Edward Anthony Cullen

  Acordei com uma puta de uma dor de cabeça, Bella não estava ao meu lado, e com certeza, estava uma fera comigo, Emmett e eu tínhamos passado da conta e bebemos todas, eu me lembrava mais ou menos do que havia acontecido ontem, nós dois bebemos, e algumas mulheres vieram até a gente, mas a dispensamos, pelo menos fomos fiéis, lembro de termos voltado de táxi e nos jogado no corredor, até Bella nos encontrar e nos der uma baita bronca, depois disso, eu não lembro mais de nada.

  Tentei me levantar, mais eu fiquei tonto, voltei a deitar e passei a mão no rosto, escutei passos e o cheiro de morango se aproximando, isso estava me dando enjôo.

  -Ressaca? -Bella perguntou.

  Tirei a mão do rosto e a olhei.

  -É. -Respondi.

  Ela cruzou os braços e me olhou.

  -Eu sei que está brava comigo. -Disse, me sentando na cama, bem devagar.

  -Eu disse sem bebidas, Edward. -Ela disse.

  Respirei fundo.

  -Eu e o Emmett sabemos nos cuidar. -Disse.

  Ela me olhou.

  -Edward. -Ela me chamou, e a olhei. -Você usou drogas?

  -O que? -Perguntei.

  -Responde a pergunta.

  Eu apenas bebi ontem, não usei nada, estava com o Emmett, mesmo bêbado, eu tinha certeza que iria me entregar e não tinha como eu conseguir alguma coisa, aqui na Itália.

  -Claro que não, Bella. -Respondi.

 -Me fale a verdade, Edward. -Ela pediu.

  Levantei-me, e fui até ela, pegando em suas mãos.

  -Eu estou falando a verdade, não acredita mais em mim?

  -Acredito, só pensei que se você tinha bebido, você também…

  -Não, eu não usei nada, apenas bebi, e se quer saber se ficamos com alguém, pode ficar tranquila, por que fomos fieis. -Disse.

  Ela riu.

  -É eu sei, suas palavras ontem, já disseram tudo. -Ela disse.

  -Como assim? -Perguntei.

  -Bom, você disse pra eu não te deixar, que era muito novo pra mim, e tinha medo de me perder, que me amava muito. -Ela disse, rindo.

  Revirei os olhos.

  -Eu estava bêbado. -Disse.

  Ela assentiu.

  -É, deu pra ver em como você fica todo sentimental quando está bêbado. -Ela disse.

  -Eu vou ao banheiro, esse cheiro de morango, está me deixando enjoado. -Disse.

  -O que? -Ela perguntou.

  -É minha ressaca, seu perfume é doce de morango, está me dando vontade de vomitar.

  -Quer que eu tire esse cheiro?

  -Não, eu adoro o seu cheiro, mas é que agora eu to passando mal. -Disse.

  -Tudo bem. -Ela disse.

  Fui para o banheiro e tomei um banho frio e fiz minha higiene matinal, voltei ao quarto só de toalha, e Bella mexia em uma de suas nécessaires.

  -Hoje não é o dia do desfile? -Perguntei.

  Ela assentiu.

  -É sim, a noite. -Ela respondeu.

  -E está nervosa? -Perguntei, indo até minha mala, e pegando uma roupa pra mim.

  -Um pouco, tenho medo de tropeçar, cair, meu vestido rasgar. -Ela respondeu.

  Troquei de roupa.

  -Pode ficar tranquila, vai dar tudo certo. -Disse, me aproximando dela.

  -Assim espero. -Ela disse, se virando pra mim. -Está melhor?

  Neguei.

  Ela sorriu.

  -Tem um remédio que eu dou pra Kris, acho que é a sua faixa de idade. -Ela disse, rindo.

  Revirei os olhos.

  -Engraçadinha, bem que quando a gente ta na cama, você não reclama da minha idade. -Disse.

  Ela riu.

  -Não to reclamando, só estou brincando bebê, e se eu brinco, é por que eu te amo. -Ela disse.

  Assenti.

  -Sei.

  -Ta ok. -Ela disse e pegou um remédio. -Tome esse, é pra ressaca.

  -Se for remédio infantil, eu dispenso. -Disse.

  -Não é, isso tira ressaca rapidinho. -Ela disse.

  -Ok. -Peguei o remédio e tomei.

  -Vamos descer pra tomar café? Eu tenho o resto do dia livre e quero passar com você e a Kristen.

  -Não quero colocar algo na boca, tão cedo. -Disse.

