Como um Patético Filme Americano escrita por God Save The Queen


Capítulo 4
Capítulo 4


Notas iniciais do capítulo

Oi gente linda, eu sinto muito pela demora, mas eu prometo que vocês não vão se arrepender...
Eu imaginei esse capítulo ao som de Unkiss Me, Maroon 5, então se vocês puderem ler ouvindo, imaginariam como eu criei...
Obrigada e espero que vocês gostem!



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Só tinha se passado um dia, mas tudo tinha mudado. Em apenas um dia, eu já tinha odiado uma pessoa e depois virado amiga dela. Eu estava deitada no meu quarto encarando o teto e pensando no aconteria a partir de agora. Será que mudaria alguma coisa? Será que a Alli reagiria numa boa? De uma coisa eu tinha certeza, que eu não seria como aquelas garotas bobinhas que ficam se jogando pra cima do Justin e fazendo tudo que ele quer. Mas também não reagir a sua presença é algo que eu teria que treinar ao longo do tempo. Como em um apenas um dia eu poderia gostar, desgostar e gostar de uma pessoa de novo? Ah, a adolescência!
– Isabelle. - chamou minha mãe na porta.
– Pode entrar. - falei.
Minha mãe sentou na minha cama e me encarou, infelizmente ela tinha o dom de saber quando algo me preocupava e isso me pertubava porque nunca consegui esconder nada dela.
– Aconteceu alguma coisa? - perguntou e eu suspirei.
– Não. Só primeiro dia em uma escola nova. - falei e ela suspirou também.
– Sei que está sendo difícil pra você e eu sinto muito, mas era a oportunidade da minha vida. E sei que você vai se dar muito bem aqui.
– Tudo bem, mãe. Eu entendo, já desisti de reclamar e espernear. - falei e ela sorriu.
– Obrigada! Agora vem, eu fiz o jantar. - eu arregalei os olhos e ela riu. - Sim, eu mesma cozinhei. Achei que merecíamos um jantar de verdade.
– Nossa, muito obrigada! - falei rindo seguindo ela pelo corredor.
>>o
– Vamos Allison, eu estou atrasada. - gritava batendo na porta. Ela não atendeu as minhas ligações, não respondeu as minhas mensagens e eu tive que aparecer na casa dela de surpresa. Eu toquei a campainha mais uma vez e ela atendeu penteando o cabelo desesperada.
– Desculpa, Belle. Eu acordei atrasada. Vai andando na frente que eu vou de táxi. - falou e eu suspirei.
– Não, eu te espero. Eu não estava a fim de... - comecei, mas fui interrompida por um grito.
– Isabelle! - Justin parou o carro dele do lado do meu.
– Justin? - perguntei confusa.
– Justin! - Allison surtou fechando a porta. Obviamente porque não estava pronta ainda com o cabelo metade penteado, metade não e sem maquiagem.
– Eu ainda moro nessa rua, Isabelle. Eu estava indo pra escola e vi seu carro.
– Eu vim buscar a Alli, mas ela ainda não está pronta. - falei sem graça.
– Ah sim, você vai esperar por ela? - perguntou e eu dei de ombros.
– Ainda não sei. Acho que sim, não quero chegar na escola sozinha. E também não quero deixá-la pegar um táxi.
– Eu vou ficar bem. - gritou Allison pela porta me fazendo rir.
– Quer ir comigo? Aí você deixa o seu carro pra ela. - perguntou Justin me deixando desconfortável.
– Não sei, acho que... - falei.
– Ah, deixa eu ficar com seu carro! - gritou Allison de repente muito animada. Eu revirei os olhos e fui em direção ao meu carro, peguei a minha bolsa e tudo o que eu ia precisar, depois joguei a chave do carro pra debaixo da porta.
– Feliz? - perguntei e ela riu.
– Muitíssimo. Eu só acho que você não é muito normal por me emprestar seu carro.
– Eu estou quase me arrependendo. Por favor, não bata, não arranhe e não infrinja a lei. - falei e ela riu.
– Goodbye, Isabelle.
– Vamos, milady? - perguntou Justin e eu sorri.
– Vamos! - falei.
Eu não tinha percebido o carro que ele tinha até eu ficar de frente pra ele, e isso me fez rir.
– Um Porsche, sério? - perguntei e ele riu.
– O que foi? - perguntou confuso.
– Como em um filme americano. - murmurei baixinho.
– Tem algo contra Porsche? - perguntou e eu dei de ombros.
– Não, na verdade nunca andei em um.
– Nunca? É um carro impressionante! - falou
– Fascinante. - falei e ele riu.
– Mas, então, Isabelle Dantas o que te trás a bela Nova York? - perguntou curiosa.
– Não tão belo quanto o Rio. - comentei e ele riu.
– Não vou contestar. Mas ainda não respondeu minha pergunta.
– Minha mãe já viajava pra cá sempre a trabalho, aí veio a proposta de trabalhar aqui de vez e ela aceitou. - falei resumidamente.
– E o seu pai? - perguntou e eu me mexi desconfortável no banco.
