Como um Patético Filme Americano escrita por God Save The Queen


Capítulo 25
Capítulo 25


Notas iniciais do capítulo

Quando chegarem no final do capítulo quero que reflitam: Será que vale a pena xingar essa garota?



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/601302/chapter/25

>>o Alguns meses depois

>>o Ponto de vista: Isabelle
– Quantas vezes eu vou ter que dizer que eu não quero que vocês façam nada? - reclamou Phelipe.
– Mas é o seu aniversário. - falei batendo o pé.
Era o aniversário de 19 anos do meu irmão e ele insistia que o dia era como outro qualquer, brigamos a semana toda para que ele aceitasse uma festa, alguns presentes ou um bolo, qualquer coisa.
– Isabelle, você quer me dar um presente? Pode me dar. Mas eu não quero fazer festa. Podemos ir em um boate se você quiser. - estávamos tomando café da manhã para ir pra escola.
– O negócio do aniversário de novo? - perguntou Allison saindo do quarto do Phelipe, olhei pra ela surpresa.
– Eu não sabia que você estava aí. - falei e Phelipe piscou soltando um risinho.
– Então você tem o sono muito pesado. - revirei os olhos fazendo uma careta.
– Vocês dois são nojentos. - Allison sorriu e sentou no colo de Phelipe pegando uma torrada.
– Sabe o que eu acho? Phelipe tem todo o direito de não querer nada é o aniversário dele. - falou Allison e eu olhei irritada pra ela.
– Se você não vai ajudar, não atrapalha.
– Por que você não aceita isso, Isabelle? - antes que eu precisasse responder, Justin entrou no apartamento.
– Ah, finalmente o tempo começou a esquentar. Feliz aniversário, Phelipe. - falou com um sorriso. Allison e Phelipe olharam pra ele surpresos.
– Obrigado, mas como você entrou aqui? - perguntou Phelipe.
– Com a chave. - respondeu como se fosse óbvio.
– Você deu a chave do nosso apartamento pra ele? - perguntou Phelipe olhando irritado diretamente pra mim.
– Na verdade eu fiz uma cópia. - falei pegando uma xícara pro Justin.
– E quem autorizou? - suspirei.
– Não sei se você se lembra, mas essa casa é tão minha quanto sua.
– Eu sabia que assim que minha mãe se mudasse ia virar uma bagunça. - falou ele.
– Não sei se você percebeu, mas agora Allison está aqui dia sim, dia não. Então, tenho total direito de fazer uma cópia da chave para Justin. - ele abriu a boca para retrucar, mas Alli o cortou.
– E sua mãe, Belle? Como está?
– Falei com ela ontem a noite, disse que está adorando a Flórida e que ela está adorando o novo cargo. Mas falou também que sente muito a nossa falta.
– Eu jurei que ela fosse recusar a promoção por causa de vocês. - falou Justin.
– Foi muito difícil convencê-la de que poderíamos morar bem sozinhos. Precisamos de semanas de muita persuasão. - falou Phelipe.
– Ela disse que vem passar o final de semana. - falei e meu irmão arregalou os olhos.
– Por quê? - eu o olhei como se fosse idiota.
– Porque é seu aniversário.
– Ah, qual o problema de vocês?
– Então, eu creio que vamos ter que sair todos pra jantar. - falou Allison.
– Não, não precisa. Ainda dar pra irmos para um lugar mais legal, ela disse que vai pegar o vôo de meia noite. - Justin e Allison me encararam confusos.
– Por que ela vai pegar o vôo de meia noite? - perguntou Justin e Phelipe riu.
– Minha mãe sempre gostou de descontos, ela com certeza não ia se importar de viajar de madrugada se o vôo fosse mais barato.
– Isso é verdade. Não importa quão dinheiro ela tenha, sempre vai atrás de um bom desconto. - falei e Allison deu de ombros.
– Bom, é assim que se continua com dinheiro.
– Errada, você não está.
– Acho que já está na hora de ir. - falou Phelipe e Allison saiu do seu colo.
– Onde você vai? - perguntei e Justin levantou também.
– Treino extra pro campeonato. Estamos nas semi-finais, precisamos treinar pra valer agora. - respondeu Justin.
– Nos vemos mais tarde. - falou Phelipe beijando Allison e Justin se inclinou pra me beijar também.
– Até mais. - falaram os dois e saírem rapidamente.
– E então, o que vamos fazer hoje? - perguntou Allison me ajudando a guardar as coisas que estavam na mesa.
– Eu estava querendo sair para comprar um presente para o Phelipe. - falei.
– Pode ser, mas eu não tenho nenhuma ideia do que comprar pra ele. - respondeu.
– Pois é, por isso eu tenho que andar.
– Tudo bem, eu vou com você.
– Allison, o que seus pais acham de você dormir aqui dia sim, dia não? - perguntei e ela deu de ombros.
– Minha mãe não está nem aí e meu pai quer acreditar que eu durmo com você.
– Se a mentira o faz feliz... - ela sorriu.
– Exatamente isso que eu penso.

