Meu Segurança Particular. escrita por Uvinha Lee


Capítulo 42
MSP Especial de Natal - Parte 2: Os presentes.


Notas iniciais do capítulo

Yo, meus rappers da #FamíliaMSP! Aqui o especial de natal parte dois! O que será que cada um achou do seu amigo secreto, hein? Vamos lá conferir! Boa leitura! ♥



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...Alguns dias antes...

O moreno estava em seu quarto, na mansão. Apoiava a cabeça em seu braço e fitava o teto, deitado em sua cama. Trazia um objeto em sua outra mão e parecia se lembrar de algo.

Ele leva sua mão até a frente de seu rosto e encara o objeto.

~...~

Ela se levantou e estendeu a mão ao rapaz, que piscou lentamente com um sorriso no canto da boca.

– Arh... – Ele segurou sua mão e levantou. Percebeu que havia algo entre sua mão e a de Levy. – O que...

– É sua. – Ele a encarou. – Comprei já faz um tempo... Eu ia te dar hoje, mas...

– Entendi. – Ele cerrou o punho com o presente da garota. – Será uma palheta da sorte, uma vez que estava com ela quando te salvei, certo?

– Hm. – Concordou a garota.

~...~

Ele franze a sobrancelha e olha para o lado. Em cima da mesinha, vê o pequeno papel.

~...~

Gajeel chega à mansão com Levy depois de entregarem alguns dos papeis para o amigo secreto. Agora, o moreno poderia, finalmente, descansar. Ele segue para seu quarto, quando a garota o alcança.

– Hey, Gajeel, espere! – O moreno para e expira longamente, virando para encará-la. Parecia exausto, mas ela ainda era a chefe e ele deveria fazer qualquer coisa que ela dissesse. De outra forma, apenas teria continuado seu caminho até seu quarto para capotar. – Eu me esqueci de entregar um papel!

– Argh... Não me diga que teremos que sair novamente... – Pela sua expressão corporal, ele estava, claramente, pedindo arrego. A rapper quase ficou com pena de seu segurança, mas acabou rindo.

– Fique tranquilo. Não precisaremos sair para entregar este. – Ela estende o papel com um sorriso sereno e animado no rosto. – Esse é o seu! – O rapaz expirou e massageou a testa, abaixando a cabeça.

– Levy... Eu—

– E não esqueça que não deve contar a ninguém, hein? – Ele a fitou, pronto para cortar o barato da chefe. – Mal posso esperar para trocarmos os presentes. Será muito divertido! – Abriu um largo sorriso fechando os olhos animadamente.

Mas quem consegue negar um pedido como esse? Ele simplesmente não pôde fazer outra coisa além de assentir e pegar o papel que a garota ainda segurava em frente a ele.

~...~

Não é como se ele estivesse com a mínima animação ou vontade, diga-se de passagem. Mas Levy estava simplesmente muito animada para que ele estragasse tudo. Ele sabia que era importante para ela. Ele massageia a testa e bufa, sentando-se à cama. Faz uma pequena pausa e logo se estica para pegar o papel.

– Ela realmente vai me fazer participar disso... – Parecia um tanto emburrado. – Tch... – Ele começa a desdobrar o papel e finalmente o abre. Arqueia uma de suas sobrancelhas e passa a palma de sua mão pelo rosto. – xXXx?... – Ele expira. Olha para o lado, emburrado. O rapaz pareceu desanimar-se, mas logo decidiu. – Quer saber, a Levy inventou essa baboseira de amigo secreto, ela terá que lidar com isso. – Ele levanta e sai.

...

...De volta ao tempo presente...

A garota parecia determinada. Estava com seu avental e seu chapéu de chefe de cozinha. Ela aponta a enorme colher de madeira para os ingredientes já organizados na bancada à sua frente.

– É ISSO! – Põe uma das mãos na cintura. – Dessa vez conseguirei fazer o cheese cake natalino de frutas vermelhas! – Ela tira o papel de seu bolso e o lê. Enfia a colher no outro bolso do avental e põe seu indicador no queixo. – Essa receita parece bem mais simples... – Arqueia uma sobrancelha contorcendo levemente a boca enquanto relia a receita da sobremesa.

