Como um Patético Filme Americano escrita por God Save The Queen


Capítulo 22
Capítulo 22


Notas iniciais do capítulo

Esse capítulo é tão fofo que vocês vão querer abraçar um travesseiro e fazer oooown...
Sério!



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— Mãe, eu vou dirigir porque você não sabe chegar lá. - falou Phelipe e eu assenti.
— Nesse ponto ele tem razão, mãe. - ela revirou os olhos irritada, mas abriu a porta do carona.
— Que seja, entrem logo no carro. - Phelipe sorria triunfante ao sentar no banco do motorista. Poucos minutos depois, já estávamos a caminho.
— Então, Isabelle, espero que aquela sacola que você colocou na mala tinha o meu presente dentro. - falou o Phelipe sorrindo.
— E onde está o meu? - perguntei e ele apontou para o chão em frente a minha mãe.
— Entreguei para a minha mãe, não queria correr o risco de você ver. - o encarei surpresa.
— Não sabia que você tinha comprado um presente pra mim. Pensei que tinha esquecido, assim como quase esqueceu o da Allison.
— Na verdade, eu já tinha comprado o seu a algum tempo.
— Sério?
— Sim, espero que você goste.
— Então espero que eu goste.
— E o que vocês compraram pra mim? - perguntou minha mãe.
— É surpresa, mãe. Quando todo mundo entregar os presentes, nós damos o nosso. - falei e ela deu de ombros.
— Tudo bem, mas eu espero que seja bom de verdade.
— Se você não gostar culpe a Isabelle, foi ideia dela. - olhei irritada para Phelipe.
— Sério isso? Está me culpando por uma decisão em conjunto?
— Estou. Até porque nem foi tão em conjunto assim.
— Essa discussão está interessantíssima, mas eu estou mais animada para conversar com os pais da namorada e do namorado dos meus filhos. - Phelipe respirou fundo.
— Estou ligeiramente apreensivo. - confessou.
— Ah não se preocupe. Você vai adorar os pais da Allison, eles são muito engraçados e são muito simpáticos. - falei.
— E os pais do Justin? - dei de ombros.
— Bom, Mrs. Lancaster não é uma mulher fácil de agradar. - falei apenas.
— Soube que o Mr. Lancaster é um homem muito bonito. - me virei chocada para minha mãe.
— Fala sério, mãe. Ele é o pai do meu namorado e é casado, não dê em cima dele.
— Não disse que eu ia dar em cima dele, apenas soube que ele é bonito. - olhei pra janela com um pequeno sorriso.
— E ele é mesmo. Phelipe vai gostar da mãe do Justin. - falei e ele me olhou pelo espelho retrovisor.
— Por quê?
— Ela é uma mulher muito bonita. - ele deu de ombros meio inseguro.
— Não dou em cima de mulheres casadas, de qualquer maneira agora eu tenho uma quase namorada.
— Então resolveu pedir a Allison em namoro? - perguntou minha mãe.
— Ainda não sei. Eu até estava pretendendo, mas vai depender dos pais dela. Não queria pedir na frente deles. - minha mãe sorriu gentilmente
— Vai dar tudo certo, filho. Não se preocupe com nada.
— Eu disse a ele. - falei.
— Bom, chegamos. - falou Phelipe e eu encarei a fabulosa casa de Justin pela janela.
— Isabelle, você não mencionou que a casa do seu namorado era uma mansão.
— Não? Agora sabe. - Phelipe estacionou o carro e logo depois (para minha surpresa) me ajudou a sair. - Obrigada.
— De nada, sabe Isabelle, eu posso ser um cavalheiro se eu quiser.
— Bom saber.
Tocamos a campainha e esperamos, Justin abriu com um sorriso. Ele vestia um terno sob medida e estava lindo assim. Como ele presava muito a educação, falou primeiro com a minha mãe.
— Mrs. Ribeiro, fico feliz em vê-la. - falou ele e minha mãe sorriu.
— Igualmente, Justin. Você está muito bonito.
— Obrigado, a senhora também. Está muito elegante. - minha sorriu com gosto.
— Obrigada. - nós entramos na casa e Phelipe ficou na minha frente. Quando ele falou, sua voz transbordava sarcasmo.
— Justin, é um prazer imensurável vir na sua casa. Está muito apresentável com esse terno. - e fez uma pequena reverência. Justin revirou os olhos.
