Como Sobreviver a Alec Volturi escrita por SrtaDwyer


Capítulo 10
Capítulo 10


Notas iniciais do capítulo

Capítulo novo... Espero que gostem! Boa noite, beijos.



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Renesmee Cullen

Consegui falar com um dos capangas de Stefan. Conversei com Demitri e pedi cobertura, certo que não contei a verdade do porque precisava sair do castelo.
Precisava procurar, hm, alguém. Foi a pior desculpa que já dei, mas ele acreditou por algum motivo não explicado a mim. E pareceu até satisfeito.
Ele está mantendo Alec ocupado enquanto um dos vampiros de Stefan me leva até ele.
– Renesmee, que bom vê-la. – cumprimentou Stefan.
– Tenho que ser rápida. – o informei. – Alec descobriu.
Mentira. Mas achei ser a melhor forma de acabar com isso.
– Como?
– No dia em que pediu para me ver, quando voltei ao castelo ele me viu. Foi questão de tempo até ele descobrir o restante.
– Então foi culpa sua. – acusou. Vladimir atrás dele sorriu. – Sabe que terá consequências, certo?
– Não pode! O plano não deu certo, a culpa não é minha se vocês me intimaram a vir justamente aquela hora! Não toque neles. – o desespero me atingiu. Ele não pode por as mãos em minha família.
– Acalme-se pequena Cullen! – respirei fundo. – Você se comprometeu em se infiltrar nos Volturi, conquistar confiança e se aproximar de Alec e Jane. Para ter mais facilidade em executá-los. Você não está cumprindo com isso, e poderá ser ruim para sua família!
Uma ideia arriscada me veio em mente. Ele pode ameaçar minha família, mas sei de alguém que pode fazer Stefan se calar. Aro apesar de tudo é quem impõem as leis e as faz acontecer.
– Se machucar, matar, ou se quer chegar perto da minha família. Eu conto a Aro seus planos.
– Se contar a Aro meus planos para o futuro dele, você irá para morte junto comigo, você de certo modo me ajudou, Nessie.
Jacob... Jacob me chamava assim. E pela primeira vez não me feriu lembrar, pelo contrário, era bom. Como se a falta de Jacob já não fosse tão dolorosa.
– Seu coração e respiração me dizem que Jacob já não lhe faz tão mal quanto antes... Interessante.
– Isso não lhe interessa. – respondi. – Não vou matar Alec! Não posso.
– Porque se apaixonou pelo inimigo. – Vladimir sorriu se divertindo com a situação.
– Eu não estou apaixonada por Alec! – neguei. Mas estou em duvida se disse a verdade. – Não tenho condições físicas para isso. E... Ele não confia em mim. – na verdade não sei. Mas Stefan e Vladimir não precisam saber de tudo.
– Você vai se arrepender se deixar tudo agora! Estou avisando. – Vladimir sempre um doce.
Já passou da hora de contar com minha família novamente. Nunca devia nem ter me metido com Stefan. Darei um jeito de proteger todos, eu consigo...
– Estou fora, Stefan.
– Sua última palavra? – não respondi. – O problema é seu. Levem ela daqui!
Dois grandões se preparam para vir até mim.
– Não se incomodem! – ergui a mão. – Eu sei o caminho.
Saí pisando duro.
Sei que ele vai aprontar algo, preciso estar mais à frente e impedir antes que aconteça.
Não estava tão longe do castelo, nem tão perto ao ponto de escutarem minha conversa com Stefan. Os corredores do castelo estavam vazios.
Esse encontro não me fez bem, estou nervosa. Droga! O plano de Stefan era bom, devo admitir, não imaginei que ele pensaria em algo do tipo. Tão bem feito e os detalhes se encaixavam. Não vi brechas, formas de dar errado. Mas queria que tivesse.
