How To Save Two Lives escrita por Mor Sega


Capítulo 20
Capitulo 19: Ships in the Night


Notas iniciais do capítulo

Ok, meus planos não deram certo, me programei para acabar no 20° capitulo, mas não vai rolar. A boa noticia... No próximo capitulo tem... Não quero que adivinhem, mas tem, por isso vou dar uma pista na playlist:
Capitulo 1:
Eleanor Rigby - The Beatles
Cool Kids - Echosmith
Capitulo 2:
The Monster - Rihanna e Eminem
Capitulo 3:
Frozen - Within Temptation
Capitulo 4:
Caractère -- Joyce Jonathan
Capitulo 5:
Into My Arms - Nick Cave
Slipping Through My Fingers - ABBA
Capitulo 6:
Give Us a Little Love - Fallulah
Illuminated - Hurts
Capitulo 7:
A la faveur de l'Automne - Tété
Never Say Never - The Fray
Capitulo 8:
Wasting My Young Years - Londom Grammar
All These Things That I've Done -- The Killers
Capitulo 9:
Everybody Wants to Rule the World -- Tears for Fears (Lorde)
Capitulo 10:
I Cried Like a Silly Boy - DeVotchKa
Capitulo 11:
Broken Crown - Munford and Sons
Invence No - Laura Pausini
Capitulo 12:
Echo - Jason Walker
Capitulo 13:
Just a Dream - Nelly (ou Sam Tsui feat. Christina Grimmie)
Capitulo 14:
Let Her Go - Passenger
Capitulo 15:
Friends Will Be Friends - Queen
I'll Be There For You - The Rembrants
Capitulo 16:
Somethin' Bad - Miranda Lambert
João e Maria - Chico Buarque, Sivuca e Nara Leão
Capitulo 17:
Clarity - Zedd ft Foxes
Capitulo 18:
Shatter me - Lzzy Hale ft. Lindsey Stirling
Capitulo 19:
Ships in the Night - Mat Kearney
Capitulo 20:
Daylight - Maroon 5

Beijos



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"Eu viro a intensidade das luzes
Ando por essas salas sozinho
Nós podemos nos sentir tão longe tão próximos"

– Ships in the Night (Mat Kearney)

#

Nem bem uma semana havia se passado ainda, Hans parecia se recuperar bem segundo as informações que chegavam a rainha, mas ela mesmo ainda não havia ido até lá, em verdade, não tinha coragem de olhar para ele ou para qualquer outra pessoa. Evitara, até mesmo, Brienne com medo das perguntas que ela poderia fazer sobre a repentina melhora do príncipe Ilhéu.
Era sobre isso que pensava sentada em sua mesa no escritório, não tinha realmente muito o que fazer, já havia analisado os documentos pelo menos uma dúzia de vezes e, então, começou a andar de um lado para o outro.
— É aqui? — ela ouviu uma voz macia perguntar do outro lado da porta e isso logo se seguiu ao som de um punho batendo na porta com leveza — Elsa?
Por um segundo pensou ser Anna chamando a do lado de fora como fazia anos atrás, mas logo percebeu que não era possível, afinal a irmã estava do lado de fora aproveitando o dia com o marido.
— Elsa? — chamou novamente a voz do lado de fora e, alisando as saias, se aproximou da porta e a abriu dando espaço para a jovem ruiva entrar — Muito obrigada Joram, acredito que daqui possa me virar sozinha — comentou com um sorriso doce e da forma mais simpática que conseguiu pensar para faze-lo perceber que eram um assunto particular que queria ter com Elsa.
Mas o jovem apenas olhou de um para a outra, como se buscasse o auxilio da rainha que, da sua parte, queria qualquer coisa menos ter que encarar uma conversa solitária com Freya, mesmo sabendo que isso aconteceria mais cedo ou mais tarde.
— Pode nos deixar agora Joram — respondeu a jovem loira com os intensos olhos azuis voltados para ele em desespero, mas uma hora teria de acontecer, então que fosse o mais cedo possível.
Ele pareceu não gostar da ideia, mesmo assim deixou as duas e fechou a porta.
— Bem! — começou a rainha — O que me dá a honra dessa visita? — pergun tou mais entusiasmada do que realmente estava, segurando as mãos finas da princesa ilhéu contra as suas e a guiando para a poltrona em frente a sua.
— Na verdade — começou a jovem, mas foi interrompida pela rainha que se aproximou com uma xícara de um chá que havia sido deixado ali não muito tempo antes.
— Aceita uma xícara de chá? — perguntou vendo um sorriso se formar nos lábios finos da outra que aceitou o agrado com um aceno de cabeça.
— Sabe que não é preciso olhos para saber que está nervosa, não é mesmo?
— Imaginei — bufou se sentando na cadeira e arrumando uma mecha atrás das orelhas.
— De qualquer forma — começou a mais velha bebericando o chá quente — Não foi com questões que vim — ela disse logo antes de compor uma pausa e voltar atrás — Bem, na verdade sim — ela disse encarando bem para o local onde Elsa estava, como se, de alguma forma pudesse vê-la — Eu agradeço tudo que tem feito pela minha familia, mesmo após todo o mal que fizemos, e sei que não ve a hora de irmos embora, mas… — mais uma pausa longa se seguiu e a jovem continuou a encarar a rainha — Eu gostaria de pedir para ficar mais um tempo em Arendelle.