— Vou ignorar você, totalmente. - e veio na minha direção. Somente nessa hora, ele realmente me viu. Ele me encarou sem fala e de boca aberta. Missão Concluída.
— Justin. - falei meio sem jeito.
— Você está incrível. Eu nem sei como... é... linda! - fui ao seu encontro e o beijei delicadamente.
— Obrigada, meu amor. - ele pareceu se recuperar momentaneamente.
— Deixa eu pegar seu casaco. - falou e eu entreguei a ele. - O seu também, Mrs. Ribeiro.
— Ah sim. - minha mãe parecia um pouco constrangida com a casa. Sei como ela se sentia.
— Não precisa pegar o meu. - falou Phelipe com um sorriso debochado.
— Não ia. - respondeu Justin colocando os casacos em um cabideiro de prata perto da porta.
— Justin, onde estão seus pais? - perguntou minha mãe.
— Estão na sala de estar. Vou levá-los pra lá. - ele me ofereceu seu braço e eu aceitei gentilmente.
— Allison já está aí? - perguntou Phelipe meio sem jeito, Justin sorriu.
— Acho que alguém está ansiosa. - sorri também.
— Talvez eu esteja, não tem como saber.
— Não, ela não chegou. Mas ela já deve estar vindo, tenho certeza que eles não terão problemas com trânsito.
Justin nos levou a um espaço amplo com as paredes em vidro (a mãe dele devia gostar de vidro), do lado oposto a piscina, com sofás, poltronas, uma estante de livros, uma máquina de café, um som ambiente e uma gigantesca árvore de Natal toda enfeitada, tirada de filme. Seus pais estavam rindo de alguma coisa quando chegamos, eles pareciam tirados de um comercial.
A mãe do Justin estava com um vestido dourado deixando o seu cabelo muito vermelho e seu olho muito verde, ou seja, linda. O pai de Justin vestia um terno cinza que fazia seu olho reluzir, ou seja, lindo. Phelipe me encarou sorrindo, tinha certeza que ele lembrou do que eu disse no carro: "Phelipe vai gostar da mãe do Justin."
— Mãe, pai. - chamou Justin e eles se viraram.
— Ah, Justin. Vejo que as nossos convidados chegaram. - eles se levantaram e vieram na nossa direção. Minha mãe tomou a dianteira.
— Prazer em conhecê-los, sou a Natália Ribeiro. Mãe da Isabelle. - falou minha mãe apertando primeiro a mão da mãe de Justin.
— Igualmente, Mrs. Ribeiro. Sou Miranda Lancaster. Mãe do Justin.
— Sua casa é linda. - falou minha mãe verdadeiramente encantada.
— Obrigada, querida. - respondeu Miranda, minha mãe apertou a mão do pai do Justin constrangida.
Não creio que mais alguém tenha percebido, mas eu e Phelipe nos olhamos com um sorriso. Obviamente, minha mãe percebeu que o pai do Justin era um homem bonito.
— Alexander Lancaster. Pai do Justin. É um prazer conhecê-la também.
— Seu filho? - perguntou Miranda olhando para o Phelipe. Esqueci que ela não o conhecia.
— Ah, me desculpe. Phelipe Dantas. - ele apertou a mão de Miranda com um sorriso.
— Prazer conhecê-lo. - falou ela. Logo depois, ele apertou a mão do pai de Justin.
— Prazer em conhecê-lo. - depois que eles foram apresentados, me virei para falar com a mãe de Justin.
— Olá, Mrs. Lancaster. - falei sorrindo e ela me abraçou.
— Já falei para me chamar de Miranda. - dei de ombros.
— Desculpe, eu esqueço. - falei com o pai de Justin com um sorriso.
Depois dos cumprimentos, todos nos sentamos. Minha mãe se sentou ao lado dos pais de Justin de frente para mim, Justin e Phelipe. Achei que fosse ficar um silêncio constrangedor, mas os adultos entraram em uma conversa animada sobre o Brasil que ignoramos.
— Cadê a Allison? - falou Phelipe baixinho apreensivo.
— Ei, você está bem? Parece enjoado. - falei e ele olhou pra mim.
— Você acha?
— Ei, cara, relaxa. Vai dar certo. - falou Justin.
— Nunca pedi uma garota em namoro antes, não sei como funciona isso.
