A Palavra - Guerra e Morte escrita por AoiTakashiro


Capítulo 7
Capítulo 7 - A Guerra Prometida - Final


Notas iniciais do capítulo

E sem mais delongas... O cap. final desta história curta, mas muito sentimentalista. Nada disso pode ser inventado por alguém que não acredita que tudo isso um dia poderia ser sido real. Sim, eu acredito nisso, e por isso tive a ideia dessa história. Obrigado a todos por terem lido ela, e , se puderem comentar o que acharam dela, façam o cadastro aqui no site, ou comentem no meu face. Obrigado pela grossa paciência de vocês de esperarem esta história terminar kkkkkkk Vlw gente!!!!



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Os portões do reino se abriram. Liberando o enorme exército de soldados cintilantes, carregados pelo poder do encantamento de Davi. Cada um tinha os seus próprios sentimentos e pensamentos, e claro a quem proteger. Para precaução, assim que todos os soldados saíram do reino, os portões foram fechados. Ou eles seguiriam para a vitória santa, ou a morte certa. Do lado de fora, os soldados foram dispersados em quatro direções diferentes, nas áreas norte, sul, leste e oeste, num total de mais de mil homens em cada direção.

Sir Rughes estava na direção norte, pela qual fora a direção em que chegara junto de Liz. Ele se sentia renovado, pronto para estacar a cabeça daqueles malditos Perversos nas fronteiras. Sua pele brilhava tanto que nem sua armadura prateada guardava, e o cavaleiro também se sentia muito leve mesmo com todo aquele peso. Os cavalos também receberam aquela benção divina, e eles brilhavam igualmente aos cavaleiros. Ao todo pareciam um exército de anjos cintilantes, que poderiam clarear até o canto mais escuro da terra.

Alguns cavaleiros ainda tinham medo, pois haviam os que nunca tinham visto os Perversos. E um grupinho deles chegaram a perguntar para Sir Rughes como eles eram exatamente. O cavaleiro loiro falou de um jeito bem descontraído para não os assustar.

– São bem fáceis de distinguir. Se vocês virem uns bichos feios roxos, desçam a espada deles.

Dentro de alguns instantes, a guerra iria começar, porque ao longe, os Perversos se aproximavam numa velocidade impressionante. O terreno estava completamente destruído, se resultando num chão cinzento amarronzado e praticamente morto. E a presença dos cavaleiros cintilantes dava até um pouco de vida para aquele mundo quase perdido. Os Perversos se aproximavam todos encharcados de sangue. Suas peles inchadas e arroxeadas eram bem vistas, com o pouco de cabelo que tinham tingido de vermelho. Com Certeza haviam mudado sua aparência.

– Droga. Parece que até estão mais fortes... – Murmurara o cavaleiro, mas ainda firme em seu cavalo. – Mesmo assim isso não me impedir de fazer esses desgraçados pagarem pelo o que fizeram a minha perna.

O que separava os dois lados eram somente alguns quilômetros, quando os demônios chegaram perto deles há alguns metros, o cavaleiro que estava à frente dos outros soltara um berro de início.

– Por nossa família, pelo nosso povo, pela glória dos homens! – Um uníssono dos outros cavaleiros se concretizou para dar início a tão esperada guerra. E avançaram, cavalgando seus cavalos prateados e cintilantes.

Os Perversos que se aproximaram primeiro foram ofuscados pela elegante energia divina que emanava de cada um, sendo facilmente estraçalhados pelas espadas dos primeiros cavaleiros na frente de batalha.

– Há! Aquele cara até que tinha razão. – Expressou um dos cavaleiros, cortando a garganta de um dos Perversos. – É só descer a espada neles. Que fácil!

– Imbecil! O que nos está ajudando é o encantamento daquele garoto! – Retrucou outro, chutando a cara de outro demônio.

– Que se dane! Quero voltar para minha casa e ver meus filhos!

E a guerra teve início. Alguns Perversos chegavam a pular para cima dos cavaleiros, mas nem isso adiantava. Porque nem por ser o encantamento divino, os guerreiros acreditavam que podiam vencer, tinham coragem em seus corações e com suas determinações eles cortavam e matavam os Perversos. E isso não fora apenas em um dos lados do reino, todos agiam da mesma forma. O solo morto fora molhado com sangue dos demônios, que ardia feito ácido, o que atrapalhava um pouco os cavalos, que relinchavam e se descontrolavam. Mas para que isso não desse prejuízos, os cavaleiros pulavam dos cavalos e atacavam eles mesmos. De toda forma, os Perversos não haviam chance alguma de passarem por aqueles cavaleiros abençoados.

