Phillipe era um inglês de estatura mediana chegando à 1,60 de altura, possuía cabelos e olhos negros. Tinha 27 anos de idade e era dono de uma empresa que a ganhou por herança paterna após a morte de seu pai quando Phillipe possuía 19 anos de idade e que ao passa dos anos foi ampliando através de seus esforços com a ajuda de seu fiel amigo Albert, no qual conheceu através de sua irmã, Sophia. E Rebecca, irmã de Albert, era sua médica particular, pois foi com grande ajuda e apoio de Phillipe financeiramente que ela conseguira se formar.

Phillipe ficava a maior parte do tempo trancado em casa sozinho cuidado do trabalho por lá mesmo e quando não estava ficava em casa ficava na empresa. Phillipe gosta de ficar sozinho e não se integra mais que o necessário com a sociedade desde a morte do pai.

Sua mansão é uma propriedade realmente grande, é afastada do centro da cidade e os empregados só vão fazer seus serviços quando são chamados e isso ocorre não menos que uma semana.

Nos últimos seis meses, Phillipe se vê ameaçado por inimigos, pondo em risco seu passado, sua empresa e sua vida. Na última semana Phillipe foi baleado no ombro esquerdo na volta de uma importante reunião. Uma equipe de investigação particular contratada por Phillipe conseguiu provar que a pessoa que fez tal ato era comandado por quem ele suspeitava. Porém após o mandato de prisão da pessoa que contratou o criminoso para matá-lo, foi descoberto que ele havia fugido depois de perceber que havia falhado no assassinato de Phillipe. Agora, encurralado, Phillipe se vê obrigado a adotar uma criança para que sua herança não vá para a pessoa que contratou o assassino, já que essa pessoa é a próxima na linha de sucessão da empresa, pois essa pessoa é seu tio paterno chamado Carlos.

–Aqui estou eu. – disse Phillipe em frente ao abrigo de crianças e adolescentes no dia seguinte á sua alta no hospital.

Adentrando o local já deixava explicito que estava lá porque queria adotar uma criança e ele foi examinando cada uma das crianças na sala de recreação. A faixa etária da sala ia de 9 á 12 anos, uma idade que Phillipe achava melhor por não ter que se preocupar muito com berços e fraudas já que ele achava desagradável a mansão cheia de empregadas e servos.

No entanto houve um garoto que chamou sua atenção. Esse garoto estava sentando sozinho perto da janela sem nenhum brinquedo por perto e parecia desinteressado na brincadeira das crianças ao redor, quando viu Phillipe mostrou-se logo incomodado com sua presença, porém o garoto não tirava seus penetrantes olhos dele e nem Phillipe parava de fitá-lo mostrando curiosidade. Phillipe então foi até o garoto, puxou uma cadeira e sentou-se á sua frente mostrando curiosidade a respeito do garoto.

–Não quer brincar com seus colegas?- disse Phillipe curioso.

–Eles não são meus colegas. –afirmou firmemente.

–O que faz então...

– O que você quer? – disse interrompendo Phillipe com tom desinteressado virando seu olhar para janela.

–Direto. Isso é bom para mim. – disse com o tom mostrando ainda mais interesse no garoto que tirou os olhos da janela para fitar Phillipe novamente, só que dessa vez mostrando curiosidade.

–O que você quer dizer com isso? – disse um pouco irritado, mas mostrando interesse.

–Eu vim a este local com a intenção de adotar uma criança e acho que encontrei a criança perfeita. – disse seriamente.

– Não sou uma criança. – disse mostrando-se irritado com as palavras de Phillipe- Mas se está se referindo a mim então devo supor que sua esposa fez algo que você não gostou e agora quer se vingar. – disse com um tom sarcástico.

– Não quero me vingar da esposa exatamente, pois não sou casado. A pessoa que quero me vingar é meu tio. – disse acompanhando o tom do garoto.

– O que eu tenho haver com seus problemas? - disse desviando o olhar voltando ao desinteresse.

– Você sairá ganhando, posso garantir. – depois dessas palavras o menino voltou á olhá-lo – Suponho que você não queira ficar aqui até poder sair de mãos vazias e sem um teto.

–Do que você está falando exatamente? – disse mostrando mais interesse do que nunca.

–Eu estou dizendo que se você aceitar que eu o adote você terá parte da minha empresa quando se tornar maior de idade e a possuirá toda quando eu morrer. – declarou vendo o interesse do garoto.

– Empresa? – disse o garoto desconfiado.

– Sim, e se eu estiver mentindo você poderá retornar á esse lugar se quiser. – disse vendo que estava quase ganhando o garoto.

– Convincente. Isso é bom para mim. – disse o garoto soltando um riso.

– O que você quer dizer com isso?- disse sarcasticamente.

–Que eu aceito sua oferta. - disse estendendo a mão que foi correspondida com um um aperto de mão acompanhado de um sorriso sarcástico.