A herdeira de Gondor escrita por Madlynn


Capítulo 4
Capítulo 4: A Descoberta


Notas iniciais do capítulo

Olá leitores, me desculpem pela demora a postar esse capítulo, estava totalmente sem inspiração, e não sabia se devia ou não continuar com a história pois recebi poucos comentários no capítulo anterior. =( Por favor, se gostarem, deixem um comentário, isso estimula a autora e a deixa super feliz! Assim saberei se devo prosseguir ou não com a fic.. Espero que gostem desse capítulo cheio de descobertas rsrs Boa leitura!



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No capítulo anterior:

"Uma leve lágrima desceu pela sua face, a qual ele logo tratou de secar.

–Se controle Thranduil, você não é mais um jovem elfo descobrindo o amor, agora você é o rei da Floresta das Trevas, e deve focar em suas obrigações para com seu povo, pare de pensar besteiras. - disse para si mesmo, como um mantra.

Ficou lá por horas, até que começou amanhecer o dia e ele foi obrigado a se retirar, deixando para trás os sentimentos que teimavam em assombra-lo.”

O dia amanhecera rápido, mas a madrugada parecia interminável para Ariel, que não conseguira pregar o olho durante essa noite. Algo há havia perturbado, para ser mais claro alguém, Thranduil. O rei não saia de seus pensamentos, e isso já estava incomodando a garota, que logo se levantou e caminhou até a sacada do quarto para observar o nascer do Sol, como fazia todos os dias em sua casa.

–Como será que papai e mamãe estão? - disse para si mesma, preocupada com os dois, precisava de qualquer maneira ter notícias dos pais.

Ficou lá até o Sol nascer por completo, absorta em pensamentos, e quando isso aconteceu, foi para dentro de seu quarto e começou a se arrumar. Colocou um vestido azul claro que estava em um baú rico em detalhes élficos, e calçou suas confortáveis sapatilhas pretas. Ariel estava penteando seus cabelos quando Lucy acordou.

–Bom dia flor do dia! - saldou toda contente e aparentemente disposta. -Dormiu bem?

–Bom dia! Que nada, não consegui pregar os olhos a noite toda! E você?

–Dormi como uma pedra! -riu se espreguiçando.

–Ótimo! Então se arrume, ou vamos nos atrasar para o café da manhã.

–Sim senhora! - Lucy seguiu rindo para o banheiro onde fez sua higiene matinal e se arrumou.

Logo Ariel e Lucy desceram para o café, onde, Ariel principalmente, atraiu olhares tanto do rei quanto do príncipe.

–Bom dia. - disse um pouco constrangida e parou diante a mesa com medo de sentar em lugar errado.

–Bom dia! - disse Legolas entusiasmado. - Aqui! - disse puxando a cadeira para que Ariel se sentasse.

–Er... Obrigada! - disse quase que em uníssono, somente para o príncipe ouvir.

Tomaram o café em silêncio até que Thranduil se pronunciou.

–Bem, como vocês estão perdidas e são totalmente desconhecidas por todos aqui na Floresta das Trevas, não me espantaria se ficassem em apuros e corressem algum risco. Portanto, como não quero confusões em meu reino, ordenei que Tauriel as treinasse e preparasse para uma luta, por precaução. - Thranduil disse a última palavra pausadamente, como se sentisse que algo muito terrível estava para acontecer. - Mas antes preciso saber, estão de acordo?

Ariel pensou um pouco e viu que o rei tinha razão, nem ela nem Lucy sabiam dos perigos que aquela Floresta poderia ter, logo era bom que estivessem preparadas para enfrentá-los caso algum acontecesse, então se entreolharam rápido e assentiram.

–Ótimo. Hoje mesmo começam os treinos. - disse isso e estava se retirando quando Legolas o chamou.

–Ada, se me permite, posso ajudar Tauriel no treinamento? Como o senhor sabe eu conheço várias técnicas de luta que poderão ajudar as meninas futuramente.

–Tudo bem Legolas, como quiser. - dito isso se retirou, deixando apenas Legolas, Lucy e Ariel na sala.

Após alguns minutos de silêncio, Lucy se pronunciou.

