- Então é isso, Albert?- perguntou Phillipe seriamente.

- Sim, já conseguimos a prova que precisávamos, mas temo que ele não seja o único a agir por trás de toda essa trama.

- Divertido. Então ele quer brincar com fogo?- disse de forma sarcástica.

- Você conseguirá alta amanhã, até lá se concentre somente em descansar. - disse uma jovem médica de cabelos loiros delicados.

- Sim, obrigado Rebecca. Obrigado Albert.

-Amanhã pela manhã virei lhe buscar pessoalmente. Não precisa se preocupar com esse assunto agora, iremos resolver. – disse Albert despedindo-se de Phillipe.

-Quanto a isso... Eu gostaria que você me deixasse resolver por conta própria. Já decidi o que irei fazer.

- Veremos isso amanhã.

- Já me decidi e espero que com sua ajuda eu possa obter a minha solução o mais rápido possível, afinal de contas você é o meu advogado mais confiável, não é mesmo?

- Por agora você precisa descansar, são ordens da doutora. – virou-se para porta e dirigiu-se á Rebecca- Qualquer problema me ligue irmãzinha. – disse sorrindo.

Albert então saiu do quarto de Phillipe, deixando-o sozinho com Rebecca.

- Eu não gosto de ficar aqui, quero ir para casa. Detesto essa cama, esses remédios e essa comida.

-Você já melhorou bastante da cirurgia do ombro, mas um tiro não se sara de repente, então só até amanhã para termos certeza de que poderá sair daqui por conta própria. Você mora só, afinal de contas. E aqui não é tão ruim assim.

- Não é, mas eu detesto ficar sem fazer nada. Enfim, boa noite.

- Boa noite, qualquer problema não hesite em me chamar. – disse Rebecca saindo tendo como resposta um aceno.

Ao amanhecer Philipe foi logo ligando para Albert vir busca-lo. Após Rebecca arrumar pessoalmente os pertences de Phillipe ele aproveitou a alta no mesmo instante, saindo com pressa com Albert.

No carro ambos tiveram uma conversa que Phillipe parecia desinteressado. Porém, Phillipe foi logo ao assunto que almejava desde a noite passada.

-Preciso resolver esse assunto de uma vez, não terei paz até conseguir. Eu tenho uma solução bem delicada e para isso precisarei da sua ajuda.

-Pode contar comigo. – respondeu firmemente.

-Preciso adotar uma criança e garantir que nada de que possuo caia nas mãos daquele desgraçado. Não tenho mais tempo, você sabe disso e se me pegarem vai ser pior ainda, essa é a única solução.

-Você tem o meu apoio, mas você terá que tomar cuidado com quem irá escolher.

-Desde que os meus pertences não vá para aquele desgraçado, por mim poderia ser qualquer um a ficar com tudo que possuo.

- Não deve pensar em por qualquer um em sua casa. É perigoso.

- Entendi. Escolherei o sortudo ou sortuda ainda nessa semana, com toda cautela, porém, quero fazer isso só.

Chegando à mansão de Phillipe Albert leva todos os pertences do amigo para o quarto.

-Ainda sem empregados?- diz em um tom sarcástico.

- Sabe que não gosto que invadam a minha privacidade. Eles só comparecem quando eu acho necessário e isso é poucas vezes.

Terminando tudo, Albert voltou ao seu carro e preocupado perguntou:

- Você vai ficar bem?

-Te ligo se acontecer algum problema, Beto. – disse sorrindo.

- Se cuida.- disse indo embora.

Voltando para casa Phillipes começou a refletir sozinho.

- Que tipo de criança eu devo escolher?