Como um Patético Filme Americano escrita por God Save The Queen


Capítulo 21
Capítulo 21


Notas iniciais do capítulo

Espero que vocês curtem fazer compras com Phelipe e Isabelle. :)



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>>o Algumas semanas depois
>>o Ponto de vista: Isabelle.
— Claro que vamos fazer ceia. É Natal, Phelipe. - falei irritada.
— Fala sério, só tem nós três aqui. - respondeu ele.
— E daí? Vamos comer, trocar presentes e depois dormir.
— E isso você chama de programa interessante? - revirei os olhos.
— Já está decidido. - falou minha mãe entrando na cozinha.
— Eu só pensei que já que tivemos uma ceia no Dia de Ação de Graças, achei que não era preciso fazer uma no Natal. - reclamou Phelipe.
— Mas Dia de Ação de Graças é uma coisa e Natal é outra. - ele revirou os olhos.
— O problema é de vocês. Na verdade é seu mãe, porque Bel não pode te ajudar a cozinhar. Ela vai sair comigo para comprar um presente para Allison. - minha mãe lançou aquele sorriso para ele.
— Então vocês estão mesmo namorando?
— Não, não estamos. Mas estamos juntos, o que significa que tenho que comprar um presente pra ela. - ele saiu da cozinha como se isso explicasse tudo.
— E qual diferença do que eles têm para namoro? - perguntou minha mãe.
— O nome. - falei e ela sorriu.
— Seu irmão ainda tem medo do título?
— A Allison também tem. O que é ridículo, já que eles agem como namorados.
— Esses adolescentes de hoje em dia. - eu sorri.
— Pode me tirar dessa.


>>o
— Eu não faço a menor ideia do que comprar pra ela. - falou Phelipe e eu sorri.
— Por acaso você já comprou algum presente para alguma garota? - ele deu de ombros.
— Você conta?
— Acho que não.
— Então nunca.
— Isso pode ser um problema.
Estava nevando muito e provavelmente eu não ia conseguir estacionar, então resolvemos ir de táxi. Phelipe não gostava muito da ideia de não dirigir, porém não tinha escolha.
— Por isso que você está indo junto, Isabelle. Vocês são amigas, deve saber do que ela gosta. - respirei fundo.
— Olha, o que você quer? Quer impressioná-la? Quer ser fofo? O que você quer? - ele me olhou como se eu fosse idiota.
— Como é que eu vou saber, Isabelle? Eu não tenho a mínima ideia. Você não escutou o que eu disse?
— Ah me desculpe. Então vamos andar. Temos que achar alguma coisa.
— Agora sim, obrigado. - não pude deixar de sorrir.
— Ver você assim, todo ansioso é bem fofo. - ele revirou os olhos.
— Grande coisa. - ele avisou ao taxista que íamos para Quinta Avenida.
— Por que você deixou para comprar o presente dela no dia? - perguntei e ele deu de ombros.
— Porque eu esqueci. Eu até pensei em comprar semana passada, mas acabei me distraindo com os treinos e as idas ao cinema com a Alli. Quando eu percebi, era véspera de Natal.
— Eu até ia te chamar para ir comigo para comprar o do Justin e você poderia comprar a da Alli. - falei e ele me olhou irritado.
— Por que você não me chamou?
— Porque a Alli pediu pra vir junto comprar o seu. - Phelipe se ajeitou no banco.
— Ela comprou um presente pra mim? - não consegui deixar de rir da cara dele.
— Claro que comprou. Eu até ajudei a escolher.
— E o que ela comprou? - dei uma risada irônica.
— Como se eu fosse falar pra você.
— Por que não? Eu preciso saber.
— Presentes são surpresas, se você contar estraga tudo.
— Tudo bem, só me ajuda a comprar um presente a altura.
— Pode deixar.


