How To Save Two Lives escrita por Mor Sega


Capítulo 21
Capitulo 20: Daylight


Notas iniciais do capítulo

Ta, em primeiro lugar as explicações, eu fiquei muito tempo afastada, eu sei! Não foi por mal eu juro, é que estava com problemas e tive que me dedicar mais aos estudos e quando entrei de férias meu PC deu pau e perdi tudo. Essa é a versão resumida.

Quanto a playlist, para não ocupar muito espaço, eu passando ela para um lugar mais seguro onde eu possa montar a playlist (link nos próximos capítulos) e deixei apenas as últimas músicas aqui.
Acho que é isso, beijos linds!
Playlist:
Capitulo 17:
Clarity - Zedd ft Foxes
Capitulo 18:
Shatter me - Lzzy Hale ft. Lindsey Stirling
Capitulo 19:
Ships in the Night - Mat Kearney
Capitulo 20:
Daylight - Maroon 5



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"E quando a luz do dia chegar eu vou ter que ir
Mas essa noite vou te abraçar bem forte
Porque quando a luz do dia chegar nós estaremos separados
Mas essa noite preciso te abraçar bem forte"

– Daylight (Maroon 5)

— Já vai? — perguntou uma voz grossa o suficiente para enregelar o corpo recém descongelado do príncipe, mas baixa demais para ser escutada por qualquer um dos habitantes adormecidos do palácio — Pensei que ficaria mais uma noite para ver o grande plano de seu irmão.
— Não — respondeu com simplicidade.
— Fico aliviado — disse com sinceridade apagando o cigarro com a ponta do sapato e se virando para o irmão — É algo sério Hans e você precisa confiar em mim.
— O que pode ser tão importante para mim ter que prestar atenção e, mais ainda, confiar em você? — perguntou com o maior desdém que lhe era possível.
— É sobre o plano de Manfred — ele confidenciou, puxando o mais novo para longe de onde alguém poderia escuta-lo, não que houvesse alguém para isso aquela hora da noite, mas toda precaução era pouca — Como você sabe ele quer conquistar Arendelle.
— Não só — respondeu com frieza — Afinal, esse é o plano, não?
— Sim, esse é o plano — confirmou o outro, sem saber muito bem se deveria ou não contar com o irmão, mas faria isso de qualquer forma — Não sei se você soube, mas Manfred pretende invadir o castelo amanhã com um grupo de apoio e derrubar o governo da rainha.
Aquilo realmente pegou Hans de surpresa, primeiro que não fazia ideia de quem poderia se juntar a Manfred, afinal todos haviam ficado contra ele quando assumiu o governo do reino.
— Ele não me disse o que faria com ela ou com a corte, mas acredito que vai te querer por perto.
— E porque ele iria querer isso? — perguntou o ruivo olhando para o irmão mais velho que prosseguiu em seguida.
— Digamos que Elsa pode ter salvado você — ele comentou, fazendo o outro arregalar os olhos, se fosse isso, se fosse mesmo isso, então toda aquela confusão que sentia poderia ter um nome? Uma causa? — Isso significaria que ela te ama — não, isso não aconteceria com ele, Elsa era racional demais para amar alguém que traíra Anna e ele jamais corresponderia, porque isso não estava no plano — Usar esse amor para tomar legitimar o poder seria apenas o passo natural das coisas.
— Ainda bem que é só uma hipótese — ele comentou se dirigindo para a porta — E sobre “legitimar o poder”, acho que Bjorn não se importaria.
— Tomara que não — comentou o mais velho antes que Hans se afastasse mais — Até porque não sei o que aconteceria com a familia real caso ela não aceitasse casar com um de nós.
Ele colocou as mãos no bolso e se afastou enquanto Hans parecia ter congelado novamente sob o céu estrelado, mas logo sacudiu a cabeça e pegou o carro que o levaria até as docas.
Já estava lá quando finalmente se deu conta de que o aperto em seu peito era o medo de algo real, era o medo de que algo acontecesse a pessoas que lhe eram queridas como sua irmã, Freya, Brienne e, principalmente, Elsa. Sim, ele estava com medo que algo acontecesse a Elsa, tinha medo que Manfred a machucasse, mas também tinha medo que ela se casasse com alguém como Bjorn e isso foi o suficiente para que deixasse as malas no convés sem qualquer proteção e pulasse junto ao velho senhor que conduzia o carro e lhe tomasse o chicote que fez o cavalo correr pelas ruas até a entrada do palácio.