– Está no Rio com meu irmão. - falei e ele me encarou surpreso.
– Não sabia que tinha um irmão.
– Você não sabe nada da minha vida. - falei seca e ele riu.
– Exatamente, e eu tenho um ano pra descobrir. - eu não respondi, só encarei a janela. - Então fala pra mim do seu irmão.
– Ah, sério isso? - perguntei desanimada e ele parou no sinal me encarando.
– Se somos amigos agora, tenho o direito de saber da sua vida, Isabelle Dantas. - falou e eu suspirei dramaticamente.
– O nome dele é Phelipe, ele tem dezoito anos e é um idiota igual a você. - falei e ele riu.
– Igual a mim? Como assim?
– Phelipe também se acha só porque as garotas ficam em cima dele o tempo todo. É patético! E ele gosta, Phelipe trata elas como bonecas. Quando não as quer mais, ele guarda na caixa.
– Ele é um grande colecionador. - falou Justin, mas acho que foi mais pra ele mesmo.
– Concorda com isso? - perguntei.
– Logo pra mim que você está perguntando? - Justin ria, mas seu olhar era sério.
– Sim, pra você. - ele não respondeu a pergunta porque chegamos na escola. Ele estacionou no lugar de sempre, mas as coisas ficaram estranhas quando eu saí do carro. - Justin, todos estão olhando pra gente.
– Não seja dramática! - falou pegando a bolsa e ligando o alarme do carro.
– Levanta a cabeça e veja. - falei e foi o que ele fez. Ele riu e chegou mais perto de mim.
– Você tem razão. - falou andando do meu lado. Andamos até metade do estacionamento e todo mundo encarava a gente com extrema surpresa.
– O que aconteceu com as pessoas? - perguntei e ele riu.
– Eu tenho uma ideia. Mas pense pelo lado bom, você está de saia. - falou e eu o encarei.
– E o que isso tem haver? - perguntei.
– Nada, mas está uma gata. - fiquei sem graça na hora. - Sabe, digna de andar ao meu lado. - esquece o que eu disse sobre ficar sem graça.
– Você é muito idiota! - falei batendo no seu ombro e ele riu.
– E você já sabia disso. - falou piscando pra mim. Eu segui em direção ao meu armário e ele veio atrás.
– Eu achei que fosse atrás dos seus amigos. - falei.
– Tenho o resto da vida pra isso. - comentou apenas.
– Ah, será que agora temos aula juntos? - perguntei e ele deu de ombros. Peguei o meu horário e mostrei pra ele.
– Você acha que eu decorei meu horário? Vem, vamos ao meu armário. - falou na mesma entonação de "Vem, vamos ao meu escritório" ou "Vem, vamos a Batcaverna".
– Você disse que tinha uma ideia do porquê as pessoas estavam olhando pra gente assim. - comentei.
– Sim, eu disse. - falou rindo. Esperei um tempo para que continuasse, mas ele não disse mais nada.
– E então?
– Eu não costumo trazer garotas pra escola, só isso. Eu sou um garoto de uma noite só, não apareço com elas no dia seguinte. - eu demorei um tempo pra entender o que ele quis dizer com aquela frase, e depois que eu entendi parei no meio do corredor chocada.
– Você quer dizer que as pessoas acham que nós... Nós... - eu não conseguia nem terminar a frase. Justin começou a gargalhar e me puxou pelo braço em direção ao seu armário.
– Essa história não dura, fique tranquila. - paramos em frente ao seu armário e ele me jogou uma folha. Primeira aula: juntos, agora eu já não estava mais tão animada (e antes, eu estava?).
– E eu posso saber como?
– Eu dou um jeito, eu conto a verdade e eles vão acreditar porque me conhecem e sabem que eu não sou de aturar uma garota só por muito tempo. - eu revirei os olhos pelo comentário, mas tentei me acalmar.
– Justin Lancaster, promete que vai resolver essa história? - perguntei séria e ele me encarou confuso.
– Por que o fato das pessoas pensarem que você estava comigo é algo tão assustador pra você? - perguntou.
– Eu me recuso a ser aquele tipo de garota bobinha que fica se jogando em cima de você, até mesmo na mente das pessoas. - Justin ficou quieto por um tempo pensando e eu não disse nada.
– Sabe, Isabelle, você fala essas coisas tentando se afastar de mim, mas... - ele não terminou a frase, mas beijou perto do meu pescoço fazendo meu corpo todo se arrepiar.
– Idiota. - falei revirando os olhos e ele sorriu. Andamos em direção a sala de aula enquanto Justin me lançava olhares de canto de olho me deixando incomodada.
– O que foi? - perguntei e ele semicerrou os olhos.
– Eu te deixei arrepiada? - eu parei e comecei a rir.
– Você é patético. - eu continuei a andar, mas ele segurou meu braço.
– Isso já está ficando chato. - falei olhando pra sua mão e ele me soltou.