Pelo menos eram o que eles pensavam.

Daemon sobrevoava o campo de batalha para ver como as coisas estavam indo. E ficou abismado com os cavaleiros cintilantes e poderosa força deles, pior que isso, era a coragem deles em afrontá-lo. Ele estendeu suas mãos para baixo e lançou seus poderes demoníacos. De repente, uma série de explosões aconteceram, desnorteando a coordenação dos exércitos, facilitando um pouco para os Perversos se aproveitarem. E os que trespassaram os guerreiros brilhantes foram avistados pelo Demônio, que, com o seu poder, ele deu a elas, asas demoníacas, com as qual os Perversos puderam passar pelas muralhas do reino, entrando da não mais fortaleza impenetrável.

Eram milhares de demônios voadores agora, rasando pelas cidades feito abelhas. Mas, no alto do castelo, flechas voavam pelas torres de vigia, acertando alguns dos demônios, e os poucos guerreiros que restaram dentro do castelo tiveram que confrontar esses Perversos, o problema era que como eles não foram encantados, morriam facilmente pela ferocidade dos demônios.

– Penetração completa. – Murmurou Daemon, satisfeito.

Sobrevoando a grossa muralha do reino, o Demônio criou mais explosões para derrubar a fortaleza, e isso preocupava o rei.

– Droga! Ele está tentando derrubar a barreira! – Ele se virou para os mensageiros. – Rápido! Mandem os arqueiros mirarem nele! Quanto aos demônios voadores, quero que tentem prendê-los na cidade por enquanto!

Como estratégia, o Rei ordenara que os cidadãos fossem mantidos nos calabouços do castelo, assim eles não seriam atingidos. E a cidade em si estava abandonada, portanto não fazia mal manter os demônios voadores por ali, já que logo poderiam ser mortos com mais facilidade. Que por sinal, o pensamento do Rei estava correto, pois os demônios procuravam por humanos, mas não os encontravam, somente armadilhas dentro das casas, que ou os matavam, ou os prendiam e os deixava mais vulneráveis. Por enquanto, as coisas ainda estavam sob controle.

Mas o problema era Daemon.

Os arqueiros não eram o suficiente. Pois flechas normais não o afetavam, no máximo, lhe davam cócegas. Vendo isso, o Rei de dirigiu ao cômodo onde Davi se encontrava.

– Garoto, rápido! Daemon está aqui e precisamos de algo para pelo menos o afastá-lo das barreiras!

– Entendi. Vou ver o que posso fazer! – Entoou o garoto, folheando rapidamente o livro sagrado, procurando alguma magia de ataque.

Encontrando a magia certa, Davi se esgueirou pela janela e vira o enorme Daemon tentando destruir a barreira. Sendo isso, o garoto proferiu a magia encontrada.

Caelestis et glandis

Quod pullulant ignis de caelo,

Nubes spit caelestis navitas,

That purify terram hanc incendio,

Tenebris in lucem caeli.

Oro hanc potestatem auferre,

Omne malum suum quod devotioni

Quae defluunt tormento,

Daemonium in conspectu Dei.

Do céu, uma chuva de bolas de fogo cintilantes e puras, que caíram sobre Daemon, o atordoando e fazendo-o cair sobre o outro lado da barreira, deixando-a segura outra vez. O poder divino que caía do céu também acertou os Perversos no campo de batalha, facilitando para os cavaleiros a matança dos demônios. A batalha havia virado de lado.

– Droga! – Retrucou o Demônio. Ele observou a direção em que o poder havia sido lançado, e presumiu que fosse alguém do castelo.

– O livro! – Daemon saltou e voou novamente em direção ao castelo. O que assustou o Rei.

– Maldição! Ele está vindo para cá!

Davi e o Rei saíram do cômodo da janela e seguiram para dentro do castelo. Adentraram a biblioteca onde Liz estava.

– Vamos, Liz! – Disse o garoto. – Precisamos sair daqui Daemon está vindo!

Mas quando a garota saiu da biblioteca, o Demônio destruiu a parte do castelo com a sua chegada, espalhando pedaços de rocha por todos os lados, mesmo assim, os três saíram correndo enquanto o Demônio não havia o visto ainda.

– O livro! Onde está o livro?! – Berrara a peste, espalhando o seu poder, destruindo ainda mais aquela área do castelo. Os guardas haviam chegado e tentaram atacar Daemon, mas com apenas um golpe, ele os havia matado e avançado ainda mais pelo castelo, procurando incessantemente o livro.

