Mind Games (interativa) escrita por Isabela


Capítulo 9
Capítulo 9 - O velho trio está de volta


Notas iniciais do capítulo

~Isa
Pessoas lindas do meu coração, eu amo vocês, não é necessário ficarem irados. *Foge das pedras*
Sinto muito não ter postado terça, sim terça! Eu fui bem irresponsável e até o Denis me deu uns puxões de orelha, Denis também te amo, não me mate.
Enfim, espero que gostem do capítulo e obrigada pela paciência...
Observação: ultimamente estou revisando novamente todos os capítulos, porque foi apenas uma geral, mas serei sincera, não estou apenas sem tempo, mas com preguiça, então vai ser um processo um pouquinho lento...
Ah, e próxima semana talvez vocês tenham uma surpresinha.
Enfim, boa leitura! Beijos!



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O som do despertador machuca os ouvidos de John. Ele se levanta atordoado e olha para o relógio. Rapidamente se levanta após ver o horário. Tinha meia hora até a simulação. Ele vai até a pia do seu novo banheiro e joga água no rosto. Ele se depara com sua imagem no espelho. O corte recém adquirido marcado em seu pescoço nu. Ele passa o dedo pelo arranhão, mas a dor que sente não é física. Toma uma ducha fria e come alguma coisa do frigobar. Põe o uniforme de combate que lhe foi fornecido. Com certeza Illyana havia trazido para ele. O couro preto sintético macio e resistente se adapta ao seu corpo. Ele perde um minuto ou dois se olhando no espelho antes de sair de seu quarto.

Ele percebe muitos rostos novos conforme anda pelos corredores. Muitos dos rostos se voltam para ele, curiosos. Os rumores que o filho de Emma Frost havia retornado já haviam sido espalhados por toda a escola. E o uniforme certamente não ajudava.

Ele finalmente chega até o simulador, onde Helena e Daryl o esperavam, em uniformes similares.

– O velho trio está de volta. - Ri Daryl, ao ver John.

– É. - John sorri. - Já não era sem tempo.

– Bem, só temos que esperar Psylocke. - Diz Helena.

– Ela ainda é a instrutora? - Pergunta John.

– Sim. - A voz vem do corredor. A mulher de cabelos de cor obsidiana se aproxima e insere o código da porta. - Bom dia, John. Daryl, Helena.

– Dia. - Responde John, atravessando a porta.

– Hoje vocês vão enfrentar uma simulação nível sete. - Diz ela.

– Mas o John... - Helena começa, mas Psylocke ergue a mão para que ela parasse.

– Ele é tão experiente quanto você. - Ela disfarça um sorriso. - Agora entrem na sala de simulação.

– Qual será o objetivo? - Pergunta Daryl.

– Conter o avanço inimigo até o reforço chegar. Se eles passarem por vocês, vocês perdem. - Uma porta automática se abre, e os três a atravessam. Ao atravessarem, não parecia que estavam em uma sala. Uma réplica do que parecia ser Nova York sobre ataque os cercava. Uma horda de soldados se aproximava lentamente, atrás deles. Na sua frente, centenas de robôs sentinelas que causavam destruição por onde passavam.

– Lena. - Diz John. - Quero a selva mais densa e impenetrável que conseguir criar.

– Com prazer. - Ela flutua alguns centímetros no ar. - Mas como tecnicamente estamos em combate me chame de Camélia.

– Camélia? - Pergunta ele, confuso.

– Sim, como a flor. - Ela sobe alguns metros no ar. -

Dá pra acreditar, Daryl? - Ri John.

– Presságio. - Corrige ele. - Cedo ou tarde temos que escolher um nome, John.

– Atrás de você! - Daryl estende o braço para trás e gera um campo protetor. O braço do sentinela se estilhaça ao bater nele.

– Já vi. - Ele pisca. - O sentinela à sua esquerda vai saltar.

John se vira, sugando toda a umidade que conseguiu tirar do ar no curto caminho. Ele molda a água em uma lâmina e parte o robô ao meio enquanto o mesmo estava no ar. O chão treme por alguns segundos conforme uma densa selva se põe entre os três e os sentinelas. Alguns sendo esmagados pelo peso das grossas raízes que cresciam do asfalto.

