Pov Pedro
–Eu tô esperando alguém me a responder o que tá acontecendo aqui todo mundo ficou mudo derrepente? - João entrou autoritário no quarto com se fosse pai de um de nós. -Não tá acontecendo nada João, até porque, ninguém deixa as coisas acontecerem, agora faz o favor, sai do meu quarto que amanhã é um dia cheio, eu tenho que falar com a Bianca e arrumar minhas coisas pra faculdade, licença? - Karina disse indo até a porta e abrindo ainda mais para que fossemos embora.
–Tá bom eu vou, mas essa conversa não terminou aqui. -Quem esse moleque tá achando que é pra falar assim?. - O João, você sabe o que eu acho desse seu mau humor né, é tudo orgasmo reprimido. - A Anjinha realmente é uma peça, era cada uma que essa garota falava, João pareceu ficar sem graça com o que ela disse.
–Vambora logo João, eu já tô com sono. - Disse querendo dar um fim aquela situação ridícula. - Vamos... - João passou na minha frente e saiu do quarto e quando eu estava passando pela na porta a anjinha se colocou na ponta dos pés e sussurrou "boa noite Pedrinho, sonha com os anjos..." foi impossível não lançar um olhar malicioso pra essa garota que já me tirou do sério, sai do quarto de Karina ainda lembrando do acontecimento no quarto dela, ela se masturbando, por mais que estivesse escuro dava para ver quando sua boca abria cada vez mais a cada movimento que ela fazia e ela gemendo meu nome diante daquilo tudo foi ainda melhor, fazer ela sentir o jeito que ela me deixou também foi ótimo, na hora que vi aquilo tudo a promessa sumiu da minha cabeça e no meu ponto de vista eu não estava fazendo nada demais, mas para João aquilo tudo foi o fim do mundo.
–Eu não acredito que você tava de amarração com a minha prima, depois de ter me prometido... - Ele continua a falando e eu continuava fingindo que estava ouvindo.
–Olha João, o dia foi bem cheio, chega de drama, a promessa que eu fiz era que EU não ia tentar nada com ela, mas foi ELA que tentou alguma coisa e já que ela tentou eu não posso fazer nada. - Disse querendo trazer um ponto final para aquela situação.
–Olha Pedro, você sabe muito bem o que eu quis dizer com aquela promessa, agora...
–João eu já tô dormindo tá? - Esse garoto não calava a boca nunca, mas parece que finalmente ele conseguiu ficar quieto e quando eu estava quase dormindo, desejei não sonhar com os anjos e sim com uma anjinha em especial.
Pov Karina
A manhã chegou, mas a vontade de sair da cama não, me revirei na cama e cheguei até o meu celular, já marcavam 8:30, ainda estava cedo, desde que cheguei aqui no Rio não tive tempo pra ver nada no celular, então resolvi olhar o que tinha de mensagens, tinha algumas da Bianca querendo me encontrar. "Karina quando chegar no Rio me avisa, a gente que ser ver bjs te amo" "Karina, você já chegou? Af eu quero te matar sabia? " " OOH KARINA, ME RESPONDE SUA VACA!! " coitada, ela queria ter me visto ontem e eu não respondi nada, ela deve ter ficado bem estressada, decidi ligar pra ela pra me desculpar logo.
" Olha eu espero que seja uma coisa super importante pra estar me acordando de madrugada". - Ela disse sonolenta
"Bianca, já são mais de oito horas da manhã, tá na hora de acordar"-Disse e ela pareceu despertar.
"Karina sua vaca, eu te mandei milhares de mensagens ontem e você não me respondeu nenhuma, era pra gente ter se encontrado"-Ela disse agora totalmente despertada.
"Desculpa Bi, é que eu tive um dia super cheio ontem e não deu tempo pra nada, muito menos pra celular"-Disse tentando acalmar a fera.
"Ta bom eu te desculpo mas vamos sair juntas hoje, eu tô morta de saudades da minha caçula preferida" - Ela disse agora bem mais calma e manhosa, fala sério essa garota deve ser bipolar.
