How To Save Two Lives escrita por Mor Sega


Capítulo 15
Capitulo 14: Let Her Go


Notas iniciais do capítulo

Então... Eu acho que tenho que explicar o meu sumiço, né? Eu estive nos montes do Tibet para elevar a minha alma... Não, mentira (não que eu não esteja precisando), a verdade é que eu tive alguns problemas muito sérios, primeiro provas, trabalhos e relatórios (sim, professores acham que não temos vida) e mais uma coisa que juntou e ficou tudo ruim para mim VÍRUS, sim!! Peguei um bichão tão grande no PC que ainda não consegui tirar, mas estamos na luta.
Playlist:
Capitulo 1:
Eleanor Rigby - The Beatles
Cool Kids - Echosmith
Capitulo 2:
The Monster - Rihanna e Eminem
Capitulo 3:
Frozen - Within Temptation
Capitulo 4:
Caractère -- Joyce Jonathan
Capitulo 5:
Into My Arms - Nick Cave
Slipping Through My Fingers - ABBA
Capitulo 6:
Give Us a Little Love - Fallulah
Illuminated - Hurts
Capitulo 7:
A la faveur de l'Automne - Tété
Never Say Never - The Fray
Capitulo 8:
Wasting My Young Years - Londom Grammar
All These Things That I've Done -- The Killers
Capitulo 9:
Everybody Wants to Rule the World -- Tears for Fears (Lorde)
Capitulo 10:
I Cried Like a Silly Boy - DeVotchKa
Capitulo 11:
Broken Crown - Munford and Sons
Invence No - Laura Pausini
Capitulo 12:
Echo - Jason Walker
Capitulo 13:
Just a Dream - Nelly (ou Sam Tsui feat. Christina Grimmie)
Capitulo 14:
Let Her Go - Passenger

Lembrando que as músicas são apenas sugestões e bom capitulo! :D



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“Porque sonhos chegam devagar e se vão muito rápido
Você a vê quando fecha seus olhos”
Let Her Go (Pessenger)

#

Voltou para o quarto assim que saiu da biblioteca, pensou em ficar e conversar com Freya, mas contar o sonho só aumentaria as expectativas dela e Elsa tinha certeza que não passara de um sonho, ela não gostava de Hans daquela forma, na verdade o odiava. Odiava a forma como ele falava com ela e como a segurava, odiava mais o que fizera com sua irmã, mesmo agora que Anna estava casada e feliz com Kristoff, não podia perdoar o que ele fizera com a mais nova.
Ela caminhou pelo corredor com a maior calma do mundo e se aproximou da porta da amiga, não sabia porque raios havia ido até lá, não queria acordar ela, mas precisava conversar com alguém sobre aqueles sonhos e se Anna estivesse ali, com toda a certeza seria ela que procuraria, mas não estava, estava longe com o marido.
— Brienne? — chamou baixinho acompanhando as batidas ritmadas.
— O que? — perguntou a jovem abrindo a porta com os cabelos mais bagunçados que de costume e com o roupão mal amarrado deixando parte da camisola amostra — Elsa, aconteceu alguma coisa?
— Nada com Hans — respondeu a loira, adiantando a pergunta.
— Eu sabia que nada aconteceria essa noite — respondeu a morena — Quero saber se aconteceu algo com outras pessoas, Freya? Wanda? — ela começou listando e então voltou para o pessoal de Arendelle — Kai ou Gerda? Joram? Você, talvez?
— Não, nada com ninguém — respondeu Elsa — Freya ainda está sentada ao lado de Hans, Wanda não vi e nem Kai ou Gerda, Joram… — ela fez uma pausa e pediu para entrar.
— E você? — perguntou saindo do quarto e evitando que a rainha entrasse.
— Eu dormi um pouco — falou — Mas tive um sonho estranho e…
— E? — perguntou, mas completou sem esperar uma resposta — Esse sonho te levou até o quarto que serve de enfermaria para ver Hans?
— Eu não fui até lá para… — mas parou quando percebeu que não tinha uma defesa — Como sabe que fui até lá?
— Você disse que Freya ainda está lá. Foi preciso que fosse até lá para saber disso, não há outro motivo para ir lá, exceto Hans — falou com um olhar inquisitivo enquanto arrumava o roupão e guiou a rainha até a cozinha, a loira abriu e fechou a boca procurando uma resposta, mas não tinha nenhuma — Foi o que pensei! Agora vai contar o seu sonho?
— Foi apenas um pesadelo — ela respondeu se abraçando para afastar os pensamentos do sonho — Nada demais.
— Tem certeza? — perguntou com preocupação nos olhos.
— Tenho — ela falou dando uma pausa enquanto a amiga batia a porta de uma criada um pouco mais jovem com os cabelos igualmente bagunçados.
— Pode fazer um chocolate para a rainha? — a jovem assentiu com um moxuxu raivoso, mas fez o que a moça pediu.
— Eu não tenho — falou Elsa enquanto observava Brienne controlar, de perto enquanto a jovem criada fazia a bebida.
— Não o que? — perguntou a criada, de repente interessada.
— Eu… Eu sonhei com Hans — ela falou fazendo a amiga e a criada esbugalharem os olhos.
— Como? — perguntou Brienne — Como foi esse sonho? — mas Elsa fez com um gesto que estava preocupada com o que a criada poderia falar — Nada que está sendo falado aqui vai sair — garantiu a amiga.
— Ele disse que me amava — respondeu sem pensar muito e Brienne segurou as mãos contra as dela.
— E você foi até lá para tentar salva-lo? — perguntou Brienne com calma.
— Não — ela falou franzindo a testa — Eu não sei porque fui lá — disse com sinceridade — Eu só precisava falar sobre isso — respondeu sendo atingida por uma resposta repentina — Eu só precisava falar sobre isso.
— Está certo então — respondeu se levantando e pegando uma caneca para encher da bebida doce — Termine o chocolate para não ter acordado Elisie por nada. Obrigada Elisie.

