Sugestão de trilha:    http://www.youtube.com/watch?v=bXy88aXSoU0                                    

                             PDV AMANDA

Abro os olhos.Olho ao meu redor.Me encontro novamente deitada na cama do meu quarto,só que com uma pequena diferença.Alec estava sentado à minha escrivaninha,lendo um livro.Ao perceber que eu havia acordado,fechou o livro calmamente e me lançou um sorriso doce:

-Já acordada,pequena?

Sorri pra ele.Adorava vê-lo ali,perto de mim,cuidando de mim.Sentou na minha cama e me puxou pra ele.Beijou de leve minha testa.

Ele encostou a testa dele na minha.Seus olhos carmim me fitaram de um modo que devia ser crime.Cheios de sede,desejo.De repente,eu não conseguia mais me conter.Seus olhos pareciam gritar pra mim.Ele me queria,assim como eu precisava dele.Então eu o beijei.Encostei meus lábios nos dele só pra mais uma vez sentir as ondas de eletricidade percorrendo meu corpo quando eu o tocava.Eu já estava cheia daquela cama,então resolvi me levantar.Sem interromper o beijo o guiei pra fora da cama e ele me acompanhou como se soubesse o que eu pensava.Abraçou minha cintura,me colando a ele.Minhas mãos abraçaram seu pescoço como se quisessem prendê-lo ali pra sempre.Eu explorava cada canto do seu rosto e ele parecia fazer o mesmo.Segundos depois ele me suspendeu por um segundo e eu me vi de encontro a uma das paredes do quarto.Seus lábios deslizaram hesitantes rumo ao meu pescoço,traçando uma trilha gelada e elétrica aonde seus lábios me tocavam.Então eu percebi que queria conhecê-lo mais.Ainda ofegante,por causa do beijo interrompido e por causa do seus lábios que me causavam arrepios,minhas mãos desceram trêmulas rumo aos botões do seu terno tentando desabotoá-los às pressas.Um a um eles cederam ao meu apelo.Ele não protestou nenhuma vez.Minhas mãos puxaram decididas o terno pra baixo a fim de tirá-lo de uma vez.Ele me ajudou e o terno,uma vez tirado,foi deixado aos nossos pés.Puxei seu rosto pro meu e o beijei novamente,dessa vez de modo mais intenso.Suas mãos que estavam no meu pescoço,deslizaram pelas minhas costas até minha cintura.Estremeci.Ele me pôs no colo e segundos depois eu estava sentada na escrivaninha,derrubando vários livros no chão.Então eu me lembrei e interrompi o beijo:

-Ah.meu Deus!Meus pais...

-...Não estão vendo ou ouvindo nada.-ele disse-Sabe...às vezes meu dom pode muito conveniente...-acrescentou com um sorriso malicioso.

Não pude deixar de sorrir.O modo como ele sorria pra mim era totalmente impossível.Meu Deus,como eu amava aquele garoto...

Então ele me beijou novamente,só que de leve,roçando os lábios dele nos meus.Minhas mãos subiram pelos seus braços.Ele começou a beijar cada canto do meu rosto de leve.Sorri de leve.Ele tirou os cabelos do meu pescoço e me olhou cauteloso.Eu sabia o que ele me perguntava só por aquele olhar:

-Eu confio em você.-disse firmemente.

Beijou de leve a base do meu pescoço e segurou de leve minha coxa,me prendendo a ele.Eu hiperventilava.Deslizou as mãos de leve até a base da minha blusa e a puxou pra cima lentamente,talvez esperando que eu o parasse se fosse demais pra mim.Depois de tirá-la por completo,ele me deitou com delicadeza na cama.

Novamente minhas mãos desceram procurando pelos botões,dessa vez de sua camisa vinho.Rapidamente,um,dois,três,quatro,cinco foram sendo desabotoados.Dessa vez ele me ajudou e isso pareceu instigá-lo.Me beijou o mais intensamente possível enquanto eu deslizava as mãos pelo seu peito esculpido à mão.Com uma das mãos me puxou pra cima,novamente me colando a ele.

                                                   PDV ALEC

“Eu finalmente a tinha nos meus braços e aquele era o momento mais perfeito de todos.Toda dor,preocupação drenadas pelo simples toque de sua pele na minha.

Era o momento onde eu só tinha uma única certeza:eu a amava e ela era minha...”

“Exceto por um pequeno erro meu.”

Eu a beijava mais intensamente possível,sentindo seu gosto inebriante que me deixava sem fôlego.

Então um som quase inaudível chega aos meus ouvidos:algo extremamente frágil se rasgando.Não dei importância a isso,meu controle já esvaído de mim,eu não podia,não conseguia parar...

Segundos depois sinto o sabor mais delicioso imaginável,..o sabor do sangue doce,pulsante e quente.

Aquilo era demais pra mim e me desarmou completamente.Por um instante eu não sabia mais quem eu era,...meu objetivo único era óbvio:eu precisava daquele sangue,como um humano precisava de ar,precisava mais e mais sentir o seu toque quente na minha língua,não importando o que precisasse ser feito.

Comecei a beijá-la mais intensamente procurando por mais.Mas aquilo era pouco e eu não me contentaria com aquilo.Meus lábios deslizaram rumo ao seu pescoço procurando...Até que achei o ponto ideal,exatamente no meio do pescoço.Minha boca se abriu permitindo que meus dentes de aço pudessem me dar aquilo que eu queria:mais sangue...

A porta se abre abruptamente e eu me vejo arremessado para o outro lado do quarto...

                                         PDV AMANDA 

-ALEC, PARA!O QUE VOCÊ PENSA QUE ESTÁ FAZENDO?!

Ouço a voz de sino da Jane fraca por causa do desespero e do choque.Alec é tirado dos meus braços e arremessado para o outro lado do quarto pela sua irmã.

-JANE,O QUE ESTÁ FAZENDO?!-pergunto em choque.

Ela se virou pra responder.Abriu a boca pra me dizer algo.Mas não deu tempo.Alec avançou contra ela e eu a vi prendê-lo pelos braços na parede.Ele se debatia e rosnava pra ela.Olhava alucinado pra mim.Os olhos carmim,como duas chamas de necessidade.

Eu não entendia o que estava acontecendo,mas não ousei me mexer:

-Jane,o que...?

Foi aí que eu senti algo viscoso e quente descer lentamente do meu lábio até o queixo.Não...não podia ser...Minhas mãos foram involuntariamente até o lábio inferior.Havia um pequeno corte ali e saía sangue.

Tudo isso não durou mais do que 1 segundo.Alec ainda se debatia e Jane agora implorava pra ele se acalmar e tentar ignorar a sede.Depois se voltou pra mim e disse:

-Amanda vá!Limpe o corte agora!Se permanecer aqui só vai piorar as coisas...Eu não posso mantê-lo aqui por muito tempo!

Eu estava absolutamente confusa e lutava freneticamente contra as lágrimas que ameaçavam cair.

Então meu cérebro voltou a funcionar e eu saí correndo dali.Fui parar no quarto dos meus pais-que,ainda bem,ainda estavam desacordados- e comecei a procurar qualquer coisa que pusesse limpar o corte no meu lábio.Depois de limpá-lo devidamente,percebi que o corte havia sido feito enquanto o Alec me beijava-seus dentes eram muito mais fortes que o normal- e que o barulho vindo do meu quarto havia desaparecido.Não ousei voltar lá.Por isso me acomodei na cama dos meus pais e lá chorei,até não conseguir abrir mais os olhos de cansaço.Meu Deus,como era possível que aquilo pudesse acontecer...?