Meu Segurança Particular. escrita por Uvinha Lee


Capítulo 44
MSP Especial de Natal - Parte 4: Amigo secreto.


Notas iniciais do capítulo

Yoooo! Gente, desculpaaaaaaaaaaaaaaaaaa!!! Eu demorei tanto pra postar a parte 4 do especial de natal que já estamos em janeiro! O capítulo ficou E-NOR-ME. Isso porque tirei umas coisas que eu ia colocar, mas não se preocupem, essas coisas estarão na fanfic, só que virão em flashbacks porque eu quero. kkk... Está muito diversificada e tem shipp pra tudo quanto é lado.
Eu nunca mais farei um capítulo tão grande assim... 39 páginas no word... Esse definitivamente é o meu record e não pretendo bater. kk Fiquei com tanto medo de dar m$#@% que postei o capítulo assim que editei, deixei pra fazer as notas iniciais depois que já estivesse postado..

Mas enfim, sugiro que vejam os dois links que coloquei nas notas finais! A música que Juvia canta com o Silver (ÔE, olha o Spoiler) e a música da caixinha de música. kk... Okay? É interessante que vcs escutem a música que Juvia cantou, porque é como imagino que seja a voz da Juvia cantando e o Gray vai comentar dessa voz depois. Enfim, agora sem mais delongas. (Até porque teve deLONGA até demais) ao capítulo e além!



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Durante a revelação do presente de Laxus...

A branca tentava ver através da multidão, mas a porta estava simplesmente lotada e ela havia ficado para trás. Pela algazarra e gritos dos outros convidados, ela podia deduzir que o tal presente do galã de fios dourados foi, minimamente, ostensivo. Ela riu com toda a bagunça e ficou feliz por Levy. Principalmente, estava realmente tocada com o vídeo que o loiro fizera para sua chefe. O carinho entre os dois era notório.

– O caça talentos sabe mesmo como tratar uma garota... – Riu consigo.

– O que disse aí, Mirinha? – Ao ouvir a voz da desqualificada, a branca revira os olhos e sai completamente de seus devaneios românticos.

– Argh... Eu já falei pra me chamar de Mira, Evergreen! – Ergueu uma sobrancelha e pôs uma das mãos na cintura. A cunhada riu.

– Eu sei que você sabe que fiz isso apenas para te provocar. – Deu um sorriso irônico. A branca retribuiu o sorriso, apenas de forma mais sinistra.

– Eu aconselho que pare. Ou esquecerei que o meu irmão mantém um relacionamento com alguém como você. – Por algum motivo, Evergreen sente um leve arrepio na espinha; talvez aquela fosse uma boa hora para agir com cautela quando se tratava da Mirin... Ou melhor, de Mirajane.

– Pfff... Não seja tão mal humorada, cunhadinha. – Fingiu-se corajosa. – Isso apenas foi uma brincadeira.

– Sabe muito bem que não vou com a sua cara desde o que fez ao Gajeel. – Ela cruzou os braços. – Então me faz um favor? Vire queijo e rale daqui.

– Tss... Você não costumava comprar briga dos outros. – Ever fez bico. – Além disso, aquilo aconteceu há muito tempo! As pessoas mudam, não? – A branca arqueou a sobrancelha. Ah... As pessoas mudam, mas você não.

– Estamos mesmo tendo essa conversa agora? – Mira parecia entediada. – Não tem nada melhor para fazer, não, Evergreeen?

– Arh... Você está mesmo complicada. Estava apenas querendo falar sobre o presente da Levy—

– Você quer dizer da Vikky?

– Será que não limpou seus ouvidos hoje, querida? Ela disse que podíamos chamá-la de L—

– “Podíamos” não inclui os agregados da família, Evergreen. Eu e meus irmãos podemos chamá-la assim já que eu me tornei amiga dela. Mas você não entenderia esse tipo de relação tão complexa, não é? – Sorriu. A garota expirou e deu um risinho.

– Uau, você tomou mesmo as dores do lobo solitário...

– Foi o que eu disse, você não compreende como é uma relação de amizade.

Na verdade, Mirajane já não entendia como havia entrado em um real diálogo de mais de três ou quatro frases com Evergreen, mas ela estava ficando cansada daquilo.

– Tudo bem, desisto de tentar ser legal. Pelo visto, nem mesmo no natal, você consegue controlar seu ciúme do Elfman.

– O quê? – A perolada ficou pasma com o cinismo de Ever.

– É isso mesmo, sei que, no fundo, tem ciúmes do seu irmão mais novo. Mas tudo bem. – Mira riu, incrédula e desviou o olhar.

– Evergreen, eu acho que é melhor você ir procurar o Elf agora. – E com “melhor” ela quis dizer “para o seu bem”. Mira a fitou entediada e aborrecida.

– Eu irei. – Ela vira, mas para. Torna a fitá-la. – Ah... E se quer saber, deveria investir em achar um homem para você e esquecer o Gajeel ou meu namoro com o Elf. – A garota fingiu pensar em algo e sorriu ironicamente, tornando a fitar Mirajane. – O cara que entregou o presente da... Vikky. Por exemplo... – A branca a fitou.

– Desculpa, o que disse?

– O que ouviu. Acho que você e aquele chofer combinam bastante. Hahaha...

– Cho... fer? – Evergreen apenas sumiu no meio dos convidados enquanto ria da própria ironia. Foi melhor que desaparecesse, caso contrário Mira podia estragar o espírito natalino arrancando os cabelos da namorada de Elf. – Tch... Mas do que raios aquela maluca estava falando, afinal?

A perolada se surpreendeu consigo mesma por sequer questionar qualquer coisa que saía da boca de Evergreen. Revirou os olhos e simplesmente decidiu seguir para tentar espiar novamente o que Levy havia ganhado.... Até que ela sente um cutuque em suas costas.

– Hm? – Ela vira e não vê ninguém por um segundo.

– Ói. – A garota olha para baixo.

– Oh!... Desculpe, fofinho... Não te vi... – Ela se inclina, apoiando-se aos joelhos. – Em que posso ajudá-lo? – Perguntou sorrindo.

– Eu estou procurando meu pai e eu meio que estou com pressa, será que não o viu por aí? Ele é bem famoso, então...

– Seu pai?...

– É. O nome dele é Silver Fullbuster. – Ela elevou as sobrancelhas. Se estendeu.

– Oh my... Silver Fullbuster? O pianista? Ele é seu pai? E também está aqui? – Ela pareceu animar-se.

– Arh... – Uma gota escorreu pela testa do garoto. – Pelo visto, não o viu...

– Desculpe, mas não! Eu, com certeza, me lembraria se tivesse me encontrado com um pianista tão talentoso como ele!

– Heheh... Bom, então vou continuar procurando, obrig—

– Hey, Romeo!!! Não pense que vai simplesmente— AU!!

A menina esbarra no garoto, que segurava um coquetel de frutas vermelhas, e parte do líquido acaba manchando o vestido de Mirajane.

– Ai não... – Wendy entorta as sobrancelhas comprimindo levemente os olhos. Ela se sente automaticamente encrencada. Mirajane ainda encarava, com boca aberta, a mancha em seu vestido. Romeo fazia o mesmo com olhos arregalados.

– Droga, Wendy! Olha o que você fez! – Repreendeu Romeo.

– F-Foi sem querer... Me desculpa! – A branca esqueceu imediatamente sobre a mancha ao ver a carinha preocupada de Wendy.

– Não se preocupe, com isso, amor. Não foi nada... Está tudo bem, de verdade.

– O seu vestido é realmente muito bonito... E agora... – Ela parece culpada.

– E tudo porque você não sabe andar como as pessoas normais. – Disse Romeo fazendo bico.

– Calado, Romeo! – Esbravejou a menina. – Você sabe muito bem por que eu estava com pressa! Você ia correndo até seu pai para falar sobr—

– Crianças, não briguem! – Mira interrompe a discussão. – Já falei que está tudo bem!

Eles até teriam corrigido o “crianças”, mas a situação não era favorável para que exigissem nada no momento...

– Então... Qual de vocês pode me levar até um banheiro? Essa mansão é imensa... Realmente não sei onde procurar primeiro.. – Eles se entreolharam e responderam ao mesmo tempo.

– A Wendy.

– O Romeo. – Ao ouvir a resposta de Wendy ele protestou.

