Meu Segurança Particular. escrita por Uvinha Lee


Capítulo 26
Não tem mais Gale.


Notas iniciais do capítulo

Gente... Me desculpa pela demora! Eu posto essa fanfic em dois sites e acabei esquecendo de postar aqui! kkk... Mas enfim, melhor pra vocês que receberão dois capítulos seguidos, certo? Acho que foi melhor assim! xD
Mas então!
Hoje o capítulo está tenso... Não há muitos comentários a serem feitos sobre a história... Apenas leiam...

*Violinos//Música de suspense*



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A ruiva havia tirado o resto do dia de folga depois que soube da fuga de seu pai. Simon insistiu para ficar com ela, mas Erza o mandou embora tentando ser o menos ignorante possível, mas ela realmente não estava com neurônios para medir suas patadas. Por sorte seu amigo estava acostumado com seu temperamento. De qualquer forma, precisava ficar sozinha. Ela definitivamente precisava pensar em algo rápido. Aquele homem não podia ficar solto por muito tempo.

– Eu irei atrás dele até no inferno... Mas não deixarei que curta seu tempo livre. – Ela se levantou e bateu a palma de sua mão em cima da mesa de jantar, fazendo uma de suas taças de vidro cair e quebrar. Não que ela se importasse.

– Erza?! – A garota se virou ao ouvir seu nome e o som de sua fechadura sendo destrancada.

A garota instintivamente correu até a porta e pulou em cima do invasor, antes que ele conseguisse passar por completo.

– Hey, hey, calma! Sou eu, Erza! – Ele levantou as mãos, deitado embaixo da ruiva, que tinha seu punho em frente ao rosto dele. Por pouco o garoto não havia sido esmagado pela mão pesada da delegada Scarlet.

– Jellal!? – Disse furiosa. Ela se levantou e o puxou pela gola, fazendo-o ficar de pé. – Quando fez uma cópia da minha chave?!

– Isso realmente é embaraçoso... Eu ia apenas bater, mas ouvi um barulho e fiquei preocupado. Gh... Pode me soltar agora? – Ela o soltou.

– Argh... Terei que mudar as fechaduras. Perfeito. – Ela virou.

– Você está mesmo bem, Erza? – A ruiva o encarou e expirou.

– Jellal... – Ela massageou a testa. – Não é uma boa hora para visitas, o que veio fazer aqui?

– É que eu soube que o seu pai fugiu e—

– O quê?! Essa é uma informação sigilosa!

– Bom, eu sou advogado, certo? Estamos no mesmo ramo, é natural que eu saiba das notícias mais graves.

– Arh... – Ela se rendeu. – Não há um rastro sequer do seu paradeiro.

– Eu sei o que isso significa pra você, Erza. – Ela não respondeu, ele estava certo. – Por isso vim. – Ela o encarou.

– Ah, é... E como sabia que eu estava em casa? – Ele ficou calado. A garota franziu a sobrancelha. – Não mandou ninguém me seguir, mandou?

– Eu apenas tenho meus contatos... – Desconversou o azulado.

– Jellal, eu não sou uma garota indefesa.

– Apenas deixe que eu fique com você por um tempo. Até que o capturem novamente.

A ruiva pôs as mãos na cintura e o encarou. Talvez Jellal tenha que usar argumentos mais válidos para voltar a morar com sua ex...

...

O moreno estava lendo alguns papeis, quando seu amigo adentrou o salão.

– Já está ensaiando? Por que não me chamou?! – Indagou o loiro. O rapaz o fitou e bufou. Parecia cansado.

– Ah. Sting... Oi. Não, não estou ensaiando... Apenas procuro uma música que compus há poucos dias... Pretendo cantá-la no próximo show.

– Música? Não me falou de nenhuma música nova... – Estranhou o amigo, jogando-se no puff perto de Rogue. Ele pegou uma pasta e a abriu, olhando algumas folhas.

– É que eu me inspirei apenas depois que terminei com Flare... – O loiro arregalou os olhos.

– Terminou com a Flare? – Disse o loiro, subindo o tom de voz.

– Por que a surpresa, Sting?! Você mais que ninguém sabe que nunca me prendi a ninguém depois que terminei com Levy.