Um rapaz se aproxima, espreguiçando-se e coçando o traseiro. Ao vê-la ainda na cozinha, questiona.

– Ainda está na cozinha? – Ela o fita e o analisa de cima a baixo.

– E você ainda está na minha casa?... Jellal. – Ela volta sua atenção ao papel com a receita. – Já não deveria estar com suas malas prontas?

– Não seja tão azeda. Afinal, você está preparando um doce, certo? Seria uma pena que terminasse azedo... Como os anteriores. – Ele deu uma risadinha. Ela o fuzilou com o olhar e ele tentou guardar seu riso.

– Ói... Não se esqueça que sempre tenho uma arma comigo. Melhor não me deixar irritada.

– Pff.. Como se você fosse usá-la comigo. – Ele se aproxima da ruiva. – Eu sei que seria incapaz de fazer algo contra mim. – Ela parece emburrada.

– Até que eu fique realmente farta das suas piadinhas infantis.

– Não foi isso que te fez casar comigo em primeiro lugar? – Ele inclinou-se para beijá-la, mas o que recebeu não foi um beijo. – AU! – Ele massageia a cabeça pela pancada que acabara de receber.

– Isso é para que aprenda a não me atrapalhar quando estou tentando cozinhar. – Disse ela batendo a colher de madeira repetidamente na palma de sua mão.

– Arh.. Por que não desiste de uma vez e vamos até uma confeitaria para comprar um cheese cake natalino? Não é uma opção bem mais fácil? – Comenta ainda massageando a cabeça.

– Não. Além disso, descobri que todos na delegacia pensam que não sou boa na cozinha. – O azulado arqueou uma sobrancelha.

~...~

A ruiva termina seu expediente e segue seu caminho para ir embora. Entretanto, resolve ir ao banheiro antes seguir para a garagem da delegacia. Pouco antes de chegar aos banheiros, no entanto, seu celular toca e ela se distrai, entrando no banheiro masculino, por acidente. Como ambos os banheiros têm pequenas cabines sanitárias, a ruiva não percebe a diferença enquanto conversa ao telefone. Parecia um assunto importante, então Erza continua ao celular, mesmo dentro de uma das cabines sanitárias e, só quando desliga, percebe que estava no banheiro errado.

Entretanto, ouviu vozes se aproximando e era tarde demais para sair. Até para uma mulher como ela, isso era uma situação muito embaraçosa, sendo assim, preferiu esconder-se até que fossem embora.

– Eu sei, nem me fale... Mal posso esperar para folgar no natal. – A voz do rapaz parecia bem familiar.

– E o que pretende fazer para o natal?

– Minha namorada fará a ceia e passaremos o vinte e quatro de dezembro juntos...

– Verdade? – A ruiva estava encolhida sobre o vaso sanitário e escutava toda a conversa.

– Hm. Ela é realmente muito boa na cozinha.

– Você tem sorte, cara. Gostaria de namorar alguém que soubesse me fazer muitos doces. – A ruiva tinha certeza que um dos rapazes era seu subordinado Hibiki. Ele havia comentado sobre os dotes culinários de sua namorada e adorava gabar-se sobre isso. – Ói... Falando nisso... Acha que a delegada também sabe cozinhar bem? – A ruiva arregalou os olhos e corou levemente.

– Por que estão falando sobre mim, agora? – Ela sussurrou consigo.

– Se o que dizem por aí for verdade, ela está bem longe de cozinhar bem. Na verdade, na última vez que tentou fazer algo na cozinha, acabou resultando em incêndio!

– Nossa! Isso é sério?

– É o que dizem... – A delegada estava pálida e congelada ao descobrir os rumores sobre seu fracasso como cozinheira. – Mas vamos mudar logo de assunto... A delegada é como uma águia, não duvido que acabe descobrindo que estamos falando sobre ela... – Comentou Hibiki.

– É verdade. Ela me dá arrepios...