#

Brienne não acompanhou Elsa até o quarto, não tinha o porque para ser sincera, uma vez que já havia entregado a ela o que precisava entregar, agora podia voltar a dormir tranquila, mas sabia que não iria conseguir.
Esperou Elisie voltar para seu quarto, bocejando e reclamando como qualquer um que tivesse seu sono interrompido no meio da noite, e saiu por uma pequena porta na cozinha e chegou aos fundos do castelo, não era um local inóspito e esquecido, mas todos eram assim aquela hora da noite.
Era apenas uma área de fundos como qualquer outra, grama verde cobria o chão e em dias bonitos as criadas ocupavam quase todo o espaço disponível para lavar as roupas e estende-las enquanto as crianças corriam de um lado para o outro, alguns garotos com suas espadas lutando contra inimigos invisíveis, enquanto as garotas já começavam se acostumar com seus futuros serviços enquanto ninavam as bonecas e fingiam fofocar sobre uma vida que nenhuma delas tinha, bem como das amigas e vizinhas que não existiam.
Mas a noite era tranquilo, as estrelas brilhavam contra o céu limpo e escuro, não muito longe havia um poço de pedra exposta e, sobre ele, um grupo de insetos parecia dançar quando reluziam à luz das estrelas.
— Muito inteligente — elogiou uma voz saindo de algum lugar próximo do espaço do qual a jovem havia saido à pouco e, na luz fraca da vela, só era possível ver os cabelos ruivos perfeitamente cortados e os olhos claros — Mas você não tem medo que Elsa ou outro alguém descubra?
— Você não acha que isso já está virando perseguição? — perguntou sinceramente, mas então o homem sorriu tímido e mexeu nos cabelos avermelhados.
— Meu irmão tem te perseguido? — perguntou o rapaz que era claramente mais jovem do que o outro — Eu sinto muito por isso, mas quando ele coloca algo na cabeça vai até o fim — ele sorriu mais sério — Acho que não nos falamos por muito tempo ainda. Sou Alvan. — se apresentou o ruivo esticando as mãos de dedos longos e finos.
— O décimo primeiro — ela assegurou enquanto esticava os dedos que forma pegos no ar pelo jovem, mas ao invés de levar os dedos dela até os lábios como seria de praxe ele apenas fez uma reverencia mínima.
— Pelo menos sou o primeiro em algo — ele respondeu.
— Segundo primeiro, eu diria — ele respondeu séria, sem saber se poderia ou não dar confiança ao homem.
— Touchée — respondeu ele com um sorriso que aliviou o espaço, claramente ele não era um jogar como o irmão — Perdoe Manfred, eu consigo ver porque essa fixação, ela apenas ignorou a observação.
— O que viu? — perguntou, voltando ao assunto original.
— Nada demais, mas acredito que isso seja seu — ele disse entregando um frasco pequeno que continha algumas ervas para a jovem.
— Obrigada — ela respondeu pegando o objeto e guardando nas dobras do vestido — Você sabe o que é isso?
— Não, na verdade — respondeu ele descendo os dois degraus que davam para a área e se aproximando da moça — Mas acredito que tenha sido dado para a rainha.
— E porque imagina isso? — perguntou com os olhos levemente mais arregalados.
— Mamãe me disse que você contou que tinha um plano sobre qualquer coisa — ele respondeu — E parecia realmente animada.
— Para que você quer saber? — as palavras que ela disse eram rudes, mas não soavam com qualquer tom diferente do original — Para contar à Manfred?
— Não — ele respondeu com mais um sorriso leve, como se aquilo fosse a coisa mais impensável que poderia fazer — Acredite se quiser, eu sei que é difícil acreditar — ele começou, meio se enrolando nas palavras e coçando a nuca — Afinal eu não pareço com um jogador, mas garanto que eu não estou do lado de Manfred.
— Porque eu acreditaria nisso? — perguntou sem saber exatamente o que pensar, aquele rapaz não se parecia em nada com Manfred quando se analisava o comportamento dele, mas talvez ele fosse um jogador melhor que o irmão.
— Não estou pedindo que acredite — ele disse a encarando com os profundos olhos verdes — Você é livre para fazer o que quiser.
— Isso não é mais convencente — ela respondeu, sustentando o olhar dele que sorrio.
— Você não é fácil de enganar — ele respondeu com calma — Mas eu falo sério quando digo que não precisa confiar em mim, só estou preocupado com seu plano, eu quero salvar Hans também.
— Porque? — ela perguntou antes que ele saisse pela porta.
— Ora! — respondeu olhando por sobre o ombro — Se você tem seus motivos, eu tenho os meus e são tão secretos quanto.