– Boa Camélia. - Diz John, conforme ela pousa.

– Isso deve retardá-los. - Diz ela. Sua fala é quebrada quando meia dúzia de sentinelas sobrevoa a selva. De seus braços saem lança foguetes, que são disparados. Daryl puxa os dois para detrás de si e cria um campo protetor em volta dos três. O chão ao redor do perímetro do campo protetor fica repleto de crateras. Helena faz algumas trepadeiras subirem ao céu, e agarram a perna de um dos sentinelas. Ela o gira no ar, chocando um sentinela contra outro. A explosão dá tempo para John se concentrar.

– Pode fazer isso de novo? -Pergunta John.

– Sim. - Diz ela. - Mas preciso de cobertura.

– Daryl... - Ele se corrige. - Presságio, vá com ela. Eu os distraio.

– Tome cuidado. - Pede Daryl, correndo pela rua esburacada. Helena o segue.

– É hoje... - Com um rápido movimento de mãos, ele se utiliza da mesma água de antes para fazer pequenos degraus de gelo que flutuavam no ar. Ele foi subindo-os e após chegar à mesma altura dos sentinelas começou à atacar os mesmos com pequenas estalactites de gelo. - Olhe para mim, eu sou um mutante!

Os robôs o tinham como alvo, ele se esquivava dos raios que atiravam com dificuldade. Aos poucos, viu as trepadeiras agarrando e esmagando os robôs sentinelas por constrição.

– John! - Daryl grita. - Atrás de você!

Ele se deixa cair alguns metros no ar e consegue evitar o robô. E então lentamente "desce as escadas" até o chão.

– Conseguimos. - Diz Helena, conforme o exército holográfico começava a disparar contra os sentinelas. A sala foi lentamente voltando ao normal. A porta se abre e Psylocke os esperava do lado de fora.

– Bom trabalho. - Diz ela. - Fizeram algum progresso desde a última visita. Foram muito bem. Principalmente você, John.

– Obrigado. - Ele agradece. Psylocke lhes dá mais algumas informações e depois os dispensa.

***

Caminhavam pelo jardim do campus.

– E então John, já escolheu seu nome de herói? - Pergunta Helena.

– Fica difícil quando os nomes bons já estão sendo usados. - Responde ele. - Mas vou usar provavelmente algo relacionado ao gelo.

– Nevasca já está sendo usado... Homem de Gelo é um baita clichê... - Cogita Daryl. - Boneco de Neve é estúpido...

– Tem certeza que não se importa em ser chamado de Homem de Gelo Júnior? - Pergunta Helena, fazendo ela e Daryl rirem. John fica parado por um momento. Carrie o havia chamado assim uma vez. Alguns dias antes de tudo acontecer. Ao perceberem sua cara de desânimo, os dois param de rir.- Dissemos algo errado? -

Não, é que... - John respira fundo. - Cedo ou tarde eu teria de contar para vocês mesmo.

Enquanto eles caminham, John relata todos os acontecimentos em Chamberlain. O nome de Carrie é citado várias vezes. Os dois se chocam ao saberem do "desfecho" de seu relato.

– Céus... - Daryl passa a mão por seus cabelos. - Eu sinto muito cara.

– Isso é tão triste. - Helena enxuga uma lágrima que escorria-lhe pelo rosto. - Não devia acabar assim, você devia ter ficado lá com ela.

– E desobedecer minha mãe? - Ele começa. - Por ela em maior perigo? E desde quando você está do lado dela? Nem a conhece.

– Garotas têm que se unir. É o poder feminino. - Ela diz tristemente, com um sorriso no rosto.

– Mas Lena e Carmem...

– Carrie. - Corrige John.

– Carrie, sim. - Daryl continua. - Estão certas quanto à isso. Shaw não é imbecil. Ele provavelmente já sabe dela. E sem a proteção de você e de sua mãe ela estará indefesa. Ainda mais porque você a fez esquecer-se dos poderes dela.