>>o
– Muito bem, vamos pensar do que Phelipe precisa? - Allison olhava pro nada e mordia o lábio, ou seja, sua mente estava longe.
– Precisa? Ele precisa de um carro, mas creio que não temos dinheiro pra isso. - ela revirou os olhos.
– Não seja ridícula, não temos dinheiro pra comprar um carro. De qualquer maneira, ele ama aquela moto, não quer um carro.
– Mas ele está em Nova York agora, quando faz muito frio ele não pode usar.
– Mesmo assim, Belle, agora ele usa meu carro pra tudo.
– Pois é, então voltamos ao início.
– Não que um carro fosse uma opção.
– Pensa, Alli.
– Pensa também, Isabelle. Você é a irmã dele.
– E se dessemos dinheiro? - Allison me olhou irritada.
– Muito sem graça.
– Já sei, um celular novo. - falei e ela deu de ombros.
– Tudo bem, pode dar um celular novo. E eu dou o quê? - sorri.
– Aí é com você, querida. - começamos a andar em direção a loja da Apple.
– Isso é muito egoísta, Isabelle. Bem, que você podia me ajudar.
– Eu sinto muito, mas eu demorei muito para conseguir pensar no meu presente.
– Phelipe nunca dar a entender se precisa de alguma coisa. - dei de ombros.
– Isso, porque, pra ele tudo se resume a moto, sexo e você. Não necessariamente nessa ordem.
– Fico muitíssimo feliz. Acho que vou comprar um adaptador de caixa som para o celular que você comprar.
– Ah, isso é uma boa. Phelipe gosta de ouvir música alta.
– Está vendo? Eu sabia que ia conseguir pensar em alguma coisa.
A loja da Apple não estava muito cheia e conseguimos ser atendidas rapidamente, em menos de uma hora já tínhamos saído de lá com os dois presentes para meu irmão.
– Café? - perguntei.
– Pode ser sorvete?
– Com certeza.
Eu fiquei pensando no que poderíamos fazer a noite para comemorar o aniversário do Phelipe, eu simplesmente não ia aceitar que fossemos pra casa conversar e comer pizza. Tinha que ter alguma coisa a mais.
– Allison, o que acha que podemos fazer pra comemorar o aniversário do meu irmão? - ela suspirou.
– Ela não quer nada, Belle.
– Mas mesmo assim devíamos fazer alguma coisa, qualquer coisa. Sair pra dançar, jogar boliche, patinar no gelo, qualquer coisa.
– Liga pra ele e pergunta. Até porque, você pode ter esquecido, mas o aniversário é dele.
– Ah, tudo bem. Que seja então.
Entramos na sorveteria, pedimos nossos sorvetes e sentamos em uma mesa vazia na entrada da loja. Não estava fazendo frio, estava até um clima bem agradável. Assim que sentei mandei uma mensagem pro Phelipe.
"Eu queria escolher o lugar onde íamos hoje á noite pra comemorar seu aniversário, mas Allison acha que você deveria, no mínimo, escolher entre as minhas opções. Mesmo achando que ela está errada, resolvi acatar ao pedido. 1) Boate 2) Boliche 3) Patinação no gelo."
– Como está a vida agora que sua mãe se mudou? - perguntou Allison e eu sorri guardando o celular.
– Claro que na primeira semana ligamos pra ela quase de duas em duas horas. Mas depois de um mês estamos nos adaptando.
– Queria eu poder morar sozinha. - confessou e eu sorri.
– Tem seus pontos negativos. Não podemos comer pizza todos os dias, então nos revezamos pra cozinhar, lavar a louça, levar a roupa pra lavar e outras coisas. Por enquanto, meu pai e minha mãe combinaram de sustentar a gente até a faculdade.
– E o seu pai aceitou isso tranquilamente?
– Mais ou menos. No início ele queria que minha mãe ou recusasse ou nos levasse com ela, mas depois de insistir falando que era uma oportunidade única pra minha mãe, que já tínhamos amigos aqui em Nova York e que daqui a pouco íamos ficar sozinhos de qualquer jeito por causa da faculdade ele acabou deixando.