– É, cara, mas a Flare... – O loiro olhou para o lado.

– Por que você tem tanto medo dela, afinal?!

– Só você não enxerga que ela é realmente assustadora. Eu não sei como isso vai terminar, mas não quero estar perto quando ela surtar! – Um dos celulares em cima dos casacos dos rappers vibra. O moreno olha, mas não parece ter muita vontade de atender. Ele encara o loiro. – Tudo bem, eu vou. – Ele levanta e vai até lá. – Oh. É o meu.

– Ótimo..

O moreno se vira e continua procurando por sua música. O loiro não sai do salão, então Rogue escuta a conversa. Ao que parece Sting faria uma espécie de comercial. Rogue não era o tipo de cara que gostava de fazer esse tipo de coisa.. Pelo menos não mais.

– Aí, cara. Eu vou ter que passar em uma agência.

– Vai modelar agora, é? Tô te estranhando... – Disse o moreno, finalmente achando sua música e posicionando-a em frente ao piano.

– Você é que é fresco demais. Grana é grana.

– Pff..

– Além disso, aposto que terão umas gatas tirando foto comigo. Heh.

– Boa sorte, então..

– Mas não se preocupe. A sessão de fotos não será hoje, eles sabem que temos um show em breve. Vou apenas para saber mais detalhes... Te vejo daqui a pouco. – Disse ele pegando a chave de seu carro e seus óculos escuros.

– Hm.

– Não se esqueça de me mostrar sua nova música, quando eu voltar. – Exclamou o garoto já longe. O moreno exclamou algo em resposta e logo voltou sua atenção para a música, pondo suas mãos sobre as teclas e respirando fundo.

– Definitivamente cantarei essa música... – Ele começou a tocar.

...

A azulada guiou seu segurança, ainda sem dizer exatamente para onde ele a estava levando. É melhor que aquele endereço que o Gil me deu esteja certo... Pensou a garota, enquanto observava o caminho que ambos percorriam até o local.

~...~

O empresário estava prestes a sair, quando se lembrou de algo e virou-se novamente.

– Ah, Vikky... Quase me esqueci. – Tirou um envelope de dentro do paletó. – Tome.

– O que é isso? Não me diga que é outro contrato! Desta vez, para que eu e Rogue fiquemos juntos infelizes para sempre?! – Fingiu-se animada. Ele riu.

– Eu já disse que vai me agradecer depois. E isso é o quadro de horários dos dragões...

– E para quê está me dando isso? Como se eu precisasse saber cada passo daqueles dois.. – Olhou para o lado.

– Pode querer saber os dias que estão de folga quando houver algo emergencial, certo? Aqui também tem o endereço e os telefones.

– Se os telefones estão aí, não preciso do endereço. Posso simplesmente ligar, não? Além disso, eu já tinha o celular do Rogue.

– Tinha, é? – Provocou o empresário. – Ah... – Ele deu um sorriso cínico.

– Quer saber, vai embora antes que eu te demita! – Esbravejou a garota empurrando-o em direção à saída.

~...~

Nunca pensei que aquilo serviria pra alguma coisa, realmente... A garota bufa atrás de Gajeel. Ele percebe sua atitude.

– Não vai mesmo confessar que está indo atrás daquele cara? – Ele disse concentrado no caminho à frente. Levy notou seu tom levemente contrariado.

– Então já ligou os pontos. – Ironizou.

– Eu deveria voltar agora, mesmo. O que diabos está planejando?

– Gajeel, aquela psicopata, que praticamente me deu um ultimato, disse que era a namorada dele.

– E...?

– Como assim “e...”? Eu não vou ter mais essa preocupação na minha vida que já é bastante corrida sem garotinhas inseguras no meu pé!

– Argh...

– Além disso, não entendo seu mau humor repentino. Quem deve estar furiosa sou eu. Apenas acelere essa coisa!

– Tudo bem. – Ele girou o acelerador a moto levantou levemente sua roda dianteira, o que fez a garota apertar o abdômen do rapaz e encostar seu rosto em suas costas, pressionando os olhos. Ela definitivamente não gostava de motos. Mas aquilo era uma exceção e ela estava com pressa.

Depois de algum tempo, o moreno avistou uma mansão luxuosa. Aquilo parecia até a casa branca.

