What Ive Been Looking For escrita por MyWeepingAngel, ingrid pevensie


Capítulo 25
Capítulo 19: Consequências (Parte 1)


Notas iniciais do capítulo

Agora podem cantar... ALELUIA!!!
Finalmente eu estou de volta.
Desculpem a demora pessoal, mas finalmente a fic acaba...



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PDV ANA

Naquela manhã havíamos voltado cedo do aeroporto, logo após do voo da Amanda decolar. No entanto, eu não conseguia repelir as palavras dela da minha cabeça:

"-Sabe aquela conversa que nós tivemos sobre minhas escolhas, mãe?- lembrou.

Balançei  a cabeça, assentindo:

-Bem, o que vai acontecer tem a ver com elas. Eu sei que, no início, tudo vai parecer meio sem sentido, mas no final você vai compreender que foi a melhor decisão. Para todos nós...- ou, pelo menos, ela parecia tentar se convencer disso.

-Mas, isso se vai machucar você, como pode ser o certo?- perguntei.

-Mais gente do que eu gostaria vai sair ferida...- confessou, não ousando me olhar..

Então, ela implorou, nervosa:

-Mãe, isso é algo que eu preciso fazer. Você disse que as minhas escolhas e as consequências delas, sou eu quem deve assumir.- olhei nos seus olhos tristes- Mãe, você precisa confiar em mim. Precisa me deixar fazer isso..."

Algo ia acontecer, disso eu tinha certeza agora. Amanda estava incomumente triste. Eu sabia que, como uma mãe responsável e protetora, deveria tê-la impedido. Mas aconteçe que eu sentia que o que quer que ela fosse fazer seria importante pra ela. E eu havia prometido apoiá-la. E era o certo, de alguma forma.

Pelo menos, era isso em que eu acreditava até chegar em casa e ligar a TV. Porque no jornal do meio dia eles noticiavam a queda de um avião. Voo 5341. O voo da Amanda:

"O voo 5341, em direção à Roma, partiu do Aeroporto de Congonhas às 10 da manhã deste sábado e, com meia hora de voo, já quando sobrevoava o Oceano Atlântico, sofreu o que a perícia acredita, uma misteriosa despressurização. Dos 231 passageiros que o avião levava, apenas metade sobreviveu..."

Meu coração disparou e eu fiquei sem forças. Mãos vieram de lugar nenhum e me ampararam, apoiando-me no sofá.

Enquanto as imagens do avião e das pessoas sendo resgatadas passavam pelos meus olhos eu as encarava em descrença. Era disso que Amanda havia falado. Mas isso já era demais.  Se ela havia morrido- uma parcela de mim sabia que ela nunca retornaria- então, qual o propósito de tudo isso? Por que morrer? E como ela sabia que o avião cairia?

Então, eu me dei conta. Lágrimas rolavam pelo meu rosto petrificado pelo choque enquanto eu encarava a horrível realidade: eu havia deixado Amanda morrer. Ela tinha morrido e a culpa era toda minha. Levei a mão à boca impedindo a mim mesma de não gritar.

Minha filha. Meu bebê. A razão da minha vida.

Morta...

\t\t  \t\t\t\t\t\t\t\t\t -------------------------------------------------

PDV AMANDA

Sobrevoávamos o Atlântico em um pequeno jato enviado pelos Volturi. Tudo estava em silêncio. A tensão e a espera que emanava de cada segundo naquele momento, aliados aos milhares de pés de ar e água abaixo de mim,  me faziam querer vomitar. Me faziam querer estar perto de Alec mais e mais. E me faziam perguntar se era realmente aquilo o certo e o que eu queria.

Minha mente girava de perguntas e, ao mesmo tempo certezas. Me questionava sobre minha nova vida e sobre a que eu havia deixado para trás. Mas tinha certeza sobre duas coisas: algo havia dado errado, e a pessoa que mais se importou comigo sofria agora: minha mãe.

As consequências seriam pesadas. E era tudo minha culpa, afinal.

Encostei minha cabeça na janela e soluçei baixinho. Jane, sentindo meu pesar, pegou minha mão e a acariciou de leve. Meu olhar escorregou para o dela. Ela me olhava compreensivamente. Quando viu meu rosto riscado pelas lágrimas, seu rosto se franziu em pena:

-Ah, Amanda...Vem cá.

E puxou meu rosto para seu colo, acariciou meus cabelos, numa tentativa de me reconfortar:

-Vai dar tudo certo, você sabe, não é?- ela tentou me encorajar.

Mas eu neguei:

-Não, não vai.- e levantei meu rosto procurando olhá-la- Não entende, Jane? Eu vou ferir pessoas, vou magoar meus pais. E eu não sei se posso conviver com isso...

-Amanda...- ela pôs sua mão no meu rosto e sorriu tristemente-, você escolheu viver com ele. E escolheu proteger seus pais do que nós somos. Você os salvou. E fará Alec feliz estando ao lado dele...- seu sorriso se alargou- Não acho que deva ficar se punindo por causa disso. Você fez a melhor escolha com o que tinha.

-Mas o acidente foi ideia minha. Se alguma coisa acontecer, e eu sinto que aconteceu, eu não vou me perdoar. São pessoas inocentes, Jane...

Um pouco mais à frente, o vampiro que pilotava riu em deboche. Se chamava Demetri. De acordo com Jane, ele havia sido mandado para nos escoltar e assegurar que não fugiríamos. Porque, segundo ela, ele poderia nos encontrar onde quer que estivéssemos.