  -É, mas eu preciso, e você tem que comer. -Ela disse, e me puxou.

  Respirei fundo, mas fui tomar café com ela, claro que não iria deixá-la sem comer, afinal, ela precisava comer.

  Carlisle Cullen

  Esme e eu estávamos abraçados, assistindo TV, hoje era meu dia de folga e passaríamos o dia inteiro juntos, era bom, por que a casa é toda nossa, já que as crianças foram viajar.

  -Essa casa está tão vazia. -Ela disse.

  -Nós somos o que? Nada? -Perguntei.

  Ela riu.

  -Não, é estranho não ter nossos filhos aqui. -Ela respondeu.

  Sorri.

  -Eles estão bem. -Disse.

  -Espero, será que Edward está se cuidando?

  A olhei.

  -Não está preocupada com o Emmett? -Perguntei.

  -Emmett já é maior de idade, sabe se cuidar. -Esme respondeu.

  -Não acho que ele saiba se cuidar. -Disse.

  Ela me deu um tapa no ombro.

  -Para! Emmett é excelente, só que as vezes, é um pouco palhaço. -Ela disse.

  -Incrível como ele e o Edward são totalmente diferentes. -Disse.

  -É por que o Edward puxou para o meu lado da família, já o Emmett, puxou para o seu. -Esme disse.

  -Está me chamando de palhaço? -Perguntei.

  -E de retardado, demente, anormal. -Ela respondeu.

  -Eu também te amo, querida. -Disse.

  Ela riu.

  -E a Kris? Pra quem será que ela vai puxar? -Ela perguntou.

  -Contanto que ela não puxe para os avós maternos, ta ótimo. -Disse.

  -Se ela puxar pra Bella, será uma pessoa incrível. -Ela disse.

  -E maluca. -Disse, rindo.

  -Para o lado do pai também. -Ela riu. -Ela puxando pra Bella, se tornaria uma bela mulher, de personalidade forte.

  Assenti.

  -É, eu sei. -Disse.

  -Carl. -Esme me chamou e a olhei. -Posso te perguntar uma coisa? Sobre o seu passado com a Bella?

  Respirei fundo, falar daquilo, ainda me incomodava.

  -Claro. -Respondi.

  -O que você sentia por ela? Quando vocês ficaram? -Ela perguntou.

  -Bom… eu gostava muito dela, mas o que eu sentia, e ainda sinto por você, é bem maior. -Respondi.

  Ela sorriu.

  -Ela combina mais com nosso garotinho. -Ela disse.

  Comecei a rir.

  -É, eles tem mais química, assim como nós dois. –Disse e lhe dei um selinho.

  -Imagina ela grávida? Do nosso menininho? -Esme disse, seus olhos brilhavam.

  -É, mas queria que não fosse agora, Edward ainda está muito novo, pra ser pai. -Disse.

  -Claro que não vai ser agora, Bella sabe disso, e também ela esta na melhor fase da sua carreira, não vai querer engravidar agora. -Ela disse.

  -Espero. -Disse.

  -E a Kris hein? Como será que vai ser no futuro? -Ela perguntou.

  -Pressinto que ela vai me dar muito trabalho. -Respondi.

  Esme riu.

  -É, ela pode ser um pouco rebelde como a mãe. -Esme disse.

  -E os irmãos, cá entre nós, Emmett e Edward, também tem suas rebeldias. -Carlisle disse.

  -É, eu sei, mas ainda acho que ela vai ser uma grande mulher. -Esme disse.

  -É, será que um dia ela vai querer conhecer Renée e Charlie? -Perguntei.

  -Acho que não, eles fizeram muito mal pra ela, isso a traumatizou, ela viu Charlie violentar a própria mãe. -Ela respondeu.

  -Nem Bella quer ver eles. -Disse.

  -Bella nem toca no nome deles, ainda está muito traumatizada.

  -Mas são os pais dela. -Disse.

  -Pais? Carlisle, eles nunca agiram como pais. -Esme disse.

  -Renée agiu, quando Charlie a violentou. -Disse.

  -É claro, o coração de mãe dela sentiu, mas mesmo assim, ela deixou, e as outras coisas que ela fez pra Bella? Não conta? Bella jamais vai conseguir perdoá-la, por mais que ela tenha se entregado e entregado o Charlie, por ela, conhecendo a Bella como a gente conhece, ela não vai perdoá-la. -Esme disse.

  -Um dia, Renée pode vir atrás dela. -Disse.

