Infectados escrita por VoceSabeQuem


Capítulo 4
Capitulo 4




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3 dias do ocorrido se passam.Gui,Manu e seus amigos seguem viagem pela estrada.Ao passar por uma cidade,o carro onde estava Cigana e algumas crianças,quebra e ela faz sinal para pararem.Todos saem do carro para ver o que houve.

Leal: Era só o que me faltava,quebrar o carro nessa cidade desconhecida.

Manu: Não faz muita diferença,o local está abandonado,apesar que conheço esse lugar de algum lugar.

Sophia: De onde?

Manu: Parece a cidade onde meus pais moram.Minha antiga cidade.

Sophia: Seus pais podem estar aqui então.

Kaik: Procura eles,Manu. Talvez você os encontre.

Manu tem medo de procurar e encontrar o que não quer,ou seja,eles mortos.Manu ficou pensativa,mas foi explorar a cidade até encontrar a casa dos pais.Gui foi junto a ela,mas dando um espaço pra ela não se sentir invadida.

GuiV: Enquanto isso,a gente pode sair por aí procurando alguma coisa para nós,para viagem.

Kaik: Vai ser legal,tem muitas casas por aqui.Encontraremos muitas coisas.

Cigana: Tudo bem,mas se virem algo,corram pra cá.Façam o minimo de silêncio possível.

As crianças se espalham procurando por alguma coisa que possa ser útil para a viagem.Enquanto isso,Leal e Cigana tentam consertar o carro.Manu encontrou a casa onde seus pais moravam,estava abandonada,o portão quebrado.Manu parou em frente e ficou relembrando seus pais e quão ausente ela era na vida deles depois que se mudou para outra cidade para trabalhar e realizar os seus sonhos.Gui para do lado dela.

Gui: Não vai entrar?

Manu: Não sei se devo.

Gui: Não pode viver com a angustia de saber se eles estam vivos ou não.

Manu: Você vive com isso,não é?Não sabe se teu pai morreu ou não.

Gui: Meu pai era gordo,velho,caminhava mal,era sedentário.Duvido muito que tenha sobrevivido.

Manu: Parecia ser isso mesmo.

Gui: Então não viva com a angustia,tenha a certeza.

Manu respirou fundo e entrou,a casa estava uma bagunça,mas ela não viu ninguém.Ela foi para o andar de cima,Gui ficou embaixo vendo o estado da casa.Gui olhou a estante,tinha vários porta-retratos.Tinha foto dos pais dela,do irmão,do
sobrinho,dela,da infância da Manu.Tinha tantos porta-retratos que parecia um jeito de suprir a ausência dos filhos que moravam longe.Manu foi pelos corredores,olhava os quartos,até encontrar a mãe no quarto com um zumbi perto dela.Manu
mexeu na mãe e no zumbi com o pé,mas eles não se moveram,não estavam vivos.Ao olhar o banheiro do quarto,viu o pai pendurado em uma corda,tinha se enforcado depois que viu a mulher devorada pelo zumbi.Manu olhava os pais e tinha um turbilhão de sentimentos no seu coração fechado.Os pais da Manu eram separados,mas os filhos que tiveram juntos,manteve uma conexão enorme entre os dois.Gui apareceu e viu aquela cena que parecia de filme de terror,Manu
estava parada,pensativa.Gui a chamou,Manu o olhou e o chamou para irem embora.Gui olhou os pais da Manu ali e se sentiu muito triste,triste pela Manu e triste por não ter tido a oportunidade de conhecê-los,eles pareciam ser muito bons.
Gui saiu,fechou o portão e olhou a Manu que ainda parecia ter um olhar perdido,porém frio.Então ele tirou uma foto do bolso e deu a ela.

Gui: Toma.Acho que significa algo pra você.Um dia especial.

Manu(olha a foto que tinha ela,os pais,o irmão e o sobrinho): Obrigada. Eu lembro desse dia.Era Natal do ano passado.

Gui: Pessoas especiais seguem em nossos corações para sempre,igual momentos especiais.Nunca são apagados de nossas mentes.

Manu: Eu sei.

Gui: A vida não para,ela segue para que a dor vá embora.Não estamos mortos,nem nossos sentimentos.(Manu o olha)Talvez não me conheças bem,nunca fui de falar de mim,mas você...eu conheço você.Somos pessoas diferentes com sentimentos diferentes.A vida não dá tempo da gente sentir a dor,a gente se fecha e foge da dor com medo dela,mas você tem que se deixar sentir.Manu,você nunca será fraca se você se deixar sentir e se entregar ao sentimento que for.(passa a mão na cabeça dela e beija a testa dela).Se deixe sentir.

