Mistérios da Meia-Noite escrita por LadyWolf


Capítulo 14
Capítulo X: O Ataque




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Bernardo estava deitado em sua cama olhando o teto. Não havia conseguido dormir àquela noite graças ao seu sangue que começava a "ferver". O coração já batia mais forte e aquele sentimento de desejo começava a se concretizar. Aquele calor era tão aconchegante, tão excitante... Mas tinha que esperar a noite chegar, e então poderia sair e atacar.

– Ana Luísa. - ele deu um sorrisinho maldoso.

Foi então que do nada ele lembrou da imagem de Maurício. O alpha com certeza poderia trazê-lo muitos problemas. Aliás, ele havia andado o observando àquela semana. Bernardo conseguiu descobrir que ele morava em uma cabana na floresta com um velho e dava aulas na escola de igreja. A mesma em que Luísa estudava. Ou seja, eles com certeza se conheciam e muito bem.

Bernardo se levantou e foi tomar um banho bem gelado para diminuir aquele fogo. Quando estava saindo do banheiro alguém bateu na porta. O rapaz respirou fundo e foi atender a porta somente com a toalha amarrada na cintura. Quando abriu lá estava a moça loira do bordel que havia o ajudado a fugir de Maurício.

– L-Lívia? - perguntou o mesmo surpreso.

– Bom dia, Bernardo. - disse já abraçando o mesmo e o beijando de forma calorosa.

A porta se fechou atrás dos dois e ambos caíram na cama. Mordidas, apertões, carícias vieram posteriormente.

. . .

– Lívia... - disse o homem ofegante deitado na cama. - Você sabe como me fazer feliz.

– Cala a boca, Bernardo. - disse a mulher deitada ao seu lado o abraçando.

– Uma cadela atrevida, como sempre.

– E você um lobo mau... - disse a mesma beijando seus lábios.

– Mau? Eu?

– É lógico. - respondeu a mulher. - Você acha que eu não sei o porquê de você ter vindo parar nesse fim de mundo?

– E qual seria?

– Você está sendo procurado pela polícia, Bernardo. Matou gente...

– Muito esperta. Como soube?

– Só precisei ver as datas dos assassinatos e estupros e depois comparei com a lua cheia e com esse nosso momento de fraqueza.

– Hum...

– "Hum" o que?

– Já que você sabe, pode me ajudar?

– Outra vez? Tem a ver com aquele alpha?

– Talvez sim, talvez não. Tudo depende de como o nosso amiguinho vai estar.

– Fala logo, Bê!

– Odeio quando me chama assim, você sabe.

– É, eu sei. - Lívia riu.

– Enfim, eu estou de olho em uma vítima há algumas semanas. É uma menina nova, seu nome é Ana Luísa.

– Ana Luísa? Que brega. - reclamou a mulher.

– Tá, tá. - suspirou o homem. - Só que essa Luísa é aluna do tal alpha, o Maurício.

– Ah, então você quer que eu distraia o alpha caso interfira enquanto você faz a festa?

– Muito esperta, senhorita ômega. - disse a dando um selinho.

– Vou pensar no seu caso. - disse a mulher dando um sorrisinho e se levantando e já indo procurar as roupas no chão. - Agora tenho que ir, antes que deem falta de mim na casa de jogos.

Bernardo levantou da cama e a abraçou por trás, a dando um beijo no pescoço.

– Mas pensa com carinho está bem?

– Pode deixar. - disse dando um risadinha.

. . .

Já passava das seis horas da tarde. Luísa estava na sala de casa com seus pais vendo Henrique elétrico correndo pela sala de estar.

– Ele não para! - disse a menina rindo.

– Henrique, vem cá, vem. - chamou a mãe e o cachorrinho pulou em seu colo lambendo seu rosto.

– Hum. - disse o pai indiferente olhando a cena. - Só não quero que ele destrua nada.

Henrique olhou para o homem, virou a cabeça meio que de lado como se estivesse pensando e depois pulou no mesmo.

– Ei!

Luísa e a mãe riram muito.

– Ele gosta de você, papai. - disse Luísa.

Enquanto isso, na janela, Bernardo assistia toda a cena pensando em como tirar Luísa de casa.

– Tão linda... - sussurrou o ômega.

Foi então que Henrique viu Bernardo e saiu latindo até a janela igual um louco.

– O que foi, Henrique? - perguntou Luísa.

O cachorrinho estava todo arrepiado e latindo feito um louco. Bernardo sorriu agradecendo por ter chutado aquele bicho há alguns dias atrás. Henrique correu para a porta e começou a arranhar a mesma. Ninguém entendeu nada. O pai foi até a porta e a abriu, quando foi olhar não havia ninguém. Porém foi um ótimo momento para o filhote sair correndo pela rua.

– HENRIQUE! - gritou Luísa.

Sem ao menos pensar a menina saiu correndo igual uma louca pela rua chamando o animal. Porém, quando chegou na esquina ela viu que lá havia alguém e segurava Henrique nos braços.

– Bernardo! Você pegou o Henrique! - disse toda feliz.

Bernardo deu um sorriso maligno e lançou o cachorro contra a parede no outro lado da rua.

– HENRIQUEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEE-! - Luísa recebeu um soco na barriga e desmaiou.

O ômega a pegou no colo e saiu dali correndo sem deixar rastro.

. . .

Enquanto isso, na cabana da floresta, Maurício estava jantando com Vovô. De repente sentiu uma forte dor no peito e uma sensação horrível tomou conta de seu corpo.

– O que foi, Maurício?

– Aconteceu alguma coisa com a Luísa! - disse o homem pulando da cadeira. - Não me espere, Vovô.

O alpha se transformou em um lobo negro e saiu correndo janela a fora.


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Notas finais do capítulo

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