– E a faculdade, Isabelle? Phelipe comentou alguma coisa sobre as cartas de admissão e você? - fiz uma careta.
– Bom, me inscrevi para a New York University, Princeton, Cambridge, Harvard, Yale e California University. E você? - ela soltou um suspiro
– Bom, me inscrevi para as mesmas que você, menos para a California University.
– Acho que todos nós nos inscrevemos para as mesmas faculdades. - falei.
– Que bom, melhor assim. Espero continuar com o Phelipe na faculdade.
– E eu com o Justin, mas estamos tendo problemas... - comentou e Allison franziu a testa.
– O que aconteceu?
– Conheci os avós de Justin. - ela fez uma careta.
– Oxford?
– Exatamente. Eles insistiram que eu o convencesse a ir.
– Mas obviamente, você não fez isso. - dei de ombros.
– Conversamos e eu acho que ele deveria ir. - Allison me encarou surpresa.
– Por quê?
– Bom, é a uma oportunidade única e uma boa chance.
– Mas, Isabelle, esse negócio de abrir mão da pessoa quando se ama é besteira. O amor é egoísta e todos nós sabemos disso.
– Só que quando gostamos de alguém queremos o melhor pra ela. - ela revirou os olhos.
– Isabelle, volto a dizer que temos que ser egoístas e egocêntricas. O melhor pro Justin é você. Não tem como ele ser feliz sem estar ao seu lado.
– Isso realmente é egocêntrico.
– Eu sei, querida. Mas pense que vale a pena estar ao lado de quem se ama.
– Talvez, você pode estar certa.
– E estou. - antes que eu pensasse em alguma coisa pra responder, meu celular vibrou e a resposta do Phelipe apareceu.
"Ainda bem que eu tenho uma namorada legal porque você é uma pessoa particularmente desagradável."
"Escolha."
"Eu queria muito escolher a boate, porém nossa querida mãe vai chegar e se não tiver ninguém em casa é capaz dela parar de bancar o apartamento."
"Bem pensado"
Phelipe ficou um tempo sem me responder, enquanto isso eu e Allison voltamos a comer nossos sorvetes pacientemente.
"E se simplesmente saíssemos de casa? Podemos andar pela Times Square, zoar com os turistas, rir, comer. Simples!"
– Acho a ideia dele maravilhosa. - falou Allison.
– Claro que não, é sem graça.
– Belle, o aniversário é dele. Ele queria ficar em casa, mas você insistiu pra sair. Deixa ele, pelo menos, fazer o que quiser. - soltei um enorme suspiro teatral.
"Embora eu ache essa ideia ridícula, Allison me convenceu a aceitar com um sorriso no rosto."
"Como disse, anteriormente, ainda bem que eu tenho um namorada legal..."
"Nos vemos daqui a pouco. Vou passar na casa da Allison pra ela pegar algumas roupas pra se arrumar lá em casa."
"Tudo bem, Justin me pediu pra te dar um recado. E aqui eu recito suas exatas palavras: 'Avisa pra Isabelle que eu vou direto pra casa pegar uma roupa, e que daqui pouco chego lá. E não, Phelipe, não sou o cachorrinho da minha namorada. Se eu não quiser, não aviso pra onde vou. Por favor, não fala isso pra ela.' Ah espera, eu não deveria dizer essa última parte, oops."
Allison caiu na gargalhada e eu apenas revirei os olhos, mais uma vez.
"Avisa pro Justin que ele não é meu cachorrinho e que eu fico feliz quando ele me avisa assim não fico preocupada. E não, Phelipe, não estou agindo como a mãe dele."
"Vocês dois são patéticos e eu estou dizendo isso.Ele disse outra coisa, que eu não vou dizer porque não sou correio."
Resolvi não responder a última mensagem, apenas ignorei e levantei da mesa para ir à casa da Allison. De acordo com ela, se o pai dela perguntasse eu teria que dizer que não me importava dela dormir comigo quase todo dia, era mais do que um prazer. Uma total apelação.