— Bem simples, você fala: Quer namorar comigo? E torce para ela falar sim. - falou Justin e olhei para ele com ar reprovador.
— Com certeza não é assim. Tem que ser fofo. - falei e Phelipe me olhou como se eu fosse idiota.
— Fofo? Eu não sei como fazer isso. Acho que vou desistir. Não sei como lidar. - falou ele, Justin e eu caímos na gargalhada. Quando eu ia responder, a campainha tocou. Justin levantou junto com Phelipe.
— Vou atender a porta. - falou Justin. - E você fica, está parecendo desesperado.
— Eu estou desesperado. - falou Phelipe e eu o puxei de volta.
— Calma, está bem? Relaxa. É só a Allison.
— Só a Allison... - falou como um resmungo. Os pais de Justin o olhavam confuso e minha mãe explicou.
— Phelipe vai pedir a Allison em namoro hoje. - eles sorriram.
— Ah, não se preocupe. Vai dar tudo certo, você é um rapaz bonito. - falou Miranda. Phelipe corou com o elogio repentino.
— Obrigado, mas não sei se vai fazer muita diferença.
— Vai sim, sempre faz. - falou Alexander e ele tentou sorrir confiante.
— É, talvez tenham razão. - apertei a mão dele.
— Você gosta dela e ela de você. Não se preocupe com nada, okay?
— Okay. - nessa hora, Allison e os pais entraram na sala acompanhadas por Justin. Phelipe levantou sem conseguir se controlar.
— Allison... - sua voz era um sussurro e eu não consegui evitar o sorriso. Acho que todos os adultos presentes soltaram risinhos.
— Phelipe. - falou ela sem graça.
Allison estava com um vestido meio rosa, meio vermelho, acho que era magenta. De qualquer maneira, vestia muito bem nela. Ele realçava os seios e marcava a cintura.
— Eu sou a Joanne Freire, mãe da Allison. Você deve ser o Phelipe. - falou a mãe da Allison saindo de trás dela e estendendo a mão ao Phelipe.
— Sim, senhora. Phelipe Dantas. É um prazer conhecê-la.
— Igualmente. - o pai da Allison não parecia tão amigável.
— Arthur Freire. - falou ele apertando a mão do Phelipe (acho que um pouco demais).
— É um prazer conhecê-lo, senhor. - Arthur não respondeu, apenas concordou com a cabeça. Animador!
A mãe da Allison era parecidíssima com ela, mesmo olhos azuis, mesmo cabelo loiro. Menos o sorriso, Allison tinha o sorriso do pai. O pai de Allison tinha cabelo preto e olhos castanhos, mas era um homem bonito.
Minha mãe percebendo a situação constrangedora levantou e foi falar com os pais da Allison que ela já conhecia das vezes que vínhamos a Nova York antes de morar aqui. Eu levantei para falar com Allison.
— Nossa. - falei soltando um suspiro e ela sorriu.
— Eu sei, meu pai não foi muito amigável, né?
— Acho que ele percebeu que vocês tem alguma coisa. - ela deu de ombros.
— Obviamente. Minha mãe não falava em outra coisa, ela estava louca para conhecer seu irmão. - sorri.
— Sério?
— Você conhece minha mãe. O sonho dela é que eu namorasse com um garoto muito lindo para ela jogar na cara das amigas dele que ela tinha um genro maravilhoso. - a abracei rindo.
— Bom, acho que com isso ela não precisa se preocupar.
— Ah, com certeza. Ela já estava animada antes de eu dizer que ele era seu irmão. Quando eu falei que Phelipe era filho da Natália, ela ficou radiante.
— Então a aprovação da sua mãe Phelipe já tem. - ela apontou com a cabeça.
— Sem dúvida. - a mãe da Allison olhava para Phelipe com os olhos brilhando.
— Quem diria? - Justin chegou ao meu lado e sorriu.
— Acho que está na hora da gente sair, todos nós. - falou ele.
— Tudo bem. - puxei Allison pra fora e ela puxou meu irmão.
Olhei rapidamente para trás pra ver se tinha que avisar minha mãe, mas ela estava conversando muito animada com a mãe de Justin e a mãe da Allison. Justin nos guiou para os sófas da entrada.
— Sabe, Allison, acho que eu conquistei seu pai. - falou Phelipe e ela sorriu.
— Calma, não tem que se preocupar. Ele não te conhece, só está assim porque você quer transar com a princesinha dele. - nós rimos muito e Phelipe a abraçou.