Davi e Liz se separaram do Rei e se esconderam. Enquanto o rei seguira por outra direção para tentar confundir o Demônio. O garoto nunca se sentira tão assustado quanto naquela hora, mas se lembrara de quando aquele monstro havia matado seus pais e ele vira tudo, agora, ele não poderia mais fugir.

– Chega de fugir... – Murmurara o garoto para si mesmo, mas ainda sim Liz tinha ouvido.

– Davi... O que está pensando em fazer?

– Alguma coisa para destruir esse monstro de uma vez por todas! – O garoto se levantou e saiu do esconderijo, deixando Liz sozinha. Ele a ignorou enquanto pensava em alguma coisa, se de fato ele viveria para ficar com ela, algo deveria ser feito naquele instante para que aquilo ocorresse.

Daemon chegou no cômodo perto deles destruindo tudo. Davi se escondera em um dos pilares, fitando o monstro de perto, vendo sua aparência horrenda e fétida, tentando se esgueirar para prosseguir pelo castelo, pelo fato dele ser grande, imenso. O garoto abrira o livro, procurando alguma coisa que pudesse ajuda-lo contra o Demônio. Ele novamente achara a magia da espada, ele já não tinha outra alternativa.

Gladius caelorum

In sole benedicito gladio,

Tenet iter, quod radii tum illuminant,

Quod etiam omnes inimicos suos per viam,

Eius anima fuerit ferrum,

Quod tibi viam ad lucem.

Novamente, nada acontecera.

Daemon estava se aproximando dos pilares.

– Sinto... O cheiro do livro... – Murmurava a Besta.

O coração do garoto bateu mais rápido. Ele já não sabia mais o que fazer, ou como reagir. Mas mesmo assim, não queria morrer daquele jeito. Ele mataria Daemon a qualquer custo, tudo só poderia depender dele.

Sua mente e coração se acalmaram.

A espada começou a brilhar.

– Ali! – Berrara Daemon, avistando a grossa luz de um dos pilares. Mas quando se aproximou, Davi deu um salto e cortou um dos braços do Demônio, fazendo-o berrar fortemente.

***

No campo de batalha, Sir Rughes vira o Demônio cruzar a barreira, e ficou preocupado com Davi e Liz. Ele queria ir até lá ajuda-los, mas naquele instante ele deveria fazer de tudo para que aquelas centenas de Perversos não cruzasse a barreira também. Sua vontade de vencer aumentou.

– Eu... eu vou protege-los... A todo custo! – Sua pele cintilante brilhou ainda mais, cegando os Perversos perto dele. E, desmontando do cavalo, em um segundo ele havia mutilado mais de vinte deles. E continuou avançando, com todo fervor, brandindo sua espada com toda a sua coragem. No alto do céu, nuvens grossas e cinzentas o cobriam, mas algo além dos guerreiros cintilantes, havia algo acima das nuvens que também estava brilhando, e somente o cavaleiro loiro havia visto, pois o brilho se fora em um instante.

– O... que era aquilo?

***

Maldito! O meu braço! – Xingava o Demônio, ainda atordoado. E ficou ainda mais quando viu o livro em uma das mãos do garoto, que havia cortado seu membro. – Então... É você que tem me dado trabalho, né?

– Vou vingar os meus pais... E a todas as pessoas que você matou! – Berrou Davi, encarando Daemon com olhos firmes e furiosos.

– Eu destruirei esse maldito livro que me deu trabalho! – Ameaçou o Demônio, com o seu outro braço. – E também te transformarei em pó, seu humano nojento!

– Trabes Lucis! – Proferiu o garoto, brandindo sua espada e invocando um feixe de luz poderoso que afastou o demônio. Mas claro, não o intimidou tanto quanto Davi queria.

– Você é bom com esse livro, mas isso não causará nada do que algumas pontadas de dor em mim. – Encarou o Demônio, com os seus grandes olhos demoníacos.

– Não se aproxime! Eu o farei em pedaços! – Intimidou o garoto, seguindo em direção ao outro cômodo do castelo.

– Não irá escapar de mim, sua peste! – irritou-se Daemon. – Eu o seguirei até eu te matar! – Mesmo desajeitado, o Demônio cruzava o cômodo tão rápido quanto Davi, que quando foi se aproximando, o garoto invocou outro feixe de luz que acertou um dos olhos do Demônio, confundindo-o mais uma vez.