– O quê?! Por que eu, se foi você quem esbarrou em mim?

– Por que foi você quem derrubou o coquetel nela! – Rebateu, apontando.

– Mas por culpa sua!

– Só que você deve assumir a culpa como um cavalheiro!

– O quê?!

– Uau, vocês realmente adoram discutir. – Disse Mira em meio a risadas. – Mas precisam resolver logo, ou Levy voltará e estarei com essa enorme mancha vermelha na minha roupa... – Eles se entreolharam novamente. Provavelmente, nenhuma decisão sairia dali, então Mira simplesmente tomou o controle. – Ahr... Está bem, façamos assim: quem de vocês conhece melhor a mansão?

– Rá! A Wendy! – Ele a fitou. – Isso, você não pode contestar! Você tem, praticamente, morado aqui com a Juvia!

– Juvia?... – Questionou Mirajane.

– Hm! É a irmã mais velha da Wendy. – Mirajane sorriu.

– Ah... Entendi.

– Bem... É verdade... Eu conheço melhor a mansão da tia Levy. – A menina se deu por vencida. – Arh... Tudo bem, então eu te levo até o banheiro. – Mirajane expirou e sorriu, pondo as mãos na cintura.

– Arh... Viu? Isso não foi tão difícil, não? – Disse a perolada, com um sorriso.

– Bom, então eu vou agora! Tchau! – Ele sai correndo e some entre os convidados.

– H-Hey!! – A garota o observa e sente um impulso para persegui-lo. Mas ela sabia que aquela mancha enorme no vestido daquela desconhecida era sua culpa. Não, ela nunca admitiria para Romeo.

– Oh não! Os convidados estão começando a voltar, Wendy... Melhor nos apressarmos, sim? – A menina a fitou.

– H-Hm! Me desculpe, de novo... Seu vestido é realmente muito bonito... – A branca sorriu.

– Não se preocupe, eu consertarei isso assim que encontrarmos o banheiro!

– Tomara que sim...

– Ah, quase esqueci! – A azulada a fitou. – Eu sei o seu nome, mas não disse o meu!

– Oh, é verdade... – A menina piscou. – Com toda essa confusão eu nem percebi...

– Hm! Bom, de qualquer forma, agora irei me apresentar propriamente. Meu nome é Mirajane! Muito prazer em conhecê-la, Wendy.

– M-Mirajane? – A branca notou um tom preocupado e surpreso no semblante de Wendy.

– Ahn... Algo errado?

– N-Não! É só que... Foi muito azar eu derrubar coquetel em você... – A branca sorriu e pôs as mãos na cintura.

– Me lembro de você ter dito que a culpa foi do pobre Romeo, senhorita.

– Bom, eu sei que a culpa foi minha... Mas não conta pra ele. – Mira riu.

– Você é bem esperta. Acho que nos daremos bem. – A menina ficou feliz com o comentário de Mira. – Agora, vamos indo!

– Hm.

Elas seguiram antes que todos entrassem de volta à festa.

...

A mansão estava realmente animada; e muito mais que antes. Todos se divertiam e matavam a saudade do loiro que havia acabado de chegar. Laxus ainda falava com os convidados enquanto a rapper o observava de longe ao lado de Gajeel.

– Você é surpreendente, Gajeel. – Ela comentou, apoiada ao balcão de seu mini bar.

– Hm? – Ele a fitou. Ela sorriu.

– Não sabia que era tão bom em guardar segredos.

– E quem disse que eu não era, baixinha? Gihihi... – Ela ri e apoia os cotovelos ao balcão, encostando suas costas na borda. O decote da garota involuntariamente chamou a atenção do segurança. Ela dá um longo expiro.

–... Parece que há muitas coisas a descobrir ainda sobre o mão de ferro. Me pergunto se um dia descobrirei absolutamente tudo... – Ele deu um sorriso discreto e se aproximou da azulada, que o fitou, encarando seus olhos com um sorriso.

– Prefiro manter o mistério... É mais divertido. – Continuaram a se olhar em silêncio depois do último comentário. Seus lábios ficaram ligeiramente mais próximos.

– A-hem... – Pigarreou o convidado surpresa, parado em frente ao casal. Eles desviaram o olhar imediatamente. – Oh, desculpe. Interrompi alguma coisa? – Ironizou o loiro.

– Do que está falando, Laxus? Você sempre interrompe alguma coisa. Sua frase deveria estar afirmando. – Ela riu, fazendo com que o loiro também risse.

– Heh. Senti falta disso. Fico feliz por estarem indo bem na minha ausência. – Comentou ele.

– Tch. Defina “ir bem”. A Levy pode ser bem mais complicada que desarmar uma bomba, às vezes. Não tive nenhum aviso sobre isso no contrato. – Ironizou ele.

– Pfff... Você é que adora dar ordens, seu grande exagerado. – Repreendeu Levy.

– Isso porque eu deveria saber o que é melhor para sua segurança. Afinal, sou seu segurança particular. – Concluiu o moreno.

– Só que eu não sou tão louca para me meter em situações perigosas voluntariamente. – Disse encarando-o enquanto tentava conter o sorriso em seu rosto.

– Mas eu estarei por perto para ter certeza disso. – Ela arqueou uma sobrancelha. – Além disso, você é muito pequena e posso perder você de vista, por isso deve fazer o que eu mando e ficar onde eu possa te ver.

– Aqui vamos nós com as piadas sobre minha altura...

– Gihihi...

Levy estranha por um momento o silêncio de Laxus, quase havia esquecido que ele estava parado em sua frente. Ela o encara e se depara com um semblante malicioso. O olhar e o sorriso com que ele encarava ambos, fizeram a garota corar.

– Que cara é essa, Laxus? – O moreno não havia percebido; o encarou para entender o comentário de Levy.

– Que cara? – O loiro fingiu disfarçar e cruzou os braços. O moreno arqueou uma sobrancelha.

– Essa cara que sempre faz quando descobre alguma coisa. – Ele deu um risinho.

– Não ligue para mim, Levy. Apenas estou satisfeito por estarem se dando bem melhor agora.

– É natural, não? Temos que estar juntos quase o tempo todo. – Disse Gajeel, não se importando se o nível de sua relação com Levy havia sido “sacado” pelo loiro.

– C-Claro... Natural... – Disse Levy, mas ela sabia que Laxus já havia se tocado que Gajeel e ela estavam íntimos demais para uma simples relação profissional.

Um silêncio estranho pairou no ar depois disso. Levy quase quis se enterrar em algum lugar longe daquela saia justa quando foi salva pelo gongo. Ou melhor, pela Wendy.

– Tia Levy, finalmente! – Ela se apoiou aos joelhos e tentou reduzir a frequência respiratória.

– Wendy? O que foi?

– É que... – A menina não havia notado a presença de Laxus, até que subiu seu olhar e o loiro sorriu quando ela o percebeu. – Laxus?

– E aí, princesinha. Você cresceu, hein? – Ela sorriu e o abraçou. Ele a envolveu com um braço e a levantou pondo-a novamente ao chão, em seguida.

– Eu pensei que não trabalhasse mais pra tia Levy... – Comentou a menina.

– É. Mas continuamos amigos. Heh...

– Claro, Wendy. Mas ele sabe que pode voltar a trabalhar comigo quando quiser. Seu espaço estará sempre à espera dele. – Lembrou Levy. O loiro sorriu e ficou feliz com seu comentário.

– Mas queria dizer algo quando chegou aqui. – Comentou Gajeel. – O que ia dizer?

– Ah... Isso. – Lembrou-se Wendy. – É que aconteceu uma coisa com a Mirajane. – O moreno pareceu preocupar-se. Ele se levantou e rapidamente pôs-se sério.

– O quê? – Disse o moreno.

– A dona do bar também está aqui? – Questionou Laxus.

– N-Não fiquem tão preocupados! Ela está bem, é só que... – Ela olhou para o lado e hesitou. – B-Bem...

– Fala logo, Wendy! O que houve com a Mira? – Preocupou-se Levy.

– Ai, é que eu esbarrei no Romeo e ele acabou derramando o coquetel de frutas vermelhas no vestido dela. Mas eu juro que não estava correndo sem motivos... – Tentou justificar-se. Todos pareceram aliviar-se ao escutarem a revelação da pequena.

