A mocinha e o vilão escrita por Tia Lety


Capítulo 18
Capítulo 18- Revelações


Notas iniciais do capítulo

Gnt, eu só quero agradecer a vcs por comentarem, por favoritarem e por recomendarem (qnts "arem" '-')!! Eu sei q eu agradeço smp, mas eh que eu fico mtttt HAPPY com isso! Obrigada, obrigada, obrigada :3
PS: aceito sugestões para a história

Tia Lety



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Narração de: Eric

Eu nunca fui de demonstrar os meus sentimentos, mas dizem que os que mais escodem, são os que mais sentem, e estou aqui para dizer que é verdade. Nunca vi Agnes tão desapontada. Ainda tenho a marca de seus cinco dedos no meu rosto, e doíam mais do que nunca.

Na sala, Agnes sentou na frente da sala. Eu a observava. Sempre que eu via seus lábios, os pelos da minha nuca eriçavam, minha respiração acelera e meu desejo de malícia cresce no meu coração... Já expliquei um milhão de vezes que eu sou homem!

Na hora do intervalo, Raquel me telefonou. Não queria falar com ela, mas agora eu vou ser... pai do filho dela. No mínimo que eu podia fazer, era atender suas ligações.

—Eric.— ela atendeu, chorando— Preciso falar com você, e é urgente.

—Tudo bem. Que horas eu posso encontrar você?

—Hoje a noite, umas seis horas estarei na frente do seu colégio. Certo?

—Hm... Que seja.

Ela desligou. Eu acabei de destruir minha vida social inteira. Perdi a garota dos meus sonhos, o meu único amigo, que não é dos melhores mas é meu amigo, e... perdi novamente o sono.

O meu dia inteiro foi observar Agnes e Karine fazendo um trabalho. Ela nem olhava para mim, não queria me ver nem pintado de ouro. Que droga... Limpei rápido os olhos marejados. Eu nunca fui chorão, mas esses dias, eu tenho aprendido a chorar muito.

Agnes e Karine ficaram no colégio até as quatro horas, o que me surpreendeu. Só podia ser coincidência, eu ficar no colégio e ela também. Lembrei sobre a minha pesquisa de relacionamento. Flores e bombons? Agnes os chutaria no ar com violência. Adoro quando ela fica irritada, é muito fofo... Ah!! Que merda! Eu só penso nessa garota! Preciso me afastar um pouco.

Sentia que estava sendo observado, e tirei essa conclusão quando vi Carl no final do corredor, brincando com o seu canivete suíço. Ora, eu não tenho culpa se... É, a culpa é inteiramente minha.

Quando deu seis horas, Agnes e Karine foram para fora do colégio. Karine entrou em um carro e se foi. Agnes pegou o celular em seu bolso e começou a ligar para alguém. Eu queria falar alguma coisa para ela, como "eu estava bêbado". Mas Agnes ia ficar com mais raiva ainda, ela é anti-álcool.

Fiquei atrás dela e peguei sua mão com delicadeza. Agnes tremia, como se eu fosse um monstro ou algo do tipo.

—Só lhe peço cinco minutos.— sussurrei

—Você não vai conseguir me convencer desta vez Eric, e...— beijei seu pescoço e ela se contorceu

Agnes enterrou suas unhas na minha mão, me fazendo soltá-la. Raquel se aproximou de nós e disse:

—Eu precisava realmente falar com vocês dois.

—Parabéns pela gravidez, Raquel.— disse Agnes

—É, parabéns.—disse uma voz

Era Carl. Ele batia palmas e tinha os olhos vermelhos, como se tivesse se drogado a manhã inteira. Eu nunca tinha visto ele assim, psicopata ou algo assim. Ele fedia a cigarro. Carl simplesmente pulou em cima de mim e começou a me esmurrar.

—Carl! Pare!— gritava Raquel

Agnes estava imóvel, acho que ela queria sair correndo naquele momento, mas algo a deu forças para manter os pés no lugar. Algo muito sério tinha acontecido com ele, talvez trauma. Raquel o tirou de cima de mim.

—Eu pensei que você se lembraria disso, Eric.— disse Carl, tremendo de raiva

—Disso o quê?!— gritei

—Não se lembra da porcaria que aconteceu comigo dois anos atrás seu verme?!

*Flashback*

Eu estava na nona série com Carl. Você devia vê-lo nesse ano, jamais parecia com o Carl de hoje. Seu cabelo era preto e partido no meio, um garoto certo e estudioso, jamais tinha se metido em drogas ou álcool.

Era uma sexta-feira, Carl estava sorridente e trazia consigo um buquê de flores. Era engraçado vê-lo assim, ele estava apaixonado por uma menina da nossa sala dês do comecinho da sexta série. Ela se chamava Cássia, era bem bonita na realidade, tinha os cabelos negros lisos, olhos azuis piscina e uma pele morena. Hoje seria o dia que Carl declararia o seu amor por Cássia.

—Como eu estou?— perguntou ele, sorrindo

—Está ótimo.— falei— Boa sorte.— dei tapinhas nas suas costas

Eu estava atrás de uma coluna, vendo toda a cena curiosamente. Carl tirou o buquê de trás das suas costas. Cássia pareceu surpresa e pegou o buquê, vermelha.

—Cássia, eu acho que gosto muito de você.— ele tremia

Cássia olhou para todos os lados, como se esperasse um trem. Carl sorria e olhava para a amada.

—Desculpa, mas eu estou namorando Hans.— disse ela. Hans era o cara mais barra pesada da nossa sala, ele intimidava todos e todas

Hans apareceu do lado de Cássia e tomou as flores de sua mão, logo em seguida, as jogou no chão, pisoteando até a última pétala. Carl observava a cena com lágrimas nos olhos.

—Dá o fora! Ela já tem dono!— disse Hans, agarrando a gola da camisa de Carl— Garotos como você não possuem garotas como a Cássia, elas podem ficar com você por diversão ou coisa do tipo, mas quando você virar as costas, elas estarão te traindo!

Hans jogou Carl no chão. Ele se levantou e foi embora, sem dizer mais nada. Eu devia ter ido ajudá-lo, mas fiquei com medo de apanhar na época.

No dia seguinte, Carl apareceu mudado. Ele estava com um cabelo moicano, blusas sem mangas, pircings e tatuagens espalhadas pelo corpo. Aquela briga, o fez mudar para sempre.

*Fim do Flashback*

—Pode ter sido uma coisa idiota!— gritou ele— Mas eu nunca mais deixei uma mulher ser a causa da minha mágoa!

—Carl, acalme-se...— pediu Agnes

Carl olhou Agnes de cima a baixo e disse para mim:

—Você foi a causa de tudo isso. Dormiu com a minha namora... Maldito!

Carl pulou em cima de mim. Agnes interferiu e ficou entre nós.

—Eu não estou grávida!— Raquel gritou

No mesmo momento, Agnes soltou um berro baixo. A senti gemer e cair no chão. O que estava acontecendo?! Agnes gemia no chão e pôs a mão em sua roupa, estava suja de sangue.


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