Liz queria ver o que estava acontecendo, mas sentia medo de Daemon. E do outro lado ela pôde ver o seu pai, que estava com mais medo do que ela. Ela reuniu coragem, saiu do cômodo escuro em que ela se escondera, cruzando o salão destruído, com cautela para ninguém percebê-la, até que ela conseguiu avistar o Demônio, procurando Davi, mas ele a garota não conseguia encontrar.

– Onde você está?! – Berrava o Demônio, invocando suas explosões, destruía tudo o que via pela frente. Num golpe calculado, Davi, que estava no cômodo acima, dera um pulo e brandindo sua espada, ele fizera um enorme corte no peito do monstro, fazendo-o jorrar seu sangue demoníaco, que corroía tudo o que tocava. Daemon tentou reagir, mas Davi ainda conseguiu acertar mais um golpe nele. Ele queria tentar cegar a Besta, mas o Demônio protegera o seu olho para prevenir aquilo.

Agora sem um dos braços, sem um dos olhos, e com o peito sangrando, o Demônio cambaleava. Davi tentou imobilizá-lo ainda mais, porém Daemon irrompeu seu poder, criando um escudo refletor ao redor dele, repelindo e arremessando o garoto para longe, que acabou aterrissando em um dos pilares, quebrando as suas costas.

– Como vocês humanos são tão fracos... – Comentara o Demônio, confiante. – Se eu mata-lo e destruir o livro, os guerreiros ficaram vulneráveis e morreram perante os Perversos. E então será o fim de vocês. Foi um erro terem confiado tanto a você.

– D – Droga... – Murmurara o garoto, tentando se levantar, mas suas costas estavam quebradas, e não conseguia se mover.

– Davi! Saía daí! – Berrara Liz, um pouco perto dele. O garoto ficou chocado.

– Liz! Fuja! Ele irá atrás de você!

– Hmmmm... Acho que posso me aproveitar dessa garotinha enquanto você se contorce aí. – Provocou o Demônio, malicioso, se dirigindo para onde Liz estava.

– Maldito. Sua praga do inferno! Fique longe dela! – Berrara o garoto, sem sucesso. Sem ter mais nada o que pensar, ele resolvera fazer algo que não fizera há algum tempo.

– Senhor, se me escuta. Me envie uma salvação que possa salvá-la. Nem que eu morra! – Proferiu o garoto, já chorando.

Enquanto o Demônio se aproximava desajeitadamente da garota, um feixe de luz viera do teto e atacara o monstro, o empurrando para longe de Liz, e se contorcia. O feixe de luz se dissipou e dali algo incrível surgira.

Um anjo.

– A salvação... – Murmurara Davi, maravilhado.

– Criança. – Disse o ser angelical. – Você rezou por mim nesses tempos difíceis e vim ao teu chamado. Ele se aproximara do garoto, e com um toque, as costas de Davi estavam curadas.

– Incrível...

– Vamos lutar juntos contra ele. – Disse o anjo.

– Certo!

– Morram! – Berrou o Demônio, soltando um raio de energia maligna. O anjo criara um escudo de luz e protegera Davi. Agora quem estava na desvantagem era Daemon.

– Maldito! Achei que haviam abandonado os humanos! – Retrucou o Demônio, indignado.

– Engano seu, sua besta do inferno. – Respondeu o anjo. – Apenas esperamos para ver se eles seriam dignos de serem perdoados, e de fato, ao menos um deles teve fé até o último minuto, o que dá motivos suficientes para eu me juntar a eles.

Daemon berrou de fúria, parecia até mais feio.

– Dessa vez, você não escapará! Nós o mataremos! – Gritara Davi, com todo o fervor que ainda tinha.

O anjo mudou para a ofensiva, e atacou o Demônio com a sua própria espada, que reluzia de luz. Enquanto a Besta se preocupava com o ser angelical, Davi agiu e conseguiu cortar uma das pernas do monstro. Daemon praguejou de dor e ainda recebeu mais um golpe do anjo.

Daemon tentou chamar seus demônios, mas não conseguiu porque nenhum dos dois lhe dava tempo para isso. Num golpe de fúria, o Demônio desviou do golpe do anjo e o acertou ferozmente contra as costas, que acabou o afastando do garoto, que tentou revidar, mas mesmo tendo uma arma divina, ele não contava com a astúcia e a malícia do Demônio, e num golpe de evasiva, Daemon conseguiu acertar o peito do garoto, além de arremessa-lo novamente. Dessa vez, Davi não poderia se curar tão facilmente.