– Por que diabos você estava correndo? – Questionou Gajeel.

– Eu disse correndo? Quis dizer andando... Eu apenas me distraí... – Explicou-se.

– Para de implicar, Gajeel. A mansão é grande, ela pode correr se quiser. – Levy tratou de tranquiliza-la.

– Não é como se eu estivesse brigando com ela. – Ele encara a menina. – Relaxa, Wendy... Mas afinal, por que veio nos avisar sobre isso? Mira precisa de alguma coisa?

– É que pensei que tia Levy saberia o que fazer se a Mirajane não conseguisse consertar o vestido... Digo, tirar a mancha.

– Bom, tenho muitos vestidos aqui... Resta saber o número que ela veste. Onde ela está?

– Ela está no banheiro. – Respondeu Wendy.

– Sabe quantos banheiros existem nessa casa? – Ela coça a cabeça. – Na verdade, nem eu sei. Vamos, me leve até e—

– Levy! – Todos olham em direção à voz.

– Oh.. Juvia. – A rapper olha atrás da assistente. – E Silver! – Ela sorri.

– Cavalheiros, se não se importarem, precisamos tomar um minuto da amiga de vocês. – Disse Silver.

– Ah... Será que podem esperar um pouco? É que acaba de surgir um pequeno contratempo... – Explicou-se a azulada, um tanto sem graça.

– Levy, apenas vá com eles. Essa coisa do vestido não é tão importante. A Mirajane é bem safa, tenho certeza que isso não será um problema. – Disse Gajeel.

– Mas eu deveria ao menos checar se ela precisa de algo... – O moreno arqueia uma sobrancelha. – A não ser... – Ela encara o moreno.

– O quê? Não olha pra mim, não entendo dessas coisas. – Antecipou-se Gajeel.

– Quer saber, eu resolverei isso. – Disse Laxus.

– Você? – Estranhou Levy. O moreno encarou Laxus com sobrancelha arqueada. Wendy o fitou.

– Claro. Você sabe que festas são minha especialidade. Não deixarei que esse inconveniente estrague sua festa de natal. – A azulada sorriu e trocou olhares com Gajeel antes de continuar.

–... Mas... Vai saber encontrar o vestido certo, caso o dela esteja arruinado? – Perguntou ela.

– Se quiserem, posso dar uma olhada... – Começou Juvia.

– Não se incomode, Juvinha. Anos trabalhando para a rapper mais estilosa do mercado deve ter servido para alguma coisa. – Insistiu o loiro.

– Bom, já que é assim, então vá com Wendy até ela... – Disse desconfiada da súbita prestatividade do loiro.

– M-Mas você vai vê-la se trocar... – Preocupou-se a menina.

– Wendy! Laxus não faria isso! – Repreendeu Juvia. O loiro riu.

– Não se preocupe, Wendy. Prometo não olhar enquanto ela se troca. Heheh.. – A garotinha sorriu.

...

A loira já estava no segundo prato da segunda rodada de petiscos e Aquarius a espiava. Natsu e Gray a fitavam e estranhavam sua atitude.

– Lucy, desse jeito terá que ajeitar o vestido novamente. – Disse Aquarius.

– O quê? Prefere que eu deixe estragar toda essa comida que estão servindo?... Vocês mal comeram e seria uma desfeita jogar tudo no lixo no fim da festa. – Chupou o molho do polegar e do indicador.

– Não me lembro da Lucy ter tanto apetite antes... – Comentou o rosado.

– Ói, ela deve ter sido influenciada por você, seu poço sem fundo. – Disse Gray.

– Whaa? Eu? Sem chance! – Surpreendeu-se Natsu.

– Hey, parem de discutir sobre meu nível de apetite. Além disso, de onde tirou isso, Gray? Eu não sou influenciada de forma alguma pelo Natsu! Hunf... – Protestou a loira. Aquarius sorriu, cruzou os braços e arqueou uma sobrancelha. – E eu sempre comi muito bem, para que fiquem sabendo.

– Me pergunto para onde vai tudo isso... Você continua magra mesmo depois de comer tanto... – Comentou Gray.

– Ou “continuava”... – Provocou Aquarius.

– De qualquer forma, Lucy continua linda depois de gorda. – Disse Natsu.

– Ó-ÓI! Quem está chamando de gorda?!

Gray e Aquarius caíram na risada com a discussão dos dois depois disso.

...

Mirajane já havia retirado quase toda a mancha do vestido, felizmente a cor era bem parecida com vermelho e ficou quase imperceptível. Entretanto, ainda se percebia a grande mancha do tecido molhado e ela deveria secar o quanto antes. Ela pensa um pouco e começa a vasculhar o ambiente por algo que lhe seja útil, até que vê um secador profissional que Levy deixara no banheiro.

– Ahr... Finalmente. Acho que isso resolve. – A garota pega o aparelho e o liga à tomada. – As coisas estão bem convenientes aqui. Acho que Wendy nem precisará se preocupar em procurar outro vestido... – Ela põe o polegar sobre o botão e fica prestes a ligar quando escuta a voz de Wendy, que parecia estar no corredor. – Oh.. Ela já está voltando.

Pouco depois alguém bate na porta e a branca a destranca, afastando-se e dando as costas.

– Está de volta? – Ela segue até o secador. – Tenho boas notícias, consegui tirar quase toda a... – Ela se vira e o vê.

– Oh. Então acho que não vai... Precisar disso. – Ele põe um vestido luxuoso repleto de pedras brilhosas e telas transparentes em cima do estofado francês ao lado da banheira.

– Caça talentos? Você não estava—

– É. – Ele empurra levemente a porta atrás de si, que se fecha. Ele anda até ela. – Mas é o aniversário da Levy, então... – A branca sorri.

– Ah... Entendo... Aquele vídeo era parte da surpresa. Então você era o presente que estava lá fora? – Ela riu. Ele arqueou a sobrancelha.

– Não... O presente era o carro que eu entreguei a ela. – A garota arregalou os olhos.

– Uau... Você é mesmo cheio de surpresas... – Ele sorriu. Ela franze a sobrancelha e olha para o lado. – Espera aí... – Ela o encara novamente. Ele não entende seu comportamento e estranha.

–... O quê? – Ela começa a rir. – Ói. Tem alguma coisa no meu cabelo ou o quê?

– Então você era o chofer? – Disse em meio a risadas.

– O chofer? – Ele arqueou uma sobrancelha.

– É que uma conhecida, provavelmente, te viu dirigindo o “presente” e pensou que você era o chofer da Levy. – Ela respirou para se recuperar da crise de riso.

– Tch. Ela, claramente, não sabe diferenciar um vira-lata de um cão de raça.

– Sua auto-estima é realmente... Pasmante, sabia?

– Você se acostuma. – Ele sorri e puxa a cintura da perolada, que resiste, o afastando com seus braços.

– Hey, aqui não! Wendy pode voltar a qualquer momento!

– Não se preocupe. A irmã dela está tocando com Silver agora, ela está assistindo.

– Oh não... Estou perdendo isso?! – Ela tenta ir até a porta, mas seu braço é segurado pelo loiro que a puxa e a comprime contra ele.

– Está, mas tenho algo mais importante a fazer.

Se encararam por alguns segundos. O semblante do loiro parecia nostálgico. Ela sorriu.

– Também senti sua falta, caça talentos.

Ele puxa seu pescoço e a beija ardentemente.

...

Todos já estavam ansiosos para ver o talento de Silver em ação, assim como Juvia. Poucas pessoas sabiam do talento da assistente em tocar piano, uma vez que sempre trabalhava fora das câmeras e dos holofotes. Mas havia outro talento que absolutamente ninguém sabia além de seus amigos íntimos... Pelo menos até agora.

– Vamos, Juvia. Faremos isso no meu show de qualquer forma. – Cochichou Silver. Os convidados pareciam curiosos para ouvir o que diziam tão baixinho.

– M-Mas é diferente, Silver... Eu conheço quase todos aqui...

– Então deveria ser o contrário. – Ele sorriu e pôs as mãos sobre o piano, começando a tocar as notas lentamente. – Apoie-se ao piano e cante apenas para mim, senhorita Lockser. – Ela corou levemente e sorriu.

...I see it

I see it waiting

I saw you

I saw you standing there

You wanted to be over that stone wall

Over that first floor

Over that old hotel room...