Olhei feio para ele. Não achei que seríamos bons amigos assim que me juntasse aos Volturi. Ele não me agradava nem um pouco. De porte alto e magro, e íris mais rubras do que qualquer tom que já pude ver em Alec ou Jane, eu entendi logo que ele não parecia ser boa companhia. Ao me pegar encarando-o ele apenas virou-se de modo a me encarar de volta num olhar intenso e com um sorriso azedo nos lábios. Jane rosnou para ele, e o vi voltar a concentrar-se no mar à sua frente.

\t\t\t\t\t\t\t\t\t\t\t\t\t\t\t\t\t     ***

Finalmente chegamos em Volterra. E o que posso dizer, simplesmente é a cidade mais linda que já vi. Se não estivesse desesperada por notícias e ansiosa por ver Alec, acho que poderia tê-la apreciado melhor à primeira vista. Com suas ruas estreitas de pedra e torres de mansões e igrejas encravadas no meio de uma colina íngreme e ao redor uma imensa planície verde-esmeralda, Volterra bem poderia ser uma cidade de contos de fada.

E o meu estava se desenrolando bem ali, tragicamente. Bem, pelo menos era um cenário de estilo.

Desembarcamos do jato em um campo plano e verde, parecido com aqueles de golfe. Perto dali, havia um jardim imenso, à là francesa, com os mais variados tipos de flores e plantas, milimetricamente desenhados em formas requintadas e distintas; haviam também fontes de mármore branco por onde jorravam águas cristalinas; mais à frente e erguendo-se imponente e gracioso estava o palácio Volturi: todo construído de pedras avermelhadas e tendo dezenas de andares e torres, a construção mais se parecia com uma fortaleza, como aquelas vistas em filmes de Idade Média.

Fiquei tão maravilhada com aquilo que, por um segundo, esqueçi de tudo aquilo que me perturbava. Jane, vendo minha admiração, disse num sussurro baixo e orgulhoso:

-É lindo, não é? É o meu lugar preferido no mundo inteiro. Também é uma das razões por eu amar ser uma Volturi. O requinte e a graciosidade...

Sua postura mudou de imediato, ficando tensa, pois vindo até nós estavam dois vultos envoltos por mantos cinza-escuros. Um era alto e bem largo, como aqueles halterofilistas olímpicos. O outro era baixo e magro, e eu imaginei uma mulher ali debaixo.

Dito e feito. Assim que nos aconchegamos na sombra do hall do castelo, eles baixaram os capuzes, deixando os rostos à mostra: o de porte maior chamava-se Felix, tinha os cabelos muito escuros e bem curtos, sua pele em contraste com o resto dos vampitos era mais escura, azeitonada; já a mulher tinha a pele clara típica dos vampiros, mas de aparência cremosa e macia, seus olhos eram vermelhos-escuro nas bordas das íris, mas pretos no centro, seus cabelos eram de um caramelo vívido, grandes e caindo em graciosas ondas até a metade das costas. Assim que me viram, tiveram reações diferentes. O homem encarava-me com a face meio vidrada e os lábios contraídos. Ele estava com sede. Um sorriso satisfatório escapou por seus lábios assim que pôs os olhos em mim. A mulher apenas deixou que seu rosto suave pendesse de lado e me analisou com vívida curiosidade. Seu sorriso, ao contrário do de Felix, era um tanto quanto gentil. Foi ela quem falou primeiro, nos cumprimentando com uma pequena reverência com a cabeça:

-Sejam bem-vindas Amanda, Jane, Gianna. Aro ficará feliz em saber que já chegaram.- ela observou num tom satisfeito- Vou conduzí-las até os anciãos. Eles aguardam ansiosamente por sua presença, Amanda. À propósito, me chamo Renata.- e virando-se meio desgostosa para o outro, disse- Deveria ir caçar agora, Felix. Creio que Heidi demorará a chegar. E, honestamente, sua expressão não me agrada nem um pouco.- completou com a voz de soprano ligeiramente seca.

Depois, voltando ao tom de voz agradável e ao sorriso satisfeito, indicou-nos o caminho com um aceno de mão.

De repente, começei a sentir o peso da situação. Ia conhecer finalmente os anciãos, os senhores de tudo aquilo.

Enquanto passávamos em silêncio e rapidamente pelos corredores frios e de pedra, apenas iluminados por umas poucas janelas, a tensão e o pânico desceram sobre mim. Será que fariam alguma coisa comigo? Será que gostariam de mim? Essas perguntas ficaram ecoando na minha mente à mesma velocidade com que o som de meus passos ruidosos no chão de pedra ecoavam no ar gélido.

Senti Jane e Gianna ficarem tensas ao meu lado assim que grandes portas de madeira foram abertas à nossa frente. Engoli em seco e minhas mãos começaram a tremer. Jane apertou minha mão delicadamente encorajando-me.

Estávamos em uma antecâmara de pedra não muito grande. À minha direita pude notar uma outra porta de madeira que provavelmente dava para outro compartimento. Mais à frente havia um espaço mais claro, iluminado por grandes retângulos de luz na abóbada, alto, perfeitamente redondo, e com alguns tronos de madeira. E eram nesses tronos que estavam sentados os três anciãos. Tinham entre si a aparência bem parecida. O do trono à esquerda tinha os cabelos bem pretos e bem semelhantes aos do trono do meio. Mas ambos tinham a expressão diferente. Enquanto o primeiro parecia um tanto quanto entediado, o outro nos fitava com uma tamanha curiosidade e satisfação nos olhos escuros, que senti como se ele já me conhecesse. O terceiro, no entanto, era o mais diferente e, por assim dizer, o mais hostil de todos. Tinha os cabelos brancos como a neve e eles roçavam em seus ombros. Sua expressão ao pousar os olhos em mim era uma mistura de nojo e ódio. Pelo que Alec havia me falado, ele só poderia ser Caius. Era com ele que eu deveria me preocupar...


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Notas finais do capítulo

MEREÇO REVIEWS? ^^



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