Mistérios da Meia-Noite escrita por LadyWolf


Capítulo 15
Capítulo XI: Alpha vs Ômega


Notas iniciais do capítulo

Oi, amores! Desculpa a demora pra postar :(



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Quando Luísa acordou estava em um galpão escuro e muito empoeirado. Havia barris e caixas velhos por todos os lados. O que havia acontecido? A menina tentou se mexer e só então percebeu suas mãos estarem acorrentadas, presas a parede. Qualquer esforço de se soltar foi inútil.

A porta do galpão se abriu. Bernardo entrou no local sem camisa, expondo seu corpo definido. Ele tinha um sorrisinho nos lábios enquanto se aproximava de Luísa, que estava estática. Agora ela se lembrava de tudo, inclusive de Bernardo ter lançado o pobre Henrique contra a parede.

– Ana Luísa... - disse acariciando o rosto da jovem.

Em resposta ela virou o rosto para o lado, como se o ignorasse.

– Ah, não faz assim comigo. O gato comeu sua língua? - o homem riu e continuou. - Ou é por que eu matei aquele vira-latas pulguento?

A menina ficou com raiva e cuspiu na cara de Bernardo.

– NÃO FALA ASSIM DO HENRIQUE! - ela berrou.

– Huhu, então você tem língua né.

– Me solta, Bernardo! - disse irritada.

– Por que eu deveria fazer isso? - ele riu e começou a abraçou pela cintura. - Você é muito bonita, sabe, Luísa.

Um mal pressentimento tomou conta da garota. Bernardo começou a beijar seu pescoço e passar as mãos por todo o seu jovem corpo. A garota ameaçou gritar e sua boca foi tapada pelo homem.

– Não, senhora. Ninguém pode nos ouvir, ENTENDEU? - disse ameaçador.

Bernardo rasgou o vestido florido de Luísa e sorriu.

– Vamos começar a brincadeira. - ele riu já o retirando.

Luísa estava envergonhada e com medo. Mas quando o ômega deu o próximo passo o telhado do barraco se quebrou e um lobo negro pulou por cima do homem, atingindo-o diretamente no pescoço. Bernardo caiu no chão, o lobo a pouca distância rosnando.

– Maurício! Você por aqui?

O lobo mostrou os dentes rosnando mais alto.

– Vamos brincar então. - Bernardo sorriu e se transformou em um lobo cinzento de olhos azuis mais vivos do que antes.

Os dois lobos ficaram se rodiando, esperando a melhor chance para atacar. Maurício, enfurecido com toda a situação pulou em Bernardo. Os dois começaram uma luta no chão de mordidas e arranhões. O ômega lançou o inimigo na parede, fazendo-a se quebrar. Mesmo atordoado, ele se levantou e retribuiu com o mesmo golpe. Mas o alpha não perdeu tempo e pulou sobre o ômega.

Se você pensa que Maurício conseguiu chegar perto de Bernardo está muito enganado. Uma loba de coloração cinzenta um pouco mais clara e olhos azuis atacou o alpha que com o impacto do golpe acabou voltando a forma humana sem forças.

– Professor! - gritou Luísa.

– Obrigado, Lívia. - disse Bernardo logo depois que voltou a forma humana. - Onde é que paramos mesmo, senhorita?

O ômega voltou a se aproximar da garota, que tentava se soltar de qualquer jeito. Maurício tentava se soltar das garras daquela loba, mas estava muito ferido.

– Um colar? - perguntou Bernardo vendo o cordão com um pingente em forma de meia-lua que a tia de Luísa havia a dado.

Bernardo se aproximou e, como estava escuro somente enxergou a sombra do cordão.

– Muito bonito o seu... AI! - assim que tocou o cordão a mão do homem ganhou uma grande queimadura. - Isso é prata! Vadia! - disse dando-lhe um tapa na cara.

– Luísa! - o alpha ficou com raiva daquilo e voltou a se transformar em lobo. Ele jogou Lívia contra a parede e foi para cima de Bernardo, focando seu pescoço. Queria matá-lo de qualquer jeito.

O ômega também ficou com raiva e foi para cima de Maurício, o jogando no chão com toda a força e ficando os seus dentes finos no pescoço do do mesmo. Já chega! Iria matar aquele alpha de qualquer jeito e teria o corpo de Luísa para si. O lobo negro levava a pior quando de repente a porta da cabana se abriu e dois tiros atingiram Bernardo, que caiu no chão grunhindo de dor.

– BERNARDO! - gritou Lívia voltando a forma humana correndo até o rapaz. - Você está bem!?

Maurício estava no chão bastante confuso. O que havia acontecido? Ele guiou o olhar até a porta e viu a figura de um homem segurando uma pistola. Era musculoso, moreno e tinha um cigarro na boca.

– VAI PRO INFERNO, CRIATURA MALIGNA! - disse já quase apertando o gatilho em direção a mulher.

– Professor! - gritou Luísa. O homem tirou o dedo do gatilho.

– L-Luísa... - disse se levantando, cambaleante, indo em direção a garota.

E esse foi o momento oportuno para que Lívia jogasse Bernardo nas costas e fugisse dali pelo buraco do teto.

– EI, VOLTE AQUI! - disse disparando várias vezes contra o telhado. - Droga, eles fugiram! Vocês estão bem? Eu sou Pedro Mokubo, caçador de lobisomens.

Ao ouvir a palavra caçador Maurício ficou esperto. Segurou totalmente a vontade de arrebentar aquelas correntes que prendiam Luísa com as próprias mãos já que poderia ser descoberto.

– Lobisomem? - Luísa olhou para Maurício, depois lembrou dele e dos outros dois transformados em lobos. Agora tudo fazia sentido.

– Sim, senhorita. - disse o homem dando dois tiros, um em cada corrente e logo o metal se quebrou. - Pronto, está livre.

– Professor, você está bem? - disse Luísa correndo para abraçá-lo. Aquilo foi um impulso, já que não tinham tanta intimidade.

– E-Eu estou bem. - disse retribuindo o abraço. Em seguida retirou a jaqueta e colocou sobre os ombros da garota para esconder seu corpo semi-nu.

– O que aconteceu aqui? O que aqueles lobisomens queriam com vocês?

Maurício olhou Luísa como se a pedisse para não dizer nada.

– Luísa é minha aluna. - respondeu Maurício. - Eles a raptaram e eu vi quando aconteceu, então os segui para tentar salvá-la. Mas foi uma surpresa quando se transformaram! Eu não sabia que esses monstros existiam de verdade, foi uma surpresa.

– Hum... Entendo. - disse Pedro olhando Maurício, talvez um pouco desconfiado. - Mas tomem cuidado da próxima vez. Está tendo muitos assassinatos ultimamentes, com certeza são ligados a esses lobisomens.

– Sim, senhor. - respondeu Maurício.

– Hum... Qual o seu nome mesmo?

– Maurício.

– Hum...

– Agora vamos, certo, Luísa? Seus pais devem estar preocupados.

– Sim, professor.

Os dois saíram andando para fora da cabana.

– Você não vem? - perguntou a garota.

– Não, vou ficar mais um pouco. Quero ver algumas coisas.

– Tome cuidado. E muito obrigado.

– De nada.

Quando os dois sumiram de vista Pedro sorriu.

– Esse bicho fedorento pensa que me engana.


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Notas finais do capítulo

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