As vozes ficavam cada vez mais distantes e a ruiva finalmente pode abrir a porta da cabine. Seu semblante era desanimado e furioso.

~...~

O azulado a fitava com sobrancelhas elevadas e franzidas e braços cruzados.

– Você descobriu que eles sabem algo que eu sei há anos: você não cozinha bem. Tá, e daí? Ainda podemos comprar o cheese cake na confeitaria da esquina.

– C-Como?! Mas eu já fiz várias marmitas fofas com bolinho de arroz, legumes e peixe frito quando estávamos casados e... Você dizia que estavam bons!

– Você era minha esposa. Como, aliás, ainda é. – Ele disse com um sorriso. – Como poderia magoar minha esposa? – Uma veia salta na testa da ruiva.

– Você nunca comeu os pratos que te fiz?

– Claro que não, eu os jogava fora e simplesmente lanchava no podrão a caminho do trabalho.

– O quê?! – Ela fica furiosa.

– Mas eu amava cada almoço horrível que me fazia. Eu não me importo que não saiba ao menos fritar um peixe.

– JELLAL! – Ela cerrou os punhos.

– No entanto, você quis se divorciar de alguém como eu, que aceita uma mulher com dotes culinários inexistentes... – Ele a encara e nota algo estranho. – Ói, Erza... Por que seus olhos estão em chamas e seus cabeços estão flutuando enquanto segura essa faca?

– Por que finalmente conseguiu me deixar farta das suas piadinhas infantis. – Ele arregalou os olhos com um sorriso amarelo no rosto. Deu alguns passos para trás.

– E-Erza... Calma... Eu estava apenas brincando...

– Então você comeu as marmitas que te fiz? – Questionou aproximando-se ameaçadoramente.

–... Não...?

Vidros quebrando, uma mulher esbravejando sua fúria, coisas caindo. Os vizinhos podiam ouvir o barulho vindo do apartamento da cobertura, mas ninguém se atrevia a reclamar ou checar o que estava acontecendo... Era perigoso demais, afinal, aquela era uma delegada. Além de ser... A Erza.

...

...Alguns dias antes...

A azulada estava estática ao encarar o papel que Levy lhe havia entregado. A branca olha para o lado e morde o lábio, pensando em algo. Ela parece um tanto preocupada; franze levemente a sobrancelha.

– Arh... O que eu temia. Tirei alguém que não conheço. – Ela se senta em sua cama. – Bom, ao menos não é um total desconhecido... Já que...

– Juvia, o que eu faço? O que eu faço?! – A irmã menor entra afobada no quarto da irmã mais velha. Juvia a encara, assustada. Ela se levanta.

– Wendy, por Kami-sama, o que houve?

– É que não conheço a pessoa que tirei no amigo secreto! – Ela estende o papel, apreensiva. A irmã põe uma mão sobre o papel.

– Wendy! Não me mostre o seu amigo secreto! Não se lembra do que a Levy falou?

– Mas... Mas ela disse que podíamos pedir ajuda, certo? – Juvia faz bico e pensa.

– Bem... Isso é verdade...

– Então?... – Continuava com seu braço esticado para mostrar o papel a Juvia, que expirou e concordou em ajudar a irmã.

– Tudo bem... Deixe-me ver. – Ela pega e lê. – Oh... XXxxXx?... Eu também não conheço essa pessoa. – A pequena pareceu desesperar-se.

– Ai, não! Meu amigo secreto é horrível! Eu quero trocar com você, Juvia.. Quem você tirou? Aposto que é alguém melhor que o meu! – A menina pega o papel da mão de Juvia, que logo o toma de volta.

– Hey, hey! Nada disso! – O dobra novamente, guardando-o em seu bolso. – Não precisarei de ajuda com o meu amigo secreto. Inclusive, acho que já sei o que darei... Então, não preciso mostrá-lo a você. – Wendy cruza os braços.

– Isso é muito injusto. Você tirou alguém legal e eu nem sequer conheço o meu amigo secreto!

– Espera um pouco... – A branca pôs a mão no queixo. – Acho que ouvi Levy falando sobre essa pessoa com Gajeel, se não estou enganada... Talvez eles possam te dar alguma dica. – A pequena olha para o lado.

