Colorful escrita por Isabelle


Capítulo 10
Capitulo 9 - Noah


Notas iniciais do capítulo

Pois meus olhos vidram ao te ver
São dois fãs, um par
Pus nos olhos vidros para poder
Melhor te enxergar
Luz dos olhos para anoitecer
É só você se afastar
Pinta os lábios para escrever
A sua boca em minha
— Nando Reis



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Os policiais me olhavam sérios enquanto eu contava a eles o que estava acontecendo, e o motivo de eu estar lá. Eles todos pareciam estar bem cientes ao caso, e bem mais preocupados agora que outra unidade vinha investigar junto com eles. Eu comecei a contar de quando eu havia entrado na academia, e já ouvia falar sobre esse caso. Ele parecia ser um mistério para todos, e tinha sido deixado de lado por um longo tempo, até agora que tínhamos novas vítimas.

O chefe deles, parecia ser o mais focado ao assunto. Sentia seus olhos me corroendo de tão profundo que era seu olhar em mim. Tentei falar sem gaguejar mas o caso em si já me deixava nervoso, e estar em frente daquelas pessoas desconhecidas me deixava mais desconfortável ainda.

― Temos a Zona quatro, ela está sendo monitorada há alguns dias, mas não tínhamos nenhum que se ofereceu para ir mais ao norte, acreditamos que pode haver algum tipo de acampamento de mortos, e ninguém quer encontrar isso. ― O chefe de polícia disse.

Era um homem corpulento, careca com os olhos verdes que lembravam o de Sally. Ele tinha uma cicatriz cortando seu olho, que me deixava assustado, e ao mesmo tempo corajoso. Seu uniforme estava bem danificado, mas ele não parecia estar nem um pouco preocupado com isso.

― Não sabemos bem onde estão os corpos, pode estar nessa zona, ou estar em outro perímetro, tudo pode variar, ele trabalha com detalhes que ninguém percebe. ― Ele disse e todos os outros somente assentiram.

― É, eu percebi isso. ― Soltei um suspiro. ― Mas me candidato para ir vigiar esse perímetro hoje a noite, acho que…― Escutamos um barulho estrondoso, e quando olhamos, Sally tinha derrubado um grampeador dentro de um cesto de lixo que tinha se virado.

― Me desculpem. ― Ela disse sutilmente e sorriu.

― Ela é sua parceira? ― O chefe me perguntou e eu senti minhas bochechas queimarem.

― Sim, ela é. ― Me senti muito culpado por mentir.

― Se quiser levar um de meus homens, não terá o menor problema, só acho que ela não está muito treinada para esse tipo de tarefa.

Queria muito chamar outro guarda, mas sabia que três era um número estourando para aquele tipo de vigia. Não queria levar Sally de maneira alguma, era muito perigoso para ela, e tudo que eu menos queria era que ela se machucasse por minha conta, mas sabia muito bem, que se não a levasse ela ficaria emburrada de seu jeito natural.

― Vou tentar essa noite, qualquer coisa te avisarei. ― Eu passei as mãos que suavam no uniforme, e sorri de uma forma discreta.

― De acordo então. ― Ele sorriu, e dispensou todos os outros. ― Tem a tarde livre, e depois acho melhor você e sua parceira se arrumarem, de um uniforme decente para ela, por favor.

― Tudo bem, senhor.

― E acho melhor pegar uma moto, seu carro vai retardar as fugas, e precisamos ter certeza que estará a salvo. ― Ele foi até a sua mesa, e pegou a chave. ― Cuide bem dela, é uma harley davidson.

― Pode deixar. ― Eu sorri, e fui até uma bancada onde haviam centenas de uniforme. Encarei o corpo de Sally com precisão, e fiquei analisando coisas que não deveria, até ela olhar para mim, e me fazer acordar.

Peguei um uniforme P meio amarronzado, e joguei para ela. Seus olhos sorriram sutilmente para mim, e eu segurei seu braço com um pouco de força para que ela ficasse mais próxima.― Se quer ser uma policial de mentira, tem que agir como uma.

― Tipo a Mulan? ― Ela me olhou encantada.

― Mulan? ― Eu olhei para ela como se não fizesse sentido.

― É, aquele filme da disney, que a menina entra na guerra pelo pai…

― Eu sei o que é Mulan, quero saber qual a relação?

― Ela teve que fingir ser uma coisa que ela não era. ― Ela disse enquanto saiamos. ― Seu raciocínio não é muito rápido, né?

― Fica quietinha. ― Disse e fui andando até o estacionamento. ― Qual dessas será uma harley?

A cabeça de Sally se virou tão rapidamente para mim, que jurava que era a boneca do exorcista que estava ali. Seus olhos saíram de sua face, e ela segurou meu braço como se aquilo fosse a coisa mais incrível do mundo.