>>o
— Estamos andando a uma hora, Phelipe. Eu estou irritada já. - falei pela milionésima vez.
— Desculpa se eu quero comprar um presente perfeito para minha... garota. - dei um sorriso.
— Qual o problema com a palavra namorada?
— Problema nenhum, só não somos. - revirei os olhos.
— Vocês não são namorados? Tem certeza? - ele me encarou com os cílios semicerrados.
— O que você quer dizer com isso, Isabelle? - eu ia responder, quando eu vi.
— Phelipe, olha lá. - estava dentro da loja, mas não tinha como não chamar a minha intenção.
Entramos na loja e eu apontei pra ele, era perfeito. Eu conhecia a Allison o suficiente para saber que ela ia amar.
— Não entendi. - falou ele com uma cara confusa.
— Esse é o lema dela e o meu também. Mas enfim, foi isso que fez ela te beijar aquele dia na casa de Justin. - Phelipe sorriu.
— Então que seja.
Phelipe nem viu o preço só pediu para embrulhar pra presente e passou o cartão. Eu estava ansiosa para ver a minha amiga abrir o presente, ela ia simplesmente adorar.
Depois de comprar o presente, resolvemos tomar uma bebida bem quente para compensar o tempo que passamos andando na neve. Precisávamos descongelar nosso corpo de dentro pra fora
— Agora que compramos o presente, pode responder a minha pergunta? - eu franzi a testa.
— Que pergunta?
— Eu perguntei o que você queria dizer com aquela frase e expressão. - assenti sorrindo.
— Ah, o fato de vocês serem e não serem namorados?
— Quase isso.
— Eu acho que vocês namoram, só não se chamam de namorado, namorada.
— Não é assim que funciona.
— Tem certeza? Pensa um pouquinho. O caracteriza como namorada? - ele deu de ombros.
— Ah não sei... - mas ele sabia.
— Phelipe, você sabe. Estar sempre junto de alguém, é querer bem, é não imaginar sua vida com outra pessoa, é sair junto, é beijar sempre a mesma pessoa e ninguém mais, mesmo assim você não se importa porque não ia querer ficar com mais ninguém. - ele suspirou.
— Tenho que pedi-la em namoro, né? - bati palmas, ignorando o olhar das outras pessoas.
— Finalmente. Isso aí. - ele sorriu.
— Que loucura!
— O que é loucura?
— Bom, eu quero ficar com ela. Quero mesmo e com mais ninguém.
— Por quê? - perguntei só para ouvi-lo dizer.
— Porque eu sou apaixonado por ela. - meus olhos quase se encheram d'água.
— Sabe, Phelipe, teve uma época que eu achei que você nunca fosse dizer isso em voz alta para alguém.
— Teve uma época que eu também.
— Estou orgulhosa de você, de verdade. Acho que finalmente, temos motivo para comemorar.
— Com certeza. - nós brindamos nossos copos cheios de cappuccino com creme.
Terminamos de beber em silêncio, eu não poderia estar mais feliz. O meu irmãozinho idiota finalmente tinha assumido que estava apaixonado por alguém. E eu podia jurar que ele nunca se apaixonaria por ninguém.
— Então, Belle, acho que está na hora de ir pra casa. - falou ele deixando o dinheiro na mesa.
— Ah vamos sim.
Nos encaminhamos para fora da cafeteria, mas antes que conseguissemos arranjar um táxi, segurei seu braço me lembrando de repente.
— O que foi? - perguntou ele.
— O presente da mamãe. - Phelipe revirou os olhos.
— Você está falando sério?
— É claro que estou falando sério. Temos que comprar alguma coisa pra ela.
— Mas o que a gente compra? Eu não faço a menor ideia do que ela gosta. - dei um sorriso.
— Eu acho que vou comprar uma lingerie pra ela. - Phelipe arregalou os olhos pra mim.
— Pra quê?
— Como assim, pra quê? - ele parecia horrorizado.
— Você acha mesmo que nossa mãe... é... ah, eu não consigo nem falar. - não consegui deixar de rir.
— Estou brincando. - falei e ele deu um tapa na minha testa.
— Você está maluca? Eu quase imaginei isso... Argh! - continuei rindo enquanto o arrastava de volta as lojas.
— Desculpe, foi só uma piada. Mas ainda sim temos que comprar alguma coisa.
— Está bem. É... e se comprarmos livros? - perguntou e eu dei de ombros.
— Não sei, acha que ela vai gostar?
— Como eu vou saber, Isabelle? Eu sou um garoto e não reparo muito na minha mãe, porque é minha mãe. - suspirei e parei de andar para pensar.
— Deixa só eu pensar em alguma coisa... O que nossa mãe mais ama no mundo? - ele ficou me encarando um tempo.
— A gente, com certeza. - revirei os olhos.
— Não, Phelipe. Além disso...
— Sei lá, ela adora sair e não sei, Isabelle. - uma luz se acendeu na minha mente.
— Podemos comprar ingressos pra Broadway. - Phelipe fez uma careta.
— Você quer que a gente compre ingressos para todos nós para assistir uma peça? - recomecei a andar.
— Não seja idiota. Não é uma peça, é a Broadway. Ela vai amar!
— Mas ainda sim é com todos nós.
— Claro que sim. Ela sempre reclama que não saímos com ela. Vai ser uma ótima oportunidade. - ele deu o seu melhor suspiro teatral.
— Tudo bem, então. Que seja.
— Acho que agora sim. Finalmente estamos prontos para ir pra casa.
— Não vamos comprar os ingressos?
— Vamos comprar pela internet. - ele sorriu.
— Melhor assim, estou congelando aqui.
— Nem me fale.