Senti algo duro bater contra o meu ombro.
– Olhe por onde anda, Renesmee. – Demitri, não é uma boa hora. – Você está bem? Parece preocupada.
Na verdade estava um pouco. Se não pensar rápido, minha família encontrará o fim. Não tenho ninguém em quem confiar. Demitri ajudaria tanto... Mas ele serve a Aro, contaria para ele. Esses dias ele tem sido bastante amigo, quando Alec tem que sair ele me faz companhia, um dos poucos com quem converso. Mas não creio que ele vá perdoar oque fiz.
– E-eu não posso dizer Dimi, desculpa. – ele franziu a testa e pareceu desistir de ir a seja qual for o lugar que estivesse indo. – Preciso pensar.
– Aconteceu algo?
– Sim.
– Já lhe disse outras vezes não? Sou o general fiel a Aro somente em meu horário. Fora disso, sou um doce de pessoa. – sorriu. – Agora diga.
Suspirei.
Demitri é como amigo, mas tem a possibilidade dele contar a Aro, ou ficar bravo comigo. Mas é melhor ele ficar bravo, do que Alec.
– Não aqui, não posso correr esse risco.
– Vamos até o centro. Está bem? – assenti.
{...}
Demitri me ofereceu o copo e sentou ao meu lado.
– Como conseguiu Starbucks? – sorri e provei.
– Starbucks é o tipo de coisa que deve ter em todo lugar. Comida humana não me agrada, mas ouvi de belas fontes que é bom. – ele bateu de leve o copo dele no meu.
– Porque pediu um pra você?
– Não podemos levantar suspeitas. Nenhum humano inteligente resiste a essa coisa. – ri. – Além disso, você vai precisar de dois. Cafeína!
– Um aleluia a cafeína! – disse e tomei mais um pouco.
– Então, oque lhe incomoda?
– Primeiro, mantenha isso entre nós? Não conte a Alec, muito menos Aro.
– Fiquei interessado. Quem você matou? – riu. – Sou guarda de Aro, não posso garantir que ele não veja minha mente. Mas da minha boca não sairá.
Olhei para baixo e comecei a brincar com o canudo. Ele estava certo, Aro podia resolver ver as lembranças dele.
– Não quero que Alec saiba, ele vai me odiar. – suspirei.
– Não vou contar ele. Pode dizer de uma vez? Estou começando a achar que você realmente matou alguém.
– Quase isso. – levantei a cabeça e o olhei. – É Stefan e Vladimir.
– Oque você tem a ver com esses dois? – franziu a testa.
– Eu meio que... Tinha um trato com eles.
– Espera. Que tipo de trato? – percebi sua postura mudar. De calma e relaxado para um pouco mais tenso.
– Eu tinha que me infiltrar nos Volturi. – respirei fundo. – E matar Alec e a irmã.
Ele não reagiu como pensei. Algo como gritar comigo e surtar.
– Em outras palavras você traiu Aro. Porquê?
– Eu queria... Queria Alec morto. Ele matou a pessoa que eu mais amava, meu melhor amigo!
– Achou que o matando teria o transfigurador de volta? Mata-lo vai lhe fazer se sentir melhor, você sente esse luto a mais de cinco anos. Sinceramente acho que você já deveria ter esquecido isso.
– E esqueci, Demetri. Não sei como, mas o tempo que estou aqui... Não dói mais como antes, sinto falta, mas não é a dor horrível que sentia. – meu starbuck acabou. Peguei o de Demitri.
– Acho que tem dedos britânicos nessa ferida. – fiz careta. – É, você não quer admitir. Mas eu digo por você. – fiquei confusa. – Eu amo Alec Volturi – gritou.
Ri.
– Isso foi bem gay.
– Importa? É isso que quero que entenda, Renesmee. – não entendi oque ele quis dizer. – Fazer oque você quer, se libertar. Você é a pessoa mais careta que já conheci na minha existência. – Olha que existo a muito tempo. – Você sente esse luto a tempo considerado impossível. Sei que o imprinting tem uma parcela de culpa, mas você pode cortar isso. Você sabe, depende de você cortar a ligação, Alec já deve ter explicado... – o interrompi.