#

Hans cruzou o salão lá embaixo e era claro, mesmo para seus irmãos que o observavam do andar superior, o quanto estava se sentindo desconforto com toda a situação.
— Então… — puxou Bjorn com os dedos firmemente fechados em volta da lapela do casacão — Essa noite partimos de Arendelle e parece que não tivemos qualquer avanço — respondeu bufando.
— Você não teve qualquer avanço — respondeu o mais velho que se encontrava casualmente debruçado sobre o beiral da escada olhando os preparativos da festa que sua mãe havia recebido muito bem, mas para ele servia apenas para mostrar o quanto os Arendelles os queriam longe dali — Por que eu já fiz o meu movimento.
— Como assim “seu movimento”? — perguntou o outro enquanto observava o irmão acender um cigarro fino na ponta do mais novo, Alvan, que se encontrava calado, atirado em uma poltrona não muito longe — Pensei que o plano era…
— Esse é um problema comum meu irmão — respondeu apenas, sem ao menos olha-lo — Você pensa demais.
— O que? — perguntou agarrando o outro pelo braço e o forçando a olha-lo. — Nós tínhamos um plano.
— Tínhamos — concordou ele — E esse plano não fazia qualquer alusão a correr atrás da rainha como um cão e sim conquista-la como um homem.
— Da mesma forma como fez com aquela princesinha sonsa na Inglaterra? — perguntou com o tom mais brando que podia, mesmo assim não podia esconder a raiva que sentia.
Manfred não pensou duas vezes antes de acertar o punho com força contra a face direita do irmão que caiu no chão cuspindo sangue e um dente.
— Você não aguenta a verdade, Manfred? — perguntou ele observando que pessoas se aproximavam após ouvir o som do impacto de seu corpo com o chão.
— Chegou vocês dois — interrompeu o mais novo se colocando entre o punho de Manfred e Bjorn que ainda se encontrava atirado no chão — Parecem que ainda possuem 12 anos brigando pelos corredores assim. — ele olhou para os dois com ar de censura, segurando as palavras que não poderia falar de jeito nenhum e isso ficou claro para o mais velho dos três príncipes: se continuassem entregariam o plano para todos os empregados que se amotoavam para descobrir a razão da briga.
— Tem razão, irmãozinho — respondeu Manfred rindo enquanto Bjorn o encarava sem entender muito bem a mudança de postura.— Acho que estamos agindo feito crianças. — comentou enquanto erguia as mãos para o irmão caido a sua frente — Não deveríamos brigar assim por qualquer mulher — e puxou o irmão para perto e lhe sussurrou ao pé do ouvido — Faça o que quiser, apenas não fique no meu caminho, entendido? — quando o mais jovem assentiu com um aceno de cabeça ele o soltou do abraço — E que sempre lembremos de colocar a irmandade em primeiro lugar.
Logo a multidão começou a se afastar sem grandes preocupações, provavelmente porque não haviam notado o sangue junto ao jovem no chão ou só não houvessem dado bola para aquilo mesmo, mas o importante era que se afastavam.
Manfred arrumou a jaqueta e voltou seu olhar para baixo, onde um apressado Kai passava com ar preocupado em direção as escadas. Sim! Dessa vez seus planos dariam certo e mataria dois coelhos com uma cajadada só, pensou levando o cigarro aos lábios.

