A escolha certa escrita por Achyle Vieira


Capítulo 11
Capítulo 10


Notas iniciais do capítulo

Olá people! Como passaram a semana? Ansiosos pelo capítulo de hoje?
Espero que gostem!
Vamos ao capítulo!



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"Longe do meu domínio 'cê' vai de mal a pior...".

(Kid Abelha)

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– Você vai me falar ou eu vou ter que arrombar essa porta? – Tento falar baixo, mas já estou irritada demais.

– Melodie, eu... – Fala e abaixa a cabeça.

Nessa hora me irrito mais ainda e o empurro tirando-o de frente da porta e abro a porta. Quando vejo o que tem lá dentro pisco algumas vezes pra ter certeza de que estou enxergando bem.

Uma loira – que acredito que seja uma loira de farmácia – está dentro da banheira rodeada de espuma, relaxando. Ela olha pra mim assustada quando abro a porta do banheiro e se encolhe na espuma da banheira.

Eu não acredito!

Saio do banheiro e vou em direção a cama dele para pegar meu celular. Nícolas fecha a porta do banheiro e vem até mim.

– Não acredito que deitei nessa cama. – Falo pra mim mesma. – Que nojo!

– Melodie, eu posso explicar.

– Você não precisa, eu já entendi. Será que dá pra você pegar meu celular. Está embaixo do travesseiro. – Cruzo os braços esperando que ele pegue meu celular.

Ele pega o celular e estende a mão me entregando o objeto.

– Aquela loira aguada não passou a bunda nesse travesseiro, passou? – Ironizo seca. – Porquê se ela fez isso não vou tocar nesse celular. Na verdade acho que vou ter que esterilizar ele ou então comprar outro.

– Ninguém passou a bunda em lugar nenhum. Melodie, me escuta...

Pego meu celular da mão dele e viro de costas antes que ele termine de falar e vou em direção a porta do quarto.

– Melodie, deixa eu te explicar. – Ele me segura pelo braço e me vira para ficar de frente para ele.

– Não é a mim que você tem que explicar Nícolas, mas sim a Rennata.

– Não é nada disso que você está pensando...

– Nunca é, não é mesmo? – Grito. – Acho que já está na hora de você começar a treinar pra mentir melhor, essa frase já é muito usada pelos cafajestes.

Tiro meu braço do domínio da mão dele.

– E nem pense em me dirigir mais a palavra ou hoje mesmo eu vou à casa da Rannata e conto tudo pra ela.

Vou para o meu quarto e tranco a porta com chave. Não quero correr o risco de ser surpreendida no meio da madrugada por ele me pedindo pra não contar nada a Rennata.

Depois de tudo o que Nícolas fez esses dias pensei que ele gostasse dela. Por quê uma pessoa aceitaria participar de uma serenata no meio de um aeroporto – com milhares de pessoas olhando – se nem gosta da garota.

Se ele nunca gostou dela deveria ao menos respeitá-la e não enganá-la da forma que ele está fazendo.

Não posso deixar que minha amiga sofra por ele. Mesmo ele sendo meu irmão não vou defendê-lo, o que ele está fazendo é errado demais.

Como ele pode ter sido tão burro pra trazer uma mulher pra dormir com ele aqui, na nossa casa? Ele é mais burro ainda se achava que eu nunca descobriria.

Minha cabeça começa a doer e sento na cama.

(Lembranças on)

– Eu sinto muito... – Digo e a abraço.

– Yo o amo tanto chiquita. Por que tem que doer tanto assim? – Ela fala em meio as lágrimas.

– Não vou deixar que ele te machuque mais dessa forma. – Dou tapinhas nas costas dela para tranquilizá-la. – Mas você sabia que não deveria ficar com ele. Nícolas sempre foi mulherengo.

– Sem sermões agora, o.k.? Yo já estou machucada demás...

(Lembranças off)

Meu Deus! Essa não é a primeira vez que Nícolas faz isso. Estou tão irritada com ele e mais ainda comigo por ter ajudado ele a iludir ela. Realmente pensei que ele gostava dela. Como vou fazer pra dizer a ela o que ele fez.

