Como um Patético Filme Americano escrita por God Save The Queen


Capítulo 8
Capítulo 8


Notas iniciais do capítulo

Eu sei, eu sei... Também me sinto muito culpada por ter abandonado vocês por tanto tempo, mas pelo menos eu tive bastante tempo para escrever...
Também editei os capítulos, portanto o cap. 7 agora é o certo. Sinto muito pela confusão que eu causei. Espero de coração que gostem desse!
Ao som de Partition - Beyoncé.
Amo vocês! *-*



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O enorme sorriso que estava em minha boca não se comparava ao tamanho do sorriso que estava por dentro. Minha mente estava confusa e eu estava até meio tonta, mas sinceramente eu não me importava desde que eu pudesse beijar Justin Lancaster para sempre.
– Está pronta para ir? - perguntou ele.
– Tem certeza que quer ir embora, eu estou me divertindo tanto. - falei sorrindo e ele me deu um beijo na bochecha.
– Vamos, Belle. Eu estou com fome. - falou sem graça e eu sorri.
– Tudo bem, desculpe. Aonde quer comer?
– Vou te levar em um restaurante. - eu o encarei surpresa.
– O que foi? Eu estava planejando conquistá-la para conseguir o que eu já consegui, mas eu não vou mudar os meus planos. - falou rindo e eu bati em seu ombro.
– Você é um grande idiota.
– Você tem que parar de falar isso, está ficando cansativo. Infelizmente a parte de mim que você mais gosta vem junto com a que você odeia.
– Eu digo mesmo para você. - falei entrando no carro fazendo o rir.
– O que só torna tudo mais divertido.
>>o
– Aonde está me levando? - perguntei sorrindo.
– Você tem que aprender que surpresas são secretas. E que não devem ser desfeitas até o grande momento. - falou e eu sorri.
– Droga, Lancaster. Estou curiosa!
– Eu sei, mas não se preocupe você vai gostar. Não sei se já ouviu falar desse restaurante, mas espero que goste da comida.
– Eu também espero, já que me deixou nessa ansiedade. - Justin riu e acelerou.
Chegamos ao restaurante, vinte minutos depois da nossa última conversa. Quando ele terminou de estacionar, eu pude ver a placa.
– Você me trouxe ao French? - surtei.
– O que foi? - perguntou preocupado.
– Ah meu Deus, Justin. Eu não posso entrar aí. - falei e ele me encarou confuso.
– Por que? Qual o problema?
– Eu estou de jeans e jaqueta, não posso entrar no French. Vão me olhar esquisito. E além do mais, eu não vou deixar você pagar uma conta pra mim nesse lugar. - Justin começou a rir.
– Está preocupada com a sua roupa?
– Mas é claro. Você não está vendo as pessoas entrando aí? Estão todas de vestidos e jóias. Ah, e tem a conta.
– Eu dirijo um Porsche, não se preocupe. Agora, por favor, vamos!
– Não vou entrar aí de jeans. - falei e ele revirou os olhos.
– Você está linda!
– Sem chance! - falei e ele sorriu.
– Se você tivesse de vestido, entraria comigo? - perguntou e eu o encarei.
– Claro que sim. Mas como não é esse o caso, eu não... - comecei, mas Justin já estava saindo com o carro de novo. - Aonde está indo?
– Vamos comprar um vestido pra você. - falou e eu ri.
– Não seja ridículo.
– Eu não estou brincando. Aonde compra seus vestidos? Prada? Dolce e Gabbana? Chanel? - perguntou e eu ri mais ainda.
– Justin eu nunca nem entrei nessas lojas, ainda.
– Espera, você ainda não fez compras na Quinta Avenida? - perguntou e eu levantei uma sobrancelha.
– Não, não fiz.
– Sinceramente, Isabelle, eu vou ter que te ensinar muitas coisas. Você está em Nova York, o mundo compra aqui.
– Vou anotar isso. - falei e ele riu.
– Tudo bem, vamos deixar as compras para outro dia. Mas hoje á noite nós vamos comprar um vestido pra você.
– Está muito enganado, se acha que eu vou deixar.
– Está muita enganada, se acha que tem escolha. - falou ele com um sorriso no rosto.
>>o
– Ah, Justin eu não me sinto confortável fazendo isso. - falei e ele revirou os olhos.
– Por favor, Isabelle, deve ser a milésima vez que você fala isso. Está ficando cansativo. Entre logo nesse provador.
Eu estava com uns cinco vestidos na mão e era a terceira loja que a gente entrava, eu não queria fazer isso. Gastar o dinheiro dele assim, afinal ele não era nem meu namorado. Mas de alguma forma eu via isso como uma oportunidade, porque assim ele me provava que não queria só brincar comigo.
– Que tal esse? - perguntei saindo do provador com um vestido azul não muito curto sem mangas.
– Não, não valoriza seu corpo. Coloca o vermelho.
– Eu não quero colocar o vermelho. - falei e ele riu.
– Ah, vamos Isabelle. Por mim. Estou ansioso pelo vermelho. - eu revirei os olhos e entrei no provador de novo.