Gui sai andando,ele sabia que ela precisava de um tempo sozinha para pensar e refletir.Manu senta na calçada e fica olhando a foto.Ela começa a chorar por saber que nunca mais vai ver ninguém,da saudade que sentia,da vontade de querer que
tudo fosse diferente e normal como antes.Estava indo tudo bem,GuiV encontrou um carro com litros d'água,ele logo foi pegando e guardando na mochila.Manu,já um pouco melhor,vai se aproximando do grupo,mas nota que vem uma pessoa
estranha na direção deles,ela sobe no carro,mira a arma para ver o que era e era não só um,mas vários zumbis,ela não daria conta. Manu avisa para as crianças se esconderem dentro e embaixo do carro.Kaik consegue ir atrás dos outros e
avisa.Gui e Leal vão para baixo dos carros e Cigana entra no carro.Com silêncio,o bando de zumbis passava sem notar que havia gente ali.GuiV ainda não tinha conseguido um esconderijo e acabou ferindo feio a perna em um ferro do carro que
entrou na pele e saiu sangrando por aí.Um zumbi parte pra cima de GuiV,mas Pedro Henrique degola o zumbi e puxa GuiV para dentro de um carro.O bando de zumbis tinha saído e estava calmo.Kaik olhou para os outros e resolveu sair debaixo do
carro,mas do nada aparece um zumbi que o ataca,mas Kaik sai rolando e sai pelo o outro lado do carro,mas tinha mais dois zumbis ali. Kaik sai correndo pra outra rua e os zumbis atrás dele.Manu tenta ir atrás dele,mas Cigana a segura e diz que vai ficar tudo bem.Gui vai atrás de Kaik para salvá-lo.Kaik entra no meio de um mato para se esconder.Gui encontra um dos zumbis e mata,mas ainda tinha 2 zumbis no rastro de Kaik.Correndo pelo mato,Gui encontra Kaik e diz para ele voltar
para os outros,que ele daria conta dos outros zumbis.Kaik assim faz,mas se perde no mato e não consegue voltar.Gui encontra somente um zumbi e o mata,mas não encontra mais nenhum outro,ou seja,tinha mais um zumbi e ele poderia achar
Kaik.Gui fez o máximo,mas não conseguiu achar o outro zumbi,então voltou para os outros.

Gui: Ufa,finalmente voltei.

Manu: Mas cadê o Kaik?

Gui: Como assim?Eu disse pra ele vir pra cá.

Leal: Ele não voltou.Achei que ele estivesse contigo.

Gui: Ai não.

Carol: O que vamos fazer?

Manu: Vamos ter que procurar Kaik pela mata afora.

Cigana: Mas e os carros?

Leal: Os carros não tem jeito,melhor abandoná-los e caçar outros.

Sophia: Mas e se Kaik voltar e não encontrar ninguém aqui?

Gui: É,isso não seria nada legal.Melhor Manu e eu irmos. Os outros ficam aqui pra caso ele voltar.

Lucas: Eu quero ir também.

Manu: Não,Lucas. Você fica.

Lucas: Não,não,não.(começa a chorar)

Gui: Tudo bem.Ele pode ir conosco.

Gui,Manu e Lucas saem em busca de Kaik,os outros continuam na rua.Leal nota que GuiV ta machucado,ele cuida do menino.Gui,Manu e Lucas caminham pela mata,mas não encontram nada.

Gui: Já ta de tarde.É melhor voltarmos antes que anoiteça.

Manu: Claro que não.Se anoitecer sem encontrarmos o Kaik,imagine como ele vai se sentir no meio do mato sozinho.Ele é só uma criança.

Gui: Eu sei,mas vamos ficar igual baratas tontas andando por aqui sem enxergar nada.Os outros devem está preocupados com a demora.Quando a pessoa demora,a outra já começa a pensar o pior.

Manu: Não vamos voltar,vamos continuar buscando o Kaik e ponto final.(sai andando)

Gui: Mulher teimosa.

Gui e Manu seguem pela mata,mas não encontra nada,só um zumbi que vagava.Lucas andava correndo pela mata e pulando,ele foi mexer em umas flores,mas do nada leva um tiro e não se sabe de onde veio.Manu fica desesperada em ver o sobrinho baleado.Um rapaz aparece e nota que confundiu Lucas com um zumbi.Gui avança pro rapaz e quase bate nele,mas o cara pede desculpas e diz que pode ajudar eles,pois antes do apocalipse,ele era médico.Manu pega Lucas no colo e vai com eles para uma igreja próxima dali.Chegando na igreja,o rapaz pede para o padre deixar a criança ir para o quarto dele.Manu coloca Lucas na cama do rapaz e chora pensando que o menino vai morrer.O rapaz diz que se chama Alexandre e pede para Gui levar Manu para fora e acalmá-la.O padre que se chamava José,ajuda Alexandre.Manu fica sentada do lado de fora e Gui tenta acalmá-la.

Manu(com as mãos no rosto): Não acredito que isso ta acontecendo com o Lucas,não com ele.

Gui(a abraça): Calma,Manu. Vai ficar tudo bem. Ele é um garoto forte,ele vai sair dessa.

Manu(se levanta): E se não sair?

Gui: Não pensa no 'e se'?Pensa no 'vai'.

Manu: Eu prometi ao meu irmão que cuidaria do Lucas e olha tudo o que houve.Tirei o Lucas do laboratório pra que?Pra ver ele morrendo aqui?

Gui: Ele não vai morrer.Eu não vou deixar isso acontecer. Não tirei você do laboratório para nada.Seremos muito felizes ainda,é uma promessa.Confia em mim?

Manu(suspira): Sim.

Gui(a abraça forte): Então fica calma.Eu vou cuidar de vocês.

Manu fica um pouco mais calma,porém nervosa pra saber se Lucas vai ficar bem.


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