My Fresh Start escrita por Queen Hale


Capítulo 2
Novo Rumo


Notas iniciais do capítulo

Hey, meu lindo povo!!!
Voltei e dessa vez com um capitulo.
Não esta com 3000 palavras, porque esses dias irei ficar sem computador e não queria deixa-los sem capítulos.
Esse daqui esta meio sem graça, mas o próximo.... Tenho certeza que vocês irão amar.
Quero agradecer a todos vocês que comentaram e não abandonaram a historia. Muito obrigada mesmo.
Boa leitura!!
Ps: Desculpe qualquer erro gramatical, concordância e ortografia. Não deu tempo de revisar.



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Na vida todos temos um segredo inconfessável,

um arrependimento irreversível,

um sonho inalcançável e

um amor possivel.

O pior dos segredos é aquele que nem você mesmo suporta guardar. Aquele que a cada vez que se é lembrado, causa dor e sofrimento. Aquele em que você luta para esquecer, mas na verdade só se lembra mais, dia após dia. Aquele em que vai acabando com você aos poucos, e morosamente.

Esse é o pior de todos os segredo.

Buenos Aires, Argentina

Pov's Of Leon

A fina fresta da janela estava aberta permitindo assim que os raios solares invadissem o cômodo onde eu dormia. Vagarosamente e ainda consumido pelo sono, levantei-me e fechei a cortina. Olhei de relance ao pequeno objeto que havia sobre e a cabeceira de minha cama, e lá marcava exatamente nove e trinta e dois.

Movi meus pés sobre o piso gelado e me direcionei até o banheiro e lá me despi, e assim que liguei o chuveiro, me pôs sob ele. A agua estava morna, e quando a primeira gota foi de encontro com meu corpo, permitir-me relaxar. Tão pouco isso se durou, pois logo meus músculos se enrijeceram e uma grande tensão me tomou.

Hoje, sem sombras de duvidas, seria um longo e cansativo dia.

Minha vida andava em uma completa monotonia, nada se passava e nada acontecia. Minha rotina era sempre a mesma: trabalhar, estudar e, as vezes, sair para me distrair. E, obviamente, não posso esquecer de Gery, pois ela sim não deixa minha vida se tornar depressivo. Já que era assim que andava me sentindo, em uma completa depressão.

Há exatos seis anos eu não encontro uma alegria em minha vida. Uma felicidade concreta ou até mesmo um ponto fixo, onde eu poça me dedicar inteiramente. Alias, há sim. Eu vivo para o trabalho, e só. Não queria ter uma vida assim, tão insignificante. Mas nós somos responsáveis pelos nossos erros. Eu errei e agora estou pagando por isso.

O meu maior erro foi a ganancia. A vontade de querer ser sempre maior que todos a minha volta. De mostrar para aqueles que duvidam de mim, o quanto sou capaz. De ficar querer por cima de qualquer um que ameaçar me ultrapassar. A ganância em crescer. E esse é o pior erro que se pode cometer.

Eu destruir a vida de pessoas que não tinham nada haver com os meus problemas. Pelo contrario! Pessoas que queriam me ajudar a acabar com todo o ódio que eu sentia, queriam mostrar que eu era amado, mesmo não enxergando isso.

Mas, depois de tantas complicações e situações nada agradáveis, eu mudei. A vida me fez mudar! Fez-me perceber que eu não ganharia nada sendo melhor que os outros, apenas ganharia inimigos. Iguais aos que eu ganhei.

James Vargas. Esse é o nome do homem que me criou, do homem que eu tinha tanto orgulho, que eu enxergava como um exemplo. E foi esse mesmo homem que cuspiu em minha cara as seguintes palavras:

"—Eu te odeio. O maior desgosto que há em minha vida, e saber que criei em um homem como você, saber que carrega o meu sobrenome."

Tais palavras foram proferidas friamente, e com uma sinceridade assustadora. Tão pouco me rebaixei a elas. Ao contrario! Devolvi sua afirmação, com o mesmo tom frio e com a mesma sinceridade. Ou não! Mas, por uma razão da qual eu desconheço, aquelas palavras me atingiram profundamente, tornando-me o mostro do qual eu não me orgulho nem um pouco.

Pensei que de alguma forma, pessoas da qual eu zelo, se afastariam de mim. Mas, surpreendendo-me, isso não aconteceu. Aos poucos foram entrando em minha vida, pessoas da qual hoje eu não viveria sem. E entre eles está Federico, meu melhor amigo.

A medida em que confessei a ele todos os meus erros, ele simplesmente me apoiou, e desde então nunca se voltou contra mim, mesmo que de alguma forma, eu tenha me enfraquecido.

