As Flores de Hana escrita por Masmorra Solitariamente Louca


Capítulo 2
As Chamas


Notas iniciais do capítulo

Então, espero que gostem!



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– A-Ai! Isso dói, sua feiosa.

Hana, que estava limpando as feridas dele com um pano e água misturada com ervas curativas, diante deste comentário apertou-o mais forte na pele machucado do menino.

– Isso doeu... sabia? – Ele disse como num pequeno e fraco grito.

– Huh... então comporte-se na frente de damas!

– Damas? – Ele olhou para todos os lados. – Onde tem uma dama aqui?

Ela apertou mais o pano.

– E-Ei!

Hak, que estava examinando cuidadosamente a espada com a bainha, disse:

– Ei, Hana, vai com calma, garotinhos pequenos e fracos são mais vulneráveis que você.

Okumura Rin fez uma careta.

– Sim, papai! – Respondeu Hana alegremente.

Depois de um pequeno tempo de silêncio, Okumura Rin fez uma série de caretas feias e ficava corado quando o rosto de Hana se aproximava do dele.

– Okumura Rin. – Ela disse, séria.

– S-Sim? – Disse o menino, e posso confessar que o rosto dele iria começar a sair fumaça, de tão vermelho que ficou.

– Tire a camisa.

O que?

– O QUE?

Ela tentou fazer uma cara de séria. Tentou. Porém logo o seu rosto ficou vermelho, e uma careta envergonhada formou-se nele.

– P-Preciso... Limpar os machucados...

– Oh. – Disse Okumura Rin com os olhos focados para os pés. – C-Certo.

O garoto tirou sua camisa azul-marinho, mostrando seu torax machucado.

Hak observou.

– Você deve de ter entrado numa briga daquelas, heim, garoto?

– P-Pode ter sido isso... eu não me lembro. Mas, acho que é, por que por alguma razão eu sempre acabo entrando numa briga.

Ele mostrou um sorriso ardente, que logo contorceu-se, pois Hana havia começado a passar o pano nele.

– Então já está começando a se lembrar? – A pequena perguntou.

Ele deu um suspiro cansado.

– Não sei... são apenas conclusões de algo não lembrado que, de alguma forma, trazem-me tristeza.

O pai de Hana bateu palmas.

– Que poético!

– Cala a boca, seu velho! – Ele mostrou a língua.

Hana começou a rir.

– O q-que?? Eu tenho apenas trinta e sete anos, seu pirralho!

– Velho! Velho! V-

Então, ele fechou seus olhinhos, e adormeceu repentinamente. Acho que é isso que as pessoas chamam de “desmaiar”.

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Okumura Rin acordou, mexeu pum pouco os lábios, seus olhos se contorceram com a luz que entrava pela janela, depois, enxergou cabelos vermelhos. É, cabelos vermelhos.

– Acho que os machucados afetaram bastante ele, Hana. – Uma voz maculina disse. Hak.

– É... – Disse Hana, desanimada.

– Mas, o menininho vai ficar bem. Não é nada muito... grave.

Hana tossiu um pouco, a menina estava preocupada. Afinal, era o único amigo que tinha feito, pois todas as crianças da aldeia a discriminavam por ter cabelo vermelho.

Okumura Rin a olhava com um pequeno sorriso nos lábios. Seus olhos emanavam alegria, eram parecidos com o de Hana. Talvez ela também tenha sido a primeira amiga dele.

– Ei, cabelo de fogo, eu estou bem. – Disse ele.

Hana o olhou com surpresa e deu um sorriso caloroso.

– Sim.

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O tempo foi passando e Okumura Rin melhorando, Hak decidiu cuidar do menino enquanto não tinha nenhuma pista dos responsáveis dele. E Hana, claro, adorou esta notícia.

– Assim?

Ele estava tentando fazer onigiris.

Hana, que estava do outro lado da pequena e antiga mesa de madeira, fez uma careta e uma negação.

– Não é um retângulo! E sim um triângulo ou uma bola!

O garoto bufou, pegando mais um pouquinho de arroz, fez cara de dor e assoprou um pouco o arroz que estava em sua mão. Então, ele conseguiu, depois de oito tentativas falhadas, fazer um triângulo com o arroz. Depois disso, fez uma bola, então, ficou satisfeito com o resultado de suas duas obras.

Hana, que estava concentrada em suas próprias obras, deu uma olhadela nas dele.

– Uau! Essas duas ficaram muito boas, Okumura Rin.

Ele corou um pouco.

– Hana...

– Sim?

– Pode me chamar só de Rin.

Dessa vez foi ela quem corou.

Hak bagunçou os cabelos de Rin com um ar travesso.

– Nada de cantar a minha filha! Rin.

– É Okumura para você, seu velho. – Ele mostrou a língua.

– Pirralho! – Então, Hak mostrou a língua.

– Crianças... – Disse Hana saindo da mesa.

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A menina de cabelos vermelhos foi para fora e observou o céu azul com suas nuvens dançando. O céu estava morno, e ela adorou, pois haviam dias em que ele estava triste, e nestes dias, ela chorava.

Hana levantou os braços para o céu, como se fosse pegá-lo. Depois, ficou na ponta dos pés, como se fosse voar. Assim, ela caiu.

– Um dia... – Ela disse, com determinação. – Eu irei voar.

Os dois encreinqueiros saíram de dentro da pequena casa de madeira, observaram Hana sentada na grama olhando o céu, e disseram:

– Hana, nós dois iremos na loja de armas ver quanto que custa essa tralha, o Rin aceitou em vender, já que nem ele sabe o que é mesmo. – Disse ele, apontando para a arma pendurada nas costas do garoto. – Quer ir junto?

– Sim!

Depois de tagarelarem e andarem uns dez minutos, finalmente chegaram à loja.

O senhor que cuidava de lá os recebeu com um sorriso, então Rin deu a arma a ele e perguntou quanto que é o valor.

– Calma, menininho. Vamos abrí-la primeiro.

O homem grisalho olhou para a arma e sorriu, foi desembaiando ela com calma e cuidado. Naquele dia, naquela loja de armas, chamas em um pequeno garoto apareceram.

Chamas azuis.

Rin olhou para o seu próprio corpo, para Hana e Hak que, ambos estavam horrorizados. O pequeno gritou e correu porta a fora.

Observei Okumura Rin enquanto corria, e vi em seus olhos amendrontados, um medo profundo. Também observei o corpo dele, as orelhas ficaram maiores e pontudas, e ele agora tinha uma cauda.

As pessoas pelas quais ele passava ficavam com um branco mórbido na pele por causa do medo.

Depois da correria dele, Rin arfou e caiu num campo verde, então as chamas sumiram e sua orelha diminuiu o tamanho, porém sem perder o formato, depois de um tempo descansando lá, Hana e Hak o acharam.Eles não estavam com medo. E Rin achou incrível isso.

Deram-no um abraço, levaram-no para casa e não perguntaram nada sobre as chamas. Afinal, sabiam que era inútil.

Mas, naquele dia, ele começou a enchergar coisas assustadoras que nem ele mesmo sabia o que eram. E, naquele mesmo dia, a aldeia o apelidou de demônio, descriminando Hana e Hak por darem abrigo a ele.

Você pensa que isso é tudo?

Isso é apenas o começo. A verdadeira história acontecerá no décimo sexto aniversário de uma garota com os cabelos com cor do crepúsculo.


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Notas finais do capítulo

*risinho assustador*
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