E a docilidade da voz de Silver a acompanha ao iniciarem o refrão.

Tell ‘em what you’re here for

You don’t know

Tell ‘em what you’re here for

You don’t know

But you go there, go there

But you go there, go there

But you go there, go there

Yeah, you do...

...

A perolada olhou para o lado.

– Então por isso quis me ver tão depressa?

– Eu já ia te procurar de qualquer forma. Te encontrar aqui foi apenas uma... Feliz coincidência.

– Mas por que eu? Não sou tão próxima da Levy. Quero dizer, nos damos muito bem e eu já adoro ela, mas mesmo assim...

– Mirajane, você é perfeita. – Ele se aproxima. – É próxima tanto do Gajeel quanto da Levy. – Ela o encara um tanto relutante.

– Não sei... Tem certeza que isso pode dar certo? Não sou boa com disfarces.

– Eu sei que vai dar certo. Além disso, te darei instruções do que precisa fazer. – Ela desvia o olhar e pensa um pouco. Expira.

– Tudo bem. Se é pelo bem da Levy... E do Gajeel... Conta comigo.

O loiro sorri, satisfeito com a resposta.

...

Todos aplaudiram Silver e Juvia, que haviam terminado seu dueto. Assim que pôde, o perolado se aproximou de Juvia e parecia estupefato.

– Juvia. – Ela vira e sorri.

– Lyon!...

– Estou impressionado com sua voz... Por que não disse que cantava tão bem?

– É q-que prefiro ficar nos bastidores...

– Bem, mas o caso é que vai tocar com Silver para milhares de pessoas. – Ela respira fundo e expira; parece um tanto ansiosa com o comentário.

– Eu sei... Fico com frio na barriga só de me lembrar...

– Não se preocupe. Esteve brilhante há pouco... Sei que vai encantar qualquer um que estiver te admirando. – Ele põe sua mão sobre o ombro da garota, que cora levemente e sorri.

– Isso é muito gentil, Lyon. Eu gosto da tranquilidade que me passa. – Ele pisca algumas vezes antes de sorrir com o elogio da branca.

– Que bom... Fico feliz.

BAM!

Juvia e Lyon se assustam com o esbarrão súbito que alguém dá em Lyon.

– Opa!... Que atrapalhada estou hoje...

– Wendy! De novo? Não fique andando por aí tão distraída! – Repreendeu Juvia.

– Está tudo bem, Juvia. – Ele encara a menina, que sorri para ele. – Nos encontramos de novo, Wendy.

– Hm!...

– Onde está o Romeo? Não está com você... – Ele elevou o olhar rapidamente.

– Quer saber, foi justamente isso... – Juvia arqueou uma sobrancelha. A menina coçou a cabeça. – Não consigo encontrá-lo em lugar nenhum desde que ele derramou suco no vestido da tia Mira.

– Quê? Aquele pestinha já andou aprontando?

– N-Não foi bem assim, Lyon! – Ela fitou a irmã. – Wendy, conte a história toda. Foi você quem esbarrou no Romeo.

– Tanto faz... De qualquer forma, acho que ele deve estar com vergonha e... Fugiu.

– Fugiu? – Lyon ficou preocupado.

– N-Não fugiu, “fugiu”. Mas... Fugiu.

– Ah.. Sei.

– Eu não quero ser chata, mas já que o Silver está conversando com aquelas pessoas, será que pode procurá-lo por mim? Ele não gosta tanto do irmão dele, então... – Cochichou a última frase. Lyon riu.

– Tudo bem, vou procurá-lo. Com licença, Juvia. – Ele se afasta. Aos poucos Wendy tira o sorriso do rosto e expira.

– Wendy, o que houve com Romeo? – A menina abana a mão.

– Nada de importante, não vai falar com os outros, Juvia? Tem mais gente querendo te parabenizar pela linda canção...

– Ah é? – Ela estava um pouco desconfiada.

– É... Sabe, tenho impressão de que Gray queria se aproximar, mas desistiu depois de te ver com o padrinho do Romeo, então... Acho que agora é a vez dele, certo?

– Wendyyy... – Chamou a atenção.

– O quê?

– Não fez essa cena para que Lyon fosse embora e eu fosse falar com o Gray, não é?

– Claro que não, Juvia! A mesma educação que você teve, eu também tive. Isso seria muito deselegante.

– Hunf... – Ela olhou para o lado e, sem querer, avistou Gray, que a olhava disfarçadamente. Wendy sorriu.

– Bem... Eu vou pegar um coquetel sem álcool e com muitos morangos... Tchau! – Ela anda rapidamente e some da vista da irmã mais velha.

Juvia se aproxima do moreno, que estava perto de uma das janelas verticais da mansão, e admirava o tempo lá fora enquanto segurava sua bebida e tinha a outra mão no bolso de seu casaco. Parecia estar prestes a nevar.

– Oi? – O garoto desvia o olhar e eleva as sobrancelhas.

– Olha só quem está aqui. – Ela esboça um sorriso.

– E você? Admirando a vista?

– Mais ou menos.

– Hm? – Ele dá um risinho.

– Prometa não me chamar de estranho, mas... – Ele volta a olhar à janela. – Estava observando as formas das crostas de gelo que começam a se formar nos cantos do vidro. – A menina fica intrigada e se aproxima, olhando também. Ela se aproxima e vê os pequenos cristais de gelo que pareciam crescer a cada segundo. – São formas únicas. É como uma arte natural...

A garota ri baixinho.

– Heh... Acho que é tarde demais. Já me acha estranho, certo?

– É. Você é estranho. – Ele ri, fazendo-a rir junto. – Brincadeira. Na verdade... Admiro pessoas que sabem enxergar a beleza nas coisas pequenas. – Ele sorri. A encara e começa a desfazer seu tom de brincadeira.

– Você estava perfeita. – Ela eleva levemente as sobrancelhas. – Lá, com meu pai.

– Ah... Ob-brigada..

– Tch. Por que está envergonhada?

– Só não sou boa sendo o centro das atenções. Eu não costumo cantar para tanta gente...

– Deveria. Eu gostei da sua voz... Ela é um tanto... Exótica. – Ela torceu a boca.

– Exótica? Isso sequer é um elogio? – O garoto riu.

– Eu não posso mentir, você não tem uma voz muito comum.

– Ótimo, agora estou ainda mais nervosa sobre a apresentação com Silver.

– Ói. Eu disse que sua voz não é comum. Não que é feia. É como essa crosta de gelo sob o vidro... Ou os flocos de neve. Nenhum floco de neve é igual ao outro e mesmo assim... Todos têm sua beleza e formas únicas. Sua voz tem brilho próprio e é assim que deve parecer em cima do palco.

– Uau. – Ele sorriu. – Obrigada, eu acho. – Ela riu.

Alguém esbarra no moreno, que se irrita e vira imediatamente.

– Opa...

– Romeo! – Ele puxa a orelha do irmão mais novo. – Quantas vezes preciso dizer para não sair correndo por aí?

– Au!!

– Gray, não faz isso, foi um acidente! Onde está o rapaz cortês de agora há pouco?

– Irmãos mais novos não contam. – Ela sorri e cruza os braços. – Além disso, faço isso para o bem dele. Não quero que corra por aí com tantas coisas quebráveis. Ele pode se machucar feio. – Juvia muda seu semblante com o comentário. Ele era um irmão cuidadoso apesar de tudo. Isso a fez sorrir secretamente. – Mas, afinal, aonde ia com tanta pressa? Não estava procurando meu pai? Ele está bem ali.

– Ahn... Não, eu estou procurando a... Wendy. Me ajuda a encontrá-la tia Juvia! – O moreno arqueia uma sobrancelha.

– A Wendy?... Mas ela estava te procurando agora mesmo... – Disse ela.

– É? – Perguntou Romeo, desconfiado.

– Hm. Até pediu que Lyon te procurasse... Ela pensou que você estava com vergonha por ter derramado coquetel no vestido de Mirajane, mesmo sendo culpa dela.

– Você estava com o tio Lyon quando ela apareceu?

– Hm... – Ela assentiu. Rrgg... Wendy!!... O garoto pareceu um tanto chateado por um momento.

– Qual o seu problema, pirralho? Está tramando alguma coisa? - Disse Gray analisando o rosto do irmão mais novo.