"Eu também tô morta de saudades de você, mas eu tenho que arrumar um monte coisa, as aulas começam amanhã e eu ainda não fiz nada"-Disse decepcionada.
"Você sempre deixa as coisas pra última hora né pentelha "Ela disse já estressada novamente, to dizendo essa garota é bipolar.
" Já sei, porque você não almoça aqui, tenho certeza que a tia Dandara vai adorar você aqui"- Disse conseguindo achar uma solução para a situação.
"Aaaaaah eu acho ótimo, eu já tô indo tomar banho, chego aí agorinha, beijo tchau te amo"-Dise agora empolgada demais desligando o telefone na minha cara "maluca..." continuei olhando minhas mensagens e vi algumas de Cobra que estava "precisando" de mim, bloquiei o número dele, não tenho mais paciência para isso me levantei da cama para ir em direção ao banheiro fazer minha higiene, sai do banheiro enrolada na toalha, fui para meu quarto, vesti uma roupa qualquer e fui para cozinha já sentido o cheiro maravilhoso do bolo de cenoura da minha tia, aí como eu amo.
–Bom dia tia. - Disse dando um beijo em sua bochecha.
–Bom dia minha linda, olha fiz esse bolo que eu sei que você gosta. - Ela disse sorridente como sempre.
–Gosto mesmo, mas com toda essa comida eu vou acabar engordando.
–E tá precisando mesmo, tá tão magrinha Karina. - Ela disse sendo sincera comigo, mas realmente, eu estava emagrecendo muito de uns dias pra cá.
–Sabe como é as coisas né tia, lá em casa é muito complicado.-Disse já me sentido mau por ter deixado minha mãe sozinha naquele inferno.
–Eu já falei tantas vezes pra sua mãe mudar pra cá, mas ela é tão orgulhosa, pelo menos ela deixou você vir. - Disse acariciando meus cabelos.
–É, depois de muito eu encher a paciência dela, ela ficava dizendo que mais uma pessoa em uma casa da muito mais custo e que você não ia me aguentar por muito tempo.- Ri do meu próprio comentário.
–Sua mãe é uma boba mesmo. - Ela disse rindo junto comigo, foi quando os meninos se sentaram ma mesa.
–Posso saber o que é tão engraçado? - Ultimamente eu só ouvia perguntas do João.
–Ah nada filho é que eu e a Ka estávamos aqui falando da Ana.
–Ah eu adoro a tia Ana, quando é que ela vem visitar a gente ein Karina? - Não disse, só perguntas.
–Do jeito que ela é vai demorar muito viu. - Disse lamentando e pegando um pouco de suco. - Pedro pega a faca pra mim?-Disse justamente para puxar assunto e vê se ele tirava os olhos daquele maldito celular.
–Hã? - Ele perguntou parecendo desnorteado.
–A faca Pedro, pega pra mim por favor. - Ele pegou a faca que estava perto dele, me entregou e voltou para aquele maldito celular, no mínimo tava falando com uma vadia qualquer que pode transar com ele sem a intervenção de um pentelho, vulgo João. - Obrigada. - Agradeci por ele ter pego o objeto pra mim e ele pareceu nem ouvir direito, se eu estou ficando irritada? Sim eu estou.
–Pedrinho, larga esse celular, conversa com a gente. - Minha tia disse como sempre calma, se fosse eu teria pegado aquele celular e jogado na parede.
–Tá certo, já enjoei mesmo. - Ele disse provavelmente se referindo a vadia com quem ele falava.
–Reparou o tanto que o Pedro enjoa rápido das coisas Karina?- João disse isso só para eu me afastasse de Pedro para não ser magoada, mas fala sério, pra me magoar... Tem que fazer muito mais do que me dar um pé na bunda.
–É, eu também enjoo, coisas fáceis não me convém. - Disse com um olhar superior. - Mudando totalmente de assunto, tia eu chamei a Bianca pra vir almoçar aqui, por você tudo bem?
