What Ive Been Looking For escrita por MyWeepingAngel, ingrid pevensie


Capítulo 26
Capítulo 19: Consequências (Parte 2)


Notas iniciais do capítulo

OK...DON'T KILL ME PLEASE!!!
Eu estou oficialmente perdida na fic, além de uns problemas no meu pc q me impediram de postar mais cedo...
Enfim, eu tive de mudar o final da fic completamente e ainda não sei mt bem como vai terminar... Talvez até tenha uma continuação...
Bom já falei demais.

ENJOY!!!



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PDV AMANDA

O silêncio se instalou na sala. Pude sentir que todos olhavam para mim, analisando-me, num misto de expressões. Surpresas, curiosas, hostis. Eu tentava me dizer o tempo todo para ficar calma e encarar essa situação da melhor forma possível, mas meu coração me traía, pulsando num ritmo que até então eu julgava impossível. E eles sabiam disso. Podiam escutá-lo em seu galope desenfreado.

Meus olhos não deixavam o ancião loiro. Talvez por isso eu me sentisse tão nervosa. Ao tomar consciência do meu pânico por estar em sua presença, seus lábios se esticaram num sorriso satisfatório e azedo.

O ancião do meio, percebendo a hostilidade que emanava de nossos olhares, olhava-nos com aquela mesma expressão. Curiosa. Satisfeita. Até que se adiantou, como se nada tivesse acontecido, e falou pela primeira vez:

-Minha cara, Amanda...-sua voz acariciou meu nome numa espécie de deleite-... finalmente nos conhecemos. Estivemos esperando por esse momento ansiosamente... Fico feliz que tenha optado por se juntar à nós. Sua presença e seu dom serão um valioso acréscimo à nós, Volturis.- e abriu os braços, exultante. Mostrando-me do que estava falando.

Depois desviou seu olhar à Jane, e seus braços caíram. Mas a expressão de satisfação continuava em seus olhos:

-Ah, Jane...Não sabe como me conforta tê-la por perto. Uma jóia, realmente. Como sempre sendo a mais eficiente de todos...- e, com o sorriso radiante, ela se aproximou do ancião, que por sua vez, deu-lhe um beijo delicado na testa.

-É sempre um prazer, mestre...

E, voltando-se a mim, ele estendeu a mão frágil e pálida. Mas, vendo minha hesitação, disse:

-Ah, Amanda, não precisa ter medo. O pior já passou. Não vamos machucá-la...

Como se para contrariar o que ele havia dito, meu olhar se desviou para o ancião loiro. Foi com surpresa que pude constatar que ele não estava mais lá. Sentindo-me um pouco mais calma sem seu olhar hostil e mais confiante agora, pus minha mão na que o outro me oferecia.

De imediato suas mãos fecharam-se com delicadeza sobre a minha. E ele fechou os olhos, lendo meus pensamentos com ansiosidade. Sua mão, pude notar, era ainda mais pálida que a dos outros vampiros e mais frágil também, como uma espécie de papiro.

Após algum tempo, seus olhos abriram-se. Ele se pôs a me encarar numa postura pensativa, e declarou:

-Realmente o ama de verdade, não é? Teve de abdicar de muitas coisas para estar aqui...- E seus olhos estreitaram-se em curiosidade e ele me olhou intensamente- E você, embora negue isso a si mesma e o ame de verdade, ainda tem medo de que tenha feito a escolha errada.

Depois me soltou. E voltando-se para Jane, disse:

-Jane, creio que ela esteja cansada da viagem. Leve-a ao quarto de Alec. Amanda estará bem acomodada lá.

Assim que tivemos permissão de sair da sala, Jane puxou-me rapidamente de lá. Gianna, no entanto, continuou na sala, provavelmente sendo julgada se era digna ou não de tornar-se um deles.

Ao ser novamente guiada pelos corredores de pedra do castelo, tive a estranha certeza de que tudo ficaria bem. E sorri. O pior já havia passado.

Por fim, Jane parou em um corredor, em frente a uma porta pesada e simples de madeira. Sem esforço algum ela a abriu. Impossivelmente, por causa do tempo que ele havia ficado fora, o cheiro dele ainda emanava de cada centímetro do quarto. Embriagada por ele, fechei meus olhos e deixei que o seu perfume enchesse meus pulmões, reconfortando-me.

