What Ive Been Looking For escrita por MyWeepingAngel, ingrid pevensie


Capítulo 15
Capítulo 11:Lembranças


Notas iniciais do capítulo

Happy birthday do me...
happy birthday to me,...
happy birthday dear Ingrid...
HAPPY BIRTHDAY TO MEEEE...(to feliz essa semana)

gente queria pedir mil desculpas pela demora mas é que eu tinha muitas provas pra fazer e tinha tbm toda a bagunç dos meus 15 anos,então meu estava meio curto...

MAS ESTÁ AÍ!!ENJOY!!



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                        PDV AMANDA

Eu estava acordada,deitada sobre uma superfície macia e ,quente –minha cama- ainda de olhos fechados.Não sabia até que ponto da noite anterior era verdade ou, somente fruto do sonho maluco que eu tivera na noite anterior.

Abri os olhos.Olhei em volta.Nenhum sinal dele.É claro que eu tinha certeza sobre a parte em que nós fomos jantar e ele me contara a verdade.Só não estav muito certa sobre a parte de ter me desculpado e tê-lo beijado.Mas desejava muito que aquilo tivesse realmente acontecido.

Bem...só havia um jeito de descobrir.Como hoje ainda era terça-feira eu o veria na escola e poderia tirar aquila dúvida a limpo.

Queria tanto vê-lo que me arrumei em tempo recorde.Passei pela cozinha cogitanto a ideia de não tomar café.Então me lembrei do meu ridículo desmaio por hipoglicemia.Dei meia volta e comi rapidamente.

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Assim que entrei na sala,começei a procurar por ele.Dois segundos depois o encontrei.Suas feições perfeitas me encaravam com um sorriso suave no rosto.Aquilo era bom sinal,mas ainda não dizia nada.

Veio até mim e me abraçou.Encostou a testa na minha,olhou pra mim de modo intenso e sussurrou:

-Eu te amo,pequena...

Depois encostou os lábios de leve nos meus,de modo doce.Meu coração começou a acelerar.Pelo reação à atitude dele e pelo fato de agora eu ter certeza de que aquilo não tinha sido um sonho.Ele me amava e era meu,do modo como eu sempre quis.

Então eu retribuí o beijo me lembrando de ser cautelosa.Meus lábios se moveram do modo certo nos dele e eu senti que poderia ficar ali pra sempre.

Até que um pigarro tímido nos interrompeu.Me separei dele,procurando ver quem era.Assim que a vi,admito,fiquei um pouco receosa.Mas ela não tinha aquela postura e aquele olhar furioso,ao contrário,parecia meio envergonhada:

-Amanda,posso falar com você?-pediu.

Já ia me distanciando do Alec,quando ela me impediu:

-Não,tudo bem.Não importa onde a gente vá,ele vai escutar de qualquer jeito...

Alec me abraçou por trás,olhando a irmã com curiosidade:

-Então,sobre o que queria falar,Jane?-perguntei.

A postura tímida dela voltou.

-Bom,eu só queria me desculpar pelo modo rude com o qual tratei você ontem.Eu sei que não tinha o direito de falar com você daquela maneira,porque a escolha é sua,mas você estava magoando o meu irmão e eu precisava protegê-lo...

Mas eu a interrompi:

-Jane,não...não precisa se desculpar.Você fez o que achava certo,e o que era o certo.Agradeço por tê-lo feito.

Ela me olhou desconfiada:

-Então,não está com raiva de mim?

-Jane,eu?!Com raiva da minha melhor amiga?!

Fui até ela e a abracei.Ela pareceu surpresa com meu gesto,mas retribuiu de bom grado,aliviada.

-Você tem feito tanta coisa por mim.Não tem porque eu estar com raiva...

Foi aí que o Alec se manifestou:

-Jane será que pode devolver minha namorada?Estou ficando com ciúmes aqui...

Amei o modo como soou essa palavra na boca dele:namorada...

Disse num tom de brincadeira:

-Calma gente,tem o bastante de mim pros dois.

Ela olhou pro Alec e disse num tom debochado:

-Nem se acha...

Ele se limitou a sorrir.Logo nós três sorríamos...

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Quando eu contei pra Rebecca sobre mim e o Alec,ela adorou a notícia:

-Até que enfim vocês resolveram assumir que gostam um do outro!Se querem a minha opinião,já estava ficando chato essa amizade colorida toda...

Alec começou a tossir,tentando ocultar o riso.Eu não.Estava ocupada demais morrendo de vergonha:

-Rebecca,pelo amor de Deus!!!-disse entre dentes,chocada.

-Ué?E eu estou mentindo?-olhei séria pra ela e ela se recompôs-Ah,deixa pra lá!Parabéns,vocês ficam lindos juntos!