– Espera um pouco. Eu posso cortar a ligação? Do que está falando?
– Depois explico! Um problema de cada vez. – pediu. – Vamos deixar sua negação com Alec e o imprinting por ultimo.
– Não estou em negação! – retruquei.
– Está. – insistiu. – Agora... Explique oque houve com os dois patetas romanos.
– Eu disse que estava fora, não posso matar Alec. Eles não gostaram e ameaçaram cobrar minha divida com minha família. – pude sentir o amargo em minha boca. Fui idiota quando fiz esse trato. – Não sei oque fazer.
– Você cometeu o erro de se meter com eles, sim. Mas se não contar a Aro, sua família vai morrer. Aro não vai lhe matar, ele vai cobrir para que ninguém saiba. Porque matar você arruinaria as chances dele ter Edward, Bella e Alice, correria o risco de ser derrubado do trono.
– Não estou preocupada se vou morrer. Não entende? Estou preocupada se eles vão se machucar e oque vão pensar de mim. – bufei. – Todos sabem que é errado se meter com esses dois, mas eu fiz um trato com eles assim mesmo. Fui inconsequente.
– Pelo que sei, sua família entenderia.
– Não estou preocupada se minha família vai me perdoar. – ele me olhou confuso. – Tem uma pessoa mais importante em jogo, e que com certeza vai me odiar.
– Alec. – assenti. – Sempre sonhei em namorar alguém que quisesse me matar.
– Não está ajudando.
– Eu sei, piada ruim. – riu. – É melhor ele saber por você. Assim poderá ouvir sua versão antes que o envenenem contra você.
Neguei com a cabeça.
– Não posso contar. Não vou conseguir olhar pra ele quando souber que queria mata-lo. Mas também não quero que saiba por outra pessoa. Droga Demitri! Me deixou mais confusa ainda.
– Eu? Você que não se decide se gosta de Alec ou não.
– Não estamos falando disso!
– Eu sei. Mas a curiosidade humana me atingiu. – seus olhos pediam uma resposta minha.
– Talvez eu goste. – murmurei. – E talvez... A gente tenha se beijado.
– O safado caiu em cima e conseguiu! – sorriu.
– Achei que soubesse.
– Alec e eu somos amigos de fato, mas ele não costuma ser tão transparente quanto parece.
Não respondi.
Terminei o frapuccino de Demitri. Peguei o celular e havia ligações perdidas de Alec, algumas mensagens do mesmo. Houve algo no castelo?
Demitri recebeu uma ligação. Assim que atendeu pude ouvir alguém muito irritado do outro lado da linha. Demitri revirou os olhos.
– Tá, tá. Já entendi! Fica calma fuinha.
Ele desligou.
– Temos que ir. Seu namorado está bravo porque a tirei do castelo. O cara é super-protetor demais.
– Ele não é meu namorado.
– Detalhes a parte... Vai contar a ele?
– Não, não hoje.
– Você é quem sabe. Mas não demore muito, ou isso vai acabar saindo do seu controle, sempre sai.
Assenti.
Nem todo amor começa com ódio, mas os melhores se envolvem nisso. São dois sentimentos diferentes. Amor e ódio não se combinam, porque um constrói e outro destrói.
Não esqueci oque ele disse a mim. Ele me amo mesmo quando ainda era uma criança, caçada pelo seu mestre. Foi capaz de matar por Jacob para que ele não me tivesse, será capaz de me matar por ter planejado mata-lo?
Eu me afundei em dias dolorosos, cultivei o isolamento e esbanjei falsos sorrisos. Sou um anjo expulso. Com minhas asas quebradas tento me redimir e trazer a luz de volta a mim. Mas somente ele pode me salvar, porque só ele é capaz de me amar.