Tudo ali tinha a marca dele. Desde a estante apinhada de livros, ao violão lustroso em uma simples cama de solteiro. Havia também um guarda-roupa de carvalho que ainda continha uma pequena parcela de suas roupas e uma mesa contendo uma TV de plasma. Mas a sacada, que continha um pequeno divã negro, era a melhor parte do quarto: de lá podia-se ver toda a Toscana e toda Volterra. Era deslumbrante.

Senti Jane aproximar-se da sacada, olhando a vista assim como eu. O vento bateu em seu rosto e balaçou a pequena mecha que não estava presa em um caprichado coque. Ela tinha um pequeno sorriso nos lábios. E eu entendia o porquê do sorriso. Porque, apesar de todo o medo, eu e ela sabíamos que, finalmente, nós três ficaríamos juntos. Como uma família.

Então, vendo a TV, resolvi me distrair com algum programa. Talvez nem todos os canais fossem em italiano. Espanhol e inglês eu ainda podia encarar. Peguei o controle ao lado da TV e fiz menção de ligá-la. Jane, percebendo tarde o que eu pretendia, apenas correu até mim e tomou da minha mão o controle:

-Não, Amanda!- e ela me encarou apreensiva.

Mas foi em vão. Porque uma vez ligada, a TV mostrou-me o que eu não queria ver. O acidente tinha sido pior do que eu esperava. Tão pior que até a imprensa internacional estava noticiando. Não pude entender direito o que diziam, mas as imagens davam uma boa pista da magnitude do acidente. Pessoas abrigavam-se na parte de cima do avião clamando por ajuda, enquanto os helicópteros da guarda costeira e da imprensa sobrevoavam o avião. Eu não sabia como, mas havia dezenas de corpos boiando no mar, enquanto eu assistia tudo com a boca aberta em descrença e os olhos arregalados em choque. Levei as mãos à boca. Apenas após alguns segundos, meus lábios entorpecidos se moveram e eu pude perguntar à Jane corajosamente:

-Quantos mortos?

Ela não respondeu de imediato. Seus olhos estavam comprimidos, assim como seus lábios. Até que ela suspirou pesadamente, decidindo me contar a verdade, e seus olhos vagaram para os meus:

-Metade do total...-sussurrou.

O sangue fugiu do meu rosto e senti meu corpo gelar. Minha pernas ficaram fracas e Jane me amparou, impedindo-me de cair. Ao me ver sentada em segurança na cama, meu rosto caiu sobre minhas mãos. E eu sabia o que significava aquela fraqueza e aquele peso que eu sentia e ameaçava me esmagar.

Culpa. Pesar. Dor.

O ar me faltou. Pondo a mão no peito, eu lutei pra respirar. As lágrimas desciam sem controle do meu rosto. Jane pôs a mão no meu ombro, numa tentativa de me reconfortar. Mas eu a empurrei para longe. Eu não merecia ser reconfortada. A culpa era minha. Eu não era a vítima. Me sentia suja e horrível.

Mas ela tentou novamente:

-Amanda, não era para você ter visto aquilo...-ela disse devagar.

-E vocês iam o quê? Esconder isso de mim? Esconder o estrago que eu causei? Esconder o monstro que eu sou?- gritei para ela.

Ela não se abalou com o meu tom de voz, apenas me encarava com pena. Aquele olhar foi a gota d'água. Eu precisava ficar sozinha. Não queria a pena de ninguém. Já bastava a que eu tinha de mim mesma.

-Vá embora...- sussurrei com a voz dura.

Entendendo que eu queria ficar sozinha, ela apenas deu-me as costas, fechando a porta atrás de si.

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PDV ALEC

Era noite. Tinha chegado à Voterra a pouco mais de meia hora. Depois de conversar com os anciãos, fechei a pesada porta de madeira da antecâmara, encontrando Jane ali, esperando-me e parecendo extremamente nervosa. Ao me ver, ela se adiantou, passando seus braços ao redor do meu pescoço e me apertando contra ela:

-Ah, Alec! Você está bem.- ela soluçou, num misto de felicidade e preocupação.