― Você vai dirigir uma Harley? ― Ela perguntou esperançosa.

― Vou tentar. ― Eu sorri e ela disparou em minha frente para uma moto preta com rodas realmente bem maiores do que uma moto normal que eu estava acostumado a dirigir.

― Se colocar um casaco de couro e óculos, e subir nessa moto ai sim acreditarei que tem aquele efeito com as mulheres.

― Vai se apaixonar se eu fizer isso. ― Eu sorri de lado.

― Vai nessa. ― Ela disse. ― Mas onde vamos almoçar?

― Faz quanto tempo que você não come fast food?

― Fast Food? ― Ela pensou bem na minha pergunta. ― Acho que faz uns sete meses.

― Sete meses? ― Eu perguntei indignada, e subi na moto. ― Bem senhorita, comeremos muita baboseira agora, e principalmente a noite, então espero que não esteja de regime.

Ela subiu na moto, e enroscou os braços pela minha cintura, fazendo com que aquele frio incessante surgisse na boca do estômago. Balancei a cabeça e entreguei o capacete para ela, depois coloquei o meu.

Passamos em uma fast food e compramos todo tipo de bobeira que podiamos, ficamos comendo enquanto eu contava a ela sobre minhas antigas namoradas.

― Uma vez eu namorei essa menina, e ela era tipo super organizada, tipo super mesmo, um dia eu entrei no meu apartamento e ela tinha redecorado, e tipo sabe o que sentar no seu sofá e escutar aquele barulho do plástico?

― Aquele que faz você soar? ― Ela riu.

― Exato, e ainda gruda você no sofá, sabe o que é transar num sofá deste? ― Eu perguntei e ela riu mais ainda.

― Mas sério, você é virgem? ― Eu perguntei terminando de comer as batatinhas que tinham vindo com meu lanche.

― Não, perdi com dezessete, com meu primeiro namorado. ― Ela disse e tomou um gole do seu refrigerante. ― Depois fiz de novo, com outro, o segundo, que eu quis terminar no momento em que falei sim.

― E por que terminaram no final de tudo? ― Eu perguntei não sabendo que estava entrando em território perigoso.

― Complicado. ― Ela disse, e soltou um sorriso de lado.

― Tudo bem, então eu tive vinte namoradas, e várias ficantes, mas nunca gostei de verdade, de verdade mesmo de nenhum delas, você pelo menos gostava dele?

― Bastante. ― Ela soltou a palavra como se fosse um sussurro ao vento.

― Ainda gosta dele? ― Eu perguntei meio sem graça.

― Não tanto quanto antes. ― Ela novamente não estava olhando para mim, e sim para alguma coisa aleatória.

― Temos a tarde livre, acho melhor voltarmos para casa.

― Também acho.. ― Ela perguntou se levantando tirando o excesso de comida de cima de si, e subindo na moto junto comigo.

― Sabe nunca vou me cansar de você colocando as mãos envolta de mim.

― É que você está apaixonado por mim, e eu causo esses efeitos nos garotos. ― Ela disse presunçosamente, e eu revirei os olhos.

Voltamos para casa e fomos recebidos por uma família sorridente, em uma mesa com um almoço gigante. Sally e eu ficamos totalmente sem graça, então para não fazer desfeita sentamos a mesa, e comemos junto com eles. Minha mãe ficava encarando Sally, e tentando achar alguma coisa de errado nela. Conhecia aquele olhar. Era o olhar de reprovação. Carla trocava algumas palavras com ela e as duas soltavam risadas, e eu simplesmente olhava para o lado, e voltava a brincar com Sally.

― Então, Sally... ― Minha mãe disse, e todos os presentes na mesa (Pais de Carla, meu padrasto, carla e as crianças) olharam para ela. ― Você faz o que da vida?

― Estou no terceiro ano de design, e pretendo ir para o exterior no próximo ano, na metade do ano que vem se possível, e trabalho aos sábados…

― Como antena a cabo.. ― Murmurei bem baixo para que somente Sally pudesse ouvir.

― Tem namorado? ― Minha mãe perguntou encarando seu prato.

― Não, eu não tenho. ― Sally tomou um gole de seu suco de pêssego.

― Pretende se casar algum dia? Depois de fazer faculdade? ― Ela disse se intrometendo. ― Design não é uma área tão produtiva, mas receio que na medida certa, você poderá desenvolver bem esse plano de vida.

― Mãe, você quer parar!― Eu disse duramente.

― Não, tudo bem, Noah.. ― Sally disse sutilmente. ― Não sei se vou me casar. Depende. Acho a palavra casamento muito estereotipada nos dias atuais. Por exemplo, Carla, quando te falam em casamento qual a primeira coisa que vem a sua cabeça?