Um barulho ecoou pelo quarto, e chegou até os meus ouvidos de uma maneira baixa. Deduzi ser meu telefone.

Desliguei o chuveiro e peguei uma toalha, enrolando-a em volta de minha cintura. Sai daquele pequeno cômodo coberto por azulejos brancos e me direcionei até meu quarto. Meus olhos buscaram juntamente com meus ouvidos o barulho. Como pensei, era o meu celular. O mesmo estava sobre minha cama, assim que o peguei pude ver o nome de quem ligava, juntamente com uma foto. Deslizei meu dedo sobre o visor e atendi a ligação.

—Lara? O que foi? — indaguei defesso.

—Bom dia para você também, meu amor — sua voz ecoou do outro lado da linha e assim que ela adentrou em meus ouvidos, revirei os olhos acompanhado de um suspiro.

—Bom dia — busquei não soar grosso, e acho que funcionou. Definitivamente, não era uma boa hora de conversar com a Lara. —Aconteceu algo para estar me ligando á essa hora? — em busca de entender o motivo da ligação, indaguei.

—Oras, saudade — riu sem humor —Cheguei de viajem ontem, já era tarde, então não quis lhe acordar. Mas, não consegui esperar até mais tarde. A saudade não permitiu — era perceptível que ela queria ser carinhosa, mas não funcionou. Esse não é gênio dela.

E, como se fosse algo ensaiado, minha mente recorreu a lembranças de alguns dias atrás, e nela estava a conversa com o meu "querido pai", onde o mesmo me comunicava da minha viajem para Espanha. Porém, não era uma simples viajem, ou até mesmo uma ferias, era por um tempo indeterminado.

Atitudes terão de ser tomadas. E, novamente, vou magoar alguém. Mas dessa vez não é proposital, é uma necessidade. Para fazer alguns felizes, é preciso que outros sacrifiquem suas felicidades. Eu estou sacrificando á minha, e a Lara terá que sacrificar a dela.

—Ah, sim — murmurei disperso —É, tenho mesmo que conversa com você. Podemos nos encontrar na hora do almoço? — indaguei, mordendo meu lábio inferior mostrando minha tensão.

—Claro — a ouvi dizer com uma tamanha animação —Mas, sobre o que quer conversar? — seu tom de voz mudou, provavelmente devido a curiosidade.

—Sobre uma viagem que terei de fazer — resolvi não enrolar.

—Você vai viajar? — indagou.

—Sim, mas vamos falar sobre isso pessoalmente — pedi. Instantaneamente levei uma de minhas mãos até a nuca, apertando-a com força.

—Tudo bem — concordou —Até daqui a pouco! Amo você — disse, e como em todas as vezes em que nos falamos, ela confessou que me ama.

Porém, dessa vez será diferente. Ela não recebera uma resposta minha. Não seria justo com ela.

—Nos vemos mais tarde — falei por fim, encerrando a chamada logo em seguida.

E com o olhar distante e os pensamentos longe, uma pergunta veio até mim, de repente.

O que é o amor?

Sinceramente, eu não sei. Uns dizem que é bom, que é maravilho, que a sensação de ter alguém ao seu lado, que ama-te é triunfante. Mas outros dizem que só trás dor e sofrimento.

Conheci a Lara no verão de dezembro, no ano passado. Ela estava na casa do Federico, que julguei ser amigo dela na época. Mas, na verdade, ela estava na companhia de Ludmila, já que as mesma são amigas a um tempo.

E, depois daquele dia nos encontramos novamente, mas dessa vez em minha casa, onde ela estava acompanhada na presença de seus pais. Quando descobri que ela era filha do German, me surpreendi, pois ele é amigo do meu pai, mas nunca tive a chance de conhecer as filhas deles.

Entre eu e a Lara nasceu uma amizade, ela me entendia e me fazia muito bem. Mas, talvez, em algum momento, eu tenha misturado os sentimentos, pensando estar realmente apaixonado por ela. E esse foi um dos meus erros. Ficar com uma garota, da qual eu não amo.

(.......)

A irritante musica que soava naquele local, estava me dando nos nervos, e a impaciência de esperar só piorava a situação. Levei meus olhos até a porta, mas ninguém entrou por ela. Suspirei frustrado e levei minhas mãos até o meu bolso, e peguei meu celular.

Marcava exatamente dez e quarenta e três da manha, e isso significa que estou a mais de meia hora só esperando o Federico chegar.

E como se lesse o meu pensamento — que dizia se ele não chegasse nos próximos cinco minutos, eu iria o matar — o italiano entrou pela porta daquele estabelecimento, um tanto afobado, eu diria.

—Me desculpe a demora! Eu acabei... — o interrompi.

—Não importa — rosnei —Daqui a pouco eu preciso ir, então vamos logo com isso — pedi em meio a um suspiro cansado.