-Jane, acalme-se. Deu tudo certo...

Mas ela se desvenciliou de mim e disse suspirando pesadamente:

-Não, não deu, Alec... Amanda viu a notícia da queda do avião! E agora está trancada naquele quarto se martirizando, dizendo que a culpa é toda dela... Ela não quer falar com ninguém, nem comigo! -ela soluçou- Estou com medo de pense ou faça alguma besteira, Alec!

Então, ela continuou, agora brava comigo:

-Você devia ter sido mais cuidadoso! Como pôde ter sido tão irresponsável, Alec?

-Acha que eu não sei disso, Jane?- rebati sem paciência- Acha que eu não tenho a mínima ideia do estrago que eu causei? Os anciãos já deixaram isso bem claro para mim, não preciso de uma repetição...- rebati, seco.

Percebendo meu nervosismo, sua raiva se dissipou e ela baixou os olhos, respirando fundo:

-Desculpe, só estou preocupada com a situação... A Amanda realmente está mal, você deveria falar com ela.- lembrou.

Respirei fundo uma vez e assenti. Depois a puxei e dei um beijo em sua testa:

-Tudo bem, baixinha.- ela rolou os olhos, mas pareceu mais calma.

***

Assim que entrei no meu quarto, logo pude ver Amanda. Ela estava deitada no divã da sacada, ainda com o vestido azul-marinho desta manhã. Ao me aproximar pude avaliá-la melhor: seu rosto sem emoção estava riscado de lágrimas prata que escorriam sem parar do seu rosto iluminado pela Lua. Quando me viu ali, ela estendeu a mão e eu a puxei para mim. Quando seu corpo colou-se ao meu num abraço, ela começou a soluçar e eu pude sentir suas lágrimas quentes batendo suavamente contra minha camisa. Deitei com ela no divã, apoiando sua cabeça no meu peito. Ela nada disse.

Ficamos assim por um bom tempo, até que ela disse tristemente, ainda sem me olhar:

-Por que tudo tem que ser tão difícil? Por que eu não nasci órfã e italiana para facilitar as coisas ao menos um pouco?

Rindo uma vez de sua declaração, sentei-me e segurei seu rosto, de modo a olhá-la melhor:

-Porque aí você não seria a Amanda. Pelo menos, não a Amanda que eu conheço. Não a minha Amanda.- expliquei, olhando fixamente em seus olhos tristes.

-Mas pessoas morreram, Alec. E outras tantas estão sofrendo por minha causa. Minha mãe está sofrendo. Eu consigo sentir. E me parece egoísmo fazer tanto mal só pra conseguir algo que eu quero.

-É da sua felicidade que estamos falando, não qualquer coisa.-lembrei.

-Ainda assim...-rebateu, retirando minhas mãos de seu rosto e evitando me olhar.

-Então, está dizendo que se arrenpendeu de estar aqui comigo?- disse em voz baixa. Porque, é claro, fazia todo sentido considerando o modo como ela estava agindo. - Porque é tudo minha culpa, sabe disso. Se eu não tivesse inventado de ir até você...

Mas ela pôs o indicador nos meus lábios, me interrompendo:

-... Eu não teria conhecido o homem que eu amo.- então um pequeno sorriso brotou em meio a sua expressão triste.- Alec, a última coisa da qual me arrependo de ter feito foi ter me apaixonado por você.- então seu rosto desmoronou- Só não acho correto o modo como fizemos para estar aqui.- ela suspirou pesadamente- É disso que eu estou falando. É tudo culpa minha. Foi ideia minha.

Levantei seu queixo com a mão:

-Olha para mim... Eu sei que não é justo, mas sacrifícios às vezes são necessários. E me parece desperdício de esforços você ficar aqui chorando pelo que não tem conserto. Deveria honrar o que aconteceu tentando ser feliz aqui. Não foi isso que escolheu? Ser feliz?- levantei uma sobrançelha interrogativamente.