– Rappers... – Murmurou o moreno quando viu o luxo exagerado da mansão. Assim como na mansão de Levy, havia um pequeno terreno verde até chegarem à mansão.

Ele estaciona em frente à escadaria frontal. A garota sai da moto e vai em direção à porta.

– Ói. Onde pensa que vai sozinha? – Ele tira seu capacete e o pendura no guidão, descendo da moto.

– Não precisa entrar comigo, o Rogue não vai me morder, Gajeel. – Diz ela, subindo as escadas sem fitá-lo. O segurança bufa, irritado, enquanto anda de um lado para o outro como um lobo encurralado.

A garota chega em frente à grande porta de entrada quando é surpreendida por alguém que sai ao mesmo tempo que ela chega.

– Vikky? – Disse o loiro surpreso. – Quanto tempo... – Ele parecia confuso e surpreso. Ele sabia que Vikky não morria de amores por ele e muito menos por seu parceiro de Rap. – Eu vou chamar o Rog—

– Não precisa. Eu mesma vou.

– Mas é que—

– Você não estava de saída?

– Ah... É, m-mas—

– Eu não quero te atrasar. Vou apenas achá-lo. Não se preocupe. – Continuou a garota, que simplesmente adentrou a mansão. Alguns guardas a viram entrar e viraram, para impedi-la, mas o loiro levantou a mão, sinalizando que estava tudo bem.

– Esses dois que se entendam, cara... – Murmurou o loiro, colocando seus óculos escuros e passando por Gajeel que o seguiu com os olhos e uma expressão nada amigável. O loiro arqueou a sobrancelha e apenas desviou o olhar e continuou seu caminho. O moreno o encarou até que entrasse em seu carro e sumisse. Ele encara a porta novamente e bufa.

A azulada caminhava pela mansão a procura de Rogue. Não podia negar, estava tensa por ter que vê-lo novamente. Não por vê-lo, mas porque ela ficava tensa ao estar perto dele. E não era a tensão irritante de uma garotinha apaixonada. Mas a tensão de uma garota que encontra um ex. Que preferiria nunca ter que ver ou ouvir falar. É.

Uma melodia ao longe... Piano.

– Ah, que bonitinho. Cheguei na hora do ensaio. Pena que não vai durar... – Sussurrou para si, enquanto seguia o som. Com certeza era ele. Ela chegou perto do grande salão e o viu. Estava de costas e tocava timidamente o instrumento. Ela o encarou por alguns segundos e deu alguns passos. Sem perceber sua presença, o garoto começou a cantar.


I shoulda been a better man

Instead of wasting time spending my life searching for the finer things

Woaaah, you always gave me another chance to make it right

But I didn't deserve, cause I didn't understand

..

Eu deveria ter sido um homem melhor

Em vez de perder tempo gastando minha vida procurando as coisas melhores

Woaaah, você sempre me deu outra chance para fazer direito

Mas eu não merecia, porque eu não entendia


A garota franziu a sobrancelha e parou.


And I feel so bad

Cause you wouldn't do the same to me

But I know what you weakness is, is, is

And you feel so mad

And now you're on an open road so gone not looking back, back, back

..

E eu me sinto tão mal

Porque você não faria o mesmo para mim

Mas eu sei o que sua fraqueza é, é, é

E você se sente tão chateada

E agora você está em um caminho aberto tão longe sem olhar para trás, trás, trás


A azulada fitou o chão, ainda com sobrancelha franzida. Ela o encarou novamente. Seu olhos começavam a ficar vermelhos... Ainda doía.


I thought I had you on a leash

Like I could do whatever I wanted to when I wanted to

And you was gonna wait for me baby

Nooo, and now the tables have turned

And now I feel like you're the master and I'm on the strings

You're in control of me

..

Eu pensei que tinha você sob controle

Como que eu pudesse fazer o que eu quisesse, quando quisesse

E você ia esperar por mim, amor

Não, e agora os papéis se inverteram

E agora eu sinto como se você fosse o mestre e eu estou nas cordas

Você está me controlando


Ok... Essa música começa a ficar familiar demais... A garota não podia impedir que as lembranças da melhor época de sua vida viessem. Ela era uma bobalhona. Ria por qualquer idiotice e pensava nele o tempo inteiro... Será que esse idiota sequer sentiu algo por mim naquela época?


