How To Save Two Lives escrita por Mor Sega


Capítulo 13
Capitulo 12: Echo


Notas iniciais do capítulo

Não tenho muito o que falar, mas aproveitem o capitulo e o sábado, nos vemos lá embaixo.
Playlist:
Capitulo 1:
Eleanor Rigby - The Beatles
Cool Kids - Echosmith
Capitulo 2:
The Monster - Rihanna e Eminem
Capitulo 3:
Frozen - Within Temptation
Capitulo 4:
Caractère -- Joyce Jonathan
Capitulo 5:
Into My Arms - Nick Cave
Slipping Through My Fingers - ABBA
Capitulo 6:
Give Us a Little Love - Fallulah
Illuminated - Hurts
Capitulo 7:
A la faveur de l'Automne - Tété
Never Say Never - The Fray
Capitulo 8:
Wasting My Young Years - Londom Grammar
All These Things That I've Done -- The Killers
Capitulo 9:
Everybody Wants to Rule the World -- Tears for Fears (Lorde)
Capitulo 10:
I Cried Like a Silly Boy - DeVotchKa
Capitulo 11:
Broken Crown - Munford and Sons
Invence No - Laura Pausini
Capitulo 12:
Echo - Jason Walker
Lembrando que as músicas são opções. Certo?



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"Eu só quero me sentir vivo e
Poder ver seu rosto de novo, mais uma vez"

– Eccho (Jason Walker)

#

— Bem-vinda rainha — respondeu o capitão quando recebeu Wanda no Olhos Brancos.
— Obrigada Selig — respondeu a mulher aceitando a ajuda que lhe era oferecida — Minhas coisas já estão abordo?
— Sim senhora — respondeu o homem redondo com o cheiro forte de rum saindo a cada palavra.
— E meus filhos? — perguntou caminhando pelo convés enquanto os homens prendiam cordas por todos os lados e içavam as velas para partir.
— Freya — começou ele após conversar com um marujo mais jovem que parecia estar em seu primeiro ou segundo serviço — chegou com Hans aqui, mas o garoto disse que tinha coisas a resolver no castelo.
— Ele disse que “coisas” são essas — perguntou a mãe preocupada com o que o filho poderia fazer e se isso não traria mais problemas ao reinado de Rayne — Ou quem envolviam.
— Acho que ele foi atrás de Manfred, Bjorn e Alvan, majestade — respondeu o homem — Nenhum dos dois estavam aqui quando ele chegou com a senhorita Freya.
— E onde estão agora? — perguntou. Selig era um homem bom e ótimo marinheiro e a rainha o tinha em grande estima, mas às vezes era um homem bastante confuso e, muitas vezes, era melhor deixar o dito pelo não não dito, pois o homem não tinha qualquer habilidade com as palavras.
— Alvan e Bjorn estão lá embaixo — respondeu o homem apontando para o estoque de bebidas e comidas que guardavam próximo as celas. O Olhos brancos não era um barco feito para a realeza, mas sim para a locomoção de prisioneiros antes do nascimento de Freya quando houve uma queda na criminalidade e, após uma reforma, Bertram dera o barco à sua esposa — Disseram que Manfred ainda demorara para vir, pois foi procurar Hans e conversar com alguém.
— Alguém quem? — perguntou a rainha ficando a cada segundo mais preocupada com o que poderia acontecer — Você sabe?
— Ninguém me disse nada rainha — respondeu ele com calma, levando outro gole de rum aos lábios — Tudo que sei é que Manfred saiu para encontrar alguém e acho que foi mulher.
— Obrigada Selig — respondeu ela com um suspiro cansado — Se puder mandar alguém atrás deles, eu agradeceria — ela caminhou mais dois passos e se virou — Minhas acomodações estão prontas?
— Sim senhora! Mandarei um menino — respondeu ele — E sim senhora! Suas acomodações estão mais do que prontas.
Ela agradeceu uma última vez antes de seguir para o local onde ficavam suas coisas. Enquanto os rapazes dormiam com os marujos em redes estendidas em algum canto na parte inferior do barco, cabia a ela um espaço pequeno no convés que dividia com a filha.
Quando chegou lá, encontrou Freya com as pernas cruzados sobre o banco de madeira que tinha vista para uma janela da qual e podia ver o por-do-sol na maioria das vezes.
— Está tudo bem, meu amor? — perguntou a mulher beijando a testa da filha e se sentando ao seu lado.
— Sim! — respondeu com o rosto virado para a porta — Mas eu odeio barcos — respondeu a jovem com um sorriso nos lábios finos.
— Você podia ter pedido para ficar com a rainha — disse a mulher — Tenho certeza que ela não recusaria.
— Não quero falar sobre essas coisas — respondeu a mulher — E não quis pedir, achei abuso demais depois de tudo o que Hans fez.
— Você não pode deixar seus irmãos limitarem seu mundo — respondeu a mulher segurando as duas mãos da filha — Nunca foi assim — e depois de uma pausa perguntou — E Hans, sabe onde ele foi?
— Ele disse que tinha algo para fazer — respondeu com uma simplicidade que ela nunca ouvira — Disse que tinha que acertar algumas coisas com Manfred.
— E onde está Manfred? — perguntou a mais velha com um olhar de interrogação.
— Não faço a mínima ideia — respondeu a jovem com as mãos segurando os pés — Não o vi o dia inteiro.
— Majestade, alteza — falou Selig entrando após uma batida e com uma reverencia curta — O conselheiro da rainha Elsa quer vê-las agora.