#

Elsa entrou em seu quarto semi congelado e mais uma vez estava sozinha. Deitou-se na cama e se virou de um lado para o outro e nem notou quando o sonho chegou meio intrometido.
Caminhou pelos corredores até a entrada do quarto extenso que servia de enfermaria logo depois de chegar a conclusão de que não conseguiria dormir. Abriu a porta devagar, temendo acordar Freya ou Wanda, ou quem quer que estivesse ali, mas não encontrou ninguém, nem mesmo os guardas estavam na vigília e se lembraria de reclamar com eles mais tarde no dia.
— Eu dispensei os guardas — disse uma voz feminina assim que a porta abriu — E agora preciso sair para buscar alguma coisa lá fora.
— Que coisa? — perguntou a rainha observando a amiga se aproximar e passar pela porta.
— Umas ervas, coisas complicadas — falou em murmúrios rápidos enquanto se afastava pelo corredor com pressa.
— O que eu faço?! — gritou meio assustada com a idéia de estar sozinha com o rapaz.
— Continue com o bom trabalho de descongelamento — respondeu gritando de volta já muito adiante no corredor — Precisamos manter um ritmo constante — então ela fez uma pausa e se virou para a rainha mais uma vez — Não é como se ele fosse pular sobre você de novo — ela completou com uma risadinha e voltou seus passos apresados para algum lugar que nem mesmo ela parecia saber ao certo.
— Continue com o bom trabalho? — perguntou a rainha se sentando na mesma cadeira que a irmã do rapaz estava sentada mais cedo — Que bom trabalho?
Se perguntou tirando as luvas, não se lembrava de tê-las posto, mas talvez fosse apenas um reflexo do passado, quando elas faziam parte de seu ser. Soltou-a de lado, sobre uma mesinha onde estavam uma taça e uma jarra de água junto à um pilão de socar ervas, e pousou as duas mãos sobre a barriga congelada, tremeu um pouco com o toque, mas não era por causa do frio e disso podia ter certeza.
Correu os dedos um pouco mais acima, até o peito, se concentrando em retirar a maior quantidade de gelo que poderia, mas não parecia ser o suficiente. Com um suspiro pesado, se levantou da cadeira e sentou na beirada da cama, uma das mãos pegou a grande mão congelada enquanto os dedos finos subiram pelo pescoço até o rosto, traçando os detalhes para ver se conseguia algum efeito mais claro, mas não parecia ter tido resultado.
Continuou de mãos dadas e correu os dedos pelo gelo e deixou-o pousado sobre o pescoço do homem até se decidir sobre o que faria a seguir, mas não teve muitas dúvidas ou talvez não tenha pensado muito sobre isso, pois em pouco segundos pode sentir o frio contra os próprios lábios e nem bem três minutos depois já braços fortes e quentes envolvendo o corpo pequeno e uma voz rouca falou.
— Sabia que me salvaria.
E novamente acordou em sua cama, no quarto meu congelada, mas ainda sim estava suada e ofegante, como se houvesse corrido quilômetros e quilômetros.