>>o
– Escolhe logo. - falei pelo milionésima vez.
– Phelipe tem razão, você é uma pessoa particularmente desagradável. - revirei os olhos.
– Estamos aqui há duas horas. Também quero ir pra casa escolher a minha roupa, me arrumar...
– Bem que você poderia me ajudar em vez de ficar reclamando. - respirei fundo.
– Tudo bem, por que não coloca aquela saia preta? - apontei para uma saia justa cheia de paetês.
– Você acha?
– Claro. Phelipe te adora de saia e você fica muito bonita com ela. - Allison ficou analisando a saia de todos os ângulos antes de sorrir.
– É, acho que você tem razão. Vou pegar uma blusa legal pra usar com ela.
– Finalmente.
– Não se anima muito não, falta a blusa, o sapato e os acessórios.
– Vamos logo, Allison.
Depois de trinta minutos, finalmente saímos da casa dela e fomos direto pra minha casa. Quando chegamos Justin e Phelipe estavam sentados no sofá jogando video game, como sempre.
– Vocês demoraram a beça. - falou Justin sem tirar os olhos da tela.
– Allison. - falei apenas.
– Eu não conseguia decidir que roupa usar. - falou ela meio sem jeito.
– Pra mim você é perfeita de qualquer jeito. - suas palavras seriam mais bonitas se Phelipe falasse olhando pra ela, mas pelo jeito ele estava tentando fazer um gol.
– Bom, depois dessa conversa estimulante eu vou começar a me arrumar. - falei e Allison me seguiu.
– Impressionante como eles são viciados nisso. - falou ela e eu assenti.
– Ás vezes acho que eles nem escutam o que estamos dizendo. - Alli sorriu.
– Na maioria das vezes, eles não escutam.
Comecei a analisar todas as roupas do meu closet na esperança de achar algo que eu pudesse usar. Depois de viver meses em Nova York você acaba acumulando mais roupa do que gostaria.
– Por que você não usa um vestido? - perguntou Alli.
– Será?
– Com certeza, você tem tantos que ainda nem usou.
– Acho que tem razão.
– Enquanto você escolhe, vou entrar no banho. - assenti e joguei uma toalha pra ela.
Quando Allison finalmente saiu do banho, eu já tinha escolhido o vestido, o sapato e os acessórios. Eu ia usar um vestido bege bordado em preto na barra, nada muito exagerado.
– Achei que tivesse morrido lá dentro. - falei e ela revirou os olhos.
– Ah claro, nem pensou em chamar a polícia? - sorri.
– Era meu próximo passo.
– Menina esperta. - peguei minha toalha.
– Manda os meninos se arrumarem.
– Pode deixar.
Tomei um banho relativamente rápido, quando eu saí Phelipe e Allison estavam se agarrando na minha cama sem o menor pudor. Primeiro veio a surpresa e depois a raiva.
– Vocês só podem estar de brincadeira. - os dois se viraram pra mim sem o menor constrangimento.
– Na verdade ainda não, já íamos chegar lá se você não estivesse nos interrompido. - respondeu meu querido irmão. Respirei fundo.
– Qualquer lugar da casa, qualquer um, menos o meu quarto. Entenderam? Agora sai daqui. - falei pausadamente, contando mentalmente até 10.
– Ah que drama. Estou saindo. - ele deu mais um beijo na Alli e saiu a passos lentos.
– Vocês não conseguem se controlar? - Alli deu de ombros.
– Nem sempre, eu tento evitar na maioria das vezes, mas bom... sabe como é. - revirei os olhos e joguei uma almofada nela.
– Não quero ter surpresas no meu quarto, okay? - ela sorriu.
– Sim, senhora.
– E o Justin?
– No banho.
– Muito bem.
Levamos uma hora e meia para ficarmos totalmente prontas, quando chegamos na sala os meninos estavam vendo basquete e mal perceberam nossa presença.
– Então, vamos? - perguntou Allison e somente aí eles levantaram a cabeça.
Phelipe ficou encarando Allison com a boca entreaberta e seus olhos azuis estavam brilhando, me virei para Justin com um sorrisinho e me surpreendi com seu olhar. Ele também me encarava assim, a diferença é que seus olhos verdes escureceram.
– Que foi? - perguntei e os dois piscaram meio sem jeito.
– Vocês estão... - começou Justin.
– Uau. - terminou Phelipe.
– Obrigada, agora podemos? - perguntou Allison.
– Claro, claro. Eu pensei em irmos andando...
– Por mim, tudo bem.
– Vamos nos divertir. - falei e eles sorriram.