#

Kai estava realmente nervoso quando chegou no barco chamado Olhos Brancos nas docas. Era um barco simples para uma rainha, mesmo assim, subiu a rampa para embarque e pediu a um homem grande e de barriga proeminente, quase tanto quanto a sua própria.
— Senhor! — chamou o conselheiro — Sou Kai, o conselheiro da rainha Elsa, e quero falar com a rainha Wanda e seus filhos. Ordens da rainha, ela disse que é urgente.
— Rapaz! — gritou o homem e logo um garoto, que parecia muito mais novo que Joram atendeu um pouco afobado demais, talvez fosse seus primeiros dias abordo, talvez fosse um dos jovens de Arendelle que buscavam aventuras, mas que não conseguiram entrar para a guarda — Vá lá chamar Bjorn e Alvan e diga aos meninos que o conselheiro da rainha Elsa quer vê-los com pressa — ele resmungou e o garoto logo correu por uma escada até sumir na escuridão — São bons rapazes esses de Arendelle — respondeu o homem acenando para que Kai o seguisse — Estive em alguns países em que os jovens sonhavam com aventuras em alto mar, mas não sabiam cumprir regras simples como limpar o convés, mas não esse daqui, esse garoto vai longe se continuar desse jeito — ele bateu na porta após sua breve divagação e disse entre mensuras curtas — Majestade, alteza! O conselheiro da rainha Elsa quer vê-las agora.
— Conselheiro Kai? — perguntou a mais jovem tateando em volta para se levantar com certa dificuldade — O que houve?
— É algo bastante sério, princesa — respondeu ele se adiantando para ajuda-la a levantar, mas o capitão o impediu com um aceno da cabeça.
— Ela odeia quando a ajudam — ele disse de canto para que a jovem não escutasse — Acha que pensamos que ela é inválida.
Kai apenas acenou, observando como ela se aproximava, tateando pelas paredes até pegar a bengala que usava para lhe auxiliar.
— Apenas disse que era algo muito importante — respondeu o homem observando ela se aproximar — E que precisam conversar. Ela estava muito nervosa comentou.
— Ela não deu uma pista do que é? — perguntou a rainha, fazendo-o tirar a atenção da princesa.
— Sim! — respondeu ele e depois de um pigarro alto, tornou a falar — Disse que tem algo a ver com Hans, mas não entrou em maiores informações.
— Céus! — exclamou a mulher levando uma das mãos à testa como se previsse uma dor de cabeça forte chegando — Vamos de uma vez que quanto mais cedo falarmos sobre esse assunto, mais rápidos vamos embora — disse um tanto quanto sem jeito. Tinha muito medo do que o filho podia ter aprontado dessa vez e pior ainda, de passar vergonha por ter pedido clemência por ele.
Não que se arrependesse, que Hans matasse meio mundo, ainda seria seu filho e ela não desistiria dele nunca, mas não podia deixa-lo errar duas vezes com a mesma pessoa, muito menos com alguém como a rainha Elsa que parecera tão bondosa e simpática, mesmo quando a destratou.
Alvan e Bjorn já estavam desembarcados quando deixaram o cômodo real e conversavam sobre algo com Manfred, que parecia taciturno e um pouco distante.
— O que houve? — perguntou com um gesto de mão, pedindo que os irmãos ficassem quietos.
— Não sei — respondeu a rainha com sinceridade — Mas seja lá o que o irmão de vocês tenha aprontado agora, aquela prisão vai parecer o paraíso. — garantiu, enquanto erguia o dedos ossudo em sinal de alerta.