– Como você é irritante. Eu dominarei este mundo e os transformarei em meus servos! – O Demônio contava vitória, que não previu um golpe silencioso mais letal do anjo, com precisão, ele arrancou o outro braço do demônio, que agora só se sustentava com apenas uma perna.

– Eu não permitirei isso! – Discutira o anjo. – Nós ajudaremos os humanos a vencerem de qualquer jeito! Não nos renderemos apenas pela sua covardia.

– É – É isso mesmo! – Concordou o garoto, mesmo ferido mortalmente. – Eu o matarei mesmo que morra em seguida, sua praga nojenta.

– Maldição... cortaram o meu braço... – Reclamava o Demônio, que já não conseguia se manter em pé com apenas uma perna. Davi se aproveitou disso, e mesmo quase morto, o anjo o ajudara a se mover e com o poder de sua espada, ele fincou a lâmina no peito do monstro. Além de um grosso berro de horror e dor.

– Nãaao!!!!!!!! Eu é que iria dominar... esse mundo... – Daemon praguejou, praguejou, mas no fim, sua pele demoníaca se transformara primeiro em pedra, para depois se quebrar em pedaços. O Demônio Daemon estava morto.

Liz saiu de onde estava e veio correndo para abraçar Davi. Mas o garoto estava muito ferido. E já não conseguia mais falar.

– Senhor Anjo... eu... tenho um último favor a te pedir... por favor... – Liz pediu carinhosamente ao anjo, que aceitou o pedido com um balançar de cabeça.

***

O último Perverso havia caído. E o melhor, não houvera mortes. O exército de Perversos não tivera a menor chance de vencer. E com isso tudo estava terminado.

– NÓS VENCEMOS!!! – Todos os cavaleiros gritaram num uníssono. Suas peles prateadas e cintilantes se dissiparam ao normal. Mas algo ainda os preocupava: Os demônios voadores e o Daemon.

– Precisamos voltar! – Berrara Sir Rughes aos companheiros, que o seguiram.

Ao abrirem os portões, os cavaleiros perceberam que os demônios voadores foram aos poucos controlados e mortos pelos guardas interiores. As casas-armadilhas também funcionaram, prendendo ou matando vários deles. Mas nem todas aquelas notícias boas acalmaram Sir Rughes.

– Davi! Liz! Preciso ver eles! – O cavaleiro loiro ficou espantado ao ver o castelo em ruínas, depois de conseguir chegar lá com o cavalo. Ele o desmontou e seguiu para dentro. E ao chegar ao andar mais destruído, ele viu algo inacreditável. Um anjo estava junto ao lado de Liz e Davi, e o garoto parecia estar muito ferido, mas mesmo assim, o anjo o estava curando, e logo ele abriu os olhos, sendo fortemente abraçado pela garota. O que despreocupou o cavaleiro, enfim querendo se juntar a eles.

O anjo se despediu dos dois e sobrevoou o castelo, em direção ao céu. Sir Rughes se aproximou e abraçou os dois, feliz por os verem bem.

– Ei, e Daemon? Onde ele está? – Perguntou o cavaleiro, curioso.

– O que você acha? Davi o matou! – Expressou a garota, chorando de felicidade.

– Quase morri..., mas agora eu estou bem! – Disse o garoto.

***

Alguns meses depois...

O Rei saiu do portão principal do castelo, sendo visto por todos os cidadãos. O reino fora reformado, e o rei cumprira sua promessa de destruir todos os prostíbulos, dando um fim aqueles tarados. A vida na terra havia se tornado boa novamente, sem por terem mais que se esconder, os cidadãos voltaram com as suas plantações, o que encheu as paisagens com o verde novamente. As estradas nunca mais ficaram desertas, e a calmaria voltara até os ladrões começarem a agir novamente.

Davi e Liz estavam juntos. A garota tentava arrumar a roupa do garoto, que não tinha o costume de vestir aquelas roupas de seda exageradas.

– Ei, acha que vai dar certo? – Perguntou Davi.

– Claro! Depois do que você fez, todas as princesas gostariam de se casar com você. Acontece que eu cheguei primeiro! – Expressou a garota, dando um selinho rápido no rapaz, ainda um pouco envergonhado.

Os portões se abriram novamente, agora para os dois. E o povo deram várias palmas a eles, aceitando a união de uma princesa e um plebeu, mas um plebeu abençoado por um anjo, que era maior do que tudo o que poderiam imaginar. Sir Rughes estava sempre por perto. Agora, o guarda pessoal deles. Os dois saldaram a todos, felizes e de mãos dadas, em frente a um grande sol os iluminando. Aquela felicidade que nunca teria mais fim.


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