– Tá bem... – Ela volta a fitar a irmã mais velha. – Mas não vai me dizer quem você tirou? – Juvia sorri.

– Claro... – Wendy se anima por um momento. – No dia da entrega dos presentes você ficará sabendo, assim como todos!

– O quê? – A pequena aponta para a irmã, indignando-se. – Não acredito que cai na sua piada. Isso é maldade, Juvia!! – A branca ri.

– Desculpa, Wendy! Mas não desobedeço a uma ordem da Levy! Agora vá e resolva o problema do seu amigo secreto! Preciso começar a fazer o presente do meu.

– Hm? Você vai... Fazer? – Juvia segura os ombros da mais nova e a empurra gentilmente para fora do quarto.

– Chega de perguntas, senhorita curiosa. Preciso começar o quanto antes!

Juvia fecha e tranca sua porta, deixando Wendy curiosa. O único motivo que a deixava animada sobre esse amigo secreto era a presença do Gray! Ela preferiu esquematizar algo, o tal amigo secreto fica para depois!

...

A loira finalmente encontra um minuto para sentar e ficar tranquila. Parecia carregar um piano nas costas e estava exausta.

– Arh... – Ela se senta no estofado de seu ateliê.

– Lucy. – A loira fita a modelo.

– Ah, não... Eu acabei de sentar, Aquarius...

– Não é sobre o desfile. – Ela estende o papel. – É sobre o amigo secreto de Vikky.

– Ah, é verdade... Me esqueci completamente. – A loira segura o papel.

– Será que você tirou o Natsu? – Provocou Aquarius.

– Não começa com isso, por favor... Estou exausta demais para argumentar com você agora. – A modelo ri, mas logo volta à sua pose.

– Está bem... Mas você queria. – Os olhos de Lucy caem em expressão emburrada. Ela desvia seu olhar para encarar o papel que acabara de desdobrar. Ela parece surpresa. Põe a mão no queixo e sorri.

– Humm!... Eu gostei do meu amigo secreto.

– É o Natsu? – Aquarius tentou espiar.

– Aquarius! – A repreendeu.

– É só uma pergunta, Lucy. E o que há de errado em tirar o Natsu no amigo secreto? Não é como se fosse vergonhoso dar um presente para ele. – A loira cora levemente mantendo seu semblante um tanto emburrado.

– N-Não... – Ela expirou. – Não há nada de errado em tirar o Natsu... – Uma gota desceu pela testa da loira.

– Nesse caso, fim de papo. E então? – Pôs as mãos na cintura. A loira animou-se um pouco.

– Bem... Infelizmente, para você, não tirei o Natsu. – Ela sorriu. – Tirei a XXxXx.

– XXxXx? – Ela arqueou uma sobrancelha. A loira expirou.

– Não é como se você conhecesse mais pessoas além do Natsu e da Levy, não é... – Sorriu um tanto sem graça. A modelo riu.

– Verdade, mesmo assim quero saber tudo sobre seu amigo secreto. E irei ajudá-la a escolher o presente.

– Hm!

As duas foram em direção ao quarto de Lucy, que teve uma ideia sobre o presente, e olharam algumas das peças da estilista.

...

Levy estava em seu notebook e pesquisava algumas imagens em um site de pesquisa.

– Levy, onde você se meteu? – A azulada escuta Gajeel procurando por ela.

– Aqui! – O moreno segue a voz e a encontra, mas...

– O que está fazendo aí em cima? – Diz com sobrancelha arqueada.

– Ah... É que meu computador estava aqui em cima e não quis descer com toda essa fiação... – Comentou enquanto observava a tela do computador.

– E preferiu ficar na janela? – Ela deu de ombros. – Como conseguiu subir até aí, afinal?

– Há uma escada do outro lado... – Disse sem fitá-lo. Ainda estava concentrada nas imagens. – Eu subo aqui toda hora para escrever, não se preocupe.

–... Que outro lado? – Ele pendeu a cabeça para tentar encontrar o local.

