How To Save Two Lives escrita por Mor Sega


Capítulo 14
Capitulo 13: How to Save A Life/Just a Dream


Notas iniciais do capítulo

To ficando sem assunto. :/
Playlist:
Capitulo 1:
Eleanor Rigby - The Beatles
Cool Kids - Echosmith
Capitulo 2:
The Monster - Rihanna e Eminem
Capitulo 3:
Frozen - Within Temptation
Capitulo 4:
Caractère -- Joyce Jonathan
Capitulo 5:
Into My Arms - Nick Cave
Slipping Through My Fingers - ABBA
Capitulo 6:
Give Us a Little Love - Fallulah
Illuminated - Hurts
Capitulo 7:
A la faveur de l'Automne - Tété
Never Say Never - The Fray
Capitulo 8:
Wasting My Young Years - Londom Grammar
All These Things That I've Done -- The Killers
Capitulo 9:
Everybody Wants to Rule the World -- Tears for Fears (Lorde)
Capitulo 10:
I Cried Like a Silly Boy - DeVotchKa
Capitulo 11:
Broken Crown - Munford and Sons
Invence No - Laura Pausini
Capitulo 12:
Echo - Jason Walker
Capitulo 13:
Just a Dream - Nelly (ou Sam Tsui feat. Christina Grimmie)
Lembrando que as músicas são opções. Certo?



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“Tente passar pela sua defesa
Sem conceder inocência”
— How To Save A Live (The Fray)

#

— Vocês podem ir mais rápido,sabiam? — perguntou Freya, um pouco irritada com a lerdeza da marcha que seguia até o quarto de seu irmão congelado — Eu sei que tenho alguma dificuldade, mas não é tanto.
— Eu sei — respondeu a rainha mais nova, não era por conta dela que estavam andando devagar na verdade, Elsa apenas não saberia como reagir ao ter de mostrar o que fizera para a mãe e a irmã mais velha do príncipe, lembrava-se perfeitamente bem de como fora ver o corpo de Anna congelada — Nós vamos andar mais rápido.
O resto da caminhada fora mais rápida e quase silenciosa, exceto pelo som abafado da bengala de Freya contra o piso acarpetado do castelo.
O corredor não era dos maiores, no fim dele havia a porta que dava entrada para o quarto de Hans e não havia mais nenhuma outra no corredor. Dois guardas guardavam a entrada e isso surpreendeu bastante Wanda, que achou que Elsa não iria se importar se alguém entrasse e sumisse com o corpo, ou algo pior. Os dois se curvaram ao verem a rainha e se afastaram abrindo a porta, todos pareciam estar bastante cientes das precauções a serem tomadas após o acidente.
O quarto por dentro era grande e bastante simples com as paredes brancas em rodapés de madeira clara, uma grande janela cobria a parede do fundo e duas camas ocupavam o quarto.
— Esse foi o quarto que dividi com Anna durante anos — disse Elsa, mas depois do casamento acabamos transformando em uma espécie de enfermagem à pedido de Brienne.
— Parece bastante bom — disse Freya enquanto tateava para entrar o corpo gelado do irmão.
— Freya, por favor — pediu a rainha observando a rainha se sentar próximo a janela que congelou imediatamente — Eu agradeço pelo cuidado, rainha Elsa, outras rainhas em sua posição não faria metade.
— Qualquer rainha em minha posição não congelaria seu filho — respondeu ela sem prestar muita atenção com os olhos voltados ao rapaz congelado sobre a cama — Mas eu vou embora, ainda tenho algumas coisas para resolver.
— Claro, querida! — respondeu a rainha mais velha, voltando a sua atenção para o filho mais novo — Só me garanta que você e Brienne vão conseguir recupera-lo.
— Vamos sim! — garantiu Elsa — Vamos fazer tudo o que estiver ao nosso alcance.
— Obrigada.
A rainha apenas aquiesceu e saiu com uma trilha de gelo atrás de si, com o coração batendo a mil na garganta e encostou contra a porta, tentando acalmar seu batimento cardíaco.
— Rainha Elsa? — chamou a voz doce de Freya saindo pelo outro lado da porta dupla — Você está ai?
— Sim — respondeu Elsa, tentando aparentar mais calma.
— Você parecia nervosa enquanto falava com a mãe — comentou a princesa apoiando as duas mãos na bengala.
— É que eu não sei se vai ser fácil curar Hans — respondeu ela, Brienne havia dito que podia durar anos e até mesmo nunca acontecer — Mas nós vamos fazer o possível.
— Todo o possível? — perguntou a princesa e mesmo sem ver os olhos por baixo da venda, Elsa podia sentir a incisão de suas palavras — Mesmo que isso implique em beijá-lo?
— Freya — ela falou com grandes pausas para disfarçar o coração aos saltos — Essa seria a primeira coisa que eu tentaria se houvesse a mínima chance.
— Entendo — disse ela tocando a maçaneta para entrar — Obrigada rainha.