— Esse jantar vai ser interessante. - falou e eu não pude deixar de concordar.
— Sabe o que eu acho? Vamos nos divertir muito, desde que o Mr. Freire não mate o Phelipe. - Allison sorriu.
— Sempre tem essa possibilidade. - Phelipe riu, mas seu olhar era apreensivo. Nessa hora, meu celular apitou com uma mensagem, não quis tirá-lo da bolsa, mas ele continou apitando.
— Acho que alguém quer muito falar com você. - falou Justin.
— Pois é, que estranho. - peguei meu celular da bolsa e me surpreendi com a mensagem.
— O que foi? - perguntou Allison.
— Estranho. Mensagem do meu pai. - Phelipe levantou a cabeça na hora.
— O que diz? Lê em voz alta.
"Isabelle fiquei com preguiça de mandar a mesma mensagem para seu irmão, então faz o favor de lê-la para ele. Feliz Natal, espero que você esteja se divertindo e já tenha se livrado do seu namorado. E Phelipe também espero que esteja se divertindo, eu sempre gostei das nova iorquinas, acredito que você vai gostar também, só por favor, não engravide ninguém. Sua mãe ia surtar e ia acabar com a sua vida. Estou com saudades dos dois. Quem sabe eu não faço uma visita? Mas não contem com isso porque estou cheio de trabalho e não acredito que sua mãe ia gostar. Amo vocês!"
"Ah, não sabia o que comprar de Natal então depositei dinheiro na conta do Phelipe. Por favor, dividam o dinheiro igualmente. Qualquer problema me avisem. Beijos."
Li as duas mensagens duas vezes, primeiro em português. Depois lembrei que Justin e Allison não entenderiam e fui traduzindo a mensagem para o inglês, depois que terminei Phelipe soltou uma gargalhada.
— Isso é a cara do nosso pai. - dei de ombros.
— Se ele aparecesse aqui, com certeza minha mãe ia surtar. - falei.
— Eu gostei da parte: "Por favor, não engravide ninguém." Bem sugestivo. - falou Allison.
— Sabe, eu tinha que puxar a alguém. - falou Phelipe.
— A minha parte preferida foi: "Espero que esteja bem e já tenha se livrado do seu namorado." Muito simpático. - falou Justin e Phelipe riu.
— Sua sorte é que ele realmente não vai vir, ele está sempre muito ocupado. Não ia arranjar tempo para sair do país.
— O que meu pai diria se descobrisse que você está namorando, Phelipe? - ele fez uma careta.
— Eu sei exatamente o que ele diria: "Quantas vezes eu tenho que te dizer que a vida foi feita para ser vivida? Se apaixonar é para pessoas de cabeça fraca."
— Mas ele realmente não acredita no amor? - perguntou Allison. Eu e Phelipe nos entreolhamos. Assunto delicado.
— Acho que ele foi desacreditando aos poucos. Mas tenho total convicção de que ele amou minha mãe. - falei e Phelipe assentiu.
— Meu pai é um homem complicado. - falou Phelipe.
— O que tem o pai de vocês? - minha mãe estava com os braços cruzados nos encarando ligeiramente irritada.
— Ele me mandou uma mensagem. - falei entregando o celular a ela. Ficamos em silêncio enquanto ela lia a mensagem. Depois de um tempo me devolveu o celular apertando o lábio.
— Seu pai é um idiota. Pelo menos tem consciência de que não o quero por aqui.
— Mãe... - começou Phelipe, mas ela o silenciou com um aceno de mão.
— Não quero que você o defenda. Só vim chamá-los para jantar.
— Estamos indo. - falei, ela respirou fundo e colocou um sorriso no rosto antes de sair.
— Acho que sua mãe tem alguns probleminhas com seu pai. - falou Allison e Phelipe riu.
— Discutir com a minha mãe sobre o meu pai é como apagar incêndio com copo d'água. Inútil e ridículo. - Ainda estávamos rindo quando chegamos na sala de jantar.
A mesa do jantar estava linda, a sala estava decorada com pequenas luzinhas que deixavam o lugar mais aconchegante. Mr. Lancaster estava sentado na cabeceira, Mrs. Lancaster estava sentado do seu lado direito. Ao lado de Miranda, estava minha mãe, ao lado dela estava a mãe da Allison e em seguida o pai dela. Do lado esquerdo de Mr. Lancaster sentou Justin e eu sentei ao seu lado. Allison sentou do meu lado e Phelipe do lado dela. Meu irmão fez uma pequena careta quando viu que tinha ficado de frente para o Mr. Freire.
