O segredo de Phillipe escrita por Akuma
Depois do ocorrido Phillipe desceu vagarosamente as escadas até o lado de fora da casa. Avistou a pelúcia e aproximou-se para pegar quando o espinho de uma rosa o furou, o que o trouxe lembranças.
Flashback_____________________________________________________________________
Em uma mansão diferente, em um lugar diferente havia um garoto brincando com uma pipa e ao seu lado uma garota parecida com ele brincando de boneca, quando de repente a pipa rompeu-se e vou até a entrada do labirinto de rosas.
Ambos correram para pegar a pipa. O garoto pegou a pipa viu a garota observando a rosa que antes estava prendendo a pipa, então pegou a rosa e pôs sobre seus cabelos e teve um sorriso de presente, logo após, percebendo que havia se cortado nesse ato, a garota demonstrou um olhar preocupado e ele sorriu para ela de modo reconfortante que, convencida de que o garoto não se machucara tanto, sorriu novamente.
Os pensamentos de Phillipe foram interrompidos por um barulho da janela de cima. Em seguida ele olhou para cima e percebeu que Gabriel o espreitava da janela. Então normalmente pegou o urso de volta e foi para o seu próprio quarto, onde deixou o urso, quando o seu celular tocou. Era Albert.
–Alô?- disse Phillipe mesmo sabendo quem era através do número.
– Sou eu. – disse normalmente. – Então como está indo essa nova experiência em sua vida?
–Qual delas? Estou passando por várias. – disse saindo do quarto e indo á um dos banheiros do corredor. Fechou a porta, ligou a torneira da banheira e ponto o celular no auto falante enquanto preparava um banho.
–Gabriel. Ele está dando muito trabalho?
– Ah, isso? Ainda é muito cedo para avaliar, mas acho que vai dar trabalho em certos aspectos.- respondeu normalmente.
– Tipo o quê?
–Tenho que mudar certos hábitos dele, como: vestimenta, corte de cabelo, algumas ou outras etiquetas e higienização. Vou começar dando um banho nele, só espero que ele não seja o tipo de criança que detesta tomar banho.
– Eu não acho que você deva dar banho nele pessoalmente. – disse de forma desconfiada e irônica.
– Se você está falando sobre aquilo eu acho melhor você mudar de assunto. – disse demonstrando um pouco de frustração e vergonha pelo comentário do amigo. – Isso não vem ao caso. Está me ouvindo? – disse sentando-se próximo à banheira demonstrando um pouco de seriedade, mas ficou irritado quando ouviu o riso abafado do amigo.
– Sim. Quando poderei conhecer o garoto de forma mais apropriada? – disse mudado de assunto percebendo que Phillipe já estava ficando constrangido e irritado.
– Amanhã de manhã, como de costume, eu tomarei meu café da manhã aí com você e levarei Gabriel. - de repente ouviu um leve barulho na porta. – Tenho que desligar, te ligo depois. – disse desligando o celular.
Abrindo a porta do banheiro viu Gabriel engatinhando para longe da porta tentando não fazer barulho, sem sucesso.
– Como você estava ouvindo minha conversa, devo supor que saiba que esse banho que preparo é para você.
– E você me conhecendo sabe que não vou tomar banho com você. - disse virando o rosto para fitá-lo um pouco constrangido pela situação.
– Você deve, é sua obrigação se manter limpo e eu de ensiná-lo como se deve tomar banho nesta casa. Você se perderia com tantos frascos que há no banheiro. – disse tentando tirar o garoto do chão puxando-o com os dois braços.
–Não. – disse enquanto se deitava no chão. – Eu não te conheço e você pode ser um aliciador de criancinhas. – disse tentando resistir e continuando a deitar-se.
– Não seja ridículo. Se esse fosse o caso eu teria adotado uma criança menor e mais inocente para não passar por esse sufoco. –disse ainda tentando levantá-lo.
– Então por que resolveu me adotar? Uma criança tão diferente? – disse resistindo.
– Porque você não parece ser o tipo de criança trabalhosa, e você sabe que essa adoção é um acordo e não um vínculo afetivo, já que nós dois não estamos muito à vontade disso. –disse conseguindo pegá-lo no braço – E você vai me deixar banhá-lo porque você deve se portar, vestir e cheirar como eu.
– Não... –disse tentando se soltar, fracassando- Não confio em você. – vendo que realmente não conseguia se soltar, desistiu.
Chegando ao banheiro ele rendeu-se e foi uma situação embaraçosa para ambos. Phillipe pôs diferentes shampoos no cabelo de Gabriel, que mesmo dentro de uma banheira cheia de água e espuma tentava se encobrir ao máximo.
Vestindo o roupão, Gabriel sentou-se em uma cadeira do banheiro enquanto Phillipe cortava seu cabelo minuciosamente. Terminado o banho e o corte, Gabriel foi timidamente para o quarto, acompanhado de Phillipe, como se estivesse perdido o restante de sua inocência, mesmo não o tendo acontecido. Phillipe então escolheu uma roupa que Gabriel se sentisse à vontade em casa e vestiu-o terminando logo este momento constrangedor. Phillipe deixou o quarto de Gabriel vendo-o deitando na cama que era bem maior que seu corpo.
Phillipe, vendo que o garoto sentia-se constrangido, resolveu preparar uma janta deliciosa para compensar junto de uma sobremesa de chocolate. Tentando ser legal foi até o quarto de Gabriel batendo na porta e adentrando segurando uma xícara de chocolate quente. Gabriel estava deitado de costas para porta, então Phillipe pôs a xícara no criado-mudo e chamou-o percebendo que Gabriel estava dormindo.
– O jantar está pronto. - chamo-o oferecendo a xícara e saindo do quarto sendo acompanhado de Gabriel que segurava a xícara.
Depois de jantarem e degustarem a sobremesa silenciosamente, Phillipe anunciou que era hora de dormir, pois já estava tarde, mas que antes Gabriel deveria escovar os dentes revelando que o banheiro do quarto de Gabriel tinha uma caixa de escovas e pastas de dentes. Gabriel assentiu um sim. Antes que Phillipe entrasse no quarto para dormir Gabriel o chamou silenciosamente.
– O urso... Eu... Eu o quero de volta. – disse sentindo-se intimidado.
– Não vai jogá-lo pela janela? – perguntou seriamente.
–Não. – disse firmemente e Phillipe sorriu indo buscar o urso.
–Aqui. Tenha uma boa noite. - disse dando o urso e retirando-se para dormir.
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