  -E nós a protegemos, pode ser estranho, mas eu considero a Bella e Kris, umas filhas pra mim, eu sei que eu deveria ter raiva da Bella, por quase roubar o meu marido, mas eu não tenho, ela era só uma criança, que estava com os hormônios a solta, eu já a perdoei a muito tempo, o fato dela fazer o meu menino feliz, já merece meu perdão, e com tudo isso, a considero uma filha pra mim e se for preciso eu defendê-la, eu defendo. -Esme disse.

  Sorri.

  -Nossa, se fosse outra pessoa, a xingaria até o fim, mas você Esme, você não tem nenhum pouco de raiva da Bella, mesmo sabendo que a gente tinha um caso. -Disse.

  Ela sorriu e me deu um beijo na bochecha.

 -Ainda é um pouco difícil pra mim, lembrar-se desse caso de vocês, descobrir que a pessoa que você mais ama nesse mundo te traiu, ainda mais com uma adolescente de 15 anos, não é fácil, e não vou negar, foi difícil no começo pra mim, mas eu superei, superei por que eu sabia, que mesmo assim, você me amava, que isso tudo não passou de um erro e a Bella, Bella também se arrependeu de tudo isso.

  -Menos de ter a Kris. -Disse.

  Ela riu.

  -É, menos isso, e ela não é uma vadia, que tentou roubar meu marido. -Ela disse.

  -Mas no começo, você bem que achou isso, que ela só estava com o Edward, pra me ter. -Disse.

  -É, mas você também achou, até ofereceu dinheiro pra ela ir embora. -Ela disse.

  -É, aquilo foi um erro meu. -Disse.

  -Mas percebemos uma coisa, percebemos que a vitima era ela, que ela que sofria ali, ela não sabia de nada e amava o Edward incondicionalmente e deixamos as indiferenças de lado. -Ela disse.

  -Me diz uma coisa Esme, você não sente nenhum pouco de raiva da Bella, nenhum pouquinho? -Perguntei.

  Ela negou.

  -Por mais que eu tente, eu não consigo ter raiva dela, confesso que tenho ciúmes de você perto dela, mas raiva não. -Ela respondeu.

  Sorri.

  -Você sempre foi ciumenta. -Disse, lhe dando vários selinhos.

  -Sim, por isso brigamos naquele dia em que você a conheceu. -Ela disse.

  -É, mas isso nunca mais irá acontecer. -Disse.

  -Eu sei, ainda mais por que se acontecesse, você a disputaria com seu próprio filho. -Ela disse.

  -Aqui entre nós Esme, você é melhor que ela, mais experiente. -Beijei seu pescoço.

  -É, ela só é experiente para o Edward. -Ela disse.

  -É, incrível como eles são tão dependentes um do outro. -Disse.

  -É, acho que é por isso que eu não sinto nenhuma raiva dela. -Ela disse.

  -Isso é estranho. -Disse.

  Ela riu.

  -Sabe Carlisle, quando os meninos eram pequenos, que imaginávamos ter uma menina, eu imaginava mais ou menos a Bella, doce, tão frágil. -Ela disse.

  Sorri.

  -É, e hoje você a considera como filha. -Disse.

  -É ,e é por isso que a defenderei como minha filha, todas as mulheres podem me chamar de louca, por eu considerar a ex amante do meu marido uma filha, mas eu a considero ,já disse, e nada irá me fazer ter raiva dela, só se ela magoar meu garotinho. -Ela disse.

  Comecei a rir.

  -É, ela não vai ser capaz. -Disse.

  -Tomara. -Esme disse e me deu um selinho. -Não se sentiu mal, naquela época, por estar com a filha da Renée?

  -Sabe, no começo, pelo nosso passado, eu fiquei com muito medo, Renée sempre foi louca e tinha medo dela aprontar, ou te dizer algo, mas não foi com a gente que ela foi cruel. -Respondi.

  -Foi com a própria filha, Renée sempre foi um monstro. -Esme disse.

  -Vamos mudar de assunto? Não quero ficar falando da minha ex namorada maluca, que tentou me separar da pessoa que eu mais amo nesse mundo e ainda por cima, quase matou a minha filha e minha nora. -Disse.

  Esme riu, quando eu chamei Bella de nora, mas era isso o que ela era agora, apenas minha nora.

  -Tudo bem. -Ela se levantou. -Então vamos aproveitar o seu dia de folga, já que essa casa é todinha nossa.

  Sorri, maliciosamente.

  Levantei-me, e subimos para o quarto, onde permanecemos o resto do dia.