A mocinha e o vilão escrita por Tia Lety


Capítulo 7
Capítulo 07- Filmagem


Notas iniciais do capítulo

gnt, obrigada por comentar! Vcs são dms! :3

Tia Lety



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narração de: Agnes

Desliguei o telefone e suspirei. Eu não consegui dormir depois de ter me encontrado com Eric, era como se ele tivesse me dado uma dose pesada de cafeína. É estranho porque ele não me deu nada. Fiquei a noite acordada, pensando no... trabalho, eu acho. Wesley saiu do banheiro de toalha, penteando os cabelos. Ele olhou para mim, sentada na cama, olhando meu celular, como se fosse tocar ou aparecer alguma mensagem.

—É o garoto de novo?— perguntou ele— Qual é o nome desse infeliz?

—Eric, mas não é ele... Ele me pediu desculpas, e acho que um dia nos tornaremos até amigos.— tentei falar

—Agnes, as pessoas não mudam. Eles podem ficar diferentes por um tempo, mas depois voltam a ser como antes.

Será que eu devo acreditar que Eric pode mudar? Será que eu devo criar esperanças para uma coisa que talvez nunca aconteça? Quando terminei de almoçar, coloquei o paradidático na mochila, a câmera de vídeo, um lanche e o meu violão. Eu... acho que até estava ansiosa para começar as gravações. Abri o sebo e virei a placa de "fechado" para "aberto". Entrei na sala de leitura e coloquei uma mesa e duas cadeiras.

Ouvi o sino da porta bater. Era Eric. Ele estava com uma blusa de mangas curtas, cinzenta, uma calça jeans e tênis de cano longo, e o mais atraente entre tudo dele: o sorriso.

—Oi Agnes.— eu fiz um "joinha" com as mãos— O que vamos gravar?

—Eu queria muito saber te responder isso...— pensei um pouco— Já sei, faremos uma música, contando a história do livro, eu posso tocar o meu violão.

—Bem... Eu posso cantar sei lá.— Eric ficou meio vermelho— Já fui cantor e compositor de uma banda de rock.

—Jura?— perguntei, animada

—Era uma banda de garagem. Tocávamos em bares e restaurantes. Não era lá muita coisa, mas acho que eu gostava.

Isso era novidade para mim. Eric parecia cada vez mais interessante.

Sentamos na mesa e Eric começou a escrever a letra da música. O livro era baseado no filme, não na história, e ficava bem mais fácil. Sentei ao seu lado e observei brincar com as palavras, fazendo rimas engraçadas e algumas bem divertidas. Senti algo tocar minha mão por debaixo da mesa. Abaixei o olhar e era a mão de Eric, tocando na minha. Eu devo ter ficado vermelha como uma pimenta. Eu juro que queria muito tirá-la dali, mas é como se não obedecesse. Seu dedo agarrou o meu, depois segurou minha mão.

Eric agia naturalmente, continuava a escrever a letra, como se nada tivesse acontecendo, enquanto eu não conseguia nem respirar direito. Suas mãos eram frias e quentes, macias e ásperas, uma sensação boa e ruim.

Acho que ficamos assim por horas, até ele falar:

—Acabei a letra.— Eric se soltou minha mão com suavidade— Quer ouvir?

—Q-q-q-quero, cla-cla-claro.— estava nervosa

Eric cantou para mim a música, e por mais estranho que parecesse, ficou muito boa. Ele me disse para eu fazer os acordes do violão.

Nós estávamos nos dando tão bem que eu estranhei. Lógico que eu ainda olhava para ele ainda meio torto para ele, em relação à bebida e ser um pouco violento e imaturo, mas... Eu acredito que Eric possa mudar.

Eu toquei no meu violão e ia anotando as cordas, compondo a música. Eric olhava para os meus dedos, deslizando sob as cordas do violão. Sorria e ia anotando os acordes. Esse momento pareceu durar uma eternidade.

—Está muito bom.— disse ele

—Nem tanto assim.— falei, desapontada comigo— Está sem... emoção sei lá.

Coloquei o violão em cima da mesa e fiz boca torta para o papel dos acordes. Eric apertou os lábios. Me levantei da cadeira e ele se levantou na mesma hora. Senti a respiração dele bater no meu rosto e seu olhar se direcionava para os meus lábios. Eric beijou meu rosto e disse no meu ouvido:

—Só para ficar no desejo...

Aquilo me fez rir e ficar com raiva ao mesmo tempo. Que garoto convencido!

—Não se valorize tanto assim Eric, você não é a última bolacha do pacote.

—Mas eu sou o único no seu coração.— ele me deu um sorriso irônico

—Você é convencido mesmo. Como pode ter tanta certeza?

—Não tenho, mas aposto que você não lutaria contra um beijo meu.

Eric ia me beijar, mas eu pus minha mão entre esse momento incrivelmente constrangedor.

—Sem tanta emoção está bem?— falei

Sai de perto dele e peguei a câmera na minha mochila. A posicionei em cima da mesa. Eric sabia o que fazer. Começamos o nosso pequeno show na frente da câmera.

Depois de um tempo, o vídeo estava finalmente pronto. Vimos e até gostamos. Eric ligou a câmera de novo e voltou para o seu rosto.

—O que está fazendo?— perguntei

—Cenas finais galera! Obrigado por assistirem eu e— ele me beijou no rosto de novo— a esquentadinha.

—Você quer parar— empurrei ele— de fazer isso?! E que história é essa de esquentadinha?! Quer levar outro soco?!

Eric riu e deu tchau para a câmera.

Eu não sei direito se fico com raiva, ódio ou alergia à esse garoto. Ele podia ser a criatura mais irritante do mundo, mas algo me prendia a ele. Destino? Trapaça? Não sei, mas algo quer me ligar à Eric.

Devia detestá-lo, vê-lo como um garoto nojento, mas eu o vejo diabolicamente atraente. Sacudi a cabeça para afastar esses pensamentos.

O sino da porta tocou. Dei língua para Eric e fui ver quem estava na porta, era Wesley. Ele entrou no sebo e me viu com Eric.

—Quem é esse?— perguntou Wesley

—Ah, esse é o Eric e...

—Eric?!— berrou ele

—Prazer, eu...— Eric ia se apresentar, mas foi cortado por um soco


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