—Tudo bem — falou, enquanto sentava-se a minha frente. —Então, o seu pai me passou esses contratos aqui — colocou os papeis sobre a mesa —Eles são sobre o investimento que estamos fazendo. Amanhã, quando você for viajar, leve esses contratos e mostre ao Diego — pediu e eu assenti —Não esqueça eles, Leon. Se esses papeis não for assinados por ele e entrego até o final de semana, nas mãos do presidente da Cherson, perderemos um negocio incrível.

—Entendi, cara — falei em busca de faze-lo se acalmar —Não se preocupe — pedi.

—Okay, mas não se esqueça de lê-los antes de assinar. Sei que você esta afastado da empresa esses dias, mas você é o nosso advogado de confiança — falou e eu revirei os olhos.

Meu celular apitou, indicando que havia chegado uma mensagem de texto. Deslizei meus dedos sobre a tela e a foto da Lara apareceu nela.

"Meu amor, vamos nos encontrar no shopping. Preciso ir até lá e irei almoçar lá também.

Beijos." Lara, 10:52.

"Tudo bem. Nos encontramos lá."

Leon, 10:52

Levantei meu olhar e observei que Federico pedia algo ao garçom.

—Você vai querer algo? — perguntou e eu neguei. —Tudo bem, vai ser só o meu suco mesmo — falou com o cara. Logo o garçom se foi e ele se virou para mim —E então, já esta mais tranquilo em relação a viajem? — perguntou a mim.

Suspirei e olhei para o lado.

—Acho que sim — murmurei —Mas, de alguma forma, ainda sinto um pouco de medo, não sei — falei e o olhei.

—Um medo, disfarçado de culpa, não é? — indagou e eu assenti, abaixando minha cabeça logo em seguida. —Não vou dizer para você esquecer isso, porque sei que não irá. Mas, pense que tudo ficará bem. O Diego é seu irmão, e ele não sente raiva de você. — o ouvi dizer. Sei bem que ele estava tentando me ajudar, mas não estava conseguindo.

—É... — dei um sorriso fraco, não queria que ele se preocupasse comigo. Ele já me ajudou muito, e o mínimo que posso fazer é dizer que esta tudo bem.

—Bom, e a Lara? Ela já chegou? — perguntou, mudando de assunto.

Respirei fundo e pensei se eu perguntava ou não a ele.

—Sim, chegou ontem — falei e ele assentiu. Antes que eu pudesse perguntar mais alguma coisa, um cara veio e entregou o suco para ele. Ficou um silencio entre nós, para ele parecia não ser nada de mais, mas para mim estava irritante. Então resolvi perguntar: —Fede? — o chamei e ele me olhou —É... quando... quando a gente sabe que ama alguém? Digo, como sabemos se aquela pessoa que gosta de você, você também gosta dela? — me enrolei com as palavras, pois nem eu sabia bem o que dizer.

Ele pareceu pensar um pouco, mas logo falou:

—Bom, quando amamos alguém, esse alguém passa a ser uma prioridade em nossa vida. O sorriso dela passa a ser o seu sorriso. A necessidade de estar sempre com ela... — prestava atenção em cada palavra que ele dizia, e tudo começava a ficar mais claro para mim —Isso é o que eu conheço do amor, porque é isso o que eu sinto pela Ludmila. E eu tenho certeza que eu a amo — assenti meio disperso —Mas, por que a pergunta? — indagou a mim.

—Porque... — parei e suspirei —Esses dias em que a Lara esteve fora eu pensei bastante na relação em que temos. Se valeria a pena continuarmos namorando, a distancia — a medida em que eu ia falando, mexia com as mãos, uma mania que eu tinha.

—E o que resolveu? — indagou curioso.

—Não, não vale a pena. — suspirei.

Massachusetts, Boston, USA.

Pov's Of Violetta

Meus pés pareciam ter vida própria, não parecia mais ser comandado por mim. O minha irritação era tanta, que eu ousaria a dizer que era ódio.

Sim, era ódio.

—Ahh, como eu odeio a Lara — gritei nervosa, enquanto andava de um lado para o outro.

—Vilu, acalme-se, você já esta me deixando tonta — pedia Francesca e eu a ignorava.

—Como ela teve coragem de fazer isso comigo? — me perguntava —Não, não, não. Isso não pode estar acontecendo.

—Violetta — Francesca gritou e eu a olhei assustada —Por favor se acalme — pediu e eu suspirei —Sente-se aqui — pegou em meus ombros e me sentou na cama. —Agora me diga, o que ela fez? — perguntou.

Enfiei minha cara no travesseiro e ali soltei um grito. Levantei minha cabeça e suspirei um pouco mais calma.