— Acho que podemos começar. - falou Alexander sorridente.


>>o
O jantar foi divertido, conversamos muito e brincamos um com outro. A comida estava deliciosa e eu não podia ficar mais feliz. Mr. Lancaster aprendeu a fazer brigadeiro em homenagem a minha família, o que foi muito gentil da parte dele. Embora todo mundo tenha amado comer. Quando deu meia noite, nós nos abraçamos e desejamos Feliz Natal com um sorriso.
— Vocês nos dão licença? Temos presentes para trocar. - falou Justin.
— Claro, fiquem a vontade. - falou Mr. Lancaster com um sorriso.
Antes de irmos para sala de estar, eu e Phelipe fomos no carro pegar as sacolas com os presentes, Justin foi no quarto pegar o dele e Allison pegou a sacola dela na entrada. Nos encontramos alguns minutos depois na sala de estar.
— Bom, quem vai começar? - perguntou Allison
— Eu vou. - falei e levantei.
— Isabelle, por que ficou em pé? Isso não é amigo oculto. - falou Phelipe, mas Justin e Allison não entenderam a referência.
— Eu quero ser o centro das atenções. Primeiro, o da Allison. - eu peguei um embrulho quadrado e entreguei pra ela.
— Espero que seja algo fofo. - falou ela e eu sorri.
— Vamos, abre logo. - Allison não fez cerimônia para rasgar o papel, quando abriu ficou sorrindo por muito tempo.
— Um porta-retrato. - seu sorriso era exatamente o que eu queria. Um porta-retrato em que você gravava várias fotos e que elas iam mudando sozinha. Enfim, ia ficar lindo no quarto dela. Só fotos nossas.
— Você gostou? - ela me abraçou ainda com o sorriso.
— Eu amei. Mesmo. Obrigada.
— Que bom, essa era a intenção.
— Bom, é minha vez de entregar o seu. - Allison abriu a sacola e tirou um embrulho quadrado, mas menor do que eu dei. Ela me entregou animada.
— Não tenho nenhum palpite. - falei sacudindo. Allison sorriu.
— Abre logo, Belle. - e eu abri. Assim que eu olhei pra ele quase chorei.
— Alli, você... - ela olhou dentro dos meus olhos.
— Dá corda. - era uma caixinha de música, mas não uma qualquer. Assim que eu dei corda, a boneca dançava um sambinha animado ao som da bossa nova. Tinha cheiro, gosto e saudade do Rio de Janeiro.
— Eu... eu... eu nem... - eu abracei ela apertado contendo as lágrimas.
— Não tem que agradecer.
— Mas como...? - ela deu de ombros.
— Tem uma loja brasileira em Boston. Minha mãe foi pra lá e eu pedi pra ela comprar pra você.
— É lindo, Alli. Muito obrigada. - ela apenas sorriu orgulhosa.
— Bom... - falei me recompondo - agora a vez do Phelipe.
— Não é que você comprou mesmo um presente pra mim.
— Pra você foi um pouco difícil, mas eu consegui. - eu entreguei uma caixinha redonda.
— Espero que tenha algo de verdade aqui dentro e não um monte de papel.
— Olha, que eu pensei seriamente nisso. - ele rasgou o papel que embrulhava a caixinha, mas demorou abrir a caixa. Assim que abriu ele ficou olhando pra ele um pouco surpreso.
— Po, Isabelle... - ele olhava para mim depois voltava a olhar para o presente e eu tive certeza de que ele tinha gostado.
— O que é, Phelipe? - perguntou Allison curiosa, ele virou o presente pra todo mundo ver e ela sorriu. Era uma caneca, branca, simples, mas tinha algo escrito na lateral em preto: Irmão de alma (Soul Brother).
— Po, Isabelle... - falou novamente e me abraçou. Isso realmente tinha mexido com ele.
— Não tem que falar nada. - ele se recompôs rapidamente e pegou o meu presente. Era maior do que eu esperava.
— Bom, espero que te deixe realmente emocionada. - eu sorri.
— Vamos ver. - eu rasguei o papel com agilidade e dessa vez, quase chorei quando vi.