–Tudo bem não, tudo ótimo, eu amo a Bi, tô com tantas saudades dela, vou até fazer lasanha, eu sei que ela ama. - Ela disse novamente sorridente, eu bem que queria ter esse bom humor todo.
–Espera a Bianca vai vir pra cá? - E de novo o João estava fazendo perguntas, ele é surdo por acaso.
–Vai João, algum problema? - Questionei ao ver que ele estava ficando nervoso, não entendi nada.
–Não é que... Sabe... Eu não.... Você. - Ele tentava se explicar enquanto todos nós rimos do seu desespero, em meio disso meu celular tocou tirando toda a atenção de João.
–Número desconhecido? Desculpa tia.
–Não tem problema minha flor, pode atender.
"Alô? "Disse enquanto todos da mesa tinha o olhar direcionado a mim.
"Karina aonde você tá? te mandei um monte de mensagens" - E lá estava, a voz dele.
"Eu tinha bloqueado seu número"-Disse tentando não alterar a voz e Pedro levantou o olhar sobre mim.
"É, eu percebi isso, tô ligando de outro celular, onde você tá Karina? "-Disse quase alterando a voz.
"Eu tô no Rio, na casa da minha tia"-Disse sendo direta.
" Ah então você tá aí no Rio, enquanto eu tô aqui precisando de você"-Cara de pau...
"Eu sei muito bem pra que você tá precisando de mim, pede isso pra sua mulher"- Disse, mas logo me arrependi depois do olhar que todos me lançaram.
Pov Pedro
Quando fui para a sala de jantar meu celular não parava de vibrar e quem estava do outro lado já era bem óbvio, fiquei um bom tempo tentando dar um fora nela, até Dandara pedir que eu largasse o celular, depois disso João jogou uma indireta de como eu desisto rápido das coisas e a resposta de Karina não poderia ter sido melhor "O fácil não me convém", logo ela mudou de assunto e disse que uma tal de Bianca ia almoçar lá, com certeza essa era a irmã mais velha dela, a Dandara disse que ia fazer lasanha, então é claro que eu ia ficar, mas depois disso o João pareceu ficar preocupado com a visita que estava prestes a chegar, ninguém entendeu muito bem, mas serviu para dar umas boas risadas do meu amigo idiota, até o celular de Karina tocar e todos direcionaram o olhar a ela, ela pediu desculpas pra tia Dandara e atendeu o telefone, eu tentei entender o máximo do que a conversa se tratava, ouvir ela dizer que tinha bloqueado o número me fez ter mais interesse sobre o assunto, me acomodei melhor na cadeira e tentava ouvir o que a outra pessoa dizia do outro lado da linha, mas a conversa parecia normal até uma resposta de Karina "Eu sei muito bem pra que você precisa de mim, pede isso pra sua mulher" então quer dizer que a anjinha tem rolo com homem casado, depois de dizer isso ela pareceu ficar um pouco envergonhada devido ao olhar que direcionamos a ela.
–Olha, seja o que for que a gente tinha Cobra, acabou! - Ela disse tudo isso sendo firme e dó alguma e que diabos de nome é Cobra?
–Desculpa por isso tia... - Karina disse passando aos mãos pelos cabelos curtos tentando se acalmar.
–Tá tudo bem meu amor, todos nós temos problemas. - Dandara disse calma como sempre, como que ela consegue?
–Que diabos de nome é Cobra? - João questionou e Karina o encarou sem paciência.
–É apelido o idiota, o nome dele é Ricardo, Ricardo Cobreloa. - Ela disse ainda tentando se acalmar.- Gente, vamos mudar de assunto porque tudo isso é passado, você vai ficar por almoço Pedro? - Ela perguntou me olhando com o famoso olhar de falsa inocência.
–Claro que vou, será um prazer... - Disse e ela sorriu maliciosa como sempre.