~~X~~

Fazia horas que estava trancada em seu quarto tentando pensar em uma quantidade incrível de nomes que pudessem servir para isso, mas não era tão fácil quanto parecia, sabia que muitos queriam seus filhos na lista, mas todos pareciam péssimas opções, primeiro porque aqueles que tinham punho para ser reis seriam traiçoeiros e Elsa não sabia se saberia lidar com isso, mas se fosse para ter um marido, que fosse alguém que soubesse reinar e que reinasse ao seu lado.
Largou a caneta por um momento e encarou o próprio rosto no espelho, não muito tempo antes ela teria batido de frente com os lordes como Brienne disse, mais tarde, que devia ter feito, mas a verdade é que não tinha mais certeza do que era certo, não depois de ter congelado tudo e mais um pouco.
Suspirou e se levantou para pegar um copo d’água no aparador da lareira quando ouviu uma batida na porta, olhou para o relógio apenas para constatar que já passara das onze horas, por tanto boa parte do castelo deveria estar dormindo. Pensou se deveria mesmo abrir a porta, mas de certo não havia ser nada demais, no máximo alguém preocupado com alguma questão importante e inadiável.
— Vossa graça — disse Hans entrando sem pedir licença no quarto frio e iluminado pela lua — Eu não queria interromper.
— Não está interrompendo nada — comentou a rainha olhando para os lados a fim de ver se não havia qualquer um atrás do príncipe, mas parecia que era apenas os dois mesmo. — Só não sei o que faz aqui a essa hora — respondeu, pronta para o que pudesse acontecer em seguida.
— Vim apenas lhe agradecer por ter me salvado — ele disse se aproximando um pouco, a porta ainda estava aberta quando Elsa se afastou para perto da janela, tudo para que, caso algo saísse do controle, fosse mais fácil chamar alguém.
— Não fui… — ela começou, mas logo se cortou de forma abrupta com o rosto sendo tomado por um rubro intenso — Quer dizer — ela correu os dedos pelos cabelos se sentindo como uma criança que foi pega fazendo algo errado — Deus! — ela exclamou quando Hans já estava perto o suficiente para que não fosse mais possível esconder as batidas desacompanhadas de seu coração.
— Só me promete que nenhum dos meus irmão vai entrar nessa lista — ele pediu colocando uma das mãos contra o rosto de porcelana.
— Isso nunca aconteceria — ela fez uma pausa como se recuperando a razão e se afastou do toque quente dele — Até porque não confio em qualquer um de seus irmãos, ou em você — ela disse tentando parecer segura de si mesma, mas as pernas tremiam por sob a camisola fina e, nessa situação, ela observou ele se afastar até a porta — Aonde vai?
— Embora — ele comentou como se aquilo fosse apenas um comentário ocasional sobre o tempo — Eu vim apenas me despedir.
Elsa exalou e soltou a respiração muito rápido antes de perguntar com a voz trêmula — Você não vai ficar até amanhã.
— Se pedir com jeitinho — ele sorriu de canto e a encarou depois de fechar e trancar a porta — Uma vez eu disse que tudo seria mais fácil se você tivesse se apaixonado por mim — ele disse se aproximando o suficiente para ficar frente a frente com ela que fechou os olhos — Agora, — ele comentou com uma longa pausa entre as duas sentenças — Eu ainda vou embora pela manhã, vai ser melhor para nós dois — ele comentou esfregando de leve o nariz contra o dela — Mas essa noite eu quero te abraçar o mais perto que eu puder.
Então ele selou a pouca distancia que havia entre eles e a beijou com carinho, mas ainda podia sentir a resistencia da rainha sob seu toque o que o fez se afastar o suficiente para retirar a casaca e camiseta que cobriam o peito largo no qual, ela observou, corriam diversos fios estreitos e quase transparentes correndo por sob a pele do principe das Ilhas do Sul.
— Brienne suspeita que sejam parte da sua magia, algo que me tornaria imune, quase como a mecha branca nos cabelos da Ana — ela pareceu não levar aquele assunto muito a sério, mesmo assim correu os dedos pelas marcas, como se decidindo se deveria ou não aceitar aquela explicação um tanto suspeita, mas antes que pudesse chegar a um veredito, já se encontrava nos braços dele mais uma vez e a cada segundo os medos começavam a sumir dentro de sua cabeça dando lugar as estranhas e novas sensações que o jovem príncipe lhe trazia.