#

Elsa não sabia como responder aquela pergunta, fora pega completamente desprevenida e por isso passara longos minutos em silencio enquanto a jovem de cabelos avermelhados a encarava por sob a venda esverdeada que cobria os misteriosos olhos dela.
— Então? — perguntou mais uma vez — Eu entendo se disser não — comentou apenas para aliviar a tensão que pairava no ar.
A verdade é que Elsa já havia pensando em pedi-la para ficar, mas de uns tempos até aquele exato momento as coisas eram complicadas demais, muito mais do que a jovem rainha poderia processar e isso passava em círculos pela sua cabeça. Em primeiro lugar estava Hans e em segundo também, na verdade ele era o único problema de deixar Freya permanecer no palácio. Sim! Estava desperto e voltando para sua ilha, mas apenas ela e Brienne sabiam a verdade e a verdade era que a inglesa não tinha qualquer coisa a ver com o despertar do príncipe e não tinha certeza de como a encararia todos os dia.
E ainda havia Ana para complicar ainda mais tudo. Não que não confiasse na princesa, mas era difícil ter certeza de que aquele segredo seria mantido, mesmo por Brienne, quanto mais por alguém de fora. Não! Simplesmente não podia deixar a irmã saber que havia salvado ele.
— Sobre seu irmão — foi tudo o que conseguiu verbalizar de tudo o que lhe passara pela cabeça naqueles segundos silenciosos, ou teriam sido minutos?
— Ana jamais saberá de mim — falou sem esperar que a rainha pedisse — Eu entendo tudo pelo que está passando Elsa — disse de forma complacente com a voz vibrando em um tom calmante — Acredite que não quero lhe colocar em problemas com qualquer um aqui, eu só quero… — ela engoliu em seco.
— Só quer? — insistiu a rainha, mas quando a ruiva abriu a boca para responder, um som de batidas veio da porta que se abriu em seguida.
— Vossa graça, — disse Kai se virando para a rainha e logo em seguida fazendo uma meia reverencia para a princesa ali presente — Princesa — o conselheiro se aproximou com passos apresados da mesa e entregou uma carta bem selada com o timbre de uma família nobre de grande importância da região marcado na cera.
— Quando isso chegou, Kai? — perguntou estranhando a correspondência não ter estado junto com as outras que lhe chegara mais cedo, nas primeiras horas da manhã.
— Agora mesmo Elsa — respondeu o robusto homem, sem tentar esconder a preocupação aparente em seu rosto avermelhado — Um menino veio entregar na porta.
A mulher franziu o cenho e deu de ombros antes de partir o selo e ler, de fato, a carta. Era uma correspondência escrita a mão com uma letra grosseira, mas perfeitamente inteligível e Elsa não teve qualquer dificuldade em entender a mensagem que ele tentava lhe passar.
Quando chegou ao fim da carta não pode impedir a si mesma de empalidecer, deixou a carta cair no chão e se aproximou da janela apenas buscando o apoio do batente enquanto envolvia a própria cintura com o braço, como se isso fosse impedi-la de cair ou algo semelhante.
— Kai! — ela disse com os olhos arregalados — Por favor, mande alguém juntar o conselho, eu não… — ela fez mais uma pausa, enquanto a temperatura da sala diminuía drasticamente — Eu não sei se posso lidar com isso sem auxilio.
Ele apenas assentiu e deixou a rainha sozinha com a princesa.
— Também vou me retirar, se… — começou a mais velha se erguendo apoiada na bengala.
— Não! — respondeu a rainha erguendo uma das mãos a sua frente — Eu quero ouvir a sua opinião sobre isso também.