Ela fez que sim com a cabeça, mas não estava totalmente convencida disso. Então, acrescentei:

-Eu sei que já sabe disso, mas não custa dizer de novo. Sei que não posso substituir sua família, pequena, mas eu amo você e não quero te ver infeliz, magoada ou só. Vou tentar compensar isso, nem que tenha que levar toda a eternidade. Você sabe, eu tenho todo esse tempo...- sorri de leve na última frase.

Desta vez seu sorriso foi um pouco mais aparente e radiante. Levantei-me e peguei o violão encima da cama e sentei-me novamente ao seu lado. Seu sorriso ainda era reservado, mas agora seus olhos eram curiosos e intensos nos meus:

Never gonna be alone-Nickelback

http://www.youtube.com/watch?v=1GWQ-oDMG6g
O tempo está passando, muito mais rápido do que eu
E eu estou começando a me arrepender de não gastar
tudo isso com você
Agora estou, querendo saber por que
eu tenho mantido isso engarrafado aqui dentro
Então, eu estou começando a me arrepender de não dizer tudo isto para você
Então, se eu não o fiz ainda, quero que você saiba

Você nunca vai estar sozinha
Deste momento em diante
Sempre que você sentir que está partindo
Não vou deixar você cair
Você nunca vai estar sozinha
Vou te segurar até a dor passar

E agora
Enquanto posso
Tenho aguentado firme com ambas as mãos
Porque sempre acredito que não há nada que eu precise além de você
Então se eu não o fiz ainda, quero que você saiba

Você nunca vai estar sozinha
Deste momento em diante
Se você se sentir que está partindo
Não vou deixar você cair
Quando toda a esperança estiver desaparecido
Eu sei que você poderá continuar
Vamos ver o mundo
Vou te segurar até a dor passar

Você tem que viver cada dia
Como se fosse o único
E se o amanhã nunca vier?
Não o deixe escapar
Poderia ser o nosso único
Você sabe isso tudo apenas começou
Cada dia
Talvez o nosso único
E se o amanhã nunca vier?
Amanhã nunca chegar

O tempo está passando
muito mais rápido do que eu
eu estou começando a me arrepender de não dizer tudo isto para você
Portanto, se eu ainda não disse, eu preciso que você saiba ...

Você nunca vai estar sozinha
A partir deste momento em diante
Se você sentir que está partindo
Não vou deixá-lo cair
Quando toda a esperança estiver desaparecido
Eu sei que você pode continuar
Vamos ver o mundo sozinhos
Vou te segurar até a dor passar

E vou estar lá pra seguir todo o caminho com você
Não vou estar fora mais um dia sem você
E vou estar lá pra seguir todo o caminho com você
Não vou estar fora mais um dia sem você

Ela sorriu verdeiramente para mim desde que estivemos juntos no dia do seu aniversário. E as lágrimas que caíam dos seus olhos mel já não eram mais de tristeza, mas de felicidade. Soube disso assim que seus dedos fecharam-se deliciosamente possessivos em minha camisa e me puxaram para ela. Seus lábios moldaram-se aos meus famintos, numa mistura de doce e salgado, por causa de suas lágrimas e numa necessidade igual à minha. A pus no meu colo e ela abraçou meu pescoço, colando-me mais à ela. Seus lábios quentes desceram pelo meu pescoço, me fazendo estremecer. Até que era parou, ofegante e me perguntou, brincalhona:

-Por que eu estava triste, mesmo?- ela piscou, inocentemente.

Sorri, aceitando a brincadeira:

-Esse é o espírito, pequena...

Então, ela fez menção de voltar a me beijar, mas eu a interrompi:

-Acho que está na hora de você dormir. Foi um dia longo...

-Não sinto sono.-ela me contrapôs.

Mas mesmo assim a pus nos meus braços e a deitei na cama:

-Alec...- ela fez um beiçinho, manhosa, cruzando os braços.

Rolei os olhos e sorri:

-E se eu ficar aqui até que o sono chegue?- propus.


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Notas finais do capítulo

Não, Isa, não está meloso esse cap...¬¬
E Nathália amei seu review. A música é pra vc, sei como gosta dela...

Bom vcs já sabem, mas não custa nada repetir...
MEREÇO REVIEWS?! ^^



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