– Essa mansão é cheia de passagens secretas. – Ela o fita. – Nunca me acharia se eu não quisesse ser achada, senhor Redfox. – Ela sorriu. O moreno franziu e elevou as sobrancelhas.

– Pff. Pode apostar que sim. – Ela ri.

– Agora vá embora, está me atrapalhando, preciso saber o que dar para meu amigo secreto.

– Feito. – Ele vira e joga seu papel na cama. – Aproveite e pesquise algo para o meu amigo secreto também. – A garota franziu a sobrancelha e o encarou.

– O quê?! – Ela se levantou.

– Eu apenas não estou com... – Ela não estava mais na janela.

– Pode pegar isto de volta. – Ele virou rapidamente com olhos parcialmente arregalados.

– GHH... – A menina o encara emburradamente estendendo o papel dele. – Como desceu tão rápido?

– A passagem secreta, já disse. E agora pega isso e pense em algo muito legal para dar ao seu amigo secreto.

– Acontece que eu não sei o que dar a ela.

– O quê? Tirou uma garota?...

– Tirei a xXXx.

– Gajeel... – Ela massageou a testa e voltou a fitá-lo. – Você não deveria me dizer quem tirou...

– Acontece que ela é sua amiga. A conhece melhor do que eu, portanto apenas compre os presentes do meu e do seu amigo secreto.

– Claro que não. – Ela cruza os braços. – Sendo assim, eu poderia dizer o mesmo a você, já que eu tirei o XxXXx. No entanto, estou me esforçando para pensar em algo útil que qualquer um gostaria de ganhar... – O moreno deu uma gargalhada.

– Você tirou o XXxXXxXx? Gihihihi... Que falta de sorte, baixinha.

– Por quê? Ele é uma pessoa legal, apesar de não conhecê-lo tão bem. – O segurança expira.

– Tudo bem, tenho uma proposta. – Ela arqueia uma sobrancelha. – Se eu te der uma dica, você me ajuda com o presente do meu amigo secreto?

– Gajeel... Você é o único precisando de ajuda aqui! Acho que já sei o que dar a ele! – Disse satisfeita.

– Ah é?... Tudo bem. Espero que XXxXXxXx goste de um presente totalmente aleatório que ele, provavelmente, já tem... – A azulada olhou para o lado enquanto Gajeel saía de seu quarto.

–H-Hey!! Espera... – Ele vira com um sorriso vitorioso. – Acho melhor te ajudar... Afinal, não quero que xXXx receba um presente horrível... – Justificou-se.

– Tudo bem... – Ele se inclinou e a encarou de perto. – Eu sei que você também quer a dica. Heh... – Sorriu.

...

...De volta ao tempo presente...

O azulado estava encostado à porta do lado de fora. Batia algumas vezes, para que a ruiva abrisse.

– Erzaaaaaa... Vamos, não seja tão azeda. Abra a porta para o seu maridinho...

– Jellal, eu já te mandei ir embora. Se meu cheese cake natalino for arruinado outra vez por sua culpa, eu juro..

– Boa noite, como vão... É uma bela noite de natal, não é? – Jellal cumprimenta alguns vizinhos da ruiva que passam no corredor e estranham a cena. Sua camisa estava rasgada e seu corpo tinha alguns arranhões.

Os vizinhos apenas apressam o passo com medo de ser apenas um louco. O azulado ri e continua provocando sua amada.

– Vaaaamos, Erzaaa... Não seja assim, eu estava apenas brincando, já disse. – Exclamou ele sorrindo. Encostou suas costas à porta e cruzou os braços, cruzando também as pernas.

– Essa é sua última noite de qualquer forma. Apenas vá embora. Mandarei que te entreguem suas coisas depois.

A ruiva enxugava o suor do rosto enquanto colocava a massa no forno.

– Dessa vez ficará bom... – Ela sussurra consigo.

Ela se estende, expira e põe as mãos na cintura, com um sorriso satisfeito.

NOOOOOITE FELIZZZ... NOOOOOITE FELIZZZ...

Erza franze a sobrancelha e encara sua porta.