—Era minha chance de voltar para Buenos Aires e recomeçar, sem depender do meu pai. Mas a Lara estragou tudo — fui falando rápido e irritada. Vi que Francesca não estava entendendo o que eu disse, pois sua face estava confusa. Suspirei e tentei manter a calma —Ontem, antes de a Lara ir embora, a Emília foi até minha casa e disse que eu teria de ir para Buenos Aries, porque a empresa que eles estão abrindo lá precisa de funcionários, e eles não tinham nem uma estilista se quer. Então ela perguntou se eu queria ir, e obviamente que eu aceitei — parei um pouco e respirei —Mas a Lara apareceu, começou com aquele papinho dela, disse que a admirava e que foi por ela que quis ser estilista, e como a Emília é movida pelo ego, ela perguntou se a Lara não queria ir no meu lugar, pois eu tinha muito o que fazer aqui — terminei de contar totalmente chateada.

—Oh, Vilu. Eu sinto muito. Sei o quanto você quer voltar para lá — me abraçou e eu correspondi.

Realmente eu quero muito voltar para Buenos Aries, e a Lara estragou a minha única chance de poder ser independente. Ela sempre estraga. Poxa, ela é minha irmã, e por mais que não nos damos bem, ela poderia ter pelo menos um pouco de compaixão. Eu quero poder trabalhar, ter uma casa, construir minha família... Tudo isso por mérito meu, sem depender do meu pai ou do dinheiro dele. Mas, a Lara é aquela patricinha, é mimada pelo papai e pela mamãe, se quer trabalha. Quando eu vim pra cá fazer faculdade de moda, alguns meses depois recebi a noticia que ela também estava fazendo.

Eu sei que ela me odeia e isso não me incomoda, porque também a odeia. Apenas queria que essa inveja que ela sente de mim, acabasse. A porta do quarto foi aberta e um Diego sorridente entrou por ela. Eu e a Fran nos separamos do abraço e o olhamos curiosa.

—O que foi, meu amor? — perguntou Fran enquanto caminhava ate ele e o dava um selinho.

—O meu irmão chega amanha — falou ele feliz.

—Você tem um irmão, Dih? — assentiu —Por que eu não sabia disso? — me fingi de indignada e a Fran riu.

Diego caminhou ate mim e me abraçou, também rindo.

Roxinha, eu já te falei sobre ele, mas como você meia lerdinha... — o interrompi.

—Ei! — exclamei em reprovação e cruzei os braços, e os dois só rindo. —Quer saber? Eu vou embora — fui me direcionando até a porta, mas a Francesca me parou.

—Para com isso, amiga. Estamos brincando — ela me abraçou e o Diego também.

—Você sabe que amamos você, não é? — disse Diego.

—Sim, eu sei — falei convencida. Nós três rimos.

(......)

A noite já havia chegado e eu ainda estava na casa da Fran e do Diego, começamos a ver um filme e como estava muito frio, não queria levantar, mas já estava tarde, e eu tinha que ir.

—Eu já vou, se não minha avó vai ficar louca lá — ri sem humor e me levantei.

—Fica aqui, Vilu. Esta muito tarde — disse a Fran e eu neguei.

—Amanhã eu tenho que acordar cedo para ir trabalhar. Diego? — o chamei e ele com muito custo desviou o olhar da televisão e me olhou —Me leva em casa? — perguntei.

Ele fez uma careta e voltou a olhar para o filme.

—É claro que ele te leva, Vilu — Fran falou e tacou uma almofada nele.

—Calma, eu já vou. — se levantou e começou a calçar o seu tênis.

Peguei minha bolsa e fui me direcionando até a porta e a Francesca veio logo atrás de mim.

—Amanha você volta? — indagou ela.

—Não sei, Fran — mordi o meu lábio inferior.

O Diego que vinha até nós, falou:

—É claro que ela vem — franzi a testa o olhando —Quero que você conheça meu irmão, e ele vem amanha. — explicou.

Respirei fundo e assenti.

"Por que eu acho que a partir de amanha tudo em minha vida irá mudar?"


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Notas finais do capítulo

O que acharam?
Postarei apenas no final de semana, porque durante a semana eu escrevo e no final de semana posto.
Então, o que vocês acham que irá acontecer no próximo capitulo? Será que a Lara irá reagir bem as "confissões" do Leon? E o encontro Leonetta?
O melhor comentário que tiver no capitulo, essa pessoa irá ganhar um spoiler bem gratificante.
So posso dizer a vocês: PRÓXIMO CAPITULO LOTADO DE SURPRESAS E DE GRANDE EMOÇÕES.

Comentem!
Favoritem! - volto até o final de semana se tiver pelo menos dois.
Acompanhem!

Beijos e até os comentários.