–Então tá tudo certo, todo mundo fica pro meu almoço de domingo. - Dandara se levantou abrindo um grande sorriso, na boa se ela não fosse mãe do meu amigo eu ia querer ela, mas se ele faz um dilúvio em tampinha de refrigerante por causa da prima, imagina se fosse com a mãe, mas nisso eu concordo, mas de amigo meu é intocável e eu considero ela como tia, seria uma coisa bem estranha. - João você me ajuda com a louça hoje.
–Ah mãe... Eu ia...-João ia dizendo alguna desculpa.
–Ia, não vai mais. - Ela disse com convicção o puxando pelo braço até a cozinha deixando eu e Karina a sós.
–Então quer dizer que você tá se metendo com homem casado? - Falei indo em direção ao sofá em que Karina havia se sentado.
–Na verdade é o homem casado que se metia comigo.- Karina disse usando a mesma piada de ontem a noite.
–Metia? - Disse reforçando o que ela disse no passado.
–Não mete mais. - Ela disse com convicção olhando no fundo dos meus olhos.
–E como ele é? - Perguntei curioso.
–Oi? - Ela pareceu ficar confusa
–Como ele é? Sabe... - Disse tentando arrancar alguma informação sobre o tal Cobra.
–Ah ele era a melhor pessoa do mundo no início, mas depois ele foi ficando idiota só me chamava quando "precisava" de mim. - Ela disse usando as aspas.
–E você não gosta disso? - questionei curioso.
–Ah, eu até gostava, mas com o tempo eu enjoei e só fazia aquilo por obrigação e fora que eu nunca conseguia chegar ao orgasmo, tinha que terminar tudo com o dedo mesmo. - Ela disse rindo dela mesma.
–Entendi, mas porque você fazia por obrigação? - Foi a única coisa que não entendi com essa historia toda.
–Ah Pedro, essa é outra historia que eu prefiro não contar. - Isso que ela não quis me contar deve ser o motivo pelo qual o João protege a anjinha desse jeito.
–Sem problemas... Mas esse Cobra, ele é mais velho, ou... - Até já tô achando que tô perguntando demais.
–Tá querendo saber demais né Pedrinho. - Ela disse sorrindo divertida. -... Ele é mais é quase 7 anos mais velho que eu.
–Então a anjinha gosta de caras mais velhos? - Questionei me deitando sobre ela no sofá e beijando seu pescoço.
–Pra falar a verdade... Eu prefiro caras mais velhos que fingem ser adolescentes. - Ela disse me alfinetando e sorrindo travessa, enquanto segurava meu cabelo com força.
–Isso foi pra mim?-Perguntei enquanto passava o nariz no seu pescoço.-Você ao acaba que eu sou novo demais pra ter que ficar levando tudo a sério?
–Você é muito novo pra levar tudo a sério, mas também tá muito velho pra levar tudo na brincadeira. - Ela disse séria e convicta.
–Falou a menina experiente né. - Disse a olhando com ironia.
–Pedrinho, Pedrinho... Eu já passei por coisas que você nem imagina, acredite, eu tenho muita experiência sim, talvez até demais pra você. - Falou convencida.
–Você tá se achando né anjinha? - Falei ao perceber em comi ela estava em seu pedestal.
–Eu não me acho meu bem, eu tenho certeza. - Dizendo isso ela virou nossos corpos ficando sentada em cima da minha barriga. - E sou eu que fico por cima.
–Ah mas não é mesmo. - Segurei seus braços dela que estavam apoiados no sofá ao lado do meu pescoço e a virei
ficando novamente por cima.
–Então quer dizer que o Pedrinho tem pegada? - Ela disse provocante enlaçando suas pernas na minha cintura me deixando ainda mais perto dela.
–Você quer ver se eu tenho mesmo? - Perguntei apertando sua cintura e sussurrando em seu ouvido.
–Você pergunta demais... - Ela disse e foi a deixa para eu atacar seus lábios... Bom pelos menos pra tentar atacar os seus lábios, já que mais uma vez fomos interrompidos.