Mistérios da Meia-Noite escrita por LadyWolf


Capítulo 28
Capítulo XXIV: Noite de Lua Cheia – Parte 01


Notas iniciais do capítulo

Amores, sinto informar que vamos ter somente mais dois capítulos :(



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Mokubo apertou o gatilho e atirou contra Maurício. Luísa viu o pequeno objeto brilhante voar na direção deles e empurrou o homem para o chão. O tiro a atingiu de raspão no braço. A bala foi parar em uma árvore há metros de distância soltando prata líquida para todos os lados.

– O que...? Luísa, você está bem?

– Dói... - ela fechou os olhos com força pondo a mão sobre o machucado. Logo seu braço começou a se encher de sangue.

Mais um tiro. O alpha pegou a menina no colo e os dois saíram correndo para dentro de casa. Mokubo saiu correndo que nem um louco atrás dos dois e entrou na cabana. Porém, quando chegou não havia ninguém na sala. O negro viu a porta do laboratório entre-aberta e entrou. Vovô estava sentado a sua mesa como se nada estivesse acontecendo.

– O que faz aqui, velho? Cadê aquele lobisomem?

– Hum...? Não sei do que está falando.

– NÃO MINTA! - berrou derrubando uma estante.

– Huh, não deveria ter feito isso...

– Desembucha, velho! Se não vai comer bala! - gritou apontando a arma para ele.

– Atire, se tiver coragem.

E foi isso que Mokubo fez. Porém Vovô, sempre muito ninja, desviou e o tiro acertou o vidro onde estava Guilherme. O vidro se quebrou totalmente, fazendo a poção sair e em seguida o corpo do homem cair no chão.

– O que é isso? Necrofilia? - Pedro gargalhou. - Mas agora é hora de morrer.

E o homem apontou a arma novamente para Vovô. Porém, quando foi atirar foi atingido por um golpe que atravessou seu peito e o matou. Era Guilherme, que finalmente havia acordado de seu longo transe. O corpo de Pedro foi ao chão.

– Guilherme. - disse o velho sorrindo.

O rapaz respondeu com um sorriso.

...

Enquanto isso não muito longe dali, Maurício, Bernardo, Luísa e Lívia pararam no meio da floresta. Eles haviam conseguido fugir a tempo, e Vovô só ficara para trás porque não queria abandonar o seu laboratório.

– Pronto. - disse Maurício pondo Luísa no chão. Ele rasgou um pedaço da própria blusa e amarrou no braço de menina com todo o cuidado possível.

Bernardo sentou-se com Lívia em seu colo e tirou um frasco, uma seringa e agulha de dentro da bolsa que couro que Vovô havia o dado.

– O que é isso? - perguntou o alpha.

O ômega aplicou a injeção na veia da mulher que gemeu baixo ao sentir a agulha.

– Meu pai pediu para que aplicasse antes da meia-noite, assim ela não vai se transformar. Se isso acontecer pode ser fatal para a Lívia...

– Entendi. - Maurício deu uma olhou para o céu e viu a lua cheia no céu.

– Bernardo.

– O que? - respondeu grosso, como sempre.

– Já é quase meia-noite.

– Isso não é bom...

– O que tem que é quase meia-noite? - perguntou Luísa.

– Hoje é noite de lua cheia, pirralha. É noite de se transformar em lobisomem.

– É verdade, Mau?

– Sim, Lu... Precisamos i- - a frase foi interrompida pelas badaladas do sino da igreja ao longe. - Ir...

– Agora já era. - disse Bernardo se levantando já na sétima.

Maurício e Bernardo correram um pouco, mas não conseguiram chegar nem a vinte metros de distância. Os dois caíram no chão se contorcendo, sentindo dor por todo o corpo. Os pelos começaram a crescer, as unhas e dentes se tornaram mais afiados, os rostos transformaram-se em focinhos. As mãos cresceram, transformando-se em grandes patas e os músculos pularam para fora, fazendo-os ficar enormes. Quando a transformação terminou, Maurício e Bernardo uivaram para a lua cheia.

– Essa não! - disse Luísa abraçando Lívia. - Outra vez não!


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Notas finais do capítulo

Clima de reta final! O que acharam?