– N-Não... É que preciso ver como a Mirajane está... Agora que tia Juvia falou, eu me lembrei... Então tchau!

– Ói! – O garotinho corre para longe. – Pirralho mandei não correr! – Ele expira e passa a mão pelo cabelo.

A azulada dá um risinho discreto. Gray espia a azulada e não consegue evitar um sorriso que teimou em aparecer em seus lábios.

...

A festa continuou mais algum tempo e à medida que as horas passavam, os convidados foram saindo e se despedindo aos poucos. Logo, a mansão fica apenas à disposição dos convidados VIP’s, mais conhecidos como os que iriam participar do tão aguardado...

AMIGO SECRETO!

Eles estavam sentados em círculo. A sala continuava iluminada pelos, vários, piscas amarelos e velas estrategicamente localizadas. Naquele ambiente aconchegante, eles começavam a sentir o clima do natal verdadeiramente. Agora estavam entre amigos.

– Bom, agora que todos já se foram, podemos finalmente realizar nosso amigo secreto! – Disse Levy enquanto dois ajudantes levavam os últimos presentes e os deixavam embaixo da enorme árvore montada. – Ahm... Espero que os outros não fiquem chateados por não participarem...

– Não se preocupe comigo, me divertirei apenas assistindo. – Disse Silver.

– Eu também. Mas confesso que não sou tão fã de amigos secretos. São muito parados para mim. – Disse Aquarius, sentada ao lado de Silver. Ela balança uma de suas pernas, cruzadas, e toma um gole de champanhe. O moreno ao seu lado dá um risinho.

– Eu confesso que gostaria de participar, ao menos ganharia algo, não é? – Disse Evergreen, encostada ao peitoral de Elf.

– Você também teria que dar alguma coisa, madame. Se chama “amigo secreto” e não “admirador secreto” para que só você ganhe algo. – Disse Mirajane.

– Pega leve, mana. Você entendeu o que ela quis dizer... – Disse Elf.

– E você fica quieto. – Rebateu a irmã mais velha.

– Eu não acho que você deveria sequer estar aqui, Evergreen. Essa é uma reunião particular. Você deveria ser a única a por bom senso na cabeça desse grande bobalhão e recusar seu convite de vir até aqui. – Disse Gajeel, sentado de braços cruzados à poltrona.

– Uou! Agora sim, a festa começou. – Disse Aquarius, ajeitando-se no sofá. Encheu mais um copo com champanhe.

–... Estou perdendo algo? O Gajeel não é de se meter em discussões alheias. O que essa garota tem a ver com ele? – Sussurrou Laxus para Levy.

– Parece que foram namorados... – Ela sussurrou de volta enquanto a discussão continuava.

– Uma ex? – O loiro a analisou.

– E ela o deixou por... – Ela olhou para o lado. – Bem... Por uma coisa bem idiota.

– Não brinca!... – Ele continuou observando a cena. – Tch... Heheheh.. Não posso negar, o Gajeel tem bom gosto. – Levy o encarou e parecia um tanto irritada.

– Laxus, isso é sério?

– O quê? Ela é bonita.

– Ah... Que engraçado. Pensei que preferisse a Mirajane. – Ele ficou surpreso com o comentário, mas logo deu um risinho.

– Tem razão, a Mirajane dá de mil nessa garota. – Ele realmente assume que prefere a Mirajane? Isso é caso sério. Mas aquilo já estava indo longe demais, era natal e seu aniversário. Não era época para discussão, brigas ou—

– Quer saber, eu me recuso a continuar escutando esse tipo de coisa. – Evergreen diz irritada e se levanta. – Vamos, ursão.

Ótimo, Levy sequer teve que tomar qualquer atitude.

– Espera, não podemos ir sem a Mira! Como ela voltará para casa? – A branca passa a mão pela testa. Infelizmente, ela teria realmente de ficar, já que vieram todos juntos. Entretanto...

– Não há problema algum! A Mirajane pode dormir aqui essa noite e amanhã, bem cedo, mandarei que um dos motoristas a leve de volta. – Mirajane se animou.

– Então está tudo resolvido. Hasta la vista! – A branca diz, virando-se.

Depois de mais alguns blá, blá, blás, a irritante, finalmente, se foi com Elfman. Lisanna, resolveu ficar com Mirajane para que aqueles dois pudessem se resolver.

– É impressão minha ou você não se importou nada com a saída da ex do mão de ferro?... – Sussurrou Laxus. A azulada o encarou.

– Quero apenas preservar o clima natalino e ela estava arruinando tudo com toda essa confusão. – Justificou.

– Sei.

– Mas enfim, podemos, agora, começar o amigo secreto?

– Espera... O Romeo não está aqui. – Diz Gray.

– É verdade... O Lyon e a Juvia também não... Ou a Wendy. – Disse Silver.

– Fala sério. Esse amigo secreto vai rolar ou não? – Disse Gajeel, impaciente.

– Eles estavam aqui agora, mesmo! – Observou Levy.

– HAHAHAha... – Todos olham para Aquarius. – Essas crianças hoje em dia... Eles devem estar brincando de pique-esconde em algum lugar. Ou será que estão brincando de médico?

– Lucy... – Natsu inclina-se para cochichar. – Acho que a Aquarius está levemente... Ahn...

– Bêbada! – A loira concluiu. Ela se voltou para a azulada. – Aquarius, só assista tudo sem comentar, sim?

– Ói, está me repreendendo, criança petulante? – A azulada arqueou uma sobrancelha. Uma gota caiu pela testa da loira.

– Acalmem-se garotas. O Romeo é muito novo para sequer saber como se brinca de médico propriamente, de qualquer forma. Foi apenas uma piada.

– Eu gosto do seu espírito, Silver Fullbuster. – Disse Aquarius que o olhou com um sorriso.

– E eu de sua versão bêbada. Fica bem mais divertida. Mas creio que já seja o suficiente. – Ele segura a taça da azulada e termina a bebida dela, tomando-a até o fim.

– Seu pai é bem liberal, não é, Gray... – Sussurrou Lucy para o moreno que se irritou.

– Argh. – Ele se levanta. – Vou procurá-los e trazê-los de uma vez.

– Você não conhece a mansão, rapaz. Eu te ajudo a procurá-los. – Laxus o seguiu.

Enquanto isso...

Juvia e Lyon continuavam procurando pelo tal botão perdido de Romeo.

– Romeo, o amigo secreto já está prestes a começar. Não pode achar esse botão depois? – Disse Lyon.

– Não! Meu pai me mata se souber que perdi...

– De qualquer forma, deveríamos voltar. Juvia pode simplesmente te devolver depois.

– Não, eu o quero agora, dindo. Acho que sei onde está... Mas, caso eu esteja errado, continuem procurando aqui e voltarei em seguida! Quero que tia Juvia costure de volta para meu pai não perceber que ele caiu. – Ele corre e some, deixando os dois a sós.

Distante, ele recupera o fôlego e sorri.

– Vamos dindo, essa é sua chance com a tia Juvia! – Ele continuou observando de longe, até que sentiu uma mão tapando sua boca e puxando-o para trás. – Hmmm!

– Shhhiu!

– Wóh! Como foi que chegou aqui?! Não deveria estar lá embaixo?!

– Pensa que eu não te vi saindo de fininho com o Lyon e a Juvia, Romeo?!

– Nem pensa em atrapalhá-los, Wendy!

– Mas é claro que eu vou fazer isso! E eu vou falar para todos que estão aqui!

– Não vai não!

– Guerra é guerra, Romeozito. – Ela corre e o garoto arregala os olhos.

– ÓI! Volta aqui!!

Em outra parte da mansão...

Laxus e Gray continuam procurando.

– É, parece que não vieram fazer um lanchinho, como eu pensei... – Disse Laxus.

– Eles não estão aqui embaixo. Talvez estejam lá em cima. – Disse o moreno.

– Hm. Vamos até a sala de jogos, talvez estejam por lá.



– Não tenta me parar, Romeo! – Disse sem olhar para trás.

– Para já, Wendy! Vai acabar esbarrando em mais alguém! – Gritou enquanto corria atrás da garota.



Os rapazes se aproximam das escadas.

– Ah, aí estão vocês! – Diz Laxus ao se aproximar das escadas.

