formava um mapa. Era um mapa completamente diferente de tudo o que já vira, apesar de ser no papel as imagens se moviam, desenhos de ilhas que se mexiam junto com ondas do mar e constelações que se alteravam no mapa. Era fascinante.

– Marko...- Disse Tony – É um mapa...consegue ler?

– Se me disser o nome das cidades, sim – Ele disse.

– Então, ele demarca três cidades, das quais nunca ouvi falar. Mevun, Solarium e Reviris.

– Tem instruções no pergaminho – Disse Seren – Sugiro que as sigam á risca, elas o levaram até o lugar que poderão resolver os seus problemas.

– Se sabe de tudo isso, por que não nos disse logo? – Marko perguntou, bravo com o gato.

– Sou específico apenas quando necessitam de mim, Senhor – Respondeu o Seren com um ar arrogante.

Enquanto eles discutiam Tony continuava tentando ler o pergaminho, demorou u pouco na busca de livros que traduzissem os símbolos, estavam no alto da estante, ela pediu que Marko os pegasse e começou a estudar arduamente todos os símbolos, apenas para recordar o que tinha aprendido com o pai, depois de algumas horas conseguiu traduzir o pergaminho todo.

– Consegui...- Ela disse pensativa.

– O que diz? – Perguntou Marko.

– Leia para nós – Disse Seren, que parecia mais interessado que nunca.

Aquele que tenha um coração puro e lotado de desejos, desejos bons e não passageiros, para seu desejo realizar uma rosa amarela vai encontrar, sua cor não é fácil de achar, mas com perseverança se mostrará, aonde o verde e o azul se encontram e a terra parece acabar, depois disso uma longa viagem trilhará, meu nome te guiará e precisará de fôlego para capturar a mais bela coisa que achar, cuidado para não se enganar e afinal vamos lá, é uma terra onde o céu cai a seus pés e a beleza não é mais o que parece, não as tome para você apenas entregue o que encontrou e peça com todo o coração um desejo apenas se precisar mas a três você pedirá.Boa sorte.

– O que isso tudo quer dizer? – Perguntou Marko.

– São como missões para chegar ao seu pedido. Temos que pedir para uma estrela nos mostrar onde estão meus pais...e os outros magos é claro...- Tony respondeu.

– Se ele explica o que temos que fazer – Marko continuou – Por que as coordenadas do mapa?

– Os locais que ele manda ir estão marcados neste local rapaz – Disse Seren – Não é qualquer coisa que pode levar a uma estrela.

– Entendi – Ele disse – Então o que pretende?

– Temos que seguir as instruções à risca. Ele diz que o primeiro lugar é onde azul e verde se encontram – Ela disse olhando para o mapa – E aparentemente é um lugar bem alto...

– É a colina de Arevamir, o local mais alto do nosso mundo – Disse Marko.

– Como pode ter certeza? – Perguntou Seren.

– Uma vez Howl me contou sobre esse lugar – Ele explicou – Chegando lá, já não se consegue ver mais o chão, apenas o que você pisa, a grama é tão verde que chega a não parecer real, e o azul do céu é tão limpo que chega-se a ver a lua tão bela quanto se a vê na noite.

– Que lindo – Disse Tony atenciosa com a história – Então é lá que deve estar a flor que procuramos...uma rosa amarela...

– Vamos então? – Disse Seren descendo da mesa e já indo em direção a saída.

– Não é tão fácil – Atentou Marko – É extremamente longe daqui, sem contar que é bem alto.

– E se usarmos a bota? – Sugeriu Tony.

– Bota de sete léguas? – Perguntou Marko.

– Isso, tem algumas ali no armário – Ela apontou para o armário de vassouras de Ellin – Deve ter comprado do meu pai.

Tanto o gato quanto Marko olharam para as botas, em poucos minutos estavam colocando os calçados.

– Qual a distância entre a colina e aqui? – Perguntou Seren.

– Umas 100 léguas...- Marko respondeu enquanto colocava o sapato.

– Teremos que andar bastante, mesmo com as botas – Comentou Tony.

– Sim – Disse Marko. Ele já estava se levantando – Cuidado para não pisar sem pensar no lugar certo.

Ele ofereceu a mão a ela quando viu que ela já estava pronta para levantar, ficaram cara a cara por um momento, e ela enrubesceu. Mas logo se virou para chamar Seren.

– Seren, vai ter que vir ou na mochila ou no colo – Ela disse ao gato.

– Prefiro a mochila – Ele respondeu, pulando dentro da bolsa de Tony – É mais confiável.

– Ok – Marko falou revirando os olhos – Pronta? – Disse olhando para ela.

– Sim, quinze passos, certo? – Ela perguntou.

– É, segure minha mão, então não ficaremos muito longe.

– Ok – Ela confirmou enquanto segurava sua mão.

– Agora – Ele disse e nesse momento começaram a andar.

A cada passo eles contavam o quanto estavam andando. E no décimo quarto passo eles gritaram.

– “15”! – Juntos.

Quando pararam finalmente onde deveriam, se viram no lugar mais bonito que Tony pelo menos vira na vida, uma colina, rodeada por nuvens, onde a grama era tão verde que chegava a brilhar, o sol era forte, mas não parecia esquentar mais do que devia, e havia em sua volta flores sem fim, ela estava muito mais que encantada.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado, e desculpa de novo pela demora T.T



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