#

Brienne saiu do corredor apresada para tomar um pouco de ar, depois correu até o quarto que agora lhe servia de enfermaria com todas as suas ervas e poções, queria ver o que era possível fazer por Hans e conversar um pouco com Wanda e Freya para contar o que tinha em mente. Talvez até conseguisse ajuda, Freya com certeza não se oporia, mas Wanda poderia ser um problema considerável.
— Rainha Elsa? — chamou ao esbarrar com a amiga no corredor enquanto seguia até lá — O que houve?
— Nada — respondeu ela — Só estou um pouco cansada, vou tentar dormir um pouco.
— Vá sim — respondeu Brienne dando tapinhas nas costas da rainha, sem se preocupar se isso a faria congelar ou não — Vou pegar algo para ajuda-la a se acalmar, você pode precisar.
— Obrigada — Elsa falou enquanto seguia o caminho até o quarto congelado que lhe pertencia na torre mais alta do castelo.
Brienne respirou fundo e abriu a porta com calma para encontrar Freya e Wanda aos pés da cama de Hans e se aproximou devagar e o mais silenciosamente possível.
— Não é uma situação muito boa — respondeu a jovem bruxa se aproximando do pequeno armário de suprimentos no canto do cômodo.
— Com certeza, não — respondeu a jovem, fazendo desenhos com o dedos sobre o pé do irmão — É uma pena que Elsa esteja tão certa de que não há qualquer chance de salva-lo.
— Não acredite nisso — disse Brienne tomando lugar na cama bem a frente — Há uma chance.
— Nós sabemos disso, lady Brienne — respondeu Wanda com olhos que censuravam a filha, mesmo que essa não pudesse vê-los, mas pareceu sentir.
— Desculpe, — respondeu a princesa erguendo as sobrancelhas até que elas apareceram por sobre a venda — Eu sei que há e Elsa nunca me desencorajou, mas é — ela fez uma pausa — tão difícil acreditar que vá demorar tanto.
— Não vai demorar — respondeu Brienne, certa que era a hora de começar a contar seu plano — Eu juro que não, Elsa é cabeça dura, e por isso é uma boa rainha, mas sempre faz o que é certo e dessa vez não vai ser diferente.
— O que quer dizer com isso, Lady Brienne? — perguntou Wanda que sentava ao lado do filho inconsciente.
— Eu sei que ouviram quando eu disse que só um beijo de amor verdadeiro pode quebrar o feitiço — ela comentou e as duas assentiram, mas Freya tomou a palavra.
— Eu falei com Elsa agora mesmo e ela me garantiu que não há chance disso acontecer.
— Elsa passou a vida presa em uma torre — falou a mais jovem — E eu sei que não foi culpa dela, mas ela não sabe julgar os próprios sentimentos.
— Você quer dizer que… ? —perguntou Freya levando as mãos aos lábios para cobrir o sorriso que começava a surgir.
— Sim! — respondeu a bretã com mais seriedade que a princesa ilhéu, mas ficara tão ou até mais feliz em descobrir que tinha o apoio dela.
— Como pode ter tanta certeza? — perguntou a rainha com a mão tremendo e algo apontava que não era por culpa do frio que o gelo que revestia o filho exalava.
— Eu tive acesso a alguns documentos de extrema importância — respondeu com um olhar envergonhado, não poderia ter entrado na sala de destinos, muito menos roubado dois deles, mas fora necessário — E eles me mostraram que o destino de Hans está ligado ao de Elsa desde sua primeira escritura, alguns erros de percurso colocaram ele em risco, mas eu não vou deixar as coisas ficarem assim, eu vou… ainda há uma chance.