– O que estão fazendo aí? O amigo secreto já vai começar. – Disse Gray.

– É que o Romeo precisou resolver um probleminha... – Explicou Juvia.

– Argh... Aquele pirralho está aprontando alguma coisa.

– Deixa ele, Gray. – Disse Lyon.

– Isso porque não é você que tem que vigiá-lo para que não saia do castigo. Tudo que ele faz é se meter em problemas.

– Você precisa ser mais paciente, isso é tudo. – Rebate o perolado.

– Paciente é meu—

– Mas e a Wendy? – Perguntou Laxus.

– A Wendy? Ela não está lá? – Juvia estranhou. O loiro expirou.

– Deixa que eu procuro esses dois, vão logo para a sala. – Disse Laxus.

Dito isso, Gray se virou e seguiu até a sala enquanto Juvia descia logo atrás de Lyon. Laxus esperava que eles todos seguissem até a sala quando ouviu uma algazarra e passos no andar de cima.

– Para, Wendy!

– Droga, estou muito rápido! – Não vou parar a tempo! Ela não consegue desacelerar.

– O quê?! – Juvia Vira e vê Wendy que quase cai das escadas. – Wendy!

Por sorte, Romeo consegue alcançar o braço da garota e ela não cai pelas escadas. Lyon, entretanto, assustou-se ao ouvir tanta excitação e parou de se mover, fazendo com que Juvia tropeçasse sobre ele e os dois acabam se desequilibrando e ela cai por cima dele, que solta um pequeno gemido com o impacto de suas costas ao chão.

– Juvia! – A menina se preocupa.

– Tio Lyon!! – Romeo checa por sinais de vida restantes em seu dindo esmagado por Juvia no chão.

O pequeno rapazinho ajuda Wendy a se levantar.

– Você se machucou, Wendy?

– Não... Obrigada por me segurar, Romeo.

– Essa foi por pouco. – Ele abriu um sorriso.

– Lyon, você está bem? – Perguntou Juvia, sem se mover.

– Tudo bem... Gh...

– Você não parece bem, a queda te deixou sem ar? – O rosto da garota estava tão próximo ao dele que o fez corar levemente.

– É que você... Ainda está em cima de mim.

– Oh my... Me desculpa!

Gray escuta tudo e decide voltar para checar o que havia acontecido.

– Mas que barulho todo é... – Ele vê Juvia em cima de Lyon ao chão. Laxus com cara de tédio e logo em cima das escadas, duas crianças com caras de culpadas. – O que aconteceu aqui?

– N-Nada demais, Gray... Não se preocupe. Vamos apenas voltar, certo? – Disse Juvia se levantando com ajuda de Laxus. Assim como Lyon.

– Romeo, se você tiver algo a ver com isso, eu juro que vai ficar de castigo até ir para a faculdade. – Disse Gray, irritado. O menino coça a nuca e troca olhares com Wendy.

– Ói... Vocês dois. Já fizeram travessuras demais por hoje. Esses dois vão ficar doloridos por um bom tempo por culpa de vocês. – Diz Laxus cruzando os braços depois de apontar para Juvia e Lyon. – Vão direto para a sala. Agora.

Gray nota o clima entre Juvia e Lyon e os encara discretamente antes de seguir de volta até a sala.

...

Todos finalmente reunidos na sala principal.

– Bom, será que agora podemos começar esse amigo secreto? – Gajeel diz entediado, apoiando a bochecha em seu punho.

– Sim. Me desculpem por sair. – Disse Juvia, sem graça.

– A culpa não foi apenas sua Juvia, eu também saí. Não se sinta tão culpada. – Disse Lyon.

– Ói, a culpa disso tudo foi apenas do Romeo. – Discordou Gray.

– N-Nada disso!—

– Gente, por favor! Não importa quem saiu primeiro, o importante é que estamos todos aqui e, finalmente, podemos começar a entrega dos presentes. – Disse Levy, ao lado da árvore, que estava repleta com presentes. – Sendo assim, dou início, oficialmente, ao nosso amigo secreto!

Todos aplaudiram e comemoraram.

– Bom, então eu começarei antes que algo mais aconteça. – Diz Gajeel, se levantando.

– Hey, nada disso! Eu começarei! – Disse Levy.

– Não posso apenas entregar meu presente e ir de uma vez? – Ele já havia agüentado tempo demais naquela festa natalina.

– Não. – Ela pôs a mão na cintura. Ele bufou e voltou a sentar-se ao lado de Mirajane.

– Gajeel, levanta esse astral. – Sussurrou a branca.

– Você deveria ser a última a me pedir para ficar animado em épocas assim. Me conhece melhor que todos dessa sala.

– Por isso, sei que você não quer deixar a Levy triste no dia do aniversário dela. – Ele a fitou. Ela sorriu e voltou sua atenção à Levy.

– Tch...

– Bom, então tá. – Ela seguiu até os presentes e teve de pedir ajuda a um dos ajudantes. Eram três caixas, uma ligeiramente grande, outra média e outra pequena.

– Espera... Tudo isso era apenas a sua parte do presente? – Perguntou Natsu, espantado pela quantidade de coisas. Levy riu.

– Sim. É que a pessoa a quem pedi ajuda não me ajudou tanto assim...

~...~

Levy e Gajeel davam voltas e voltas pelo shopping.

– Gajeel, vamos, sei que pode fazer mais que isso.

– Eu já disse tudo que sei sobre o XXxxXxXx. O que mais quer que eu diga? Agora você tem que pensar em algo, já fiz minha parte.

– Mas você me disse apenas uma coisa sobre ele.

– Claro, por que é a única coisa que importa. Além disso, tudo que ele faz é falar sobre aquele gato que vive fugindo e aprontando por aí. – A garota expirou.

– Quer saber, vamos a um petshop. Pelo visto, conhece mais o gato dele.

~...~

A garota pôs a mão na cintura.

– O que posso falar dele... Bem, meu amigo secreto é uma pessoa muito divertida e seu espírito competitivo é muito forte. Sobretudo em corridas.

– Ói! Q-Quer dizer que... Você me tirou? – Natsu estava pasmo.

– Exatamente. Quem mais é tão competitivo a ponto de encarar meu segurança?

– Gihihi... Me agradeça por não ter dado dicas, Salamander. Do contrário não ganharia tudo isso. – Disse Gajeel.

– Uohoh! – Ele se levanta e vai receber seus presentes.

Levy tira Natsu.

Que ganha: Casa Playground para gatos com dois andares e passagem interna para o andar superior; Um casaco de pele e um relógio smart de última geração.

O rosado vai até a árvore e pega o seu presente.

– Bem, obrigado por todos os presentes, Vikky-san. Espero que o Happy goste da casa mais do que a caixa em que ela veio...

– De qualquer forma terá um lugar para ficar além do meu ateliê, não aguento mais aquele gato me seguindo por todo lugar. – Murmurou Lucy.

– Eu já te disse, Lucy. Gatos adoram as g—

– Eu já disse que não estou G-O-R-D-A, Aquarius! – Disse Lucy, disfarçando.

– Meninas, deixem Natsu continuar! – Alertou Levy.

– Bem... O meu presente não foi tão incrível quanto o da Vikky-san, mas fiquei sabendo que o meu amigo secreto passa muito tempo trás de lentes de câmeras. Sendo assim, foi fácil escolher o que comprar, heh.

E todos exclamam o nome de Lyon em unanimidade.

Natsu tira Lyon.

Que ganha: Câmera profissional 500 efeitos.

Lyon levanta e vai até Natsu, o cumprimenta e vai até a árvore.

– De nada pela dica, cabeça de vento. – Disse Gray.

– Fica quieto, você também me pediu uma dica sobre o seu amigo secreto. – Rebateu o rosado. O moreno riu.

O perolado pega uma pequena caixa e inicia.

– Bom, eu fiquei realmente surpreso por tirar essa pessoa entre todos que estavam participando. De qualquer forma, esse será meu presente de natal esse ano convenientemente. Conheço meu amigo secreto desde que nasceu e o considero como meu irmão mais novo.

– Você me tirou, tio Lyon?! – O garoto fica de pé.

– Anda logo, pestinha. Você sabe que é você! – O garoto corre até ele e o abraça. Juvia sorri e fica encantada com a cena e sorri serenamente. Gray percebe o semblante da azulada.