And I feel so bad

Now you're doing it to me cause you know what my weakness is, is, is

And you feel so mad

And now I'm on an open road tryna go but I'm looking back, back, back

..

E eu me sinto tão mal

Agora você está fazendo isso porque sabe o que minha fraqueza é, é, é

E você se sente tão chateada

E agora eu estou em um caminho aberto, tentando ir, mas eu estou olhando para trás, para trás, para trás

..

You can blame it all on me

I know it's like this because of me

Now I'm just like a hitchhiker waiting for a ride

with no cars in sight

And it feels so bad

Cause you wouldn't do the same to me

Cause I know what your weakness is, is, is

And I feel so mad

Now you're on an open road, long gone I can't have you back, back, back

..

E isso é tão ruim

Porque você não faria o mesmo para mim

Porque eu sei o que sua fraqueza é, é, é

E eu me sinto chateado

Agora você está em um caminho aberto, há muito tempo eu não posso ter você de volta, volta, volta

..

I'm looking for her

I'm tryna find her

I really need her

I think I love her

..

Eu estou procurando ela

Eu estou tentando encontrá-la

Eu realmente preciso dela

Eu acho que eu a amo


Ele para e respira fundo, abaixando a cabeça. A garota bate palmas e o moreno vira, surpreso por haver alguém ali. Ao vê-la, seus olhos ficam estáticos.

– Levy? – Disse enquanto a garota ainda batia palmas.

– Muito bom, hein. – Ela deu alguns passos à frente e pôs uma mão na cintura. – Nunca pensei que algo com sentimento pudesse sair de alguém como você. Se é que essa música é sua. – Ele respirou fundo e baixou a cabeça para depois encará-la novamente, levantando-se do assento.

– É minha.

– Que bom. Mas não vim aqui pra—

– É sobre você. – Disse ele, interrompendo-a.

– Quê?

– Você não consegue ver, Levy? – Ele se aproximou dela. – Eu não sou o mesmo de antes. Por que não acredita? – A garota o encarou por um tempo sem saber como reagir, mas logo deu a costas para o moreno, mudando de assunto.

– Rogue, eu não vim aqui pra falar de nós dois. – Ela o encarou novamente. – Vim apenas para avisá-lo. É melhor você domar aquela sua namoradinha, se não quiser que eu a processe.

– O quê? Do quê você está falando?

– De uma garota sem um pingo de amor próprio que foi até a minha casa me ameaçar para que eu me afaste de você. – Ele olhou para o lado e baixou o olhar, pareceu tentar raciocinar.

– Espera... Não é possível. – Ele a encarou. – Você está falando da Flare? Uma garota ruiva...

– Não precisa descrevê-la, ela fez questão de falar o nome dela em alto e bom som.

– Levy, eu não tenho nada com ela. – Ele andou até ela que estendeu a palma de sua mão, para que ele não se aproximasse mais.

– A questão não é essa, Rogue. Ela não é confiável e agora sabe onde eu moro. – O moreno ri e argumenta, incrédulo. – Eu me pergunto... Como ela conseguiu meu endereço. – Ironizou a garota. É claro que esse idiota deixou o documento com meu endereço jogado por aí e ela teve acesso fácil.

– Você está brincando? Ela está apenas com raiva porque nós terminamos! – Ele se aproximou da garota e a segurou pelos ombros. – Eu terminei por você, Levy!

– Me solta, Rogue! – Ela o empurra e anda para longe. – Não me coloca nas suas histórias malucas. Se você machucou outra garota, a culpa não é minha. É tudo por sua conta. – Ele expirou.

– Levy, por favor... – Disse voltando a aproximar-se dela. Ele parou em sua frente. A garota parecia se controlar para não demonstrar fraqueza em frente a ele. Ela conseguia manter sua aparência forte e inabalável como sempre e, por isso, estava tranquila.

– Apenas a mantenha longe de mim. Sei quando alguém é capaz de tudo e aquela garota é uma dessas.

– Eu nunca deixaria que nada acontecesse com você. – Disse, olhando fundo em seus olhos.