Tirando o chilique da Rebecca,o dia foi tranquilo e passou rápido,mas quando a noite chegou eu já estava morrendo de saudades do Alec.Pra tentar me distrair,liguei a TV do meu quarto.

Minutos depois,sinto um vento incomum vindo da janela.Esta se fecha suavemente.Me viro.Ele estava lá,perto da janela,na sua forma natural:terno cinza pérola e os olhos rubi me fitando com carinho.

Meu sorriso se abriu.Avancei até ele e o abracei.Ele me envolveu nos seus braços gélidos.Ficamos assim alguns segundos e depois ele se distanciou e perguntou:

-Quer ir dar um passeio comigo?

-Mas pra onde?

-Que tal na cobertura?

Sorri pra ele,eu adorava aquele lugar.Mas como fazia muito frio teria de pegar meu casaco.Me virei,fazendo menção de pegá-lo.De costas pro Alec,eu o ouvi pigarrear.Dei meia volta.Ele já estava com o casaco nas mãos e o estendia pra mim.

Meu queixo caiu:

-Como você fez isso?

Ele abriu a boca pra falar,mas eu o interrompi:

-Espera.não responde!Supervelocidade vampírica?-especulei.

Ele assentiu,sorrindo:

-É.Agora vamos logo...

Até que eu me lembrei de um detalhe:

-Mas... e os meus pais?

-Ah,sim!Diga que a Rebecca ligou e pediu pra você dormir na casa dela.Assim eles não farão objeção.

-OK.

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Assim que falei com meus pais e os convenci a me deixar ir,liguei pra Rebecca,pedindo que ela me desse cobertura.Ela concordou prontamente.

Desliguei o telefone.Alec estava postado ao lado da grande janela de vidro do meu quarto.Olhava concentrado pra Lua.Quando ele assumia essa postura,a Lua lhe dava uma beleza diferente,surreal.Seus olhos vermelhos,em contraste com a pele de alabastro lhe davam um ar misterioso,sombrio.

Pigarreei baixinho,interrompendo seus pensamentos:

Ele desviou seu olhar para mim,ainda sem emoção,depois sorriu:

-Vamos?-disse,estendendo a mão pra mim.

Avancei até ele,pegando sua mão.

Ele me pôs delicadamente nas costas,depois avisou:

-Acho melhor fechar os olhos,senão pode ficar enjoada...

Fiz o que ele disse.Segundos depois pude sentir a velocidade extraordinária com que nos movíamos.Depois,abruptamente,paramos.Ele me pôs no chão e sussurrou:

-Abra os olhos.

Encontrávamo-nos na mesma cobertura da noite anterior.

Então,ele pegou minha mão e me levou até a beirada.Olhei pra baixo.Caramba,era muito alto.Dei um passo pra trás.Pelo canto do olho pude ver que ele assumia a mesma postura do meu quarto.O silêncio que se instalou foi absoluto e me incomodou um pouco.Queria saber o que estava na mente dele.

Pra tentar transpor o silêncio incômodo,resolvi puxar assunto com ele:

-Então,quais são seus outros superpoderes?Supervelocidade,superforça,superbeleza...?

Ele sorriu das minhas perguntas,mas,pra minha surpresa soou algo parecido com deboche:

-Vocês humanos acham que nós,vampiros,somos seres tão...fantásticos.Mal sabem como isso pode ser uma maldição.Que não é o parque de diversões que vocês tanto imaginam...

Então ele,vagarosamente,veio até mim.O rosto dele era sombrio,debochado.Tinha um pequeno sorriso azedo nos lábios...De repente,ele me lembrou aquele Alec que eu vi no beco:

-No começo pode até parecer que você é o dono do mundo,que você pode fazer o que quiser.Mas o tempo tira essa confiança de você.Tira tudo aquilo que você veio construindo.Sua confiança,sua humanidade e, por fim,sua família...Tudo o que você mais preza é destruído.Só restam a sede de sangue e o tédio imortais...

Quando ele terminou de falar,eu não sabia o que fazer.Ele ainda olhava nos meus olhos.Mas agora era diferente.Seus olhos eram tristes e eu pude ver dor através deles...

Toquei seu rosto de leve.Eu queria poder acabar com a dor dele.E eu pensei que estivesse conseguindo.Mas eu me enganei.A dor dele estava apenas escondida,camuflada.Mas nunca esquecida.

-Eu pensei que essa mágoa que você sente...você e Jane...que ela tivesse passado.Que eu estivesse ajudando a curar vocês dois.

-E está...Você foi simplesmente a melhor coisa que me aconteceu em muito tempo,mas...existem coisas que não podem ser enterradas no passado.

-Porque não me conta sobre ele?Talvez possa ajudar...

A testa dele se franziu.

-Não é uma história feliz.

-A vida não é...Mas temos de aprender a lidar com ela.Por favor...

Ele suspirou pesadamente e me puxou pra dois cobertores que estavam estendidos no chão.Estranho.Não os tinha visto ali antes...