>>o
– Você acha que dá tempo de ir em um Catch Roof rapidinho? - perguntou Allison.
Já tínhamos andado quase a Times Square inteira tirando fotos para e com turistas, fantasiados de Estátua da Liberdade, eu e Phelipe começamos a falar em português com algumas pessoas até elas se irritarem, algumas xingamos, outras apenas palavras sem sentido.
– Você quer dizer na boate ou no restaurante? - perguntei.
– Não importa, eu já topei. - falou Phelipe.
– Então, qual vamos?
– Bom, eu conheço um bem legal em frente ao East River. - comentou Justin.
– Vai na frente. - falou Phelipe.
Caminhamos por mais ou menos dez minutos, o lugar estava cheio na medida certa, tocava uma música que eu não conhecia, mas que me dava vontade de dançar. Tinha apenas duas pessoas na nossa frente na fila.
– Vamos entrar sem pagar. Observe. - falou Justin no meu ouvido.
– O que você vai fazer? - perguntei baixinho.
– Eu dei a chave do Porsche pra você? - perguntou Justin em um tom de voz aparentemente normal. Ele colocava a mão no bolso como se estivisse mesmo procurando. O segurança já levantou o rosto, fiz força para não rir.
– Não, acho que está com o Phelipe. - falei tentando não parecer forçado.
– Só estou com a chave da Harley. - falou meu irmão em um tom tão natural que me surpreendeu.
– Está comigo. - falou Allison segurando a bolsa.
– Ah, que alívio. - falou Justin realmente demonstrando alívio. Hollywood estava perdendo ótimos atores.
Quando chegou a nossa vez o segurança deu mais uma olhada para o Rolex de Justin e nos deixou passar. Entramos dançando e rindo a beça, aproveitando que eu e Alli já tínhamos feito dezoito, pegamos bebidas pra gente, nada muito forte.
– Agora vamos nos divertir de verdade. - falou Phelipe pegando a mão da Allison e sumindo no meio das pessoas.
– Não sabia que você gostava de dançar. - falei pra Justin. Estávamos sentados no bar e ele parecia brilhar por causa da luz.
– Gosto, mas parei de ir a boates quando comecei a namorar com você. - franzi a testa.
– Por quê?
– Você era menor de idade, lembra? Faz apenas duas semanas que você fez 18 e não deu tempo da gente ir.
– Ah sim. - coloquei o copo na bancada. - Bom, agora nós podemos nos divertir.
– Com certeza. - seu sorriso era zombeteiro. Justin também largou o copo e pegou minha mão.
Fomos andando até ficar bem no meio das pessoas, a batida era animada e nós começamos a dançar. Uma hora eu dançava sozinha, hora eu dançava grudada no Justin, de vez em quando eu passava pela Allison e dançava com ela. Até que meu pé não aguentava mais e apontei o relógio para Justin.
– São 3:45 da manhã. - arregalei os olhos surpresa. O tempo passou tão rápido que eu nem tinha percebido.