― Am, acho que em uma noiva com um vestido bem lindo, e na igreja, no noivo também..

― Entende? ― Ela ergueu as sobrancelhas. ― Pessoas não pensam em casamento como uma coisa que é para comprovar o amor, mas sim como algo mais superficial. Hoje em dia temos todo um padrão, você tem que ter uma boa faculdade, se casar com um bom partido, para poder ter uma vida boa; tem que ter no mínimo dois filhos, e trabalhar muito para que eles também possam ir a faculdade. É tudo muito…

― Planejado.. ― Eu disse entendendo perfeitamente seu raciocínio. ― Realmente, e tirando o fato que as pessoas só se casam por medo de acabar sozinha, e não por amar realmente.

― Sim, nós humanos somos tão carentes, tão necessitados, que precisamos que outra pessoa seja nossa felicidade, e não nós mesmos, por isso que sofremos tanto no fim de relacionamentos, porque acreditamos que a nossa felicidade dependia de outra pessoa. ― Ela suspirou. ― Nós criamos uma rotina depois de um tempo de relacionamento, e acabamos presas a uma interminável e cansativa vida.

― Concordo. ― Até mesmo Carla disse.

― Então não sei, isso depende muito, se encontrar a pessoa que me faça cometer essa loucura que é a vida em dois, então sim. Talvez eu me case.

Todos na mesa pareciam fascinados com aqueles pensamentos dela, e depois que ela terminou de dizer tudo o que tinha a falar, ela apenas esboçou um sorriso, pediu licença, e se retirou da mesa. Segui-a até meu quarto, e a encontrei deitada na cama abraçando novamente o travesseiro.

― O que foi aquilo? ― Eu sorri e me deitei ao seu lado.

― Meus mais sinceros pensamentos sobre casamento. ― Ela sorriu. ― Meu namoro com o segundo namorado, o Luka, era tudo muito planejado, tudo muito sabe? Normal, parado.

― Eu entendo... ― Eu disse e deitei de lado para poder a observar melhor.

― Eu só não quero nunca mais que um namoro, casamento ou qualquer coisa vire uma rotina...

Eu sorri entendendo completamente o que ela dizia.

Observei-a atentamente e vi os olhos verdes presos no teto, e seus pensamentos também. Aquele havia sido a primeira vez que ela tinha me contado alguma coisa abertamente da sua vida antiga. Ela mal chegava a comentar nada.

― Sally? ― Disse sutilmente.

Ela moveu os olhos do teto para mim, e nós dois ficamos num silencio absoluto, apenas encarando um ao outro, até pegarmos no sono.

Depois disso acordei com minha mãe batendo firme e incansavelmente na porta, dizendo que iriamos nos atrasar. Dei um pulo da cama verificando as horas, e vendo que tínhamos que ir para lá agora. Acordei Sally, e nem me importei dela estar ali no quarto, apenas fui tirando a roupa e correndo para o banheiro.

Tomei um banho bem rápido, e Sally fez o mesmo, trocamos de roupa no mesmo quarto mas nem nos preocupamos com isso, apenas precisávamos chegar bem rápido.

Subimos na moto e disparamos pela cidade, indo até a zona onde haviam me dito para ir, mas depois de rapida vasculhagem, Sally e eu tivemos certeza que ele não nos levava a sério.

― Ele te deu a Harley dele. ― Ela afirmou.

― Como prêmio de consolação, ele me mandou pra essa parte que nem tem como ter um assassino.

― Tem uma parte determinada em que eles gostam de ficar? ― Ela perguntou. ― Porque se tiver, por favor, me informe que eu vou evitá-la.

― Pensa que por enquanto é trabalho a menos. ― Ela sorriu tentando me animar, mas nada me animaria.

― Olha, pensa assim, o que vamos fazer quando acabarmos aqui?

― Podemos ir para casa depois e tomar um banho junto. ― Eu disse focado em uma pessoa que andava preocupada, olhando para todos os lados.

― O que? ― Sally disse assustada.

― Banho de piscina, calma, calma.. ― Eu continuei seguindo a pessoa com os olhos. ― Está vendo aquela pessoa ali? ― Mostrei para Sally.

Ela acompanhou meu olhar e afirmou com a cabeça. Parecia que tínhamos criado um certo telepatismo para isso, porque no mesmo instante nos dois nos locomovemos e começamos a andar lentamente. A pessoa era uma moça jovem, no máximo uns vinte e cinco anos. Ela usava uma calça de boca de sino toda rasgada e perfurada, e uma blusa branca coberta por marcas vermelhas; tinha no mínimo seis colares no pescoço, e uma aflição no olhar; sua pele também estava cheia de hematomas.