Lyon tira Romeo.

Que ganha: Um Ipad e um cartão.

O menino fica curioso.

– Oh. Não há nada escrito no envelope...

– Isso porque não é um cartão.

– Não? – Ele abre e vê dois papeis que pareciam com...

– São ingressos para um show de rap.

– Whaaaaaaa?! – Romeo abre um largo sorriso.

– O quê?! – Gray pareceu se irritar.

– Relaxa, filhão. – O moreno fita Silver. – O Romeo pode ir a um show de rap. Ele não estará no palco vestido como um.

– Hunf. Bom, você é o pai... – Conformou-se o moreno.

– Não acredito que irei a um show de rap! Obrigado, dindo!

– Hm! Agora ande e pegue seu presente. – O perolado esfrega a palma de sua mão e bagunça o cabelo do garoto, retornando ao seu lugar em seguida.

O rapazinho pega uma caixa e começa.

– Bem, quando vi meu amigo secreto, fiquei muito animado e também em pânico, porque não sabia o que comprar... Então pedi ajuda ao meu dindo. M-Mas ele não pagou nada, eu sou um adolescente e as pessoas não pagam coisas para mim, certo tio Lyon.

– Hm! Ele pagou tudo sozinho.

– Muito bem, Romeo! Você já se tornou um mocinho. – Incentivou Juvia.

– Heh.. – Ele coçou a nuca com um sorriso e continuou. – Bem, na verdade tirei uma garota. Ela é muito bonita e canta bem...

– Oh.. Será que foi a Juvia? – Perguntou Lucy.

– Não!

– E também não foi a Mirajane, porque ele não a conhece. – Disse Gajeel.

– Eu, muito menos. Minha especialidade é fazer roupas.. Então... – Continuou Lucy, raciocinando juntamente a Gajeel.

– Foi a tia Vikky. Heh...

– Oh my. – Ela se levanta e vai até Romeo, abraçando-o.

Romeo tira Levy.

Que ganha: Globo de cristal decorativo com insígnia musical em 3d desenhada em sua parte interna.

A azulada fica encantada com seu presente.

– Uau, Romeo. Esse presente é realmente muito bonito. Você acertou em cheio, adoro objetos decorativos! – O rapazinho fitou seu padrinho que sorriu. – Bom, mas eu já entreguei meu presente. Escolha alguém para continuar!

– É verdade! Bom, nesse caso, escolho a Wendy. – Ele aponta.

– Wendy, então!

A garotinha sorri e se levanta, indo até seu presente.

– Bem, eu tive que pedir ajuda porque não conhecia meu amigo secreto de forma alguma!

~...~

Gajeel faz sua ronda pela mansão.

– Gajeel! – O moreno arqueia uma sobrancelha e se vira.

– Hm? O que foi?

– É que... Será que por acaso você saberia quem é XXxxXx?

– Heheh... Por que, você a tirou no amigo secreto?

– É! Mas nunca ouvi falar dela!

– Veio a pessoa certa, baixinha. Compre o seguinte...

~...~

Ela continuou.

– Então o Gajeel me ajudou!

~...~

A azulada seguia o segurança.

– Quero um par destes, número 36.

– Gajeel, tem certeza que a tia Levy não achou ruim? Ela não queria que a gente falasse sobre o amigo secreto.

– Isso é bem diferente, baixinha. Além disso, XXxxXXx não para de falar sobre essas botas de couro desde que as viu na promoção.

~...~

Ela pareceu um tanto sem graça por não ter pensado em algo por ela, ao invés de pedir ajuda, então frisou que ela também comprou algo além.

– E eu também comprei outra coisa para ela, porque achei que ficaria bonito. E depois que a conheci hoje, tenho certeza que ficará, porque ela é muito bonita... Mesmo depois do vestido manchado com o coquetel de frutas... – Disse Wendy sorrindo.

A branca sorriu e pareceu muito surpresa.

Wendy tira Mirajane.

Que ganha: Par de botas de couro e presilhas de cristais coloridos para cabelo.

A perolada se anima ao ver as botas.

– Não acredito! Vocês fizeram um bom trabalho em equipe me comprando esses tesouros. – Disse ela, se referindo à Wendy e Gajeel. – E que presilhas lindas! Wendy! – A perolada puxa a menina para beijar sua bochecha.

– Ainda bem que gostou, Mira-san. Foi um azar ter causado aquela confusão justo com você! – A branca riu.

– Não. Foi perfeito. – Olhou secretamente para o loiro. – Agora vá, sua missão está cumprida.

– Hm! – Ela sai satisfeita e bate mãos com Gajeel, que sorri.

A branca pega seu presente embaixo da árvore.

– Então... – Dá um sorriso. – Parece que o Gajeel andou ajudando mais de uma pessoa nesse amigo secreto porque... Eu também não tive o prazer de conhecer a minha amiga secreta. Eu já havia simpatizado com ela pelas coisas que ouvi de Gajeel, e, hoje, descobri que sua irmã mais nova é encantadora e estou realmente curiosa para conhecê-la melhor. Espero que goste do que eu te comprei... Juvia.

– Oh my... – A branca se levanta.

– Espero que nos tornemos amigas de agora em diante.

– Obrigada, Mirajane. Estou emocionada por suas palavras... – Mira a abraça forte e entrega os presentes.

Mirajane tira Juvia.

Que ganha: Gorro aveludado cinza e azul marinho e batom roxo.

A azulada encara o batom e fita a perolada que já havia voltado ao seu lugar.

– Acredite, você ficará poderosa depois de colocá-lo nos lábios. – Comentou Mira. Juvia ri.

– Confesso que nunca usei um batom tão forte, mas... Usarei assim que puder. – Disse Juvia, pegando seus presentes. – Bem, eu não precisei de ajuda com o meu presente. Acho que, o pouco que percebi do meu amigo secreto, de alguma forma, parece ser a principal parte de quem ele é... E talvez, só talvez... Nos pareçamos em algum ponto. – Ela deu um risinho. – Ou nota musical. – Ela encarou o rapaz e sorriu. – Gray.

Juvia tira Gray.

Que ganha: iPod Touch com músicas clássicas e um cachecol cor de vinho, feito à mão.

– É impressão minha ou o seu filho e a Juvia... – Cochicha Aquarius ao lado de Silver, que os observa com um sorriso.

– De todos, Juvia tirou Gray... Será o destino dando um empurrãozinho para esses dois?.. – Comentou baixinho.

O moreno se levanta e vai até ela.

– Isso foi bem inesperado.

– Essa é a graça do amigo secreto, não?

– Fico feliz por ter sido essa a minha surpresa, então.

– O que espera para abrir o presente, Gray? – Comentou Lyon.

– É, não fique conversando tanto, ainda há outras pessoas para receber presentes! – Disse Romeo.

– Eles não estão demorando tanto, Romeo! Você é muito exagerado. – Disse Wendy.

– Vamos, deixem os dois trocarem algumas palavras, não estamos com pressa. – Disse Silver. O menino olhou para o lado e Wendy encarou o rapaz. Eles sorriram enquanto trocaram olhares. Gray abriu seus presentes e pareceu gostar.

– No iPod há um playlist com músicas clássicas. – Juvia continuou, fazendo Gray fitá-la novamente. – Eu as escolhi, mas, se não gostar, pode apenas deletá-las.

– Você tem bom gosto, aposto que irei gostar. Obrigado, Juvia. – Ela sorriu. – Ah, e também... Obrigado pelo cachecol.

– Eu mesma fiz.

– Uau... Há algo que você não saiba fazer?

– Sempre há algo que eu não sei fazer... Por isso, me esforço para aprender a fazer um pouco de tudo. Isso é bem útil em situações urgentes. – Ela sorriu. Ela deu um passo para voltar a seu lugar.

– Ói. – Ela o fitou novamente. – Não vai me dar um abraço como os outros? – Juvia piscou algumas vezes. Olhou para o lado e viu Levy e Mirajane que estavam balançando a cabeça com um sorriso, incentivando-a. Ela corou levemente e encarou o garoto.

– C-Claro, me desculpe por isso. – Ela se aproxima do rapaz e ele a envolve firmemente com os braços comprimindo-a na medida certa contra ele. A garota sente seu perfume ao afundar seu rosto no ombro do moreno. Ele tem um abraço aconchegante... Ela o envolve e passa as mãos gentilmente em suas costas, afastando-se em seguida. Ela volta ao seu lugar.