~~X~~

Os raios da lua logo começaram a ser trocados pela luminosidade preguiçosa do começo de dia quando Elsa abriu os olhos devagar, havia esquecido completamente qualquer uma de suas funções e dormiria muito mais não fosse o súbito soerguimento de um dos lados do colchão.
— Não é um pouco cedo? — perguntou com a luz incomodando os olhos claros enquanto se levantava um pouco para observar a figura masculina com quem dividira a cama.
— Você é que dormiu demais — ele retrucou se aproximando, apenas de calças, enquanto puxava a camisa sobre a cabeça — E, além do mais — corrigiu ele se sentando aos pés dela — Eu disse que sairia bem cedo, já estou até atrasado.
— Porque é tão importante que saia assim? — perguntou se aproximando mais.
— Você sabe bem o porque — ele respondeu segurando os dedos finos contra os seus — Alias, conhece todos os motivos melhor do que eu
Ela suspirou alto, percebendo que ele estava certo, não havia como fugir disso. Esfregou o rosto com uma das mãos antes de encara-lo mais uma vez.
— Pensei que era tudo o que queria — jogou ela olhando para os olhos de um verde profundo — Digo, tomar o trono a qualquer custo.
— Elsa — ele começou devagar, encarando os pés — Tudo o que eu quero é o trono, por isso mesmo eu tenho que ir.
— Você não está fazendo qualquer sentido — ela respondeu observando o sorriso que se formou no rosto dele e admirando aquela reação tão espontânea.
— Na verdade é bem simples — ele disse apoiando as duas mãos no colchão logo atrás dela — Se eu ficar, nunca mais vou conseguir bolar um plano para te tirar do trono, porque vou querer sentar ao seu lado nele.
— Ela tentou conter o batimento que falhou quando ele pronunciou aquelas palavras, mas era algo inevitável, tanto quanto fora na noite anterior e há semanas antes e como haveria sido muito antes se tivesse dado a si mesma a chance de se envolver.
Ela simplesmente enroscou os braços no pescoço dele e o beijo com toda a calma que podia, o puxando de volta para a cama, mesmo sabendo que não era certo e nem nunca seria, mas era tudo o que precisava naquele momento e não queria pensar em nada mais, mas foi forçada pelo afastamento dele.
— Eu preciso ir — ele disse com um sorriso no rosto, se levantando e vestindo o colete e a casaca. — O navio não vai me esperar.
— Você não vai… — ela começou a formular a perguntar, mas não chegou a termina-la, era óbvio que se a ideia dele era partir antes da noite, ele não queria que a família soubesse — Eu vou com você até o porto.
— Tem certeza? — perguntou ele observando enquanto ela corria pelo cômodo para se vestir depressa.
— Tenho — respondeu após terminar de ajeitar um vestido de chá simples em tons frios e uma capa pesada sobre os ombros que lhe cobriu o cabelo de cor anormalmente clara.
— Tem certeza que isso vai bastar para que ninguém te veja com um traidor? — ele disse com o canto dos lábios crispados, estava feliz e não queria negar isso — Quer dizer, você é a rainha.
— Vai ficar tudo bem.