#

— Elsa! — chamou Brienne da porta — Elsa,já está dormindo?
A rainha abriu a porta com um tom um pouco apático e logo foi se deitar em seu colchão congelado — O que você trouxe? — perguntou sentada em seu lugar.
— Apenas uma xícara de chocolate quente — respondeu Brienne entregando a xícara quente para a rainha e descongelando a cama da melhor maneira possível.
— Pensei que me daria alguma poção — respondeu a loira tomando um gole da bebida quente.
— Você não precisa disso — respondeu Brienne — Também não estou podendo usar minha magia, muito a ver com o controle, quanto mais eu uso, mais dependente eu fico e isso não é bom.
— Que história é essa? — perguntou a rainha entre um gole e outro, com o sono já chegando devagar.
— É uma lenda antiga — respondeu fazendo um gesto com a mão, mas logo começou a explicar — Meu pai sempre me contou que algumas pessoas com poderes os usam tanto que após algum tempo começam a depender dele para tudo.
— Ele já viu algo assim? — perguntou a loira, com a caneca nos lábios.
— Não! Nunca viu e me disse que não passa de um mito — respondeu dando de ombros e se levantando da cadeira — Mas minha mãe disse que é verdade.
— E ela já conheceu alguém assim?
— Você não conhece história da minha mãe, não é Elsa? — a rainha simplesmente moveu a cabeça de um lado para o outro enquanto observava o vestido se inflar quando a amiga voltou a se sentar na cadeira — Tudo começou muitos anos antes, meu tio, o irmão mais novo dela, herdou o trono, minha mãe não gostou disso, mas não se rebelou de primeiro.
— Porque? — perguntou Elsa cortando a amiga, que passara reto por uma informação que julgava bastante importante.
— Porque ela era mulher — respondeu Brienne mordendo os lábios — Isso é uma tradição, o filho homem é sempre o herdeiro e a mulher fica em segundo plano, claro que foi na Inglaterra que primeiro passou o trono para uma mulher, mas ainda é preferível que fique com o filho homem. — a rainha suspirou, não tinha um irmão e nunca ouvira os pais falarem de ter um, mas imaginava que podia ser bastante triste, ser posta de lado assim.
— Havia mais um agravante também — ressaltou antes de continuar na linha normal da história — Minha mãe sempre foi ensinada a temer a magia e por isso, quando meu avô morreu e o trono passou para meu tio, ele trouxe um mago para lhe servir de mestre à irmã, mas aos poucos ele tomou o lugar dela como conselheiro real.
— Então ela perdeu o controle? — perguntou a rainha com o olhar perdido em uma tristeza que não era dela.
— O controle, sim — respondeu a mais jovem desenhando padrões no tampo da penteadeira — Mas nunca o espírito de estrategista.
— E o que aconteceu? — perguntou curiosa e isso pareceu fazer Brienne perceber que entrava em pontos perigosos de sua própria história.
— Ela tentou tomar o trono — falou — Primeiro pela magia, depois pela guerra e… Melhor paramos com a história, você parece cansada.
— Eu posso ouvir o fim — falou, recebendo apenas uma suspiro resignado em resposta.
— Nós continuamos outro dia. Bons sonhos!

