Aniversário de casamento escrita por Angel Carol Platt Cullen


Capítulo 5
Capítulo 4: Dream




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Caroline PDV

Essa noite tive um sonho:

[Eu tomo coragem e consigo dizer o que sempre quis:

— Esme, por favor, me transforme.

— Carol?! – diz ela pega de surpresa.

— Agora!

Arqueio minha cabeça para trás e afasto meus cabelos com a mão. Ela se aproxima de mim, posso sentir seu hálito fresco em minha pele. Quando seus lábios macios e frios tocam meu pescoço um arrepio de prazer percorre minha espinha.

— Relaxe querida – ela envolve minhas costas, me segurando. – Sim, eu sei. Vou colocar você deitada na cama depois.

Sinto os dentes dela rasgando minha veia e o sangue se esvaindo de meu corpo. Aos poucos vou ficando fraca e meus joelhos começam a ficar frouxos. Antes que eu caia no chão, Esme me sustenta mais um pouco e depois me põe deitada na cama, me deixando sem nenhuma resistência. Pensei que talvez ela tivesse problemas em me largar, mas tudo parecia mais fácil do que eu imaginava.

Aos poucos fui caindo numa dormência e meu corpo parecia não existir...

De repente, não sei quanto tempo se passou, eu senti que havia acabado e eu podia abrir os olhos. Eu renasci. Enxergava as coisas como nunca havia visto antes. Elas brilhavam. Pareciam iluminadas por uma luz nova.

Então não havia dor. Nenhuma, nunca mais. Eu podia sentir que eu era imortal. Podia sentir a eternidade pulsando em mim, como o sangue flui nos humanos. Foi por isso que Esme não se esquivou de me morder?! Não havia o que ela não quisesse me dar. Era apenas a imortalidade, simplesmente.

— Caroline querida! Sou eu – senti um leve aperto na palma da minha mão direita.

— Esme! – imediatamente meus olhos a buscaram, virei a cabeça e a encarei.

Eu a via como nunca vi antes. Se eu já a considerava maravilhosamente linda quando eu era apenas uma humana, agora que eu realmente a percebia ela é estonteante. Ela é super linda. Agora entendo porque Carlisle é cada vez deslumbrado com a beleza da esposa. Ela é incrível. Minha mãe é incrível. Assim como minhas irmãs devem ser e até minha sobrinha.

E eu. Até EU. Até eu devo estar assim, magnífica, esplendorosa. Sempre fui encantadora, mas agora devo estar celestial, sublimemente linda.

Enquanto pensava nisso meu corpo imediatamente se colocou de pé e procurou uma superfície espelhada, quando me dei conta estava em frente a um espelho me admirando. Esme surgiu atrás de mim. Ela quase me assustou, pior, eu quase rosnei para ela. Ainda bem que não fiz isso. De alguma forma eu consegui me conter.

— Querida, está tudo bem. Sou eu.

— Esme, por favor, não faça mais isso. Eu quase rosnei para você.

— Quase? Ora, está tudo bem. Mas isso quer dizer que você pode se controlar.

— Não tenho tanta certeza disso, mãe.

Ela me sorri ao ouvir eu chamá-la de mãe.

— Oh, minha filha. Você sempre será encantadora, minha princesinha!

A imagem no espelho era a de uma menina jovem – com uns 16 anos. O rosto no espelho era arredondado, não exatamente oval. Pequeno. A pele do rosto tinha a mesma sugestão de prateado do que o luar. Grandes olhos amendoados, castanho-avermelhados, o vermelho de vampira nova reluzindo ligeiramente por trás da cor suave, enquadrada por cílios longos e finos entrelaçados. Lábios rosa claros, cheios e quase redondos, como os de um bebê. Dentes brancos, pequenos e regulares por trás deles. Dentes brancos! E em toda parte, toda parte, cabelos marrom-acobreados ondeantes que se mantinham longe da face num halo brilhante e caiam abaixo de onde o espelho mostrava.

Eu nunca tinha visto uma criatura mais indefesa do que essa meia criança com seu rosto de luar e seus cabelos cor de chocolate.

Esme sorriu então e se inclinou para abraçar meus ombros. Ela era maior do que eu me lembrava de ser. Mas é claro que ela ficou maior! Agora eu fiquei mais jovem, portanto, menor do que era.

Minha garganta apertou, com o gesto inesperado de afeto, como se estivesse curiosamente inchada por dentro.

— Você é linda filha! - o orgulho era evidente em sua voz de gelados cristais de prata. - Qualquer um que visse você naturalmente iria querer protegê-la. Você parece um anjo, e você é boa assim.]

Acordei com o despertador do celular tocando a música “Where I come from” de Passion pit, me sentindo super feliz. Sublime. Nada pode me tirar essa satisfação hoje. Nada pode me entristecer. Estou fascinada. Encantada. Maravilhada. Em êxtase. Nas nuvens.

...XXX...


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Notas finais do capítulo

Indicações de leitura (me inspiraram nesse capítulo): Vampiro secreto, LJ Smith; e, a hospedeira, Stephenie Meyer.



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