~~x~~

Tudo que Elsa se lembrara do dia que antecedera aquela noite, era que ficara muito tempo ali, junto ao porto, observando o casco do navio que levava Hans por um longo momento, tentando decidir o que faria a seguir e tudo que passava pela sua cabeça era congelar o fiorde e ir atrás dele, mas uma rainha devia fazer o que uma rainha devia fazer.
Voltou para o seu quarto e tentou voltar a dormir, mas era apenas se torturar com o cheiro dele ao seu lado, então se levantou e foi até o escritório para voltar a pensar no problema mais eminente: Seu casamento.
Brienne se juntara a ela ao acordar, mas tudo que fizera fora protestar sobre aquela injustiça e deixar claro que não aprovava aquilo e que Elsa deveria ter ido atrás de Hans, mas mesmo assim a rainha não tivera coragem de contar sua pequena aventura da noite anterior e a amiga saiu bufando pelos corredores, afirmando que trabalho burocrático não tinha nada a ver com ela.
Elsa saiu um pouco para caminhar mais tarde após o almoço e acabou na companhia da sempre animada e falante irmã que, logo em seguida a levou para se arrumar para a festa de despedida da família real Ilhéu.

O grande salão principal estava pulsante com enfeites nas cores da familia que se despedia e nobres andavam para cima e para baixo se cumprimentando ou mantendo conversas animadas, ou mesmo dançando. Era algo de encher os olhos da rainha que ficara tanto tempo afastada desse tipo de contato.
O primeiro a tira-la para dançar foi o cunhado, Kristoff, por pura cortesia a chamara avisando logo que possuía dois pés esquerdos ao que a rainha, animadamente respondeu:
— Então complemento com meus dois direitos.
Em seguida seu conselheiro e velho amigo Kai se aproximara e depois um menininho que parecia ser o único a ter coragem de dançar com ela e isso logo quebrou as reservas de todos com sua soberana e as danças se seguiram sem que Elsa conseguisse manter uma sequencia exata de quantas e com quem, mas se sentia feliz como nunca, na verdade se sentia feliz desde que acordara, como se algo que há muito sentisse falta houvesse lhe voltado, mas também havia um vazio e sabia bem o que era.
— Me concede essa dança, vossa graça? — perguntou alguém a quem, prontamente, Elsa se virou com um sorriso no rosto até se deparar com o nariz adunco de Baldwin Rodich, que não esperou uma resposta antes de tomar a rainha em seus braços e sair com ela pelo salão.
Enquanto Elsa tentava se desviar da dança de forma a não se mostrar desagradável na frente da corte, sentia os dedos finos e fortes apertando suas mãos como grandes pinças enquanto o rosto dele se aproximava da orelha dela.
— Acredito que já esteja no momento de tomar sua decisão, não? Minha rainha! — isso fora dito suficientemente perto para que ela pudesse sentir o cheiro rançoso de queijo que lhe saia da boca fina.
— Pois eu já a tomei — respondeu com autoridade, tentando manter o máximo de distancia do homem a sua frente, o que não foi necessário, uma vez que ele se afastou e proclamou a todos.
— Nossa querida rainha Elsa possui um comunicado importante para fazer — disse o homem após conseguir que todos parecem o que faziam e começassem a se virar para ele — Ontem, lhe foi proposto que escolhesse um marido, com a finalidade de lhe ajudar no governo — ele fez uma pausa dramática em que direcionou toda a atenção para ela — Estamos esperando.
— Eu decidi — ela começou, sentindo o suor congelar nas mãos das mãos — Que não irei me casar.

"Nunca quis parar porque não quero começar tudo de novo
Começar tudo de novo
Estava com medo do escuro mas agora é tudo o que quero"

– Daylight (Maroon 5)


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Notas finais do capítulo

Tá, eu sei o que eu prometi, mas cada coisa a seu momento!
O próximo capitulo virá mais rápido dessa vez é uma promessa que será cumprida.
Agora eu acho que é hora do agradecimento (GENTE QUANTO TEMPO!!!)
Bem, vamos agradecer aos meus floquinhos de neve especiais a Gicah Love Frozen 2, a Vtmars e a minha querida mais nova e recente Flor, seja bem-vinda flor!



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