A Maga dos olhos de estrelas escrita por Spring001


Capítulo 2
Capítulo 2 - Market Chipping


Notas iniciais do capítulo

Então, lembra que eu falei que não ia usar informações do livro, eu na verdade peguei alguns nomes do livro, mas que são relacionados a coisas do filme, então só avisando aqui para caso aparece algo semelhante ao livro, vocês já sabem...Espero que curtam ^_^



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Enquanto o vento batia em seu rosto e jogava os cabelos para trás, ela conseguia ver a cidade de Market Chipping, sabia que sua mãe nascera ali, mas nunca tinha vindo a cidade. Estava muito longe do chão enquanto observava a cidade aumentar e deixar de se tornar uma pequena maquete. Quando viu que o gramado, onde pararia está se aproximando jogou os pés para baixo e segurou a corda firmemente com as duas mãos, se encolheu tornando-se uma bolinha e sentiu o vestido escorregar na grama e previamente seu corpo tocando nela, nessa hora pegou uma pequena faquinha que levava no calcanhar e cortou a corda, assim como sua ponte para casa. Aconteceria que logo o castelo também aterrissaria, sua curiosidade era mais rápida que os seus pais.

Viu-se sentada na grama depois de uns 2 minutos caindo, se deitou um pouco olhando para o céu, o castelo agora não passava de um pontinho, como um pássaro voando. Esfregou lentamente as mãos nos olhos e quando as retirou voltou a se sentar na pretensão de levantar. Olhou em volta e ficou pensando, onde exatamente estava. Era um gramado vazio, aparentemente não havia nenhum tipo de flor e a grama parecia morta, uma névoa fria encobria todo o território, fazendo a menina se encolher e esfregar as mãos nos braços. Com calma ela foi se levantando e viu de longe uma placa que dizia “Cuidado, Terras Abandonadas” estava complicado de ler, mas não pelo distancia ou pela qualidade e sim pela letra que para ela era reconhecível e horripilante, era a letra de Howl, quase ilegível.

– Meu pai colocou uma placa avisando que as terras abandonas são aqui? – Ela falou sozinha – Mas, se não tem mais bruxa, qual o perigo?

Ela sacudiu a cabeça ignorando o fato e começou a procurar a trilha para a cidade. Um caminho de terra estava a sua direita e a cidade era naquela direção, não parecia muito longe e não era, ela então começou a seguir o caminho lentamente, caminhando e ao mesmo tempo observando se algo podia estar escondido no meio daquela névoa, podia jurar que vira sombras de homens bolhas ali, mas preferiu desacreditar e acelerar o passo. Em menos de uma hora, estava em Market Chipping.

Era a cidade mais bela que visitara. O mundo que vivia era baseado em viajar com os pais em seu castelo e conhecer algumas cidades que podiam se abertas pela porta mágica. Ainda assim, ela passava maior parte de seu tempo no jardim de flores que era uma dessas passagens, ali ficava durante horas, às vezes, o dia todo. Não que as outras cidades não lhe chamassem atenção, mas foram sua vida até descobrir a maneira de pular do castelo e poder visitar as cidades em que o castelo passava por cima. Descera pela primeira vez em uma cidade de praia, ela nunca tinha visto o mar e era a visão mais encantadora da natureza que tivera. Seus pais a encontraram logo e levaram, na época, como travessura de criança, afinal só tinha 10 anos. Mas, quando viram que aquilo não tinha jeito desistiram de prendê-la e só iam buscá-la quando percebiam sua ausência, obviamente ela levava um bronca, mas não a impedia.

***

Ao se aproximar da cidade era possível escutar música, como uma chamada da cavalaria, ouvira algo semelhante em Kingsbury, a capital real. Curiosa para saber o que era a música, procurou por alguém que lhe parecesse ser da região, quando avistou um fazendeiro se aproximou, causando um pouco de curiosidade nele, e perguntou gentilmente.