–Ele é sempre assim? - disse voltada para Legolas.

–Assim como? - respondeu o elfo um pouco confuso

–Assim... Sem muita emoção, sem expressão... Não sei explicar.

–Ah, depois que minha mãe se foi ele nunca foi o mesmo. Foram tempos difíceis aqueles. Eu ainda era uma criança e me lembro de pouca coisa. E ele não fala sobre isso. - Legolas ficou por um momento cabisbaixo, mas logo tratou de mudar de assunto. - Vamos começar o treinamento?

–Claro, Alteza, como quiser. Perdoe-me sobre a pergunta, eu realmente não sabia. - disse Lucy com compaixão no olhar.

–Tudo bem, sem problemas. - ele deu um meio sorriso e seguiu com as garotas a um pátio de treinamento. Quando Lucy se afastou um pouco Ariel tomou coragem e disse:

–Eu sei como você se sente. Também não conheci minha mãe, digo, minha mãe verdadeira. Só conheço a que me criou.

–Sua mãe também morreu? - os dois se sentaram em uma fonte que tinha por perto do pátio.

–Não, segundo minha mãe adotiva ela ajudou minha mãe a me dar a luz, e essa lhe dissera que não poderia ficar comigo, pois não tinha condições de me criar, e que meu pai a havia abandonado. - Legolas ouvia cada detalhe atencioso, conhecia uma história parecida com essa, mas não, só podia ser uma coincidência.

–E quantos anos você tem Ariel? Sua mãe lhe disse algum detalhe de como era sua verdadeira mãe?

–Fiz 17 há 3 dias. Somente que era a mulher mais linda que ela já tinha visto, e que as orelhas delas eram diferentes, pontudas, iguais as minhas e as suas. Ah! - Ariel tirou do bolso uma pulseira. - Minha mãe deixou comigo isso, quando nasci. - depositou o colar nas mãos de Legolas, que estava perplexo. Por um momento ele ficou sem reação, mas foi ligando um ponto a outro e matou a charada.

–Venha comigo Ariel, preciso lhe dizer algo muito importante.

A garota sem entender o que ele queria dizer com isso apenas o seguiu. Eles atravessaram o rio e foram até uma cabana que Legolas descobrira ainda criança. Era um lugar especial pra ele. Logo que entraram Legolas estava inquieto, não parava um segundo sequer e por vezes parava e encarava Ariel, observando cada detalhe dela. Até que tomou fôlego e começou a falar:

–Ariel, há muito tempo atrás, mais precisamente na Terceira Era do Sol, eu saí com mais 8 amigos em uma missão, nós éramos a Sociedade do Anel e precisávamos queimar o Um Anel nas profundezas da Montanha da Perdição, pois com ele, Sauron poderia controlar todos e acabar com a paz da Terra Média. - Legolas ia contando pausadamente, para que Ariel compreendesse tudo. - Houve muitas guerras, batalhas contra Orcs e forças do mal enviadas por Sauron até que conseguimos chegar a Montanha da Perdição e Frodo, aparentemente, queimou o Um Anel. Depois desse feito por muitos meses tudo ficou bem, inclusive um membro da Sociedade do Anel, Aragorn, se tornou o rei de Gondor e se casou com uma das elfas mais belas da Terra Média, Arwen, a Estrela Vespertina, e pouco tempo depois eles estavam aguardando um herdeiro, aliás, uma herdeira. Todos nós estávamos felizes com a chegada da princesa, que foi tão desejada por todos. - Legolas que por um momento estava em uma nostalgia, lembrando-se de tudo que fizera quando era mais jovem, mudou seu semblante para sério.