Uma tristeza invade meu peito e fico com muita vontade de chorar. Senti como se Nícolas não estivesse enganando somente a Rennata, mas a mim também. No inicio não entendi porque estava sentindo aquilo, mas depois abri os olhos e entendi.

Mesmo que eu não conseguisse me lembrar de boa parte da minha vida isso não mudaria as coisas que fiz e os sentimentos que senti do decorrer de toda a minha vida, e naquele momento mais do que nunca tive a certeza que eu não encontraria uma amiga melhor do que Rennata. Pois mesmo não lembrando a maioria das coisas que fizemos juntas sabia que ela sempre esteve lá me ajudando quando eu precisei e me apoiando.

Passei a maior parte da noite acordada pensando em uma forma de dizer a Rennata o que Nícolas fez. Não queria ter que contar isso a ela. Gosto muito de Nícolas como irmão e amigo, mas o que ele fez não me dá outra opção.

Olho e vejo que já são 1h da madrugada. Sei que posso me arrepender depois, mas abro a caixa de mensagens e envio uma mensagem para Alex.

Eu: Alex, tá aí?

Dois minutos depois, ele responde:

Alex: Sim. Vc está bem?

Eu: Estou bem. Preciso da sua ajuda.

Alex: Conte comigo!

Eu: Vc sabe dizer a quantidade de vezes que já viu a Rennata chorando por causa de Nícolas?

Alex: O q aconteceu?

Eu: Só me responda...

Mas ele não me responde. Vinte minutos depois e nada de resposta. Onde ele se meteu e por quê ele me respondeu tão rápido?

Será que eu atrapalhei alguma coisa? Argh! Será que os homens são todos iguais?

Perco a paciência – se é que eu estou com alguma – e ligo pra ele. Mas o telefone chama várias vezes e ele não atende.

Argh!Desisto!

Alguns minutos depois escuto algo bater na janela do meu quarto. Abro as cortinas e não acredito no que vejo. Abro a janela e falo:

– Você é louco? Quer quebrar minha janela? – Tento falar o mais baixo possível para que ninguém dentro de casa escute.

– Estou te esperando no jardim. – Ele fala tão baixo que quase não escuto.

Fecho a janela e as cortinas e levanto da cama.

Meu Deus! Se eu soubesse que Alex faria uma loucura dessas teria pedido ajuda a Max.

Será que ele não vê que estou tentando ficar longe dele?

Enquanto desço as escadas na escuridão tenho uma leve impressão de que não é a primeira vez que faço isso e então, algumas imagens de mim fazendo isso várias vezes passam pela minha cabeça.

Encontro Alex no jardim. Sentado na beira da piscina com a calça jeans dobrada até os joelhos e os pés descalços entro da água.

– O que você acha de um mergulho? – Pergunta erguendo uma sobrancelha.

– Não, obrigada. – Respondo lembrando o que aconteceu na última vez que eu entrei em uma piscina. – Você é louco, não é? O que está fazendo aqui?

– Você pediu minha ajuda, lembra? – Pergunta e se levanta.

– Sim, mas... você não precisava vir aqui, principalmente a julgar pela hora. – Cruzo os braços com frio.

– Vamos para a sauna. – Fala olhando ao redor.

De repente a coragem sai de todo o meu corpo e eu fico apenas parada olhando pra ele. O que ele quer fazer na sauna?

– Acho que aqui é mais seguro. – Digo.

– Não vou te machucar. Só não quero que seus pais nos peguem aqui e me expulsem. – Diz e começa a caminhar em direção a sauna.

– Eu sei. Você não seria tão louco ao ponto de me machucar não é? – Pergunto e começo a segui-lo.

Ele para de andar e olha pra mim. Por um segundo pensei que ficaria presa a seus olhos azuis pelo resto da noite, mas então, me lembrei do real motivo por ele estar ali e me lembrei de Max. Desviei o olhar.

– Não. – Responde.


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Notas finais do capítulo

O que acharam? Estou ansiosa para saber a opinião de vocês!
Até semana que vem, meus amores.
Kiss.



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