#

Elsa estava nervosa sobre o pequeno palanque sobre o qual ficava o trono que pequenos flocos de neve caiam do vestido azulado, fora contra a ideia de falar ali, tinha medo que parecesse muito presunçosa, mas Brienne garantiu que precisava ficar mais altiva para parecer menos nervosa e também estar em um local onde não pudesse congelar tudo tão claramente, como a mesa da sala de reuniões, por exemplo.
Kai parecia demorar uma eternidade, mas quando chegou, tudo pareceu muito rápido. Wanda vinha com os quatro filhos atrás de si e parecia desesperada por informações quando parou em frente a rainha.
— Rainha Elsa! — ela chamou se aproximando o suficiente para notar as luvas que cobriam os longos dedos pálidos da rainha mais nova e parou próxima do palanque com olhos perturbados — O que houve? Onde está Hans?
Ela olhou para o lado e abaixou os olhos para procurar a coragem que havia deixado quando ordenou que os garotos da guarda levassem o corpo congelado para um quarto no mesmo andar que o de Brienne.
— É uma história longa — disse Brienne encarando Manfred que a olhava com certa desconfiança — Tudo o que sei com certeza é que a rainha perdeu o controle dos poderes por conta de algo que Hans lhe fez — disse com calma, mas decidiu deixar a parte do beijo de fora, não era ela que tinha o poder de decidir sobre isso, só Elsa poderia falar e quando estivesse pronta.
— O que Hans fez? — perguntou Wanda ainda mais alarmada, obviamente a pena do filho não poderia ser pequena por causa das consequências e isso a deixava mais preocupada do que nervosa.
— Ele… — a rainha começou, mas então o arrepiou pouco familiar voltou a lhe subir a espinha e a voz que acabara de ganhar um tom mais seguro, voltara a ser apenas um sussurro quando concluiu — Me beijou.
— O que? — o rosto da rainha era transtornado, mas logo atrás dela, Freya sorriu de canto, satisfeita pela coragem do irmão — Céus! — disse com a mão na testa mais uma vez — Eu… ele já devia ter aprendido — resmungou — Eu sinto tanto Elsa, não sabia que ele tentaria o mesmo golpe novamente, não imaginai que ele poderia cometer esse erro — disse, frisando o “esse”.
— Não se preocupe — disse Elsa se controlando para não pegar as mãos da mulher — Eu também errei — respondeu tristemente — Ao invés de chamar pelos guardas… Eu sabia que estava fora de controle e mesmo assim tentei afastá-lo eu mesma.
— Você congelou Hans! — acusou Manfred — Como ousa!
— Não foi por querer — falou Freya tentando conter o irmão — Você ouviu! Hans não tinha que beijar a rainha a força.
— O que importa — disse a rainha, rígida em sua posição após ouvir a defesa de Freya para si — É que já começamos a cuidar de Hans e em poucos dias, eu espero — disse a última parte em voz mais baixa para não ser escutada e então prosseguiu — Mas isso atrasará a viagem de vocês, então deixamos os quartos como estavam.
— Eu quero ajudar a trata-lo — disse Freya dando um passo a frente — Eu posso ser cega, mas garanto que posso ser de grande ajuda.
— Eu fico feliz — disse Brienne com um sorriso sincero no rosto — Pode ser que a cura demore um pouco mais de tempo — anunciou — Toda a ajuda será bem-vinda, mas a melhor solução seria se Hans recebesse um beijo de amor verdadeiro, isso o faria melhor quase imediatamente.
O rosto de Freya se tornou mais triste com a fala da morena e ela disse — É uma verdadeira pena, mas Hans nunca se apaixonou.
— Então terá que ser pela maneira mais difícil.