–Infelizmente mais tarde descobriram que o Um Anel não havia sido, de fato, queimado e que Sauron regressara ainda mais forte e pretendia dominar toda a Terra Média com o poder do anel. Pra piorar a situação Gandalf, o mago Cinzento que nos guiou até a Montanha da Perdição se lembrou de uma profecia que dizia que Sauron mataria a herdeira de Gondor por essa ser a única criatura capaz de destruir de uma vez por todas o Um Anel. Nós membros da Sociedade ficamos desesperados e tentamos de todo jeito achar uma solução, um meio de salvar a vida da princesa, até que Elrond, avô da princesa, teve uma ideia, ele e Gandalf sabiam que além da Terra Média existia outro lugar que era somente habitado por homens, um lugar que talvez pudesse salvar a princesa élfica. Eles fizeram uma poção que ao ingerida, poderiam chegar a essa nova Terra, porém a poção só dava para uma pessoa ir. Logo decidiram que Arwen iria ainda grávida e daria à luz a criança por lá mesmo, depois regressaria a Terra Média sozinha, e diria a Sauron que a princesa teria nascido morta. - Ariel escutava atentamente cada detalhe dito por Legolas, apesar de não estar entendo o porquê de ele estar lhe contando isso.

–Mas Legolas, o que isso tem haver com o que estávamos conversando? Não estou entendendo... – Ariel permanecia confusa.

–Logo tudo fará sentido Ariel, não se preocupe. - disse fazendo um carinho na mão dela. - Posso continuar? - a garota, arrepiada pelo toque do elfo, só assentiu.

–Quando Arwen começou a sentir as dores do parto, ela partiu rumo a essa terra desconhecida, e teve a criança por lá, e quando regressou a Terra Média nos contou que uma moça simples a ajudou e que como essa não poderia ter filhos, e que os desejava muito, entregou o bebê a ela e a pediu que a criasse como se fosse sua filha de sangue. Contou também que teve que mentir para essa mulher, não poderia revelar sua verdadeira identidade e dizer que era uma elfa, apenas não poderia ficar com a criança pois não tinha condições de cria-la, e que o pai a havia abandonado. - Quando Legolas disse isso, foi como se um balde de água fria tivesse caído na cabeça de Ariel, tudo agora fazia sentido para ela, que o olhava sem acreditar.

–Legolas, espere... Essa história toda que você me contou tem haver...? - Com você Ariel, você é a herdeira de Gondor, filha de Aragorn filho de Arathorn e de Arwen Undómiel, Estrela Vespertina filha de Elrond, o senhor élfico de Rivendell. Nascida em... - Legolas completou.

–06/01/1999. - os dois disseram juntos. - De acordo com o calendário dos homens. - disse Legolas.

–Meus deuses, como... Como isso é possível Legolas? - Ariel estava chocada, era muito para a mente dela. - Eu sou uma princesa? Eu terei que queimar esse tal Um Anel? Mas como? - ela falava sem acreditar. - Eu quero conhecer meus pais! Legolas, por favor, me leve até meus pais, já que Aragorn é seu amigo, você sabe onde fica. Eu preciso de respostas! - ela disse com a voz embargada e saiu da casa caminhando para o rio, onde se sentou a beira e tentou processar todas as informações que acabara de ter.

Legolas deu um tempo a ela, pois sabia o que a garota estava passando e como isso era difícil. Até que a noite chegou e em meio as lagrimas Ariel adormeceu beira ao rio.

O elfo vendo isso, a carregou para dentro da cabana onde depositou seu corpo na cama que lá tinha e a cobriu com um lençol élfico que ele trouxera tempos atrás. Ficou velando o sono da princesa a noite toda, pensando se era certo o que tinha feito, após se colocar no lugar dela, concluiu que tinha sido certo sim, que ela tinha o direito de saber de seu passado para que possa seguir seu futuro de acordo com o que deveria ser. Legolas observou também em como Ariel era linda, era uma mistura perfeita de Arwen e Aragorn, e por um momento sentiu uma imensa vontade de beijar os lábios vermelhos da meia-elfa, mas achou falta de respeito fazer isso com ela estando desacordada e se contentou em beijar apenas sua bochecha.

–Durma bem, princesa. - disse e deu um meio sorriso. - Sua jornada só está começando, mas haja o que houver, eu estarei sempre contigo.


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Notas finais do capítulo

E aí? O que estão achando? Críticas, sugestões... É team Ariel&Legolas ou Ariel&Thranduil? Me ajudem a escolher um ship para o nome dos casais?? Rsrs Mandem sugestões.. E comentem por favor, adoro interagir com meus leitores! Beijos, vejo vocês no próximo capítulo!