― Ei moça. ― Sally gritou e a garota virou. Os olhos mais azuis que as águas brutas de um mar, com o cabelo todo colorido em um degrade nas cores de uma galáxia. ― Você está bem?

― Eu... eu..

― Você? ― Os olhos dela pareciam estar totalmente fora de orbita, e em um segundo, ela virou o rosto para o chão e vomitou.

― Eles estão mortos, a cabeça está.. eu não sei, é só.. ― A menina entrou em estado de choque e eu peguei o walkie talkie e telefonei para os locais.

Em menos de vinte minutos todos estavam lá na casa que a menina dera de informação. Eu e Sally estávamos a frente já que encontramos a menina, e tivemos que entrar na casa primeiro. Meu coração disparava, (a) por ser minha primeira missão de verdade mesma, (b) porque estava preocupado com Sally. Queria tanto não tê-la trago para essa confusão. Não conseguia nem imaginar o que seria de mim, se alguma coisa acontecesse com ela.

Sally parecia sentir meu nervosismo evidente tanto que segurara minha mão esquerda, a qual eu não estava usando a arma escondida. Ela também estava tremendo um pouco, mas nada que ela não estivesse controlando muito bem.

Subimos uma remessa pequena de escadas e encontramos os dois corpos jogados ao chão, com as mesmas marcas que os antigos, e com o mesmo corte no pescoço. Tive muita vontade de vomitar, mas segurei, Sally parecia somente estar horrorizada, mas nada demais. Seus olhos estavam cheios de lágrimas, e eu tive que me manter firme ao seu lado para não desabar com ela.

Ela segurou minha mão forte, e encostou a cabeça em meu peito. Passei a mão por seus cabelos, enquanto tentava não olhar para todo aquele sangue.

― Tudo limpo. ― Gritei para os outros, e Sally se afastou, começando a descer as escadas.

― Bom trabalho. ― O chefe disse, e me parou. ― O setor nove amanhã é seu. Temos um cemitério por algum lugar e queremos achá-lo.

― Entendi. ― Eu murmurei.

― Sua parceira lidou bem com a situação.

― É, ela já está um pouco treinada. ― Sorri e a segui para fora.

Ficamos sentados na moto esperando tudo terminar. Nós dois não comentamos nada sobre o corpo, não conseguíamos. Eu só sentia a dureza entre meu corpo, e o frio que percorria minhas veias. Aquilo era como um pesadelo para aquelas pessoas. Haveriam novas vítimas, em Uberaba, ou Uberlândia, sabíamos que haveria outras vítimas.

― Quer ir tomar aquele banho de piscina agora? ― Perguntei, e ela sorriu assentindo.

― Por favor. ― Ela disse, e ainda sim deu um ultimo olhar para a casa.

O caminho fora silencioso, estamos muito abalados e nem tentamos ficar brigando com o barulho da moto e do vento. Chegamos em casa, e não dei tempo para ela vestir biquíni, alias, ela nem mesmo trouxera um, então apenas a joguei de roupa e tudo dentro da piscina, mas ela não fora boazinha, e me puxara junto com ela. Continuamos a brincadeira por cerca de uma hora, ela ria, e eu também, estávamos os dois normais, eu estava ciente que estava bem. Já tinha colocado a historia toda no mesmo lugar...

Até que eu fiz algo por reflexo.

Ela estava tacando água em mim, e agora somente de sutiã. Um sutiã roxo, que delineava bem a curva de seus peitos. Sua força estava em empurrar a água, até que uma hora cansei e a puxei para perto de mim. Minha mão estava presa em sua cintura, e sua boca milímetros da minha. Nossa respiração era tremula, e eu queria tanto seus lábios aos meus. Seu cabelo estava todo jogado para trás, e a luz da lua refleti em seus olhos. Senti o mesmo nervosismo. Ela também queria aquilo, ele podia sentir. Sabia reconhecer, mas havia a diferença que não era como outras. Ela era a criatura mais linda de todas, com toda a ingenuidade, e profundeza. Mas aquelas palavras. Estas palavras. Nunca sairiam de minha boca.

― Vocês querem sair logo dai? ― A voz da minha mãe estourou. ― Vão ficar doentes.

Demos uma risada, e ela foi a primeira a sair da piscina, apenas olhando de lado para mim. Aquela mulher estava abalando meu mundo. Tudo que eu conseguia sentir eram as pequenas terminações nervosas que espalhavam todo êxtase para meu corpo. Não podia estar assim. Não ficaria assim de modo algum. Quase beijara sua amiga. Melhor amiga, e não colocaria nossa amizade em risco. A pior parte, iria ser uma luta brava não me apegar aquela garota, mas já tinha bolado o plano perfeito.












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