#

Estava em seu escritório sentada na poltrona com um livro grosso nas mãos e tomada por uma inquietante sensação de deja vú a tomou.
Não ficou surpresa quando a porta bateu contra a parede e um jovem ruivo entrou esbaforido.
— Hans? — ela disse sem saber exatamente como reagir aquela situação — Você? Você estava congelado, eu vi!
— Então faça isso — ele disse se aproximando, como se seguindo um roteiro que Elsa ignorava.
— Eu posso congela-lo — ela disse erguendo a mão com medo que realmente pudesse fazer isso, mas ele se aproximou mais, ignorando sua frase.
— Eu estou — disse encurralando-a contra a lareira apagada e acariciando o rosto pálido — Eu nem me reconheço mais — e então socou a moldura decorada com afrescos intrincados.
— Porque tudo isso? — ela perguntou, decidindo-se por seguir o roteiro e correu as mãos pelos afrescos e parou um pouco abaixo da mão do príncipe.
— Meus irmãos Elsa. Eles acham que eu posso colocar tudo a perder, eles querem te dar ao Bjorn, mas eu não vou deixar — ele colocou o outro braço para deixa-la completamente sem saída.
— O que você está pensando? — perguntou espantada com por não conseguir se mexer, mesmo sabendo o que iria acontecer — Eu posso gritar.
— Pode — ele respondeu seguindo aquele roteiro que já havia acontecido — Mas eu preciso fazer, afinal nunca mais vou lhe ver.
Ela não esperou muito mais quando sentiu os dedos dele se enroscarem nos dela e falou tentando se afastar.
— Eu posso congelar você — ela alertou se afastando, mas rapidamente foi trazida de volta para a segurança dos braços do príncipe.
— Mas também pode me descongelar — respondeu roçando os lábios contra a pele fria.
— Não! — ela respondeu tentado soltar a mão e ignorar os arrepios — Eu não posso, só o amor verdadeiro pode.
— Eu não me preocuparia como você — ele disse colocando uma mão na curva das costas e a puxando para mais perto.
— Porque não? — perguntou de maneira inocente, isso não havia acontecido na realidade, na realidade teria congelado ele e todo o resto.
— Porque sei que pode me salvar — ele respondeu antes de pousar os lábios contra os dela, que não protestou e, quando as mãos dele desceram para a cintura fina, ela seguiu o caminho por entre os espessos fios avermelhados — Eu amo você — ele sussurrou com os lábios colados próximo ao ouvido a fazendo tremer, e então voltou-se para o lugar que tinha sua total atenção antes e a ergueu alguns centímetros no ar.
— Não! — ela gritou tentando se livrar, mas tudo que conseguira fora acordar em sua cama parcialmente congelada e com os cabelos mal arranjados na trança folgada.
Ela jogou os pés para fora com uma velocidade incrível e correu até a sala que servia de enfermagem.
Já era noite e por isso não esperava encontrar ninguém que não fosse os guardas que havia posto na frente da porta para guardar o príncipe, mas fora pega de surpresa por duas vezes: Na primeira, encontrara os dois adormecidos contra a parede e deve de pigarrear muito alto para acorda-los, mas por fim fizeram suas condolências e se desculparam.
Elsa os dispensou e pediu que mandassem outros dois guardas que estivessem mais despertos para cuidar a porta e entrou.
Pode ouvir uma canção antiga que escutara há muitos anos atrás, mas entoada por uma voz que não poderia ser real de tão bela, mas se calou assim que a porta abriu.
— Quem está ai? — perguntou a ruiva sem se virar — Elsa?
— Como você sabe? — perguntou a rainha.
— A temperatura baixou um pouco — observou a mais velha com um sorriso nos lábios — O que faz aqui?
— Eu só vim…
— Não é da minha conta — respondeu a princesa se levantando da cadeira — Sinto muito se pareci grossa.
— Não! Está tudo bem — respondeu erguendo as mõs com cuidado para parar a princesa — Eu só vim procurar Brienne, mas acho que não está aqui.
— Eu não a ouvi entrar — respondeu ainda em pé com a mão no encosto da cadeira — E a última vez que a ouvi disse que estava indo dormir e qualquer alteração era para chama-la.
— Obrigada — respondeu se afastando e tocando o trinco da porta — Se não se importa, eu já vou.
— Fique a vontade, majestade! — respondeu fazendo uma pequena curvatura em saudação.

#

“Eu viajo de volta, por esse caminho
Você vai voltar? Ninguém sabe
Eu percebo, foi apenas um sonho”
— Just A Dream (Nelly)


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Notas finais do capítulo

Cenas do Próximo capitulo:

(como ainda não foram escritos, vai ser um resumo)
Mais sonhos, Anna volta à Arendelle.
(que coisa horrível, nunca mais me deixem fazer isso)

(fim da prévia)
Meus amores, vamos agradecer. E os meus beijos de chocolate quente com marshmellow versão 10°C vão para a minha amora favorita Amorita que voltou, pra Duda minha amada que está sempre aqui me dando um incentivo para continuar e a Vampire, que é mais recente, mas também é uma das primeiras a aparecer e eu adoro cada comentário de vocês.
Para quem começou a ler de quinta para hoje, vocês três merecem muitos beijos também e não se reprimam que eu não mordo (sei de duas pelo nome, me corrijam se estiver errada, Mally Westergaard Frost



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