Agarrei o braço de Justin e fui atrás do meu irmão e da minha melhor amiga. Phelipe estava parado do lado do banheiro feminino com uma cara que chegava muito próxima ao tédio.
– Cadê a Allison?
– Eu sei que você não quis me perguntar isso. - falou ele e eu percebi que a pergunta foi meio idiota.
– Vou no banheiro atrás dela. Nós estamos indo. - falei.
– Por quê? - perguntou ele.
– Porque já vai dar 4 horas da manhã e eu queria dormir um pouco antes da nossa mãe chegar.
– Que horas ela chega?
– Por volta das 5:30 da manhã. - ele assentiu e eu fui atrás da Alli. Ela estava no espelho ajeitando o cabelo.
– Que foi? - perguntou ela sem tirar os olhos do espelho.
– Estamos indo.
– Por quê?
– Porque minha mãe vai chegar daqui a pouco. - ela suspirou meio a contra gosto.
– Tudo bem.
Os meninos nos esperavam na porta e conversavam alguma coisa baixinho, mas ficaram quietos quando chegamos.
– Vamos? - perguntei.
– Claro. Vamos de táxi? - perguntou Justin.
– Muito tarde para ir andando. - falou Allison.
– Vocês dois vão lá pra casa? - perguntou Phelipe.
– Está meio tarde para ir pra casa, não acha? - comentou Justin.
– Só estava confirmando. - falou meu irmão.
Mal saímos de lá e conseguimos pegar um táxi, demoramos apenas vinte minutos para chegar no nosso apartamento. Depois que os meninos pagaram, saí do táxi e fiquei esperando o Justin.
– Você avisou aos seus pais que não ia dormir em casa? - perguntei, ele deu de ombros.
– Avisei ao Marc para, caso eles perguntassem, pra avisar que eu ia dormir aqui.
– Justin, seus pais se preocupam com você. - falei e ele deu uma risada meio zombeteira.
– Sei, eles só têm um jeito meio incomum de demonstrar.
– Se você desse uma chance pra eles. - Justin não respondeu. Phelipe e Allison tinham ido na frente, eu segurei os braços dele e o beijei. Foi um beijo suave e doce.
Quando chegamos na porta, Allison e Phelipe estavam parados na entrada com uma cara surpresa, um pouco sem ação. Eu olhei curiosa para o Justin que deu de ombros e foi quando eu vi.
Minha mãe estava sentada no sofá com uma cara que dizia claramente que ela estava prestes a matar alguém, mas não foi isso que me chocou. Sentado na poltrona com um ar zombeteiro e olhos azuis a explicação para a cara da minha mãe.
– Feliz aniversário, Phelipe. - falou levantando com um sorriso, quando Phelipe respondeu sua voz estava um pouco sufocada.
– Pai?


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Pensem a respeito...



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Como um Patético Filme Americano" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.