– Engraçado, não é... Rogue. Você foi o único que me machucou de modo irreversível. E não houve ninguém que me defendesse de você.

– Levy—

– Além disso, não preciso de defesa. Sei me defender sozinha. – Ela baixou seu olhar. – Não vou negar. – Ela o encarou. – Parte disso é graças a você. Sou forte hoje porque você me fez crescer de uma vez ao invés de ser aquela garota idiota que acreditava no amor sincero. – O garoto pareceu não ter argumentos. De alguma forma, Levy percebeu a intensidade com que suas palavras atingiram o garoto à sua frente.

– Eu... – Ele expirou e a fitou. A garota se surpreendeu ao ver que uma lágrima desceu por um dos olhos dele. – Me desculpa, Levy. – Ela franziu a testa.

– Idiota. Sabe que... Eu até cairia nessa quando tinha 17 anos. Mas agora isso me irrita. – Ela se virou. – Está avisa—

O garoto a segura e puxa sua nuca, tomando seus lábios e beijando-a. Levy, totalmente surpresa, tenta se desprender das mãos dele, que continua a beijando.

– Mmmrhf..!! – Ela tenta afastá-lo, mas seu rosto está sendo empurrado contra o dele.

Ela não pôde fazer muito, apenas conseguiu virar seu rosto e então esbravejou sua irritação. Mas... Ela estava mesmo irritada ou a teoria de Laxus estava certa e a garota demonstrava raiva para mascarar... Uma fraqueza?

– PARA, ROGUE!!

Rogue sabia que, no fundo, ela sentia algo por ele. Ela ia acreditar, ele não iria parar até conseguir fazê-la acreditar nele. Talvez essa não seja a melhor maneira de agir... Mas... Droga, eu senti falta disso. Senti falta dela. Talvez com esse beijo ela acredite... Talvez... Talvez volte a— Rogue foi surpreendido por algo que lhe agarrou em volta do pescoço, lhe puxando para trás, interrompendo seus pensamentos.

– Gh!.. – Ele pôs as mãos e percebeu finalmente, alguém o havia agarrado.

– Não é educado agarrar alguém a força, pirralho.

– Gajeel?! – A garota estava um pouco ofegante e pareceu demorar a perceber o que havia acontecido.

Ele notou as marcas avermelhadas nos ombros de Levy e sentiu um impulso violento subir pelo seu diafragma. Ele empurrou o rapper, que se virou rapidamente para encará-lo, mas não teve tempo de registrar suas feições, pois foi atingido por um soco potente do segurança de Levy. O que fez a menina inspirar impulsivamente e cobrir a boca, surpresa com a atitude dele.

– Vou te ensinar a não deixar marcas vermelhas em garotas novamente. – Ele se aproximou do garoto que tentava se recuperar do golpe apoiando-se ao chão para levantar-se, com uma mão sobre a mandíbula.

– Gajeel, para! – A garota correu até ele.

– Qual é, Levy. Vive dizendo a todos como detesta esse cara. Apenas aproveite o show. – Ele comentou sem olhá-la.

– Gajeel!

– Argh. Me deixa terminar com ele, logo! – Ele a encarou. – Não é isso que quer? – Ela não sabia dizer o que estava acontecendo com seu segurança, mas nunca o tinha visto dessa forma. Talvez... Seja esse o Lobo Solitário? Ela encarou o garoto por algum tempo antes de tomar alguma atitude.

– Ah, claro. Seria ótimo que você acabasse com a raça dele. Para logo depois toda a mídia me massacrar. “Vikky McGarden manda segurança particular dar surra merecida em seu ex”. – Ironizou a garota.

– É isso, mesmo? Ou só descobriu que continua caidinha por esse cretino? – Isso a pegou de surpresa. Ela ficou muito irritada.

– Levy, quem é esse cara?! Por que os seguranças não... Au. – O moreno já estava de pé e confirmava se sua mandíbula estava mesmo no lugar certo.

– O que... Você disse?! – Ela franziu a sobrancelha entortando a boca.

– O que ouviu. Parece que não aprendeu nada.

– Eu não acredito que você está dizendo isso pra mim! Que direito você tem?!

– Ói. – Chamou Rogue, que estava em pé ao lado dos dois.