#

O sol já estava alto quando o pequeno boneco de neve falando invadiu o camarote principal do navio onde a princesa dormia tranquilamente com seu marido.
— Princesa Anna — chamou o ser a cutucando com os pequenos braços de graveto — Princesa, estamos chegando!
A ruiva abriu os olhos devagar até a visão se acostumar com a luz do sol entrando pelas janelas mal fechadas e, ao longe, pode ver as torres mais altas do castelo brilhando no fundo do fiorde, em contraste com as grandes montanhas de neve ainda mais ao norte. Toda a cena era muito aconchegante, não que não houvesse gostado dos dias que passara em um local mais quente, mas Arendelle era sua casa e muito mais confortável que qualquer outro lugar poderia ser.
Ela se espreguiçou esticando os braços sobre os cabelos bagunçados e esfregou os olhos com um bocejo prolongado e só então parou para processar a informação de que já estava chegando em casa, então jogou as pernas para fora da cama e se levantou deixando a camisola longa sair até os pés.
— Kristoff! — chamou pulando sobre a cama — Kristoff! Levanta, já estamos quase em Arendelle — ela falava enquanto continuava a pular sobre o marido — Acorda, vamos!
— O que houve? — perguntou o loiro esfregando os olhos e afastando a mulher de cima dele — Anna.
— Nós estamos chegando — respondeu ela, mais uma vez se levantando e abrindo as cortinas que pouco protegiam o quarto da luz — Vamos!
— Só mais cinco minutinhos — murmurou eles se virando e colocando o travesseiro sobre o rosto.
Não era cedo, na verdade já deveria passar em muito do meio dia ou mesmo da uma hora da tarde, mas ninguém poderia culpar um jovem casal de passar a noite em claro, não quando o casamento era tão recente e a lua de mel ainda se encontrava em reta final.
— Vamos Kris — chamou com a voz dengosa se deitando com o rosto apoiado sobre o ombro forte do vendedor de gelo — Falta pouco.
Enquanto o casal conversava, começou a sentir a aproximação de algo gelado e úmido por sobre as cobertas que os abraçou com carinho.
— Daqui já da para ver as torres do castelo — disse a voz do boneco enquanto erguia um dos braços de palito — Já da para imaginar a alegria da rainha em nos ver.
— Olaf? — perguntou Kristoff erguendo a cabeça do travesseiro com os cabelos bagunçados — Porque você não espera lá fora enquanto eu e Anna nos trocamos — perguntou com a voz ainda embargada pelo sono.
O pequeno boneco olhou com cuidado para os dois e parecia triste quando voltou os olhos para a princesa.
— Eu já encontro você lá fora — respondeu ela com um sorriso encantador enquanto abraçava o velho amigo — Agora vá lá e peça fique de olho no comandante e na tripulação, por favor.
O pequeno sorriu com os olhos brilhando assentiu encantado enquanto saia bamboleando sobre as pequenas e redondas perninhas de bola de neve até passar pela grossa porta de madeira que separava o cômodo dos outros.
Kristoff tombou a cabeça assim que ouviu a porta se fechar e ainda levaria alguns minutos antes de acordar definitivamente para o dia.

#

“Só sabe que estava bem quanto se sente mal
Só odeia a estrada quando sente falta de casa”

Let Her Go (Pessenger)


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Notas finais do capítulo

Como disse, ando um pouco enrolada, então não sei quando terei tempo de terminar o próximo capitulo, espero que logo, mas por conta disso eu não tenho uma prévia bem feita dele, sinto galera. (mas eu sei que ainda não terá Hans no próximo, eu acho, talvez, quem sabe)
Então vamos aos agradecimentos, como fiquei algum tempo fora, eu perdi a conta de acompanhamentos, mas queria agradecer aos 22 leitores, vocês são dez (10!!) e um "bem-vinda" a Mally Honan, espero que goste querida.
E as minhas duas lindas e maravilhosas leitoras que comentaram no caminho passado Duda e Vampire, um beijo minhas lindas, espero que gostem!



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