– Não... Ele não está fazendo isso... – Ela anda até a saída.

ÓÓÓÓÓ SENHOOOR, DEUS DO AMOR...

A ruiva escancara a porta, seus cabelos voam com o ato.

– Ói, idiota! O que está fazendo?

– Ué... Cantando uma música natalina, o que te parece?

– Você quer mesmo me tirar do sério... – Ela massageia a testa e abaixa a cabeça. Ele fica em silêncio por um momento.

– E você quer mesmo passar mais um natal sozinha. – Ela o fita. Sua expressão era totalmente diferente e a ironia havia ido completamente. Ele parecia tristonho e estava à sua frente.

– Isso... Não é da sua conta, Jellal.

– Da minha conta ou não, não ficará sozinha neste natal. – Ele adentra o apartamento da ruiva novamente. – Além disso, quem irá provar o seu cheese cake, além de mim? – Ela o encara enquanto tira a camisa e a joga no lixo. – Me deve uma camisa.

Ela respira fundo e decide deixá-lo fazer como quisesse. Ao menos não ia perturbar os vizinhos. Ou foi a justificativa que deu a si mesma.

...

...Alguns dias antes...

Gray e Natsu andavam pela rua comentando sobre o amigo secreto de Levy.

– Então, você sabe quem é XXxXxx. – Diz Gray, com as mãos no bolso.

– Pff... Sei. Mas você não deu sorte com o seu amigo secreto, Heheh... – O moreno não parecia tão animado.

– É... Não era quem eu queria tirar. – Disse sem fitá-lo.

– Hm? – O rosado encara Gray. – E quem você queria ter tirado?

– Não importa. – O moreno fita o modelo. – Quem você tirou?

– Bem... Eu também não tive sorte com o meu. É um tal XxXx.

– XxXx? Não sabia que ele estava participando.

– Você o conhece?

– Hm.

– Bom, então você me dá uma dica e eu te ajudo a comprar o presente do XXxXxx.

– Fechado.

Ambos seguiram para um shopping a caminho.

...

Wendy pega o telefone e liga secretamente para alguém.

– Casa dos Fullbuster.

– Para de formalidades, eu sei que é você, Romeo.

– Oh... Wendy?

– Mas é claro que sou eu... Quem mais, de doze anos, fala contigo aqui na capital?

– Pensei que ninguém mais falaria, já que agora estamos em lados opostos!

– É, tem razão... Mas continuamos amigos, não?

– Claro. Mas até que alguém vença, não podemos agir como antes, isso é uma guerra.

– Exato... E é por isso que estou ligando!

– Hm?

– Eu soube que chamou o Lyon para o amigo secreto da tia Levy.

– É. Chamei. E daí?

– Isso foi trapaça.

– O quê? N-Nada disso!

– Você não pode simplesmente agir sorrateiramente e incluí-lo em eventos da tia Levy só porque a Juvia estará também!

– Isso não tem nada a ver. Além disso, eu já te disse antes. Guerra é guerra. Se está assustada, desista e mude de lado. Ainda dá tempo! – Provocou. A garotinha riu.

– Pelo contrário... Ligo apenas para dizer que terá uma surpresinha no dia do amigo secreto. Guerra é guerra, Romeozito. Até lá...

A garota desliga.

– Wendy? – A menina vira e sorri.

– Sim?

– Com quem falava ao telefone?

– Eu estava resolvendo aquela coisa do meu amigo secreto... Eu tenho que ir, Juvinha. – A branca arqueia uma sobrancelha. A irmã menor se vira novamente. – Ah! E escolha uma roupa muito bonita para o dia do amigo secreto! – A branca estranha o pedido, mas ri.

– Tudo bem.

A garotinha sai satisfeita, parecia determinada. Juvia continuava achando aquele comportamento um tanto estranho, mas foi para o quarto continuar a fazer o presente de seu amigo secreto.

...

...De volta ao tempo presente...

A ruiva estava frustrada sentada à varanda.

– Ói... Não vai comer o seu cheese cake... Ou seja lá o que tenha se tornado aquele monte de... Massa?