Alec Volturi

Renesmee me deixa a cada dia mais confuso. Deixou claro não me odiar por ter assinado o transfigurar para que não ficasse com ela. Mas não me parece ser verdade, não mais.
Ela está distante, e me evita sempre que pode. Seus lugares variam apenas entre o jardim e a biblioteca do castelo. Ela conversava com Demitri e somente com ele. Tentei varias vezes falar com ela, mas ela sorri e diz que precisa ir. Tentei perguntar a Demitri oque ela tem, mas ele apenas respondeu que não pode me dizer.
O desespero me atingiu em tal nível que fui capaz de pedir a Jane que se aproximasse de Ness. O resultado foi decepcionante! Não por Jane, ela fez tudo certo. Mas Renesmee simplesmente implorou para que Jane não falasse com ela como se fossem amigas, e ainda falou com Aro para trocar de tutor, mas ele negou.
Não acreditei quando soube do seu pedido. Tem algo errado com ela, e Demitri sabe, mas ela deve ter pedido para que ele não dissesse nada.
Isso está me torturando, não ouvir sua voz, não ter seus olhos brilhando ao me ver. Não conseguia um olhar dela, raramente a pegava olhando-me.
– Você tem que dizer a ele! – escutei alguém quase gritando. Ao rever a voz em minha mente, reconheci. Demitri.
Vinha do quarto de Renesmee. Que diabos ele está fazendo no quarto dela?
Encostei-me na parede e esperei para escutar mais. É falta de educação, mas nunca disse que era educado.
– Demitri, não podemos falar sobre isso aqui. – a voz era de Renesmee, e parecia trêmula. Como senti falta de sua voz.
– Alec está no salão principal e não tem guardas próximos, Aro retirou. – Demitri parecia bravo. – Você tem que contar a ele.
– Eu... Não consigo!
O barulho leve da cama me leva a pensar que ela sentou-se. É melhor Demitri permanecer em pé, longe dela e da cama dela. E do que diabos eles estão falando?
– Ele me pergunta todo dia se você está bem e oque tem. Estou vendo meu amigo morrendo aos poucos, não sente nada ao ver ele assim?
Chantagem emocional, Demitri? Agradeço.
– Eu sei, eu sei. – houve um suspiro. – Mas eu não posso. Eu o amo demais para correr o risco dele me odiar.
Eu ouvi direito? Ela disse que me ama? E parece que não foi só eu que me animei, Alec junior também. Em minha defesa, nem lembro quando foi a ultima vez que transei.
– Quanto mais você esconde isso, pior fica.
– Mas eu tenho medo Demitri, Alec vai me odiar.
Porque eu a odiaria? E oque ela está escondendo? Escutar a conversa dos outros da nisso Alec, você fica totalmente a deriva.
– Se não contar, ai mesmo que ele vai lhe odiar.
Concordo Demitri, pois a curiosidade está me consumindo.
Resolvi que já estava na hora de parar de ouvir a conversa que não é minha.
– Eu...
Bati na porta que por acaso se encontrava aberta.
– Interrompo? – perguntei.
Demitri pôs as mãos nos bolsos e suspirou enquanto se afastava de Renesmee. Ela levantou e se afastou assim que me viu. Somente eu senti um clima tenso?
E ela fez de novo, está me evitando.
– Tenho que ir. – disse Demitri antes de sair do quarto.
– Ele estava com pressa. – ergui as sobrancelhas.
– Talvez devesse seguir o exemplo dele. – pude ouvir Renesmee sussurrar.
– Oque disse?
– Nada.
Ela permaneceu de costas para mim. Me aproximei dela, e pude senti-la tensa. Seu coração disparou ao sentir minha aproximação.
Estava disposto em esquecer seja oque for que ela esteja escondendo de mim, pelo menos naquele momento, pois precisava dela por perto.
Ela ameaçou se afastar, mas pus a mão em sua cintura fazendo-a se arrepiar e permanecer ali.
Não preciso mencionar oque aconteceu depois, não fizemos sexo de fato, duvido que ela queira perder sua inocência com um monstro como eu. Mas "dormimos" juntos. Me fascinei em vê-la dormir.
Renesmee... Sou frio porque sou um vampiro, você é fria porque não tem coração. O perdeu em tantos anos de luto.
Mas o objetivo da minha existência desde que você chegou, é conquistar esse coração por mais ferido que esteja, você merece a felicidade e muito mais, e eu garantirei isso para você.


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Notas finais do capítulo

Adorei os comentários, muito obrigada mesmo!



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