Coloquei o vestido vermelho no corpo, mas antes de sair me encarei no espelho, fiquei surpresa no quão bonito ele tinha ficado em mim. Parecia que ele valorizava mais meu corpo do que minha própia pele nua, as curvas do meu corpo estavam acentuadas e ele definia nos lugares certos. Saí do provador, confiante. Justin me encarou por um tempo sem dizer nada, mas eu podia ver em seus olhos que ele tinha gostado.
– Você está incrível. - falou ele, sua voz parecia um sussurro.
– Obrigada. - falei sem graça.
– Você não precisa nem tirar do corpo, se quiser. - falou ainda me encarando sem piscar.
– Está certo. - falei olhando para o chão.
– Eu comprei algo pra mim também. Eu vou vestir. - falou ele me dando uma última olhada antes de entrar no provador.
Enquanto ele estava lá, veio a vendedora que nos atendia com um sapato de salto na mão e jóias na outra.
– Acho que essas combinam com o vestido. - falou ela e eu as encarei sem acreditar.
– Não, eu não... - comecei, mas ela sorriu.
– O seu namorado que pediu.
– Não, ele não é meu namorado. - falei e ela piscou.
– Então, não o perca de vista. Porque ele gosta de você, percebi como ele olhava pra você. - eu fiquei sem graça diante dessa informação e apenas peguei o sapato da sua mão.
– Obrigada.
Quando Justin saiu do provador, eu já estava pronta. O sapato e as jóias deram o toque que faltava para a produção ficar mais perfeita.
– Você está simplesmente magnífica. - falou e eu me virei para encará-lo. Justin estava incrível de smoking, seus olhos verdes brilhavam e eu não tinha palavras para dizer o quanto ele estava bonito.
– Você também está lindo. - falei e ele sorriu.
– O poder do smoking. Já que você estava tão chique, achei que deveria ficar também. Só espera mais um minutinho que vou pagar.
– Quanto a isso, eu... - comecei, mas ele me beijou fazendo com que eu ficasse quieta.
– Não quero que diga mais uma palavra sobre isso. - eu apenas assenti em silêncio e ele foi ao caixa.
>>o
– E estamos nós aqui de novo. - falou Justin estacionando o carro.
– Ainda não me sinto bem por você pagar isso tudo pra mim, e o restaurante...
– Ah meu Deus, Dantas. Você não consegue só agradecer? - falou me fazendo sorrir.
– Obrigada!
– Assim está melhor, agora vamos!
Eu entrelacei meu braço ao seu e nós caminhamos em direção ao restaurante.
– Justin, para comer aqui tinha que fazer reserva.
– Não se preocupe com isso. - falou com um sorriso.
– Como conseguiu uma mesa nesse lugar? - perguntei curiosa e ele me levou até a porta ignorando as pessoas na fila. - Justin, nós não estamos na escola, você não pode furar fila aqui.
– Isabelle, por favor. Eu sei o que estou fazendo. - falou rindo da minha reação. Assim que a recepcionista abriu a porta para nós, meu coração deu um salto, aquele lugar era incrível. As paredes eram de vidro, tinha um lustre de ouro e diamantes no meio, as pessoas que estavam lá dentro transpiravam dinheiro e eu me senti deslocada.
– Mr. Lancaster? - chamou alguém atrás de nós.
– Olá, Logan. Nossa mesa está pronta? - perguntou Justin e o meître assentiu.
– Com certeza, Mr. Lancaster. Como pediu.
– Obrigado. - falou. O meître nos levou para a mesa embaixo do lustre. Eu encarava a cena com curiosidade, então ele conhecia o meître do restaurante.
– Mr. Lancaster, gostaria que eu avisasse seu pai que está aqui? - perguntou o tal Logan e Justin se mexeu desconfortável na cadeira.
– Meu pai está aqui?
– Certamente. Ocorreu um problema que já foi solucionado, é claro. Mas ele veio para cá imediatamente. - falou.
– Não, não precisa avisar. Só se ele perguntar, o que é difícil.
– Como desejar, Mr. Lancaster. - o tal Logan estalou os dedos e rapidamente um garçom apareceu com um vinho e encheu as nossas taças. - Espero que gostem!
– Obrigado, Logan. - o meître saiu e eu pude encarar Justin com as sobrancelhas levantadas esperando uma explicação.
– O que foi? - perguntou ele e eu revirei os olhos.
– E então? O que foi isso? Essa conversa toda de avisar o pai, e o fato de furar fila? - Justin suspirou e me encarou de volta.
– Meu pai é dono daqui. - falou e eu arregalei os olhos.
– Seu pai é dono do French?
– Sim, olha eu normalmente não conto isso para as pessoas. E eu não sabia que você conhecia o restaurante, na verdade eu tinha esperança.
– Eu posso está em Nova York a pouco tempo, mas eu já ouvi falar do restaurante mais famoso de Manhattan.
– Mas olha, ignora isso. Vamos comer tranquilamente e depois eu te deixo em casa.
– Tudo bem. - falei bebendo um pouco do vinho que estava na minha taça. Eu nunca tinha bebido vinho assim em um restaurante, mas aquele era maravilhoso.