— E aí, gostou? - levantei o rosto sorrindo. Era uma almofada, mas estava escrito o seguinte: Caso você tenha um pesadelo e eu não esteja perto, use-o.
— Eu simplesmente amei. Onde você achou isso? - ele deu de ombros.
— Bom, esse aí eu tive que mandar fazer. Não tinha como achar isso em uma loja.
— Incrível. - o abracei bem apertado. Eu quase não acreditava no quanto ele tinha sido... irmãozinho com esse presente.
— De nada. - falou sorrindo.
— Agora é a vez do Justin. - falei tirando o último presente da sacola.
— Estou ansioso. - confessou ele.
— O seu foi o mais difícil, afinal o que dar para uma pessoa que tem e pode ter tudo? - Justin revirou os olhos.
— Nem tudo, Belle.
— Que seja. Eu espero que goste. - entreguei uma sacola colorida que ele pegou desconfiado. Assim que ele abriu a sacola sorriu.
— Sério isso?
— Claro que sim. - de dentro da sacola ele tirou um pôster em tamanho real de Charles Chaplin.
— Obrigado, Isabelle. - ele sorriu encarando fascinado.
— Você deu um poster pra ele? - perguntou Phelipe indignado.
— Sim, não precisa brigar comigo. Era o único que ele não tinha na parede dos filmes antigos. - Phelipe me encarou ainda indignado.
— Eu gostei mesmo, de verdade. - falou Justin e eu sabia que era verdadeiro. Eu não podia comprar nada caro pra ele, porque ele podia comprar qualquer coisa. Mas o poster ele não tinha achado em lugar nenhum.
— Vocês dois são estranhos. - falou Phelipe e nós dois o ignoramos. Justin me beijou suavemente enquanto sorria.
— Acho que eu te devo um presente. - eu sorri e ele pegou um pequeno embrulho quadrado.
— O que é? - perguntei curiosa e Justin deu de ombros.
— Abra. - e eu abri. Primeiro me surpreendi com a caixa de joalheria e ele sorriu me encorajando a abri-la. Quando abri prendi a respiração.
— É tão linda... - falei meio sem jeito, meio surpresa. Dentro da caixinha tinha uma pulseira de ouro com três pingentes. Um era de coração, outro era de sapatos de patinação e o outro era uma bola de futebol americano.
— Tem um pingente para cada mês de namoro. Achei que todos combinavam com a gente. O coração é óbvio, a bola de futebol americano é pra você sempre se lembrar de mim e os sapatos de patinação representa o nosso primeiro beijo. - eu fiquei totalmente sem palavras. Assim que ele terminou de colocar, encarei seus olhos verdes e o beijei. Eu percebi que eu não podia estar mais apaixonada por ele. Era uma coisa enorme e que só crescia dentro de mim. Não tinha nada que mudaria isso, nada mesmo.
— Isso foi lindo. - falou Allison e eu sorri.
— O meu namorado é ou não é incrível?
— Com certeza. - falou Phelipe.
— Bom, de qualquer maneira. Vou entregar os outros presentes. - falou Justin. - Primeiro, o da Allison.
— Espero que seja algo legal. - falou ela e ele deu de ombros.
— Toma. - ele entregou uma sacolinha pequena que Allison abriu em segundos.
— Ah, Justin. - ela abraçou ele com um sorriso. Justin deu pra Allison um perfume, Channel nº 5.
— De nada. Agradeça a Belle também, ela que me ajudou a escolher. - Alli me abraçou também e pegou uma sacola média.
— Espero que goste, Justin. - meu namorado abriu a sacola e sorriu.
— Um óculos? - ela deu de ombros.
— Você dirige um Porsche, o mínimo que podia fazer era ter um óculos escuro estiloso. - Allison deu um óculos estilo aviador que combinou perfeitamente com ele.
— Nessa eu concordo totalmente com a Allison. - falei e ele a abraçou.
— Obrigado, Alli.
— Sem problemas. - Justin pegou um embrulho pequeno e entregou para Phelipe.
— Você comprou um presente pra mim? - Phelipe parecia surpreso.
— Claro que comprei. Espero que você tenha comprado um presente pra mim. - ele riu.
— Comprei, mas caso você não tivesse comprado um pra mim, eu estava planejando ficar com ele.
— É uma pena que você vai ter que me dar.