– Desculpe, mas você ainda não respondeu a minha pergunta.
– Não, eu não me arrepiei. - foi a vez dele de rir.
– Eu duvido, deixa de ser orgulhosa.
– Eu não sou orgulhosa, estou sendo sincera. - Justin chegou bem perto de mim pra falar e eu prendi a respiração.
– Eu quero propor uma aposta.
– Que aposta? - perguntei baixinho.
– Eu aposto que consigo fazer você se arrepiar e ainda pedir por mais. - eu sorri e olhei nos olhos dele.
– Eu aposto que posso fazer o mesmo com você. - falei, Justin deu um sorriso que fez com que eu me arrependesse da minha decisão.
– Eu vou me divertir muito. - falou entrando na sala.
– Acho que não vai ser o único.
>>o
– Olá, Isabelle Dantas. - falou Jack sorrindo pra mim com uma simpatia que não existia no dia anterior.
– Agora você é simpático comigo. - falei e ele riu.
– Sinto muito por isso, mas se o Justin disse que você é legal eu acredito nele.
– Está certo. Olá, Jack McCartney. - falei e ele deu de ombros.
– Sabe, Justin, acho que entendo porque gosta dela. - eu não falei nada, nem ele respondeu. Sentamos na fileira do canto pra assistir a aula, vinte minutos depois chega Allison correndo sem graça.
– Sério mesmo, Mrs Freire? - perguntou o professor.
– Desculpe eu perdi a hora e enfim, mas eu vim e... - ela parou de falar e veio sentar atrás de mim.
– Por favor, fala que o meu carro está inteiro? - perguntei e ela riu.
– Claro que sim... - falou rindo não me deixando muito confiante.
– Se acontecer alguma coisa com o meu carro, eu vou colocar a culpa no Justin. - falei e ele virou pra me encarar.
– Fala sério, você entregou seu carro porque quis e entrou no meu carro por opção. - eu revirei os olhos e virei para o professor.
>>o
– E agora vocês são amigos? - surtou Allison. Eu contei tudo pra ela, o que aconteceu no Central Park, a nossa conversa no carro e a nossa aposta.
– Mais ou menos isso. - falei mexendo no meu armário.
– Eu só quero ver essa aposta. - falou mexendo na mecha da frente do cabelo, o que fez com que eu percebesse que ela estava desconfortável com essa situação. Mas é claro que ela está mal, Justin está flertando comigo, eu estou dando corda e esperando que ela fique bem.
– Amiga, eu... - comecei, mas ela me encarou.
– Eu já sei o que está pensando, e não quero que pense nem por um minuto em mim. Sabe Belle, sou madura o suficiente para saber que ele não era meu, e não gosta de mim. E se ele gostar de você tudo bem, fique com ele. - falou. Eu fiquei parada sem saber o que falar. Então só fechei meu armário e a abracei.
– Você é a melhor amiga do mundo, mesmo. Mas eu realmente não pretendo ter nenhum relacionamento com Justin Lancaster porque não seria boba a esse ponto.
– E se ele se apaixonasse por você? - perguntou me fazendo gargalhar.
– Sério? O Justin? Você conhece ele a mais tempo do que eu. - falei e ela deu de ombros.
– Essa ideia seria absurda pra mim há um tempo, mas ele também não costumava insistir tanto em uma garota. - comentou.
– Justin Lancaster tem muitos problemas. - falei apenas.
– Você não se cansa de falar de mim, Isabelle Dantas? - perguntou Justin atrás de mim.
– E você não se cansa de me perseguir? - perguntei e ele sorriu.
– Acho que é o seu charme. - falou e eu dei de ombros. Cheguei bem perto dele fazendo Justin franzir as sobrancelhas.
– Compreensível, até porque eu fico uma gata de saia. - falei, Justin estava sem graça, mas se recuperou rapidamente e me avaliou dos pés a cabeça.
– Fica mesmo, deveria usar mais vezes. Agora vamos, temos que estudar. - falou oferecendo um braço pra mim e o outro para a Alli.
As pessoas olhavam pra gente de um jeito engraçado, mas pela primeira vez eu via um olhar divertido na Alli e isso me deixou feliz.
>>o
– Onde estão indo? - perguntou Justin para mim e Alli fazendo a gente parar no meio do corredor.
– Almoçar. - falei.
– Isso eu sei, mas porque estão indo por aí? Achei que fossem almoçar com a gente. - falou e eu a encarei.
– Com a gente, quem?
– Eu e Jack. Vamos, só nós quatro mesmo. - falou e a Alli já foi na direção deles.
– Está bem. - revirei os olhos e sorri.
– Sabe, Belle. Gosto das suas novas amizades. - falou ela.


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Notas finais do capítulo

Pessoas, sinto muito pela edição horrível...
Tentei tirar esse negócio, mas não funcionou então ignorem isso!
Espero mesmo que tenham gostado!



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