Aniversário de casamento escrita por Angel Carol Platt Cullen
Carlisle PDV
Eu estou no escritório da casa que eu e Esme alugamos. Quando meu celular toca, tão baixo que nenhum humano teria percebido, mas eu sim. Coloquei toque baixo assim de propósito só para eu escutar e não interromper nenhuma reunião. O identificador de chamadas mostra na tela o telefone de meu filho Edward, cujo número está na memória da minha agenda de contatos. Eu atendo:
— Oi filho.
— Pai, o que você pretende fazer?
— Me explique o que aconteceu Edward? – Eu sinto Esme na cozinha no primeiro andar, longe o suficiente para não ouvir minha conversa com nosso filho.
— Carlisle, qual loucura você fez?
Meu filho está me acusando de quê? Porque ele está falando assim comigo? Claro que nós somos adultos e eu dei essa liberdade para meus filhos falarem comigo, mas não assim. Eu ainda sou o pai dele, tenho que ser respeitado. Que é isso? Ele pensa que está falando com quem? Claro que não vou brigar com ele, nem me exaltar; pois sou de índole calma, mas quem ele pensa que é para falar comigo assim? Quem ele pensa que eu sou? Eu não sou qualquer um, eu sou o 'pai' dele, eu o criei. É por minha causa que ele ainda está vivo, tem uma esposa e uma filha - o que ele jamais sonhou - e ele me deve o mínimo de respeito pelo menos.
— Eu não fiz nada Edward! Quer me explicar o que está acontecendo?
— Eu vi a visão da Alice pai, você estava com os olhos vermelhos. Você pretende transformar alguém?
— Sim, já decidi.
— Pai, é muito arriscado – a voz dele era realmente preocupada comigo. – Quem é ela?
— Uma menina que conhecemos aqui na América do Sul.
— Quer dizer no Brasil?
— Sim.
— Já pensou se Esme vai aprovar sua atitude? E se ela detestar Caroline para sempre?
— Ela pode ser minha irmã, mas creio que Esme não vai rejeitá-la.
— Carlisle, não pode pai, não é certo. Ela não está morrendo.
— Ela está sim filho. Eu senti o cheiro dela e ela está doente. Algo no sangue. Uma doença misteriosa e incurável. Nunca vi antes em todos esses anos de existência. Não sei quantos anos mais ele vai viver. Eu vou salvá-la. Ela não merece morrer.
— Pai, você tem um bom coração, mas pense. E os Volturi? – Edward joga sua última cartada.
— Ela não é nenhuma criança. Não teremos nenhum problema de pensarem que ela é uma criança imortal.
— Mas no fundo ela não passa de uma criança.
— Sim, é verdade. Comparando nossas idades.
— Você sabe que não é isso que eu estou querendo dizer, quero dizer que ela tem um coração como de criança.
— Eu sei, e é por isso que eu e Esme nos apaixonamos por ela. Ela é uma menina tão encantadora. Doce, meiga, fofa... você deveria ver. – não sei se o entusiasmo ficou evidente na minha voz, mas Edward percebeu que não valia a pena insistir. Eu já havia decidido. Vou dar esse presente para Esme.
— Carlisle, ela não é um bichinho de estimação para você dar para a mamãe.
— Eu sei. Não é isso que vou fazer. Ela QUER.
— O quê? Ela SABE?
— Ué filho porque estranha? Bella também sabia.
— Mas eu relutei em transformá-la, você sabe.
— Até que por fim não teve alternativa a não ser transformá-la. Eu não vou cometer o mesmo erro. Abandonei Esme até que também não tive escolha a não ser transformá-la, não que eu lamente por isso, mas eu poderia tê-la perdido para sempre. Eu VOU mudar Caroline, não vou esperar ela morrer.
— Pai, ela tem chance ainda?
— Não, ela já está morrendo, não há cura.
Ouço passos na escada. Esme vem vindo. Antes que ela bata na porta eu digo:
— Entre.
Desligo.
— Quem era no telefone? – ela percebe eu com o aparelho na mão.
— Edward. Ele lhe mandou um beijo.
— Ah! Você disse que nós também mandamos um beijo e perguntou como eles estão lá em casa?
— Claro que sim querida. Eles estão bem. Como sempre Rose discutindo com o Jacob e Bella com Emmett - o que deve ser verdade eu suponho. - No mais tudo bem.
— Vou levar presentes para todo mundo quando voltarmos para casa.
— Sabe que não precisava, querida.
— Não se importa que eu gaste muito, não é, querido? Nós não precisamos comer...
— Mas mesmo assim compramos comida para doar para abrigos.
— Te amo por isso, você é tão caridoso - Esme fica na ponta dos pés e beija o marido.
— Te amo para sempre Esme.
...XXX...
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