>>o
— Alô? - mal cheguei em casa e Justin me ligou.
— Oi, Belle.
— Oi, e aí?
— Eu tentei falar com você mais cedo, mas você não atendeu o telefone.
— Ah, me desculpe, eu saí com o Phelipe para comprar o presente da Allison.
— Ah claro, não tem problema.
— Mas o que você queria falar?
— Bom, eu queria saber se vocês vão ficar em casa. - eu encarei a parede confusa.
— Vocês, quem?
— Você, Phelipe e sua mãe.
— Por que a pergunta?
— Meus pais querem fazer um jantar de Natal aqui em casa e convidaram vocês. - sorri.
— Sério?
— Claro.
— Espere aí.
Eu já estava no meu quarto, por isso voltei pra cozinha atrás da minha mãe, mas ela não estava lá. Bati na porta do seu quarto e ela atendeu meio sonolenta.
— O que foi? - perguntou sem muita simpatia.
— Mãe, você já fez o jantar?
— Claro que não. Eu ia comprar tudo na verdade, ia deixar para fazer mais tarde assim que acordasse.
— Bom é que a família de Justin nos chamou para jantar na casa deles. - só nessa hora minha mãe despertou.
— Jantar? Hoje?
— É, mãe, hoje. O pai do Justin vai fazer um jantar enorme de Natal e nos chamou para participar. - ela sorriu.
— O pai dele é chef, não é? - revirei os olhos.
— Sim, mãe. Agora, vamos ou não?
— Claro. Pode falar que vamos sim. - dei um beijo na sua bochecha.
— Ah que ótimo, vou avisar ao Justin.
— E eu vou fazer a unha. - e bateu a porta. Olhei para o telefone e Justin ainda não tinha desligado.
— Justin?
— Então, falou com sua mãe?
— Sim, tudo certo.
— Ótimo. O jantar começa ás 21 horas.
— Temos que levar alguma coisa?
— Só o meu presente. - eu sorri.
— Só se você estiver com o meu.
— Com certeza.
— Então combinado.
— Até mais tarde.
— Até mais.
Desliguei o telefone e bati na porta do quarto do meu irmão. Ele demorou uma vida para abrir a porta e ainda estava de mal humor.
— O que você quer?
— Só quero avisar que o jantar hoje será na casa do Justin. - ele revirou os olhos.
— Sério? Que droga!
— Qual o problema?
— A família dele tem dinheiro, ou seja, vai ser uma chatice só.
— Eles não são assim, você vai ver.
— Espero mesmo. Pelo menos tenho certeza que a comida vai ser boa.
— Isso pode ter certeza. - ele assentiu e fechou a porta. Corri para o meu quarto para fazer a unha também. Já que eu não estaria em casa, tinha que estar incrível.