#

A sala do conselho encheu-se depressa depois que Kai pediu a um jovem criado que procurasse os conselheiros.
Muitos deles eram senhores e nobres das redondezas, chefes militares e afins, mas haviam dois rostos que conhecia do castelo. O primeiro era o sempre misterioso rosto de Brienne de Ealdor em nome da forte ligação de Arendelle com a Inglaterra e também por sua amizade com a rainha e o outro pertencia ao sempre simpático Kristoff que, e apesar de odiar isso, tomou uma cadeira como comerciante oficial de gelo do castelo, sabia que era um posto completamente desnecessário, assim como sabia que os outros lordes não gostavam nada da ideia de haver um camponês junto deles em uma posição de prestigio.
Não tardou para a própria rainha entrar na sala e tomar seu lugar na bancada.
— Agradeço a presença de todos — disse ela correndo os olhos pela sala de reuniões enquanto ajeitava uma mecha loira na trança frouxa — A priori, gostaria de apresentar a princesa Freya das Ilhas do Sul, ela estará conosco por tempo indeterminado a partir de agora.
Um sorriso frágil apareceu nos lábios finos da princesa que foi logo cumprimentada pela bruxa que se sentava ao seu lado enquanto um muxoxo de desagrado varreu a sala em questão.
— Mas esse não é motivo pelo qual eu mandei reuni-los aqui com tanta urgência — comentou ela se erguendo e passando para o lado um papel amarelado de carta com uma escrita grosseira e clara: a mesma que havia recebido não muito antes. — Recebi essa correspondência ainda agora e acredito ser um assunto de extrema delicadeza como podem perceber. — ela fez uma pausa enquanto as palavras passavam de mão em mão — Para aqueles que ainda não tiveram contato com a correspondência, em síntese, ela exige que um casamento seja realizado entra mim, a legitima rainha de Arendelle, e algum pretendente adequado — ele falou encarando as mãos em sua frente — Sob o risco dos domínios serem passados para o remetente da mesma — nesse momento ela voltou os gelados olhos azuis para o senhor a sua frente que possuía os dedos cruzados sob o nariz arqueado e sorriu ao perceber a movimentação — Conde Baldwin Rodich. — alguns rostos se viraram surpresos, mas foi Brienne a única que ousou erguer a voz ao se levantar de rompante.
— Isso não é justo — falou de forma simples, mas direta usando as palavras como se fossem facas contra o homem — Elsa salvou esse lugar e é a legitima herdeira. — ela fez uma pausa olhando para todo os presentes e então continuou — Qual o motivo desse requerimento?
— O motivo minha cara inglesa — respondeu o homem se erguendo também e a encarando com frios olhos verde acinzentados — É que estamos falando da mesma rainha que nos colocou em risco — ele fez uma pausa — E que mais uma vez perdeu o controle, congelando o irmão traidor dessa moça que agora coloca sentada em nossa mesa — ele ergueu um dedo no ar e tomou fôlego antes de apontar para a cega que se encontrava calada — E que, até onde sabemos, pode muito bem estar com um plano para nos trair.
Todos pareceram congelar com a acusação enquanto a suspeita corria solta pela mesa em pigarros ansiosos e mãos inquietas.
— Freya não é suspeita de traição — respondeu com simplicidade — E ela ficara aqui, não a pedido dela como o senhor suspeita, mas a meu desejo, quero que esse palácio volte a se encher de vida como foi no tempo de meus pais e é por isso, e não por qualquer outro motivo, que estamos celebrando essa despedida dos Ilhéus — ela disse aparentando uma coragem que não tinha — Mas se é do desejo de todos que eu me case para continuar exercendo o meu poder sobre Arendelle, então assim será — ela respondeu olhando para todos os senhores, que pareciam muito mais confortáveis após essa decisão — Pensarei em um companheiro adequado para o trono, só peço que me dêem tempo o suficiente para decidir sobre isso.
Um murmurar confabulatório correu pela mesa, mas nem Freya, Brienne, Kristoff, ou mesmo Kai tomaram partido nele.
— Está decidido — respondeu o conde de Rodich — Tem até amanhã a noite para uma decisão.
Ela suspirou, era um tempo apertado, mas não a pegara de surpresa.

#

"Tentando provar quem está certo
E se tudo batesse no mar
Se fosse apenas você e eu tentando encontrar a luz"

– Ships in the Night (Mat Kearney)


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Notas finais do capítulo

Hoje eu não tenho nada para agradecer, então até a próximo pessoal!



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