Enquanto isso,Leal,Cigana e as crianças estavam na estrada.

Cigana: Isso foi um tiro,né?

Leal: Pelo visto foi.

Cigana: O que será que houve?Manu não usa armas e Gui mal sabe matar um zumbi.

Leal: Gui ainda não sabe matar zumbis?

Cigana: Sabe de um jeito desengonçado.Ele ainda tem medo e trauma.Mas já era de se esperar,ele viu a mãe sendo devorada por dois zumbis.

Leal: Eu queria ir atrás deles pra ver o que houve.

Cigana: Melhor não,não sabemos onde eles estão.Vamos esperar.

Alexandre sai da igreja e diz que o menino está bem,que ele vai ficar bem,que foi um tiro no ombro,mas que ele precisaria de uma transfusão de sangue,senão ele morreria.Manu diz que tem o mesmo sangue de Lucas e que poderia doar para ele.Alexandre diz que poderá fazer,mas que não tem o material,o material estaria em um hospital abandonado um pouco longe dali.Gui diz que vai lá buscar,Manu fica preocupada.Alexandre diz que vai com ele pra ajudá-lo,pois o local está infestado de zumbis.Manu fica com o padre e Gui com Alexandre partem em busca dos materiais para a transfusão de sangue.As crianças começam a reclamar de fome com Leal e GuiV já estava ficando roxo e tonto,pois o machucado dele já estava a ponto de dar infecção.Cigana diz que conseguiu consertar o carro e Leal elogia o desempenho da senhora.Manu se senta em um banco da igreja,olha a imagem de Jesus na cruz e começa a rezar,não só por Lucas,mas pelo Gui também.

Padre: Moça,eu te trouxe um copo de água.

Manu(pega o copo): Obrigada.

Padre: Não se preocupe,vai dar tudo certo.

Manu: Eu espero que sim.

Padre: Não confia em Deus?

Manu: Sinceramente,com tudo isso acontecendo,zumbis,o meu menino que se machucou.Não sei no que mais confiar.

Padre: Seu filho vai ficar bem e seu marido vai voltar bem a tempo de salvá-lo.

Manu: O menino é meu sobrinho,o rapaz é só um...ex-colega de trabalho.

Padre: Ah sim,desculpa.É que vocês estavam juntos e o menino se parecia com vocês.Achei que fossem uma família.

Manu: De certa forma,todos que estão nessa batalha comigo,se transformaram em minha família.Não tenho mais nada além deles.

Padre: Logo logo tudo volta ao normal e os zumbis voltam a serem gente.

Manu: Não voltam não.Eles estão mortos e não existe cura.

Padre: Claro que existe.Antigamente,muitas doenças eram fatais e com o tempo foram descobrindo a cura.É questão de tempo.

Manu: O senhor não está entendendo.Já fomos em um laboratório e recebemos a notícia que todos os laboratórios estão abandonados e o que restou,explodiu.Não existe cura.

Padre: Existe sim e você vai ver.

Manu bebe a água e torce pra Gui voltar logo.Gui e Alexandre ficavam com a vida por um fio toda hora,mas eles conseguiram pegar os materiais.Foram atacados diversas vezes e eram uns 50 zumbis afobados,esfomeados querendo eles.

Alexandre: Como vamos sair daqui?

Gui: Deve ter um jeito.

Alexandre: Eu sei um jeito.

Gui: Qual?

Alexandre: E se eu distraí-los?Você consegue fugir e salvar a criança.

Gui: Mas e você?

Alexandre: É o mínimo que posso fazer pelo menino que quase matei.

Gui: Não,cara. Não pode pensar assim,você tem que voltar vivo.

Alexandre: Não se preocupe,rapaz.Eu não tenho ninguém me esperando lá fora,preocupado comigo,não tenho família.Você ainda tem razões para se viver.Aquela mulher e aquele menino precisam de você mais que tudo.Cuida deles.

Gui: Alexandre,vem comigo.

Alexandre: Não tem outra maneira.Diz ao padre que morri com honra,como um homem deve fazer.

Alexandre pega um pedaço de ferro e vai batendo na parede pra chamar a atenção dos zumbis,os zumbis seguem Alexandre até o outro lado do hospital.Gui consegue sair dali e consegue fugir.No meio do mato,Gui fica pensativo e bem triste. Alexandre tomou o mesmo rumo que sua mãe e ele não queria mais isso.Gui chega na igreja e conta o que aconteceu,o padre fica bem triste,pois Alexandre era um bom amigo.O padre cuida de Lucas,ele sabia um pouco de medicina,pois Alexandre o tinha ensinado.Enquanto isso,Manu estava do lado de fora,encostada na parede olhando pro nada.

Gui: Manu?

Manu(o olha): Oi.

Gui: Tudo bem?

Manu: Tudo sim.Apesar do que houve com o Alexandre.

Gui: Nem me fala.Ele tomou o mesmo rumo que a minha mãe.

Manu: O que houve com ela?

Gui: Quando tudo aconteceu,meus cachorros e minha mãe foram atacados e devorados por zumbis na minha frente.Eu tentei impedir,mas era tarde demais.Minha mãe era tudo na minha vida.

Manu: Eu entendo.Foi terrível a imagem que vi dos meus pais naquela situação,era melhor nem ter visto.Meu irmão e a esposa provavelmente foram atacados.Nunca falei sobre isso com o Lucas.

Gui: Você ainda tem o Lucas.

Manu: E você tem o Caê.(sorri)

Gui(sorri): É,ainda tenho ele.

Manu: Espero que aconteça o que você disse.

Gui: Sobre o que?

Manu: Sobre ter um lugar bom ainda pra se viver.Longe dessas coisas doentes.

Gui: Tem sim e prometo dar a uma boa vida para você e o Lucas.(Manu o olha)E os outros também.Já sofremos tanto.

Manu: To preocupada com os outros.Já anoiteceu e devem está preocupados

Gui: Eu estava pensando em ir lá.

Manu: Vai amanhã.É que eu gostaria muito que...você me fizesse companhia essa noite.Pra eu não ficar com o Lucas sozinha.Só por hoje mesmo.

Gui(sorri): Mas é claro.

Gui abraça Manu,mas ela estava um pouco relutante em relação a ele.Dentro dela,ainda tinha uma mágoa em relação a ele,mas ele nem deve saber.