A New Chance For Love escrita por Dreamer


Capítulo 3
Esther's Mother


Notas iniciais do capítulo

OLHA QUEM É QUE RESSURGIU DOS MORTOS!!
Espero que vocês gostem desse capítulo, demorei muito tempo pra escrever ele. Beijos!



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Lá pelas 7 horas da noite, subi para me arrumar. Não era um jantar informal, já que alguns sócios e clientes viriam, mas a casa era minha, e eu vestia o que quisesse. A mesma regra se aplicava à Esther, mas ela decidiu que queria usar o vestido mais princesa possível. Assim que fiquei pronto, fui ao quarto de Esther, onde, nas mãos habilidosas de Elsa, seu cabelo tomava a forma de uma flor. As duas estavam trancadas no quarto ao que pareciam ser horas, e graças ao que minha família chama de “charme da Esther”, Elsa aceitou arrumar o cabelo dela, e devo admitir, ficou lindo.

–Papai, olha que lindo ficou meu cabelo! – Esther falou assim que o penteado ficou pronto.

–Lindo mesmo – falei mexendo na flor com cuidado. – Agradeça a Elsa pequena.

–Obrigada tia Elsa! Ficou lindo! – Esther falou abraçando ela.

–De nada Esther, foi um prazer. – ela falou sorrindo e começando a arrumar as coisas que usara no cabelo de Esther.

–Vai colocar a meia e os sapatos pequena, que daqui a pouco seus avós chegam.

Esther saiu correndo atrás dos sapatos enquanto eu ajudava Elsa a guardar tudo.

–Obrigado de novo por fazer o cabelo da Ther, eu nunca teria conseguido. – falei para ela.

–Não foi nada Jack, Esther é um doce de menina. – Elsa falou. – E parece gostar do seu pai.

–É meu padrasto se dá muito bem com ela. – disse.

–Ah, perdão, eu não sabia... – ela corou.

–Não tem problema, meu pai de verdade nunca se importou comigo. Nem posso considera-lo pai.

–Se me permitir à curiosidade... – Elsa corou mais ainda – Eu gostaria de saber o que houve com a mãe da Esther. - Suspirei pesadamente, fechando os olhos quando as lembranças daquela noite começaram a surgir. – Mas não precisa me contar... Você ficou bravo?

–Não, não me importo de contar, é só que, de vez em quando, eu quero muito que ela estivesse aqui conosco, mas depois me lembro do que ela quase fez e... Tenho raiva de mim mesmo.

“Quatro anos atrás, eu não sabia o que fazer da vida, era jovem, irresponsável e só queria me divertir a custa de todos. E foi numa das minhas noites de bebedeira que eu conheci ela. Kayla. Quando ela entrou na boate naquela noite eu soube que, mesmo sem ter ideia de como, ela ia acabar na minha cama. Já fazia algum tempo que a observava, todas as noites que eu ia nessa boate, ela aparecia lá. Não lembro como, mas sei que em algum ponto da noite fomos para o apartamento onde eu morava naquele tempo, nem preciso dizer o que aconteceu em seguida, não é?”

Elsa ouvia tudo em silêncio, fitando meu rosto. Respirei fundo e continuei.

“Exatamente duas semanas depois Kayla foi me procurar no escritório do meu padrasto com uma notícia nada boa, pelo menos para ela. E foi assim que fiquei sabendo que seria pai. No primeiro momento, não acreditei em nada, julgando tudo como uma brincadeira de mau gosto ou como um golpe. Foi quando ela me mostrou os exames, todos afirmando que ela estava realmente grávida, então perguntei como sabia que eu era o pai, e ela foi extremamente grossa, dizendo que não era garota de programa e sabia que apenas eu poderia ser pai. Eu perdi a cabeça e disse que não ia assumir, mandando-a embora logo em seguida.”

–Mas você mudou de ideia... Senão Esther não estaria aqui. – Elsa disse.

–Sim, na verdade foi uma conversa com meu padrasto que me fez mudar de ideia. Ele me disse que eu não tinha o direito de fazer isso com Kayla, muito menos com o bebê, me fez perceber que, se eu ficasse parado depois de mandá-la embora daquele jeito, eu teria feito exatamente o que meu pai fez comigo e com minha mãe. Então fui atrás dela.

“Achei-a na rua, falando ao telefone com um homem, marcando um horário ou algo assim. Quando me viu, desligou e me disse que estava tudo planejado, ela visitaria um amigo e livraria nós dois de problemas.”

–Ela... Ela ia abortar?

–Sim... Teria feito se não tivesse a impedido.

“Trouxe Kayla para dentro e a convenci para não fazer isso. Contei minha história e o motivo de minha reação se tornou claro para ela, e a fez mudar de ideia. Fiz-me presente em todas as etapas da gravidez, dando todo o conforto que podia dar. Já tínhamos decidido que, assim que o bebê nascesse, entregaríamos para a adoção, já que nenhum de nós queria ter um “empecilho” nos nossos caminhos. Eu não me importava com quem ela saía ou como passava o fim de semana, só me preocupava quando podia colocar em risco o bebê. Às vezes, nem nessas horas eu me preocupava.”