– Meu garoto... – Silver dá um gole em seu champanhe.

– Disse alguma coisa? – Aquarius o encara.

– Nada importante.

Gray pega seu presente e começa.

– Não sobraram tantas pessoas, então isso não será difícil de adivinhar. Eu não conheço o meu amigo secreto, mas sei que gosta de motos. Isso se o Natsu não tiver me dado uma dica falsa apenas para que eu pagasse um mico.

– ÓI! Eu falei a verdade! – Esbravejou o rosado.

– Tá, tá... Você me tirou, certo, Gray? – Disse Gajeel, se levantando.

– Hm. Espero que goste.

– Não é tão importante.

– Gajeel... Isso não é coisa que se diga... – Cochichou a última parte.

– O que eu quis dizer foi que a intenção é o que importa. Relaxa, baixinha. – Laxus riu com o comentário do Gajeel.

– Ele é uma figura. – Disse o loiro.

Gray tira Gajeel.

Que ganha: Luvas de motoqueiro pretas e capacete prateado com detalhes em preto.

O segurança pareceu animar-se.

– Uau. Estou realmente surpreso. Parece que terei que agradecer ao Salamander pela dica que te deu, afinal. Gihi...

– Ótimo. – Gray deu um passo para voltar ao seu lugar.

– Ói. – O segurança o encarou seriamente. Gray o encarou de volta e esperou que ele dissesse o que quer que estivesse pensando. – Você não quer... – Ele sorriu. – Um abraço?

– Gh... – Gray se arrepiou e ficou espantado.

– Gihihihi... Relaxa, cara. Isso foi uma piada.

– Gajeel você está tão piadista! – Disse Mirajane.

– Pobre Gray, agora ele está vermelho. – Disse Juvia.

– Esse Gajeel é realmente surpreendente. Pensei que não era o tipo piadista. – Comentou Lisanna.

O moreno pega seu presente.

– Tá bem, minha amiga secreta é—

– HEY! – Interrompeu Levy.

– O quê?

– Sabe muito bem que não funciona assim! Tem que falar algo sobre sua amiga secreta!

– Só sobraram a Wendy e a Lucy... Pra quê fazer tanto mistério? Ela provavelmente já sabe que a tirei...

– Mesmo assim! Anda e faz direito. – Ele expirou.

– Tudo bem. Minha amiga secreta precisa de um vestido novo... Além disso, acho que o Salamander tem uma queda po—

– Gajeel, você me tirou! – Lucy se levanta e vai até o moreno.

Gajeel tira Lucy.

Que ganha: Coleção de lápis para desenho 100 cores e texturas e vestido acidentalmente grande.

– O quê? Eu? – O rosado diz confuso.

– Estou realmente surpresa! Quem imaginaria! – Continuou falando na tentativa de desviar o foco do que Gajeel havia acabado de “começar” a falar.

– Surpresa? Você sabia que eu não podia ter tirado a Wendy. É a lógica, loirinha. – Ela abraçou abruptamente o rapaz.

– Eu já sei, mas não precisa falar coisas embaraçosas. – Cochichou.

– Ói, mão de ferro! Não se aproveite por ela estar te abraçando! – Disse Natsu.

– Então vocês têm mesmo—

– Gajeel, não precisava de verdade! – Disse ela pegando o presente das mãos do moreno.

– Ahn... Na verdade, precisava. Isso é um amigo secreto...

– Ói... Isso parece uma roupa. Lucyyy! – Exclamou Aquarius. – Veja se o tamanho está certo, lembre-se que você precisa de roupas maiores.

– Eu não preciso de roupas maiores, Aquarius!

– Bom, espero que sim, porque eu provavelmente comprei o número errado. – Disse Gajeel.

– Tudo bem, eu o provarei aqui mesmo, assim dá tempo de trocar.

O moreno volta ao seu lugar e Lucy não faz tanta cerimônia para dizer que tirou Wendy. A garota ficou animada ao ver seus dois pares de roupas exclusivas e inéditas escolhidas a dedo por Lucy, com uma ajudinha de Aquarius, de sua coleção da Heartfilia Outfit. Além de um batom delicado para teens.

Depois do amigo secreto, a festa continuou. Algumas gincanas aconteceram, tais como disputa de quem fazia as rimas mais legais em um rap improvisado, que, é claro, que Natsu fez questão de competir até que ganhasse de todos. O que não aconteceu, fazendo Gajeel tirar sarro da cara dele, juntamente com Gray. Aquarius estava mais para lá do que para cá, mas ainda tinha ânimo para sugerir o jogo do “verdade ou consequência” e envergonhar quase todos que tinham o azar de irem em uma rodada com ela.

Logo o cansaço chegou. Boa parte dos convidados ficaram para dormir, além de Mira, então, os ajudantes de Levy organizaram mais alguns quartos e providenciaram coisas para que pudessem se banhar e se trocar. Silver teve que ir e levar Aquarius, que estava desmaiada, até um posto médico para desintoxicá-la. Caso contário, sua cabeça iria explodir no dia seguinte. Gray e Natsu acabaram bebendo demais e foram cuidados respectivamente por Juvia e Lucy, que também ficaram. Mira e Lisanna dormiram juntas em outro lugar, assim como Laxus, que estava no quarto ao lado.

Todos devidamente acomodados, Levy podia finalmente dormir. Aquela foi uma noite e tanto.

Ela sai do banho, já vestida para dormir. Se joga na cama e expira.

– Arh... Estou tão cansada. – Ela se vira e ajeita seu rosto no travesseiro quando vê algo em sua cômoda que não havia percebido antes. – Hm?

Ela se levanta e se aproxima.

– Uou... – Ela parece encantada.

Uma linda caixinha de música em formato de carrossel. Ela girou a pequena manivela para dar corda e ouviu a musiquinha. Parecia ser a música de Utada, First Love. Realmente linda. Preso na perna lateral do carrossel estava um papel com um recado.

“Feliz aniversário, baixinha.”

Ela sorriu e levantou o olhar.

– Então foi isso que ele veio fazer no meu quarto... – Ela mordeu o lábio e encarou a porta de seu quarto. – Eu deveria agradecer, não é? – Ela encarou a caixinha de música novamente.

A azulada decide ir ao encontro do moreno. Ao chegar no quarto do moreno, ela o vê deitado e coberto até a cintura com a manta. Não vestia camisa e parecia estar dormindo. Ele parece exausto... Desculpe por isso, Gajeel. Ela ri consigo. Se próxima do moreno e inclina-se, sussurrando algo em seu ouvido.

– Obrigada pelo presente. – Ela lhe dá um beijo no rosto e se estende, virando para sair.

Mas seu pulso é segurado. Ela vira, surpresa, e vê seu segurança olhando-a seriamente.

– Gajeel?... Você está acord—

– Fica. – A menina não sabe o que dizer por um momento.

–... Quê?

– Fica comigo. Só até... – Ele abaixa o olhar. – Eu só... Me sinto meio... Estranho... Em dias assim. – Ela se senta ao lado do rapaz, que continuava deitado. Ela o entende e sorri serenamente.

– Eu também não tenho família para passar o natal comigo. – Ele continuou encarando-a em dizer nada. – Então apenas decidi fazer de todos vocês, minha família. Nós não temos que ser sozinhos, Gajeel. – Ela sorriu e acariciou a mão do rapaz.

Ela notou o peitoral do rapaz se movimentar mais rápido, ela o encarou e ele a alcançou rapidamente, puxando-a para cima dele e beijando-a ansiosamente. Logo, ela já estava embaixo dele, que a fitou e repetiu.

– Fica. – Ela o fitou por alguns segundos.

–... Fico.

Ele voltou a beijá-la e repousou sua cabeça sobre o busto da rapper, que acariciou seus cabelos até que os dois pegaram no sono.


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Notas finais do capítulo

Música de Juvia e Silver:
https://www.youtube.com/watch?v=7K3_J6od2Io
Música da caixinha de música:
https://www.youtube.com/watch?v=iZeomtLGCbc

É isso, gente! Espero que tenham gostado do capitulão/maratona! Desculpem a demora de novo! Até a próxima!!!



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