– Tudo bem, pode parar com suas piadinhas, Jellal. – Ele riu secretamente. – Eu sou um desastre na cozinha... – Abaixou a cabeça e abraçou os joelhos, sentada ao puff.

– Eu já disse para ir provar. Erza Scarlet não deveria desistir tão rápido. – Ela não se moveu. Ele sorriu e voltou até a cozinha.

– Sou uma vergonha... Para as mulheres. – Disse sem levantar a cabeça.

– Não é, não. – Ele estava ao seu lado, agachado e segurando uma colher com uma porção do doce que ela havia feito. Ela o fitou. – Bom... Talvez só um pouco.

– Tch... O que é isso?

– Apenas prove.

– Isso, com certeza, está horrível. Os outros, pelo menos, ficaram bonitos, apesar de azedos... Esse nem ao menos teve forma de torta. – Ele arqueou uma sobrancelha e apenas enfiou a colher na boca da ruiva.

– Hmpf! Jellal... – Ela segurou a colher e a puxou da boca. O azulado apenas esperou sua reação enquanto mastigava. Aos poucos o semblante dela muda e ela parece surpresa.

– E então? – Ele apoia um dos cotovelos ao joelho e encosta a bochecha em seu punho, sentado no chão, ao lado dela. Ela engole.

– Está... Bom! – Ela o encara com olhos arregalados. Ele sorri.

– Heh... Você deve confiar mais no seu potencial. – Ele se aproxima dela e senta-se em frente a ela. – Você apenas trabalha demais e, por isso, não tem tempo de praticar. No entanto, hoje se empenhou e finalmente teve um progresso. O sabor está bem melhor. – Ela cora levemente.

– V-Você provou?

– Hm. – Ela olha para o lado um tanto chateada.

– Tch... Não sei por quê. Afinal, nunca comeu as marmitas que eu te fazia. – Ele deu um risinho e abaixou o olhar.

– Sobre isso... – Ela moveu os olhos e o fitou, desconfiada. Ele a fitou com um sorriso. – Na verdade... Eu comi todas. – Ela elevou as sobrancelhas, surpresa.

– O quê?

– É verdade que não estavam boas. – A garota não soube o que dizer, apenas encarou o azulado, enquanto ele confessava. – Mas eu não ligava, porque você as fez.

– Você... Está mentindo... – Ele sorri e acaricia a bochecha da ruiva com o polegar.

– Eu não preciso mais mentir, uma vez que já te fiz sair do sério antes. Sabe que adoro fazer isso.

– Idiota. – Ele riu. – Um dia eu posso realmente acabar com sua vida.

– Se for você, eu não me importo. – Os olhos da garota marejaram-se. – Feliz natal, Erza... – Ele se aproximou da ruiva e puxou delicadamente seu rosto para um beijo.

A ruiva solta a colher e lentamente envolve o pescoço do rapaz. Eles se separam e o azulado percebe que Erza deixara cair uma lágrima. Se encararam por alguns momentos e ela finalmente sorriu. Ela estava feliz.

– Feliz natal, Jellal...

E aquela noite seria deles.


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Notas finais do capítulo

Só pode ser ironia do destino, mas o casal que eu menos shippo tem sempre as melhores cenas. Jerza lacra toda vez, por quê? hsuahushaushuahusa... Esse foi especial para os meus leitores fãs de Jerza! Eles estavam sumidos, então está aí! Hoje o especial foi focado mais um pouco neles, espero que tenham gostado. E no MSP especial de natal parte três acontecerá a, tão aguardada, festa do amigo secreto, assim como as revelações de quem tirou quem! Mas acho que alguns vocês já "mataram", né? xD Não mostrei as reações de todos com relação a descoberta do "amigo secreto", apenas os principais! (Caso estejam pensando "Ei, faltou a reação de fulano e da fulana" kk..)

E por falar nisso, participei de um amigo secreto há pouco tempo e foi ótimo! Espero que vocês estejam tendo um ótimo fim de ano! *--* Vejo vocês na próxima, #FamíliaMSP.