The Last Taste - Season 3 escrita por Henry Petrov


Capítulo 13
Bloodlines


Notas iniciais do capítulo

Haaaay
Enfim, esse capítulo é mais explicativo, pra explicar a revelação do capítulo onze. Eu sei que vai ser um pouco louco, ainda mais com uma segunda revelação ao fim do capítulo, mas vai fazer muito sentido. E eu não vejo a hora de vocês verem o quanto faz sentido. Enfim, era só isso. Boa Leitura (:



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Ryan Montgomery

Minha mãe me encarou por alguns segundos. Eu me perguntava se ela me reconheceria.

— Você está bem? — perguntou, ao se deparar com minha reação.

Assenti. Hayley deu um passo à frente.

— Foi ela quem te encontrou, Jake — contou Hayley. Ela se voltou para Leah. — Ele disse que esteve com Freya.

Leah sentou em sua cadeira.

— Quem é você? — perguntou ela.

— Jake Raymon — respondi.

— O quê é você? — indagou.

— Humano.

Leah ergueu uma sobrancelha para Hayley. A menina assentiu e me puxou pelo braço.

— Vamos.

Sem relutar, segui Hayley para fora. Não tinha desejo nenhum em ter uma conversa de mãe pra filho.

— Espere! — chamou Leah.

Voltei para dentro da sala. A Alpha se levantou com apreensão e se aproximou de mim. Seu olhar caiu sobre o colar de Clair em meu peito, que apesar de lascado, ainda pulsava.

— Onde conseguiu isso? — ela segurou o pingente em suas mãos.

Não respondi. Ela encarou Hayley com impaciência. A menina ficou abismada com o objeto.

— Eu juro que eu não tinha visto isso.

Leah ignorou-a.

— Quem é você? — ela repetiu, irritada.

Hesitei. Ela continuou a me encarar.

— Ryan. Ryan Montgomery.

Ela parecia ter levado um tapa, retornando alguns passos. Ela ofegou, tentando se recuperar do choque.

— Eu vou, hum, lá pra... — gaguejou Hayley. — Qualquer outro lugar.

E saiu, me deixando sozinho com minha mãe.

— Não. Não é possível.

Ela me deu as costas, ainda chocada.

— Eu não vim aqui pra isso — disparei. — Preciso sair daqui, de Aslyn. Só isso.

Ela me olhou com tristeza.

— Como você...? — gaguejou. — Como isso te aconteceu?

Desviei o olhar.

— Meu filho... — ela se aproximou, mas afastei-a para longe.

— Você não pode me chamar assim — falei, sentindo as palavras se formarem em minha garganta. — Depois de tudo, não pode me chamar assim.

— Ryan...

— Não depois de Tony!

Ela engoliu seco.

— Você o matou antes mesmo de cortar o cordão! Você o matou e ainda ficou aliviada com a morte de um filho! Você não faz ideia do nojo que eu tenho de você! Nojo!

Slap.

— Não fale assim comigo — ordenou. — Você não sabe o que passei, não sabe das coisas que eu sei.

Ela me olhava com preocupação, analisando minhas reações. Ergui meu olhar para Leah, controlando minha ira.

— Pode começar — cruzei os braços.

Ela respirou fundo, tomando controle. Ela sentou novamente na cadeira e suspirou.

— Eu nasci em um berço de ouro. Meu pai era o Alpha da nossa matilha. Eu tinha uma irmã mais nova e mamãe morrera alguns anos antes. Todos esperavam que quando meu pai se fosse, eu me tornasse Alpha.

“Mas minha matilha tinha um ritual. O Ritual da Lua Cheia. Quando um lobo alcançava a maior idade, ele era forçado a ativar a maldição que o transformaria em lobo toda lua cheia. Eu não queria ativar a minha, tampouco queria ser Alpha, então fugi para o mais longe possível.”

— Nova York — disse, após uma breve pausa.

“Eu estava em um bar, altas horas da noite, quando um motoqueiro começou a me encarar de jeito estranho. Quando terminei meu pedido, saí do lugar e fui abordada por ele. O homem quis me... Violentar. Seu pai apareceu, destruiu o rosto do homem e se ofereceu a me levar pra casa. Ao saber da minha situação, me levou para sua casa, onde seus pais me aceitaram como hóspede. Nos apaixonamos, casamos e tivemos você, meu maior orgulho.”

“Então, veio Tony e eu não podia me sentir mais feliz. A chegada de outra criança me encheu de paz. Mas quando o carro bateu, eu percebi que a vida da criança estava em perigo. Então, me joguei do carro antes que atingisse. Quando Tony nasceu, eu... Eu vi que ele estava muito ferido, eu entrei em desespero! Se tivesse sido de outro jeito, eu não me perdoaria.”

— Do que está falando? — perguntei, enquanto ela enxugava uma lágrima.

Ela mordeu um lábio, ainda indecisa se poderia me contar.

— Se ele tivesse morrido por culpa do acidente, por culpa de seu pai... Ele ativaria a maldição.

Estremeci.

— Como é?

Ela suspirou.

— Para ativar a maldição, você precisa ser assassinado por alguém ou algo que não seja natural ou causado por você — explicou, com a voz trêmula. — O cordão umbilical ainda nos unia, ainda éramos um só. Quando o matei, impedi que a maldição fosse ativa, permitindo que ele não precisasse passar pelo que passo toda Lua Cheia. Consegue imaginar, um recém-nascido quebrando cada osso em seu corpo?

— Como sobreviveu? — insisti. — Eu vi você morrer.

— Eu nunca ativei minha maldição — concluiu. — Minha morte foi causada pelos sérios ferimentos causados na queda, unida a velocidade em que o carro estava. Fora culpa de seu pai. Acordei no necrotério e fugi, me reencontrando com meu povo. Os médicos, temendo a mídia, deram seu jeito para impedir que descobrissem o desaparecimento do corpo.

— Por que não voltou pra casa?

Ela riu.

— “Oi, amor, eu morri, ressuscitei e agora vou ter que virar um cachorro uma vez no mês. Quer macarrão?”.

Meu corpo estremeceu. As memórias correram como um flash em minha mente.

“Você morreu.”

“Os médicos não conseguem explicar como.”

Papai bateu o carro. Os ferimentos foram gravíssimos.

— Leah...

Ela me olhou com atenção.

— Acho que ativei minha maldição.

Ela se levantou com um sobressalto.

— Tire esse colar!

Obedeci, depositando o objeto sobre a mesa. Assim que soltei, senti um leve desconforto. Leah sacou uma faca e atirou em mim. Por sorte, consegui desviar. Eu me voltei para ela, exibindo minhas presas em defesa.

Sim, eu disse presas.

Toquei meus caninos. Afiados como uma faca.

— Gente!

Era Hayley. Ela invadiu a sala, ofegante, sem me dar tempo de ficar perplexo com a nova descoberta.

— O que foi?! — exclamou Leah, já sobrecarregada.

— Eles estão aqui... Eles chegaram!


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Notas finais do capítulo

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