#

Wanda parecia desolada e Freya também, mas ninguém culpou Elsa por nada, mesmo que Manfred não estivesse com vontade de se manter quieto, ele passou o tempo inteiro trocando os olhares entre Brienne e Elsa.
— Eu sinto tanto — disse a rainha em tom bastante baixo, mas a rainha ainda pode ouvir.
— Um gesto de amor verdadeiro não poderia… — começou ela, mas Brienne fora mais rápida em responder.
— Elsa também me fez essa pergunta, — disse com calma — Infelizmente, pela forma como ocorreu, apenas um tipo de amor pode salva-lo é o amor romântico.
— Mas porque essa reação foi tão… — perguntou Freya com uma expressão que só podia ser considerada espanto, mesmo que seus olhos não estivessem à vista — Severa?
— Algumas magias tem reações mais severas que outras — disse Brienne olhando para a princesa a sua frente, sabia bem que ela conhecia as consequências. — A magia é muito… complexa — ela disse encarando os pés e então ergueu a cabeça — E há centenas de coisinhas que podem desencadear efeitos gigantescos como esse, mas nesse caso a explicação a bastante simples, levando em conta o passado de Elsa e Hans, eu posso dizer, com certeza — ela começou a enrolar, mas então soltou — Apenas dois grandes sentimentos poderiam ter esse poder,ou um ódio muito grande ou um amor maior ainda.
Um silêncio cresceu no enorme salão e não era possível nem ouvir o canto dos pássaros do lado de fora. Elsa parecia mais preocupada que os outros, pois tinha os olhos voltados para a ponta do vestido, onde uma grande cobertura de gelo já começava a se formar.
— Se me dão licença — pediu ela — Eu acho que já terminamos aqui.
— Posso ver meu filho? — perguntou a rainha mais velha dando um passo adiante.
— Sim — respondeu de imediato — Claro. Vamos comigo.
Assim que a loira deixou a sala seguida por Wanda e Freya, Brienne ficou sozinha na sala junto dos três príncipes que a encaravam como se não gostassem de sua presença.
— Com licença — ela pediu com educação e já se retirando da sala.
Poucos segundos depois, já estava distante da porta quando algo agarrou seu braço. Em um instinto ela acabou por erguer a mão para bater em quem quer que fosse que a havia agarrado, mas o ruivo, muito mais alto do que ela, agarrou a mão e a manteve erguida.
— Porque tanta pressa para fugir de mim? — perguntou novamente a deixando imobilizada.
— Talvez porque você seja o maior vampiro de energia que já tive por perto? — rebateu tentando a todo custo se soltar, mas não tinha jeito. Manfred era muito mais forte.
— Eu mediria minha língua para falar com alguém que sabe tanto sobre mim — ele disse em forma de ameaça.
— Só porque você quer — respondeu ela muito mais grossa do que de costume — Não me calo nem para Henry, que é rei, vou medir minhas palavras para um nono, talvez até décimo, em linha de sucessão.
— Então parece que não tem problemas com o fato de Elsa saber de seu passado, não é?
— É a sua palavra contra a minha.
— Parece mais corajosa agora — ele disse pressionando ela contra uma parede — De onde veio tudo isso.
— De ver como Freya o controla — ela disse e isso apenas o fez apertar ainda mais os pulsos da jovem.
— Hey! — chamou uma voz mais ao longe, fazendo as duas figuras se virarem para atender o recém chegado — O que está fazendo com lady Brienne?
— Nada Joram — respondeu Brienne se soltando ao perceber o momento de distração do príncipe ilhéu — Eu tenho tudo sobre controle.
— Certeza, mylady? — perguntou o rapaz se aproximando.
— Sim! — respondeu sem tirar os olhos dos olhos verdes do príncipe — Eu tenho certeza, pode seguir com seu serviço.
— Tudo bem — respondeu o rapaz desajeitado, ainda encarando o mais velho de canto de olho.
— E quanto a você, Manfred — falou com a maior frieza que pode reunir e mesmo com Elsa longe, o cômodo pareceu ficar, pelo menos, cinco graus mais frio — Você não tem mais controle sobre mim.
— Será? — ele perguntou antes de observa-la saindo com um sorriso enigmático nos lábios.

"Estou no limite e estou gritando meu nome
Como um bobo a plenos pulmões
Algumas vezes, quando fecho meus olhos, eu finjo estar bem
Mas nunca é suficiente"

– Echo (Jason Walker)


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Notas finais do capítulo

Cenas do Próximo capitulo:

— Todo o possível? Mesmo que isso implique em beijá-lo?
.
— Elsa passou a vida presa em uma torre. E eu sei que não foi culpa dela, mas ela não sabe julgar os próprios sentimentos.
.
— Melhor paramos com a história, você parece cansada.
.
— Você? Você estava congelado, eu vi!

(fim da prévia)
Então meus agradecimentos aos meus bonequinhos de neve, Vtmars e Duda que estão sempre aqui e são as melhores leitoras do mundo. A Vampire que é nova, seja muito bem-vinda Vampire :D e mais beijos aos 19 acompanhantes que acompanham (dãh) a história. Vocês são todos lindos :* até quarta.



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