– É tão esperta... Será que não previu que isso aconteceria?

– O que está insinuando? – Perguntou ela, furiosa.

– Que você é uma masoquista. E ao invés de apenas seguir em frente, fica presa a um passado que te impede de viver. E, pelo visto, de raciocinar também.

– Como você se atreve a falar assim comigo?! – Ela o empurra e dá tapas e empurrões em seu peitoral. Ele continua indo em direção a ela, sem mover os braços, para que ela desconte sua fúria.

– Levy, quem é esse cara afinal?! – Perguntou Rogue, irritado e com uma mancha vermelha no canto da boca. A garota parou e abaixou a cabeça, ofegante. Ela o encarou novamente sem elevar muito a cabeça e respondeu.

– Não sei. – Continuou ofegante e o fitou novamente.

– Não sabe, huh. – Ele estava um pouco ofegante também. – A deixarei, então, com quem você realmente conhece. – Ele encarou Rogue e a fitou novamente. – Me parece que vocês se conhecem muito bem. – Ele andou em direção a saída e parou ao lado de Levy que olhava para o lado oposto, enquanto Gajeel fitava a saída. Ele disse, sem encará-la. – Tô fora. – Dito isso, continuou andando e saiu.

Ela ficou em silêncio, quase recuperada de toda aquela cena.

– Levy...

– Me deixa, Rogue. – Ela virou e saiu.

A garota vai até a frente da casa e vê o moreno montado em sua moto, de braços cruzados, esperando-a. Ela pensou que ele havia ido embora. Mas ela não estava no clima para um passeio de moto com Gajeel agora.

– Ficou cega ou o quê? – Disse ele, entediado ao ver Levy passando por ele.

– Eu apenas preciso de um tempo antes de subir nessa moto com você.

– Tch... Não se preocupe. Será a última vez. – Ela o encarou.

– O quê?

– Não me ouviu dizer que estou fora? Vou apenas te levar de volta porque não tem como você voltar. Do contrário, já teria vazado. – Ela olhou para o lado e sorriu um pouco incrédula.

– Ah. Claro.

– Então, faça o favor de me poupar e subir logo para que eu volte para minha vida. De onde eu não deveria ter saído.

– Você é um mal agradecido, sabia?

– Agradeceria se me poupasse das lições de moral, também.

– O Laxus salvou a sua vida, seu idiota.

– Pensando melhor... Acho que preferia estar na cadeia. Pelo menos os presos não estão apaixonadinhos e conseguem raciocinar direito. – Ela arregalou os olhos e tirou os sapatos, jogando-os em Gajeel. Um deles atingiu sua testa.

– AU! Ficou louca!? – Ele massageou a testa.

– Eu não vou com você a lugar nenhum!

– Ah, é? E como a gênia vai voltar para casa?

– Eu darei um jeito. – Ela se virou e começou a caminhar descalça.

– Você se lembra que é famosa e que as pessoas quase te cercaram uma vez, certo? – Seu tom de voz não era preocupado. Isso a magoava ainda mais. Pensou em dizer qualquer coisa, mas preferiu se manter em silêncio. – Bom. Vejo que está decidida. Então vou apenas seguir meu caminho.

A garota ouviu o som do motor da moto. O moreno reduziu a velocidade ficando ao seu lado. Ela não o encarou.

– Não precisa se preocupar com a grana. O que ganhei até agora é o suficiente. – Ela virou o rosto e ele sorriu cinicamente, acelerando o máximo que pôde. A garota o viu se afastar cada vez mais, até que sumiu do seu campo de visão. Ela para de andar e fita o horizonte onde viu Gajeel sumindo com sua moto. Então dessa vez você foi, mesmo... Ela expira.

– Ótimo.

Escondendo sua fraqueza de novo, Levy?

A garota continua andando para longe da mansão dos dragões gêmeos. Pela primeira vez, não se importou com seus sapatos, que ficaram no chão, em frente à mansão.


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Notas finais do capítulo

A partir de agora as coisas começam a ficar tensas. Mas acho que eu já disse isso. Haha. A Flare não está pra brincadeira e ela vai começar a agir em breve. Fiquem ligados!! Vejo vocês no próximo capítulo!