– O que vai querer? - perguntou.
– Não sei, você que sabe o que é melhor. Diga-me. - falei e ele sorriu.
– Está certo.
>>o
Nós comemos, rimos, conversamos e a melhor noite da minha vida estava passando rápido demais.
– Justin. - chamou um homem do lado da nossa mesa. Ele tinha o cabelo ligeiramente grisalho, mas isso só o deixava mais charmoso. Seus olhos eram verdes, ele tinha uma postura fina e estava muito bem vestido.
– Olá, pai. - falou Justin desconfortável.
– Não sabia que viria para cá hoje. - falou ele em uma voz meio rouca.
– Eu também não sabia que estaria aqui. - falou Justin.
– Pois bem, quem é a moça? - perguntou curioso.
– Pai, essa é a Isabelle Dantas. - eu fiz menção de me levantar, mas ele sinalizou para que eu continuasse sentada.
– É um prazer conhecê-la, Isabelle. - falou Mr. Lancaster me estendendo a mão, na qual apertei gentilmente.
– Igualmente, Mr. Lancaster.
– O que achou do jantar? - perguntou.
– Estava tudo incrível. A comida é simplesmente maravilhosa e o restaurante é lindo. - falei e ele sorriu.
– Fico feliz. Aproveitem o resto do jantar. - falou rapidamente e se retirou. Eu soltei a respiração que nem sabia que estava prendendo.
– Desculpe por isso, eu não sabia que ele estaria aqui hoje. - falou Justin sem jeito.
– Tudo bem, você conheceu minha mãe, não é? - falei e ele sorriu.
– Mas sua mãe provavelmente é bem mais fácil de se lidar.
– Não conte com isso. - Justin me encarou por um momento e sorriu.
– Eu adorei cada minuto da nossa noite.
– Eu também achei incrível. - falei e ele sorriu.
– Era essa a minha intenção. Mas infelizmente acho que tenho que levar você para casa.
– Tem certeza?
– Acho que sim, não quero que sua mãe pense que sou irresponsável.
– Claro, porque isso é importante pra você? - falei e ele sorriu.
– Acho que sim.
– Não me parece muito confiante.
– É porque eu não estou. - falou e eu o analisei.
– Vem, vamos para casa.
– Isso é um convite? - perguntou ele e eu ri.
– Não, só jeito de falar. Cada um para sua própria casa.
– Ah, Isabelle. Assim você me magoa. - falou sorrindo.
– Não estou com pena de você!
– Tinha razão quando disse que a parte que eu gosto em você vinha junto com a que eu odeio.
>>o
– Obrigada pela noite incrível. Por me ensinar a patinar, pelo vestido, sapato, joias, restaurante... Tudo! - falei e ele sorriu.
– Não tem que agradecer. Desculpe pelo meu pai.
– Não tem que pedir desculpa, não aconteceu nada. Ele só se apresentou. - falei e ele assentiu.
– Está certo. - eu virei para encará-lo. Mas o que eu queria, na verdade o que todo o meu corpo desejava é que ele me beijasse de novo. Com todo o calor, tensão e aceleração da primeira vez ou mais. Justin me encarou de volta e sorriu.
– Eu queria saber se... - começou ele, e eu o interrompi.
– Me beija logo. - ele não precisava ouvir duas vezes.
Suas mãos foram no meu cabelo e ele puxou levemente, fazendo meu peito arfar. Dessa vez foi diferente da primeira vez, não teve beijo fofinho primeiro ou sequer devagar. Ele me beijou com desejo e eu o correspondi no ato, minha mão foi no seu peito e mesmo por cima da blusa eu podia sentir os músculos que eu estava curiosa para tocar desde a aula de Educação Física. Quando eu percebi ele já tinha tirado o paletó e a gravata, mas rapidamente minha mente anulou essa informação. Ele me beijava cada vez mais intensamente, e eu sentia que ele desejava aquilo tanto quanto eu. Mas foi só quando eu senti a pele do seu abdômem que eu percebi que ele tinha tirado a camisa.
– Justin, eu... - comecei, mas ele me beijou de novo. Minhas mãos subiam e desciam pelo seu abdômem, Justin apertava a minha cintura com as duas mãos e eu estava em pleno frenesi. Mas minha mente estalou rapidamente e eu o afastei devagar.
– O que foi? - perguntou confuso.
– Eu não posso fazer isso. - falei e ele suspirou.
– Tá, eu entendi. - falou ajeitando o cabelo.
– Mas olha, não me entenda mal só que eu não acho certo. - falei e ele assentiu.
– Tudo bem, tudo bem. - falou acalmando a respiração que insistia em acelerar como a minha.
– Boa noite. - falei.
– Boa noite, Isabelle. - respondeu. Mas antes de sair do carro, beijei seu pescoço devagar e o vi fechar os olhos com um sorriso. Abri a porta do carro e saí. - Não está tornado as coisas fáceis pra mim, Dantas. - eu sorri e bati a porta.
Justin Lancaster era impressionante!


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Notas finais do capítulo

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