– Só me diga que isso não é um de seus presságios... - Diz John, tenso.

– Não é. - Daryl responde. - É só minha opinião.

– Eu não paro de pensar nela. - Diz ele. - Eu me preocupo.

– Isso seria fofo se não fosse tão triste. - Diz Helena. - Eu queria poder conhecê-la.

– Acho pouco provável agora. - Diz Daryl. - Mas não entendi o por quê de você não ter trazido ela para cá.

– A mãe dela...

– Nem começa. - Interrompe Daryl. - Mais da metade dos pais dos estudantes acha que o filho está numa escola preparatória comum. E você ainda é um telepata.

– Eu a poria em risco.

– Você a pôs em risco no primeiro dia em que falou com ela. - Rebate Helena. - E pôs ela em risco ao continuar a falar com ela, ao ajudá-la com suas habilidades, ao revelar seu passado!

– São bons argumentos. - Elogia Daryl.

– Mesmo que eu pudesse, não poderia. - Ele se defende. - O que está feito está feito.

– Mas o futuro é incerto. - Helena bate na cabeça dele. - Vai atrás dela!

– Ai, sua bruta! - Ele esfrega o local da batida. - Não vou conseguir fazer nada se você me colocar em um coma induzido.

– Você vai fazer alguma coisa? - Ele abaixa a cabeça e faz com que não. Ela o bate de novo. - Posso fazer isso o dia todo.

– O que quer que eu faça? Vá lá e diga para ela: "Oi, você não se lembra de mim porque eu apaguei suas memórias. Mas nós fomos melhores amigos e eu te amo."?

– É. - Ela o bate de novo. -É exatamente isso que eu quero que diga. E depois devolva as memórias dela.

– Por que não devolver antes? - Pergunta Daryl.

– Porque tem que haver aquele momento "Você é louco, eu não te conheço!". - Helena cruza os braços. - Daí ela se afasta de você, você segura na mão dela. Ela se lembra de você e os dois se pegam.

– Estava tudo indo muito bem até a parte em que os dois se pegam. - Diz Daryl.

– Muito expressivo? - Pergunta ela. Daryl faz que sim com a cabeça. - Mas você pegou o espírito da coisa, certo John?

– Sim, claro. Tanto faz. - Ele se afasta, desanimado. Helena faz a grama crescer em torno dos pés dele para ele parar de andar. - Pode me soltar?

– Sim. - Helena se aproxima. - Mas escute. Estamos aqui por você. Brincadeiras à parte, falamos essas coisas porque queremos te ver feliz.

– Eu estou feliz. Estou com vocês.

– Não preciso ser um empata para saber que está sofrendo. - Diz Daryl. - Eu tenho um pressentimento que as coisas vão dar certo.

– Um pressentimento do tipo mutação ou da boca pra fora? - Pergunta John, sentindo a grama que envolvia seus pés afrouxar.

– Às vezes, tudo o que você precisa é do instinto. - Diz ele.

– Isso não responde minha pergunta.

– Que pena. - Daryl corre pelo jardim. - Até mais!

– Não vou correr atrás de você! - Grita John.

– Foda-se! - Daryl ri, já distante. Helena põe a mão no ombro de John.

– Daryl está certo John, vai ficar tudo bem...

Sim... Ele só precisava começar a acreditar...

***

– Atenção alunos. - O diretor Gale chama a atenção dos alunos. Carrie prontamente olha para o diretor.- O professor de vocês está, como sabem, de licença médica. Essa é a sua nova professora substituta: a senhorita Selene Gallio.

– Obrigada, Henry. - Ela entra na sala. Quase irreconhecível sem suas roupas justas e capa pretas. Mas manteve o mesmo sorriso sádico ao olhar para os estudantes, principalmente para Carrie. Ia fazer de tudo para conseguir qualquer informação daquela garota. E não se importaria em matar uma ou duas pessoas para fazê-lo.

– Então classe. - Ela se desfaz de seu sorriso sádico, pensando em toda a tortura que ia realizar. E antegozando o feito. - Vamos falar de "O sol é para todos"...


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