— Concordo. - Phelipe rasgou o papel e sorriu quando viu.
— Cara, você me conhece. - eles fizeram um aperto de mão bizarro. Justin deu uma miniatura de Harley Davidson para Phelipe.
— Vamos ver agora se você me conhece... - Phelipe pegou uma caixa média, mais ou menos do tamanho de uma caixa de sapato.
— Você vai gostar. - Justin abriu a caixa e sorriu. Era um adaptador de celular pra auto-falante em forma de uma bola de futebol americano.
— Cara... - eles refizeram o aperto de mão e Allison fez uma careta.
— Acho que é a minha vez. - ela pegou um embrulho pequeno e deu pra Phelipe. - Todos nós achamos que você vai amar.
— Tenho certeza de que sim. - seu sorriso era tão grande que era quase idiota. Ele abriu e ficou encarando de olhos arregalos, o novo jogo para Xbox da Fifa. - Você...
— Gostou? - ele deu um beijo tão feroz na Allison que ela teve que se segurar no sofá atrás dela.
— Acho que isso significa sim, mas é só um palpite. - falei e ele a soltou.
— Estou emocionado. - falou Phelipe.
— Nós temos que marcar para jogar isso. - falou Justin e Phelipe virou pra ele.
— Isso você pode ter certeza.
— Só falta um. - falei e Phelipe esqueceu o jogo por um momento.
— Sim, é verdade. Tenho que entregar mais um. - todos nós olhamos ansiosos pra ele.
Resolvi sentar no sofá e puxei Justin comigo. Esperamos pacientemente Phelipe pegar o embrulho e entregar para Allison. De algum modo ela sabia que não era mais um presente de Natal, talvez pelo olhar aterrorizado que Phelipe não parava de lançar pra ela.
— Estou ansiosa. - falou Alli.
— Então, abre. - falei e ela abriu devagar. Quando ela chegou a caixa da joalheria encarou Phelipe assustada.
— O que você... - ele sorriu.
— Vamos, Allison.
Eu não tinha visto um olhar tão surpreendente antes quanto o que Alli lançou para Phelipe quando abriu a caixa vermelha. Ele sorriu transbordando nervosismo e ela continuou chocada.
— Onde... como... - ele pegou a caixa da mão dela e tirou o colar para colocar em seu pescoço. Era de ouro 18k, mas não foi isso que chamou atenção dela. No pingente estava escrito Now or Never.
— Esse colar traduz tudo o que a gente tem passado nesse tempinho. - falou Phelipe enquanto colocava o colar no pescoço dela.
— Sim, eu... nem sei o que dizer. - Phelipe olhou pra mim e eu assenti o encorajando.
— Allison Freire, não estarei mentindo nem exagerando ao dizer que você balançou a minha vida nesse meio tempo que eu te conheço. E não estou falando apenas dos beijos e amassos, embora isso tenha colaborado muito. Mas eu quero dizer de todas as conversas, de todas as vezes que nossas mãos se entrelaçaram, de todos os cafés, de todos os filmes, de tudo aquilo que fez com que eu não conseguisse ver a minah vida sem você. Porque, Allison, não existe a menor possibilidade de você sair da minha vida agora. Eu tinha tanto medo de dizer isso em voz alta, mas eu estou apaixonado por você. Sei do que estou abrindo mão e sei do que você está abrindo mão, mas eu realmente quero namorar você. Quero dizer pra todo mundo que Allison Freire é a minha namorada, a minha garota, a minha loirinha. Então, Allison Freire, você quer namorar comigo?
Nessa altura Allison já estava chorando, mas mesmo assim ela olhava pra ele como se o tivesse enxergando pela primeira vez. Depois de tudo o que eles passaram, eu fiquei imensamente feliz quando Allison pegou as mãos dele e sorriu.
— É claro que eu quero namorar com você. Eu seria uma idiota se negasse, afinal eu me apaixonei pelo safado bad boy.
O beijo que se seguiu a esse comentário foi tão lindo e tão fofo que não merece nem descrição. Eu peguei a mão de Justin e voltei a encarar o momento que marcava a mudança drástica na vida do meu irmão. E eu não podia estar mais feliz. Imagina eles.


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Notas finais do capítulo

Ah Dios, eles não são tãaaao lindos? Todos eles? E o Phelipe que era tão não fofo e agora é fofo? Oooown.



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