Dr. Carl-isle! escrita por Angel Carol Platt Cullen


Capítulo 12
Capítulo 11: Denali




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Nossa família se prepara para uma visita para conhecer nossos primos e me apresentar ‘oficialmente’. Acho que deveria ter sido antes dos Volturi, eles poderiam ter nos matado, basicamente.

Mamãe, Esme, estava com os olhos escuros sobre as sobrancelhas arqueadas e elegantes calmos e distantes, como se estive pensado no que eu acabei de pensar.

Meus olhos que eram vermelhos agora se tornaram intensamente roxos, mais do que a leve olheira embaixo de meus olhos. Assim como mamãe e papai eu também precisava caçar.

A necessidade de sangue era terrível, irresistível. Minhas veias ardiam devido à acidez do veneno. Eu estava queimando ressecada e assada. Em brasa e sedenta.

Edward soltou o alerta:

– Carol precisa caçar.

– E Carlisle...? – pergunta Esme.

– Eu vou com ele depois - torna Edward. – Vão. Agora!

Esme me puxa pelo braço e disparamos porta a fora, com ela me conduzindo. Sussurra para mim, mas eu sei que todos podem ouvir:

– Você está bem filha?

– Eu... estou... não sei.

– Você está com ‘fome’. Não há nada de errado nisso, mas você não pode ficar se maltratando desse jeito... não pode fazer assim, ficar dias sem se alimentar... eu devia ter suspeitado... quando eu e seu pai te chamamos para caçar depois do jogo, semana passada você não quis ir... deve ter ficado muito em choque com os Volturi. Como eu não percebi?... Você não quer machucar nenhum humano, não?

– Não. Eu não quero ser uma assassina. – digo ‘chorando’, como aprendi vendo mamãe.

– Está tudo bem, vamos caçar.

Nossa expedição de caça está em um lugar diferente e um cheiro doce inflama minhas vias aéreas. Esme grita, antes que eu me lance em desabalada carreira:

– Carol, não!

Sinto alguém correndo atrás de mim, com medo eu dou meia volta. O cheiro sumiu. Não, eu procuro e ainda está lá, mas há outro cheiro mais forte e familiar. Mamãe. Assim que eu identifico o cheiro ela aparece por entre as árvores em frente a mim. Ficamos nos entreolhando por um segundo e então antes que pudesse perceber Esme me segura num abraço de aço. Sem entender eu pergunto:

– O que foi mamãe?

– Você não vai mais a lugar nenhum.

E então Edward e papai aparecem por entre as árvores, dizendo quase ao mesmo tempo:

– Eu sabia que vocês duas não podiam vir sozinhas.

O tom de Edward era meio lastimoso, já Carlisle dizia como uma conclusão, algo que ele já esperava.

– O que foi que eu fiz? – pergunto sobressaltada.

– Nada querida. Nada. – me tranqüiliza Esme.

– Graças a Deus – complementa papai.

– Não se sinta culpada Carol. Não aconteceu nada para você se preocupar.

– Graças a vocês. Obrigada – digo olhando nos olhos de mamãe, já estão mais dourados do que hoje de manhã. Parecem ouro puro. Resplandecem. – Obrigada a todos.

– Vamos para casa, as malas já estão prontas – diz Carlisle.

O seguimos para casa. Esme pára de repente:

– Carol ainda não se alimentou.

– Ok. Vamos parar por um instante para caçar.

...Chegando em casa entramos nos carros e vamos para o Alaska visitar nossos primos. Pergunto para Esme – eu ela e papai estamos no Mercedes:

– Será que eles vão gostar de mim? Será que vão se assustar com meus olhos?

– Claro que eles vão gostar de você querida. Não se preocupe.

O trânsito na rodovia fica mais lento, logo percebo porque, um acidente. O cheiro de sangue invade o carro. Esme fica alarmada ao me ver eu estou mais branca do que de costume – como isso é possível – eu sempre tive um fraco por sangue, antigamente era vê-lo, hoje é sentir o cheiro:

– Filha, prenda a respiração. – pedindo para o marido. – Não tem jeito de irmos por outro caminho?

Ele me olha e decide contornar e pegar um desvio.

– Meu Deus, o que houve Carol? – pergunta ele ainda olhando para a pequena estrada que pegamos.

– Eu não sei.

– Hmmm... acho que você tinha um fraco por sangue quando era humana e isso se intensificou agora que você é vampira.

– Pra mim tudo bem quando o sangue está dentro das pessoas, o problema é quando elas o perdem...

Os carros de Emmett e Edward nos seguiram pela rodovia alternativa.

– Você é tão sensível minha doce filhinha – de alguma forma Esme conseguiu pegar minha mão.- Oh você está tremendo, pobrezinha! – afaga minha mão. – Pronto. Pronto. Já passou... Está melhor.

– Sim estou. Obrigada, aos dois.

...Ao nos ver chegando Carmen veio nos receber acompanhada do marido, Eleazar. Ao me ver ela ficou espantada, mas ao mesmo tempo deslumbrada:

– Nossa! Que chica hermosa!

Eleazar, se ficou surpreso ao nos ver chegando tão tarde, disfarçou impecavelmente, dando um de seus sorrisos mais simpáticos.

Papai estacionou, meus irmãs pararam logo atrás. Desceram primeiro preparando os para me verem.

– Como sabem só viemos fazer uma visita – começou Edward – e apresentar a mais nova integrante da família para vocês.

– Deixe-a vir – diz Tanya aparecendo seguida por Kate e Garrett.

Carlisle sai do carro e dá a volta para abrir a porta para Esme. Quando ela sai eu também saio. Olho ao meu redor, tudo está branco. Nevando. Mas eu não sinto frio. Um toque em meu braço me chama de volta, ela tem um sorriso que derrete qualquer coração.

– Vamos entrar – diz Carmen para todos, e a nevasca vai ficando cada vez mais forte.

Em segundos entramos todos. Mamãe me rebocando.

– Essa é minha filha mais nova – apresenta-me papai. – Caroline.

Sorrio ao ouvir ele falar meu nome

– Caroline! – repete Carmen entusiasmada.

– Ela pode ter um pouco de dificuldade em conversar, porque encontramos ela no Brasil – explica Esme.

Sorrio me desculpando.

– Ela vai aprender inglês bem rápido – prevê Eleazar. E eu novamente sorrio para ele.

Me arrisco a dizer: Hi.

Então captei um pensamento de mamãe: Carol era como um gatinho de seis semanas, toda encanto e sem inibições.

E de Carmen (!): ela tem um sorriso juvenil, uma aparência, tudo contribuía para uma expressão de inocência...

Kate me responde: Hi dear, how are you?

– I’m fine – sorrio para ela. Alguém me respondeu! Estou muito contente.

– Você tem uma capacidade de compreensão incrível, por isso logo vai dominar o inglês – interveio Eleazar. - Um dom. Um feeling. Um tipo de empatia.

Lembro-me que Eleazar tem o dom de perceber o dom dos outros.

– É verdade, ela pode ver a aura das pessoas – disse Esme, pude ouvir o orgulho em sua voz. – Eu estou ensinando inglês para ela. Ela é a melhor aluna que já tive.

Eu enrubesceria se ainda pudesse:

– Obrigada, mãe.

– Por nada filha. Apenas disse a verdade!

– Ela é uma gracinha! – Tanya comenta sobre mim. – É um prazer conhecê-la.

– Pra mim também.

Apertamos nossas mãos e nos abraçamos. Eu cautelosamente, por ser ainda uma vampira recém-criada.

...


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