Elsa, que agora controlava as lágrimas, olhou o quarto ao seu redor, talvez tentasse imaginar como seria sem Esther.

–Como... Como você decidiu ficar com ela? Ao que parece, sem ofensa, você era extremamente egoísta.

–Eu era, e como me arrependo. Foi quando eu a vi pela primeira vez que soube que não podia entregar Esther para a adoção.

“Era quase meia-noite de sábado para domingo quando Kayla me ligou. No início, fiquei bravo, antes de me tocar do que estava acontecendo. Fui literalmente em cinco minutos até o hospital, onde fiquei por mais de duas horas esperando a minha filha. Quando ela finalmente chegou no berçário, eu não sabia fazer nada além de chorar. Nunca chorei tanto quanto naquele dia, a única coisa que fiz além disso foi ligar para meu padrasto e pedir para virem o mais rápido possível. Quando chegaram, contei que não poderia entregá-la, e os dois prometeram me ajudar a cuidar dela, com todos os mimos merecidos, claro! Quando peguei Esther pela primeira vez... Nossa! Meu mundo virou de cabeça para baixo. Ela se tornou o motivo pelo qual eu acordo todas as manhãs querendo trazer apenas o melhor para ela. É a razão pela qual eu vivo.”

“Sabia que poderia criar Esther muito bem sozinho, mas uma parte de mim queria que a mãe dela estivesse presente. Então fui falar com Kayla, e tentei, eu juro que tentei, convencer ela de assumir Esther, mas ela não quis. Disse que um bebê só atrapalharia sua vida e que, se eu quisesse criar Esther, teria que fazê-lo sozinho.”

–E é basicamente isso, a história de como a minha princesa me fez parar de ser um total babaca para me tornar o que sou hoje. – disse, finalizando a história.

–Ainda bem que você mudou – ela deu uma pequena risada, logo depois corando. – Ah, desculpe, eu...

–Não, não precisa se desculpar Elsa... – sorri de canto. – Posso te perguntar algo? – pedi quando já estávamos descendo as escadas.

–Claro... – ela falou baixinho.

–Porque você é tão tímida assim? – perguntei a chamando para sentar ao meu lado no sofá. Esther há essas horas, já corria para pegar suas bonecas. – Toda vez que diz algo que eu talvez possa não gostar, já se corrige... Não é interesse meu, mas posso saber por quê?

–Ah, é por causa do meu trabalho antes da empresa. Meu outro chefe não permitia brincadeirinhas ou desacato às ordens. Desculpar-me se tornou algo automático. – ela disse.

–Papai?! – Esther pediu vindo com três bonecas na mão. – A tia Elsa pode dormir aqui?

–Se ela quiser, sim – falei sorrindo para minha princesa. Ela abriu o maior sorriso e pulou no colo de Elsa.

–Você quer dormir aqui, tia Elsa? – pediu sorrindo.

–Hmm, posso pedir para meu pai trazer minhas coisas... – ela disse sorrindo.

–Tem coisas da Sophie aqui, acho que deve caber em você. – falei.

–Obrigada.

–E esse bonecos aí, hein Esther? – pedi voltando meu olhar para minha pequena.

–É pra brincar com vocês – respondeu me entregando um dos bonecos. – Você fica com o príncipe, papai. Tia Elsa fica com a princesa e eu sou a fada – falou entregando a boneca para Elsa.

Esther sentou no meio de nós dois e começamos a brincar. Minha pequena e Elsa inventavam uma história melhor que a outra, e nenhuma das duas pareciam cansar de brincar de boneca. Nossa brincadeira foi interrompida por um telefonema que recebi.

–O príncipe precisa de uma pausa, já voltou. – beijei a testa de Esther e levantei, indo para o hall.

–Jack, precisamos conversar – Sophie disse séria.

–O que aconteceu? – pedi preocupado. Poucas vezes a ouvia falando séria assim.

–Esther está em casa? – perguntou sem responder a mim.

–Sim...

–Estou te esperando aqui fora. – falou simplesmente e desligou.

–Meninas, eu já volto ok? – gritei para elas na sala, ouvindo um Ok de Elsa. Saí porta a fora e encontrei Sophie na calçada. – O que houve? – perguntei.

–Jack, estou até sem graça de te falar isso – ela disse. – mas você sabe que minha mãe andou meio doente, e agora ela piorou de vez. Estou indo pra Nova York hoje mesmo com Jamie.

–Sim, eu sabia. Bom, quando você voltar saímos juntos...

–Não Jack. Eu não sei quando eu vou voltar, e não quero deixar você preso a uma pessoa nada presente.

–O que quer dizer com isso? – pedi com um pouco de medo.

–Estamos oficialmente terminando Jack.


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Notas finais do capítulo

E aí? O que acharam? Em breve, cenas Jelsa, EU JURO!