– Senhor, o que é essa música vinda da cidade?

– É a festa de primeiro de maio, madame – ele respondeu – se for para a cidade verá pessoas dançando, bebendo e se divertindo bastante.

Olhou em direção ao lugar e sorriu.

– Muito obrigada, Senhor! – Ele sorriu para ela e ela foi adiante.

Finalmente, chegou a cidade e como ele disse, tudo estava em uma alegria contagiante. A cidade estava forrada de flores e pessoas andavam, com trajes elegantes, para cima e para baixo, alguns bêbados cantavam junto com músicos de verdade que estavam fazendo pessoas dançarem em uma praça principal. Nas casas várias pessoas saíram em suas varandas para observar a festa. Alguns homens passavam perto dela lhe oferecendo rosas e convidando-a para dançar, nenhum lhe chamara a atenção. Foi chegando no centro da praça, em meio a pessoas dançando em casal e sozinhas e foi junto com o ritmo da valsa até que sentiu uma mão segurar a sua.

Um homem alto da armada a puxara para dançar, meio que forçando a menina. Tentou empurra-lo mas ele era um pouco forte demais, viu um homem olhando para ela, pensando se devia ajudar ou não e se recordou de uma antiga história de seu pai e sua mãe, eles próprios haviam lhe contado, seguiu então o exemplo de Howl.

– Você vai me soltar e vai andar até aquela fonte, quando chegar lá – Ela falou lentamente, fazendo uma pausa na palavra “lá” – se jogue na água.

Sem entender o que fazia e exclamando “O quê!” e “Pare” ao longo do caminho, o guarda fez exatamente o que lhe fora comandado, e tentando evitar suspeitas, Tony saiu devagar do recinto e foi parar perto do trem, estava andando e apreciando a simpática cidade quando viu o mesmo homem, que pensara em lhe ajudar na hora da dança, olhando para ela novamente. Era bonito, cabelos ruivos, quase laranja, olhos castanhos bem escuros. Vestia-se muito semelhante a seu pai, para sua surpresa, bem despojado e bagunçado, mas ao mesmo tempo parecia-lhe elegante. Não sabia se desviava o caminho dele ou se continuava como se ele não estivesse ali. No momento, decidiu seguir a segunda opção e foi andando, ultrapassou ele e partiu em direção aos limites das terras abandonadas.

Demorou menos para voltar do que para chegar lá, parecia que levar um susto por quase ser descoberta como feiticeira era um impulso a acelerar o passo, chegando lá avistou uma paisagem bonita de um lago, semelhante a estrelas, decidiu se aproximar. Realmente parecia que o grande lago tinha engolido o céu noturno e tomado para si todas os incandescentes astros, fora o sol. Ao fundo montanhas tomavam-se em encontro ao céu e uma tempestade parecia chegar, reconheceu o lugar, mas ao mesmo tempo teve que reconhecer que estava distante demais para ser o lugar que pensava.

– Não pode ser o lago das estrelas – Disse para si mesma, mas falando alto – Eu estava em Market Chipping há menos de dez minutos.

– É incrível o que a magia pode fazer não? – uma voz masculina disse atrás dela, fazendo-a se virar muito rápido.

Ela segurou muito firme a alça da bolsa que cruzava o seu peito, estava apavorada com o que acontecera e agora ainda mais por descobrir que o garoto de cabelos ruivos estava envolvido com isso.

– Calma... – Ele falou, sua voz era suave e gentil, não parecia muito jovem, mas sua voz demonstrava uma alma de criança ou a adolescente – Eu sou amigo de seu pai.

– O que? – Ela murmurou.

Ele se aproximou devagar da menina e chegou a ficar mais ou menos a um metro dela.

– Sou Marko, antigo aprendiz de Howl – Ele disse, mas o nome não me trazia lembrança alguma.


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Notas finais do capítulo

Curtiram? Sei que foi parado, mas isso é o que vai dar começo mesmo, a história...ok? ^_^



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