Aterrado em Delírios escrita por Banshee


Capítulo 3
Solitário


Notas iniciais do capítulo

Hey! Esse capitulo ficou pequeno, desculpem, mas realmente não tinha muito o que falar. Vou ser sincero e dizer que é pra deixar vocês curiosos apapakpaokpodkapjdoajd



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“Não quero mais falar, eu sou obcecado pelo silêncio. Vou para casa e tranco minha porta, posso ouvir sirenes, vejo prédios e bares pela janela. Escuto o vento soprar, vejo pessoas e carros cobertos de ouro... Eu estou feliz por estar comigo mesmo.” — Solitaire (Marina and The Diamonds).

Após a conversa com Summers e seu pai, Stiles se prendeu numa cúpula. Decidiu não comer, decidiu se isolar, se prender por trás de um muro de copas e silencio, esperando que sua solidão pudesse parar seu sangramento. Você já sentiu como se algo tão importante tivesse sido, injustamente, arrancado de você? Essa coisa deixou um vácuo, um silencio naquela área que fazia parte de ti e, além de tudo, deixou uma hemorragia interna na alma.
Não era e nunca foi uma questão de real ou não real, mas a questão do que acreditava. Stilinski se adaptou tão bem às Banshees, lobisomens, Kanimas, wendigos e todo o lance dos alfas e ômegas, para quê? Para que arrancassem tudo isso dele. Para que acordasse confuso numa manhã de outono e receber um “Hey, Stiles! Você esteve em coma por quatro anos, seu melhor amigo foi morto, aquelas pessoas que você jurava serem seus melhores amigos não existem e/ou não sabem seu nome. Mas não se preocupe, tudo ficará bem!”.
Nunca poderemos tomar algo importante de alguém e sairmos impunes. Não é assim que o Karma trabalha.
— Stiles, você precisa comer. — Disse sua enfermeira, Kate Argent, a pessoa quem o vigiou por longos quatro anos — Esse seu voto de silêncio perpétuo não vai te levar a lugar algum.
Seu médico havia dito que uma pessoa não pode criar outra. Todas as imagens, rostos e facetas que Stiles teve em seus sonhos eram resultado de algo que ele já viu em algum momento da vida. Isso ficou claro quando Stilinski disse que sua enfermeira era na verdade uma caçadora de lobisomens que se transformou numa espécie de mulher puma ao ser morta por um alfa.
— Nós realmente queremos te ajudar, mas isso não será possível se você mesmo não se ajudar. — Ela disse, pegando uma colher cheia de gelatina e oferecendo-a, mas ele negou, olhando fixamente para um ponto cego na parede, como se toda àquela situação não fizesse sentido.
Ele não conseguia relaxar, se sentar, deixar com que a luz do Sol entrasse e pousasse em seu colo. Cantarolava um hino para trazer paz e reconforta-lo, então lhe vinha uma melodia à mente.
Três coisas não podem ser escondidas: O Sol, a Lua e a Verdade.
Kate ficou em pé e, lentamente, encheu uma seringa com um liquido para “alimenta-lo”. Injetou o liquido num tubo ligado às veias do rapaz, para então conferir se estava tudo bem.
— Eu quero te ajudar, garoto, quero muito. — Disse — Mas não posso ser sua salvadora... Não tenho esse poder.
Então ela colocou um pé na frente do outro e virou as costas caminhou soturnamente até a porta, tateando a maçaneta, mas suas mãos tremiam.
Stiles viveu todos os seus anos sem saber sobre quem era Kate Argent. A mulher que, com nove anos de idade, desenvolveu uma leucemia que todos os médicos diziam ser incurável e lutou contra ela, até encontrar, na França, um protótipo de uma pílula que prometia aniquilar doenças terminais. Bem, sua família não tinha nada a perder e a droga foi testada na criança durante dois meses... No fim de tudo, o câncer era imperceptível.
Mas tudo que vem com um preço, vai com um preço. A jovem Argent descobriria mais tarde que nunca menstruaria, nunca sentiria cólicas, nunca sentiria aquela fisgada que toda mulher sempre reclamou ter, pois, como seu ginecologista mesmo havia dito, ela era podre por dentro. As pílulas danificaram completamente seu sistema reprodutor, porém nunca levaram embora seu desejo de ser mãe... Porém, quando ela viu um adolescente sendo levado para a sala de cirurgia porque sofreu um traumatismo craniano fugindo de lobos, ela viu que ainda havia a esperança.
Kate acreditava fielmente na divindade. Acreditava que havia alguém olhando por ela e que esse alguém não dormia, era justo... E ali estava Stiles. E ela implorava para que ele não fosse embora, e, além de tudo, implorava para que não a deixasse ir embora.
Contudo, antes que ela desabasse em lágrimas vendo toda a situação de sua prole adotiva, Stiles se manifestou.
— Por favor, espere. — Ele disse, tirando-a do torpor — Eu preciso da sua ajuda. Na verdade, érr... Eu preciso da ajuda de muita gente.


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Notas finais do capítulo

Hey pipous, o que acharam?



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