>>o
— Mãe! Vem me socorrer! - gritei desistindo. Sentei na cama e esperei.
— O que foi? - veio ela enrolada no roupão.
— Eu não sei o que usar. - ela sorriu.
— Bom, sobre isso... - minha mãe saiu do quarto e voltou poucos minutos depois com uma sacola na mão. - Feliz Natal!
— O que é isso? - perguntei surpresa.
— Já que nós íamos jantar na casa da família Lancaster achei que merecíamos roupas novas. - corri para abraçá-la.
— Obrigada, mãe. Mesmo.
— Que isso, não tem que agradecer. - eu abri a sacola e tirei lá de dentro o vestido mais lindo que eu já tinha visto.
— Mãe, ele é lindo... - falei simplesmente deslumbrada.
— Eu sei, já imaginei o Justin sem fala olhando pra você. - sorri a abraçando de novo.
— Você é a melhor mãe do mundo, obrigada.
— Eu sei, eu sei. Agora vai terminar de se arrumar, vou entregar o presente do seu irmão.
— Tudo bem.
Já que a roupa estava resolvida fui fazer a maquiagem, eu estava animada para esse jantar. Seria o nosso primeiro Natal nos Estados Unidos e fico feliz que seja junto com a família do meu namorado.
Estava terminando de arrumar o cabelo quando o Phelipe bateu na minha porta com um sorriso, parecia feliz demais na minha opinião o que só podia significar uma coisa...
— O que aconteceu? E por que a Allison está envolvida? - perguntei antes que ele pudesse dizer qualquer coisa.
— Como você sabe que tem a ver com a Allison? - revirei os olhos e voltei a ajeitar meu cabelo.
— Seu sorriso. Ultimamente toda vez que ela está no meio, seu sorriso aparece. - ele suspirou.
— Estou ficando mesmo óbvio. - Phelipe sentou na minha cama e esticou as pernas.
— Sim, está. E então? O que aconteceu?
— Justin me ligou. - algum tempo atrás isso poderia me surpreender, mas fazia tempo que Justin e Phelipe eram amigos, então já tinha me acostumado.
— E daí?
— Justin me disse que conversou com os pais e eles disseram que Allison e os pais também estavam convidados para o jantar. - tirei os olhos do espelho e me virei para vê-lo.
— Sério?
— Sim, agora sim esse jantar vai ser interessante.
— E você vai pedir ela em namoro na frente dos pais? - ele ficou me encarando por um tempo, acho que entrou em pânico.
— Ah meu Deus, não. Ah droga!
— Ei, relaxa. Sem problemas! Não precisa ser na frente dos pais dela.
— Mas eles vão estar lá. Eu não posso simplesmente aparecer lá e pedir a filha deles em namoro, não me conhecem. E se o pai dela for enorme, pior se ele for do FBI? - levantei rindo e me sentei ao lado de Phelipe.
— Não se preocupe com isso. O pai dela não é do FBI, ele trabalha em uma empresa de publicidade, a mãe dela que é. - ele riu, mas depois ficou sério e olhou meu rosto.
— Está brincando?
— Estou. - ele deu um tapa no meu braço.
— Não brinca assim comigo, idiota. Não tem o direito. - estava gargalhando.
— Desculpe, desculpe. Mas a sua cara foi épica.
— Muito gentil da sua parte, obrigado.
— De nada. - foi só nessa hora que olhei pra roupa dele. - Vejo que alguém ganhou presente.
— Ah, isso? Minha mãe que deu. - sorri.
— Ela disse que ia te dar algo decente para vestir hoje. - Phelipe estava com uma camisa branca de botão e gravata preta, calça social preta e sapatênis.
— Ainda bem que ela me deu isso. Eu não tinha nada pra vestir hoje, ainda mais agora que Allison vai estar lá. Não podia ir de qualquer jeito.
— Está certíssimo. Agora que você me deu a grande notícia e eu já te zoei, pode sair? Quero colocar meu vestido.
— Tudo bem, vou ver se minha mãe já está pronta.
— Te dou dez dólares se ela estiver. - falei e ele deu de ombros.
— Grande coisa, nós sabemos que ela não está.
— Por isso, a proposta.
Assim que ele bateu a porta, tirei o roupão e coloquei o vestido. Ele se encaixava perfeitamente no meu corpo. O decote era profundo na medida certa, sem deixar aparecer demais, ele tinha recortes triangulares na cintura, deixando elas a mostra. Ele era longo, mas tinha uma fenda pequena um pouco acima do joelho, era de seda e brilhava conforme eu andava. Era de um verde lindo, parecido com os olhos de Justin.
Calcei os sapatos de salto e passei perfume, peguei uma carteira apenas para colocar o necessário como batom e celular. Separei os presentes de Justin, Phelipe e Allison e coloquei dentro de uma bolsa.
— Isabelle, está pronta? - perguntou minha mãe com um tom de impaciência.
— Só um minuto. - conferi tudo rapidamente e me olhei mais uma vez no espelho. Peguei meu sobretudo e saí do quarto.
— Você está linda. - falou minha mãe com um sorriso.
— Nossa, você também. - seu vestido era preto, relativamente simples mas com um tecido simples e uma fenda ousada.
— Obrigada.
— Só espero que o pai do Justin e o pai da Allison consigam se concentrar em outra coisa sem ser na sua perna. - falou Phelipe e minha mãe jogou uma almofada nele.
— Deixa de ser idiota. Está na hora de ir.
— E quem vai dirigir? - perguntou Phelipe.
— Óbvio que sou eu. Sou a mãe aqui, lembra?
— Claro, claro. Podemos discutir isso no carro? - perguntei, os dois me olharam como se eu fosse uma pedra no sapato.
— Você não vê que está atrapalhando aqui? - falou Phelipe.
— Sério isso? - perguntei.
— Está bem, vamos logo. - falou minha mãe abrindo a porta.
— E só pra você saber, Isabelle, até que está bonita. - Phelipe não me olhou quando disse, mas mesmo assim sorri pra ele sem responder.


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Notas finais do capítulo

Ah, o Natal... haha



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