Me sentei encima dos cobertores,ficando de frente pra ele,de modo a olhá-lo melhor.

Ele sentou-se e olhou diretamente nos meus olhos.Segundos depois,começou:

-Era o ano de 1689.Nasce na aldeia de Volterra os bebês gêmeos mais extraordinários,esquisitos e temidos de toda a Itália...

Ele fez uma pausa.Seus olhos antes sem emoção,agora eram tristes:

-Entenda,Amanda.Eu e Jane nunca fomos queridos naquele lugar...Éramos chamados de demônios,por causa do que podíamos fazer.Mesmo tão pequenos éramos muito poderosos.Todos nos temiam.Na nossa infância nunca tivemos amigos.Vivíamos presos dentro de casa com medo do que podiam fazer conosco.As únicas pessoas que se importavam e nos protegiam eram nossos pais.Mas estes mesmos nunca estavam o tempo todo com a gente.Tinham que trabalhar pra nos sustentar...

Depois seus olhos assumiram um tom de vermelho brilhante,tingido de ódio:

-Até que pareceu ser demais pra eles.Nossa presença os incomodava.Então resolveram fazer justiça com as próprias mãos.Expulsar os demônios.

Então ele sorriu tristemente:

-Parecia aquelas cenas de filme.Reuniram seus forcados, tochas,paus,pedras...Tudo o que  pudesse ser usado.Precisavam estar armados pra nos enfrentar...Era meia noite.Eu e Jane dormíamos no nosso quarto e nossos pais no quarto ao lado.Vieram gritando e por vezes cantando velhas cantigas de exorcismo em latim.Acordamos com o barulho.Eles tentavam arrombar a porta da nossa casa...Lembro da nossa mãe entrando às pressas no nosso quarto gritando pra nos escondermos e ficarmos quietos.Prometeu que tudo ficaria bem.Foi a última vez que a vi...

Fechou os olhos e respirou fundo.Continuou:

-Podia ouvir nossos pais implorando no andar de baixo pra que eles não fizessem aquilo.Houve gritos em seguida e nossos pais jaziam mortos no chão...Eles subiram a escada a passos rápidos.Quando chegaram ao nosso quarto,lançaram a porta pra um lado e o líder deles nos fitou com ódio.Tentamos lutar com eles,mas nossos poderem falhavam.Podíamos ser poderosos,mas não sabíamos controlar nossos poderes.O que acontecia quando estávamos com medo.

-Consigo lembrar com clareza da surra que me deram.Eles queriam pegar a Jane e eu não podia deixar...Quando terminaram comigo,puseram uma venda nela pra que não usasse seu dom.Depois disso fomos carregados até a praça principal da cidade e exibidos como prêmio.Mas eles não descansariam aí.Nos puseram numa fogueira e atearam fogo.O calor era insuportável e devorava minha carne.Me lembro de perguntar o porque de tanta crueldade...Foi aí que eu vi.Os três governantes da cidade-Aro,Caius e Marcus- chegaram até lá e observaram a cena perplexos.Um deles,Aro,ficou furioso, e ordenou pra que nos tirassem de lá.A população protestou.Aro ameaçou matar todos se não nos tirassem daquela fogueira.A essa altura meus sentidos estavam fracos demais e eu não pude me lembrar de mais nada daquela noite.Foi então quando nos juntamos aos Volturi.Aro nos explicou que sempre nos quiseram ao lado dele por que éramos especiais,por causa dos nossos dons e que sabia da nossa situação.Ele havia nos tirado da fogueira e salvado nossa vida nos transformando.Disse que ficaria feliz se nos juntássemos à guarda.Foi o que fizemos.Mas nem todo o prestígio do mundo conquistado por se ser um Volturi apagou nossas lembranças ruins,ao contrário,nossas lutas ao lado deles só contribuiu pra nos tornar violentos.Mas,enquanto tivermos os Volturi,algo como uma família seremos leais e eles,porque foram os únicos a nos acolher quando não tínhamos mais ninguém...

Quando ele terminou eu me senti paralisada pela dor da sua história,pelas coisas horríveis que ele viu e viveu.Eu não podia culpá-lo por ser assim...A vida o tinha tornado assim.Fui tomada por um impulso grande de reconfortá-lo.E foi o que eu fiz.O abracei forte e, pela primeira vez,eu o dizia que ia ficar tudo bem...

Permanecemos ali durante algum tempo até que eu me senti cansada demais.Ele percebeu isso e sorriu pra mim.Instantes depois tudo apagou ao meu redor...


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Notas finais do capítulo

Alguém ficou com vontade de chorar com peninha do Alec? o/o/o/
Alguém aí queria consolá-lo?o/o/o/o/
E por último quem gostou do cap levanta a mão e manda rewiew de presente pra mim!!!*----*